Buscar

Jean Jacques Rousseau - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Jean Jacques Rousseau – O Contrato Social 
É um pensador revolucionário e um republicano radical. Também considerado 
como anti-hobbesiano e antiliberal, pois suas argumentações funcionam para 
deslegitimar as ideias de Locke e Hobbes. 
 
1) O ESTADO DE NATUREZA 
Neste Estado de Natureza (EN) o homem é considerado, assim como os outros 
animais, um ser selvagem, já que ele vivia apenas para satisfazer suas 
necessidades imediatas e era considerado também um ser solitário, pois vivia 
sozinho e não em família ou em bando. Além disso, era movido por seus 
instintos de auto-preservação (só ataca o outro se ele sentir-se ameaçado) e 
de piedade (sofre com o sofrimento dos outros). 
 
Rousseau, então, entra em confronto com Locke afirmando que no Estado de 
Natureza não há ordem social de mercado, cooperação social nem 
propriedade privada, pois essas estruturas são sociais e artificiais, e 
considera-se que no EN o homem vive só. 
 
Além disso, Rousseau afirma que os homens não são naturalmente bons nem 
ruins, por isso não há aquela situação de instabilidade que Hobbes afirma, 
já que os homens só se tornam conflituosos após o surgimento da 
sociedade, porque ela construída os fez assim. 
 
Vale ressaltar que, havia apenas duas características peculiares que 
diferenciavam os seres humanos dos demais animais, a LIBERDADE (capacidade 
de criação e transformação, onde o homem supera moralmente a natureza) e a 
PERFECTBILIDADE (capacidade de se desenvolver moralmente – aprender 
valores; adquirir aptidões, razão, crenças...), mas essas características só se 
tornavam reais mediante a integração do homem em sociedade, elas 
não estão presentes no EN. 
 
 
2) O CONTRATO SOCIAL 
Por instintos de reprodução e não de fidelidade eterna entre os homens, o 
homem passou a se unir em tribos e clãs. Nestas organizações, as pessoas 
viviam em família, as atividades eram feitas em trabalho comunal, tudo era de 
todos e havia respeito, trabalho, agricultura, etc. A partir daí, o homem passa a 
desenvolver a linguagem e o auto-sacrifício (cancela suas necessidades 
imediatas em prol da família). 
 
Mas, após um longo tempo, o homem passa a viver em uma comunidade mais 
complexa, onde se instaura a cooperação e consequentemente surge o mercado e 
as sociedades baseadas na propriedade privada. 
 
OBS: Havia um mito grego de dois irmãos: 
Um era impulsivo e o outro era extremamente cauteloso 
O cauteloso roubou o fogo do Olímpio, que representa a tecnologia, e trouxe para 
a humanidade. Zeus ficou furioso e a punição que ele instaurou foi a caixa de 
PANDORA, onde tudo que havia dentro dela era ruim. 
 
Rousseau faz uma ilustração com essa CAIXA DE PANDORA, afirmando que a 
caixa se abriu quando a propriedade privada foi estipulada, pois a 
propriedade trouxe consigo a desigualdade e a decadência moral e, 
consequentemente a destruição da piedade natural e da justiça, tornando os 
homens maus. Além disso, a concorrência faria com que todos desconfiassem de 
todos e isso colocaria a sociedade em um estado de guerra. Rousseau, então, 
acredita que para sair dessa realidade seria necessário que se formasse um 
CONTRATO SOCIAL. 
 
O CONTRATO SOCIAL seria o único modo de preservar a liberdade natural 
do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida 
em sociedade. Este contrato instituiria a soberania da sociedade, a soberania 
política da vontade coletiva. Dessa forma, a vontade de cada cidadão deveria ser 
coletiva, deveria haver o interesse pelo bem comum, um comprometimento entre 
todos, o que traria a igualdade entre todos. 
 
3) O GOVERNO IDEAL PARA ROSSEAU 
Este CONTRATO SOCIAL funciona no sentido de nortear a nova sociedade que 
estará a surgir, é um novo conjunto de regras capazes de tornar a sociedade justa 
através da democracia participativa, pois é por intermédio dela que surge a 
ideia de virtude republicana. Portanto, a democracia se torna o pilar 
fundamental da existência desta nova sociedade. 
 
Então, os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural, 
necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um 
mecanismo para isso. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste 
contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de 
cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si 
mesmo seria um ato de liberdade. 
 
Dessa maneira, tratar-se de um pacto legítimo pautado na alienação total 
da vontade particular como condição de igualdade entre todos. 
 
Logo, a soberania do povo seria condição para sua libertação. Assim, o 
soberano seria o povo. Dessa forma, se o Estado tinha sua importância, ele não 
seria soberano por si só, mas suas ações deveriam ser dadas em nome da 
soberania do povo, fato que sugere uma valorização da democracia no 
pensamento de Rousseau.

Continue navegando