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Introdução a ecologia

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COLÉGIO ESTADUAL RONDÔNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE 
INTRODUÇÃO A ECOLOGIA 
Módulo I 
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE 
INTRODUÇÃO A ECOLOGIA 
Módulo I 
 
Objetivos: 
 
Esta disciplina enfoca principais conceitos e a dinâmica ecológica. 
 
Conteúdos: 
• Organização da Vida: O que estuda a ecologia? 
• Conceitos Importantes 
• Fluxo de Matéria e de Energia pelos ecossistemas 
• Cadeia Alimentar e Teia Alimentar 
• Produtividade 
• Pirâmides Ecológicas 
• Relações ecológicas 
• Características das Populações 
• Crescimento Populacional 
• Influência das Relações Ecológicas nas Populações 
 
 
 
Atenção! O indivíduo é uma 
entidade representante de uma 
espécie localizada espacial e 
temporalmente. 
Organização da Vida: O que estuda a ecologia? 
 
Podemos dizer que a vida está organizada em vários níveis, desde moléculas até mesmo o planta inteiro. 
Observe a sequência com os níveis de organização da vida: 
Fig.01. Níveis de organização da vida 
Mas, o que estuda a ecologia? 
A palavra “ecologia” vem do grego “oíkos” (casa) + “logos” (estudo). Por isso, o vocábulo significa “o 
estudo da casa”. Assim, ecologia é o estudo (ou a compreensão) do ambiente, incluindo os seres vivos. 
Dos níveis de organização dos seres vivos, a ecologia começa a estudar os organismos, no nível de 
espécie, passando para suas interações com outros 
organismos e também com o meio em que vive. 
 
Espécie 
Espécie é o conjunto de indivíduos semelhantes (estruturalmente, 
funcionalmente e bioquimicamente) que se reproduzem naturalmente, 
originando descendentes férteis. Pela definição biológica, espécie é o 
conjunto de populações naturais intercruzantes, que são isolados 
reprodutivamente de outros grupos. Ex.: Homo sapiens , Bubo scandiacus 
(Fig.02) 
Fig.02. Bubo scandiacus 
Atenção! 
Biótopo é o 
nome dado ao 
ambiente físico no 
qual se encontra 
uma determinada 
comunidade. 
Atenção! Todos os seres vivos são passíveis 
de alterar as comunidades e o ambiente. Da 
mesma forma, o ambiente físico pode alterar 
as comunidades. É uma via de mão dupla. 
 Atenção! 
 Fatores Bióticos são todos os 
. organismos vivos que influem em 
determinado sistema ecológico. 
 Fatores Abióticos são 
. características do biótopo 
. (componentes físico-químicos 
. do ecossistema) que influem em 
. determinado sistema ecológico, 
. que não incluem os seres vivos. 
Ex.: a temperatura, o pH, 
a salinidade, a umidade, os gases, 
as substâncias minerais, etc. 
População 
Indivíduos de uma mesma espécie que vivem em determinada região e num determinado período de 
tempo formam uma população. Por exemplo: os micos-leão de um fragmento florestal, num determinado ano, 
formam uma população. Tucanos também podem ser encontrados neste fragmento florestal, mas fazem parte de 
outra população, já que são de outra espécie. 
 
Comunidade (ou biocenose) 
A comunidade refere-se ao conjunto de todas as populações de 
diversas espécies, presentes numa mesma região e que geralmente 
interagem. 
Na floresta, temos diferentes populações de pássaros, 
mamíferos, insetos e plantas, todos esses seres vivos deste 
determinado lugar mantêm relações entre si, e por isso formam uma 
comunidade. 
Já a comunidade marinha é composta por peixes, algas, tartarugas, seres microscópios (plâncton), entre 
muitas outras populações. 
 
Ecossistema 
Todo ecossistema é uma composição 
que integra o ambiente físico (biótopo), a 
comunidade do local 
(componentes 
bióticos) e todas as relações ali existentes, dos seres vivos entre si e deles com o 
meio. Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com 
equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si. Por isso podemos dizer que 
o ecossistema é a unidade básica no estudo da ecologia. 
Assim, ao estudar um ecossistema, consideramos as ligações e 
interações entre o conjunto de organismos e o seu ambiente físico 
(abiótico). Qualquer unidade que inclua todos os organismos (a 
comunidade) de uma determinada área que interagem com o 
biótopo em questão, por meio de reciclagem de matéria e uso 
eficiente de energia (isto é, troca de materiais entre as partes vivas e 
não vivas) e estabelecem uma associação estável, é considerada um 
ecossistema ou um sistema ecológico. 
É muito variável a delimitação de um ecossistema, 
dependendo exclusivamente do enfoque do estudo. Por exemplo, 
se queremos estudar um ecossistema florestal tropical ou 
o ecossistema presente dentro de uma única bromélia. 
 
Biomas 
É possível associar os pequenos ecossistemas delimitados por uma 
mesma zona climática em um ecossistema característico, o bioma. Assim, 
biomas são ecossistemas que apresentam similaridade de vegetação, 
condições climáticas, solo, etc. 
Exemplos de biomas: desertos (Fig.03), florestas pluviais, tundra, 
savana, etc. Por haver um número muito extenso de biomas no mundo, 
este assunto fica reservado para o próximo módulo. 
Fig.03. Dunas de um deserto 
Biociclos 
Estes são ambientes menores dentro da biosfera. Nós os agrupamos da seguinte forma: 
• Epinociclo – biociclo terrestre. É o conjunto dos seres vivos que vivem sobre terra firme e apresenta 
quatro biócoros bem distintos: as florestas, as savanas, os campos e os desertos. 
• Talassociclo – biociclo marinho (água salgada). Conjunto de seres que habitam mares e oceanos. Seus 
biócoros são divididos de acordo com a profundidade: zona nerítica (até 200 metros de profundidade); 
zona batial (de 200 a até 2000 metros de profundidade); zona abissal (de 2000 metros de profundidade 
até o fundo do oceano). 
• Limnociclo – biociclo dulcícola (água doce). Conjunto de seres que habitam ecossistemas de água doce. 
Seus biócoros são divididos de acordo com a turbulência: Águas Lênticas (águas paradas, como brejos, 
poças de água e lagoas); Águas Lóticas (águas correntes como riachos, ribeirões e rios). 
Assim como os biomas, os biociclos serão abordados de modo mais profundo no próximo módulo. 
Fig.04: Divisões do planeta Terra 
Biosfera 
A biosfera refere-se a região do planeta ocupada 
pelos seres vivos, ou seja é a camada da Terra onde são 
encontrados todos os organismos. É considerada o conjunto 
de todos os ecossistemas da Terra, desde as altas montanhas 
(até 10.000 m de altura) até o fundo do mar (até cerca de 
10.000 m de profundidade). 
A biosfera é uma composição entre os seres vivos e 
três partes abióticas do planeta (Fig.04): 
• Litosfera – a parte sólida formada a partir das rochas. 
• Hidrosfera – conjunto total de água do planeta (seus rios, lagos, oceanos). 
• Atmosfera – a camada de ar que envolve o planeta. 
Conceitos Importantes 
 
Habitat 
O habitat é o lugar na natureza (espaço físico) onde uma espécie vive. Como se fosse seu endereço. Por 
exemplo, o habitat da planta vitória-régia são os lagos e as matas alagadas da Amazônia, enquanto o habitat do 
panda são as florestas de bambu das regiões montanhosas na China e no Vietnã. 
 
Nicho ecológico 
O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz. Este 
seria o "modo de vida" de um organismo na natureza, o que inclui tanto os fatores físicos (como a moradia) 
quanto os fatores biológicos (como o alimento e os seres que se alimentam desse indivíduo). 
Explicando melhor: O nicho do morcego, por exemplo, inclui o que ele come, os seresque se alimentam 
dele, os que vivem próximos dele, etc. Já no caso de uma planta, seu nicho inclui os sais minerais que ela retira do 
solo, a relação com as outras plantas, animais que se alimentam de suas folhas ou seus frutos, e assim por diante. 
O nicho mostra também como as espécies exploram os recursos do ambiente. Quando um pássaro se 
alimenta exclusivamente de frutas e um morcego se alimenta exclusivamente de insetos, eles podem co-existir 
em uma fazenda, pois cada espécie explora os recursos do ambiente de forma um pouco diferente, tendo nichos 
ecológicos bem diferentes. 
 
Ecótono 
É a região de transição entre dois ecossistemas. Entre uma floresta e uma savana existe uma região que 
apresenta espécies vegetais e animais característicos das duas regiões que estão próximas. 
 
Seres aquáticos 
Os seres de hábitat aquático (marinho ou dulcícola) são classificados em plâncton, nécton ou bentos: 
• Plâncton (ou seres planctônicos) – não possuem órgãos de locomoção ou os têm rudimentares, sendo 
arrastados pela correnteza. Dividem-se em fitoplâncton e zooplâncton: 
- Zooplâncton (heterótrofos): microcrustáceos; pequenos anelídeos; larvas de vários animais; alevinos 
(larvas de peixes); protistas (protozoários). 
- Fitoplâncton (autótrofos): algas clorófitas; moneras (algas cianofíceas); protistas (dinoflagelados, 
diatomáceas, euglenófitas). Os fitoplânctons desempenham importante papel, como produtores, nas 
cadeias alimentares; bem como no processo de renovação do ar atmosférico. 
• Nécton (ou seres nectônicos) – possuem órgãos eficientes de locomoção, deslocando-se voluntariamente 
nas águas. São os peixes, cetáceos, moluscos (polvo, lula), crustáceos (camarão), répteis (tartaruga), etc. 
• Bentos (ou seres bentônicos) – vivem apenas no fundo do ecossistema, sendo fixos ou móveis. Exemplos: 
estrelas-do-mar, esponjas, corais, anêmonas, crustáceos (cracas), moluscos (ostras), etc. 
 Atenção! 
Primeira lei da 
termodinâmica: “A 
energia não pode ser 
criada nem destruída 
e sim transformada”. 
Fluxo de Matéria e Energia 
 
Já vimos que um ecossistema é a associação estável entre organismos e 
ambiente físico. Essa associação ocorre por meio da reciclagem de matéria e uso da 
energia ali contida. Isto é, as partes vivas e não vivas estão em constante troca de 
materiais. 
Para que um sistema se apresente em estado constante, é 
necessário que as entradas de energia e matéria se equilibrem com as 
saídas. Como veremos mais a frente, a forma com que a matéria e a 
energia atravessam os ecossistemas irá variar. No entanto, todos os 
ecossistemas funcionam da mesma maneira. 
A entrada de matéria se dá por nutrientes, que chegam ao 
ecossistema pela atmosfera ou pelas chuvas. Esses nutrientes podem 
ser elementos químicos como o sódio, o enxofre, o nitrogênio, o potássio e, 
ainda, material orgânico decomposto por outros organismos vindos de sistemas vizinhos. 
Já a entrada de energia em um ecossistema está principalmente relacionada às entradas de radiação 
solar, que vão movimentar os sistemas fotossintéticos das plantas. 
Os principais responsáveis pela entrada de energia e, de certa forma, de matéria em um ecossistema são 
chamados de seres produtores como os vegetais, pois eles fixam a energia que chega ao ambiente, encerrando-a 
na matéria orgânica qu e produzem. 
A partir daí, os demais organismos vivos que se alimentam destes produtores, absorverão esta matéria e 
a energia encerrada nela, para uso próprio. Assim, a matéria e a energia vão passando de um organismo para 
outro, sempre ocorrendo perda parcial delas. 
Todos os organismos precisam fazer respiração para usar esta energia absorvida e, ao usá-la, acabam 
perdendo parte dela sobre a forma de calor. Já a matéria orgânica, fruto da excreção, digestão ou morte de um 
organismo fica no ambiente e é utilizada por organismos que usam esta matéria e acabam decompondo-a de 
volta na forma de nutrientes que os vegetais utilizarão para produzir mais matéria e fixar mais energia. 
É importante ressaltar este aspecto diferencial entre o fluxo de energia e o fluxo de matéria em um 
ecossistema. Apenas a matéria circula. A energia segue um fluxo unidirecional, sendo transformada em outras 
formas de energia até que o sistema libere calor para o ambiente, uma forma dispersa e pouco aproveitável de 
energia. Fig.05. 
 
Atenção! Cadeia alimentar 
é a sequência linear de 
organismos em que uns 
servem de alimento para os 
outros. 
Atenção! Trófico = Trophe que vem do 
grego e significa alimento ou nutrição. 
Atenção! O termo 
nível trófico se 
refere à posição 
do organismo na 
cadeia alimentar 
Cadeia Alimentar e Teia Alimentar 
 
Como vimos anteriormente, entre os seres vivos de 
um ecossistema, há um relacionamento dinâmico e 
equilibrado, que permite a troca de matéria e de energia. A 
principal relação entre os seres componentes dos 
ecossistemas é a relação trófica. 
Assim, a cadeia alimentar é uma representação 
simplificada da contínua transferência de energia 
entre os seres de um ecossistema em função de uns 
consumirem a matéria de outros para se 
alimentarem. Cada elo de uma cadeia alimentar é 
chamado nível trófico e compreende o grupo de 
organismos com necessidades alimentares semelhantes (de mesma nutrição). 
Uma cadeia alimentar completa é composta de produtores, 
consumidores e decompositores, distribuídos em três ou mais níveis tróficos. 
Produtores 
Os produtores correspondem obrigatoriamente ao primeiro nível trófico 
em qualquer cadeia alimentar. Eles são representados pelos seres autotróficos, 
que produzem a matéria orgânica a partir de compostos inorgânicos, como água, 
gás carbônico e sais minerais. 
Os produtores acumulam nas ligações químicas de matéria orgânica produzida a energia retirada da luz 
do sol e a repassam a todos os outros componentes restantes da cadeia ecológica. Por isso dizemos que os 
produtores são os introdutores de energia na cadeia alimentar. 
Atenção! Os organismos podem ser divididos em dois grupos, de acordo com a obtenção de energia: 
Os autotróficos são seres que produzem seu próprio alimento, através da fotossíntese (plantas verdes e algas) 
ou da quimiossíntese (bactérias). 
A fotossíntese consiste na utilização da 
energia luminosa para formação da 
matéria orgânica, também chamada de 
biomassa. Já na quimiossíntese, a 
biomassa é produzida através de 
reações de oxidação/redução de 
elementos químicos presentes no 
ambiente. 
Os heterotróficos não têm capacidade 
de sintetizar seu próprio alimento, 
necessitando extraí-lo energia a partir 
de alguma fonte de alimento (outro 
organismo vivo). 
Equação geral da Fotossíntese: 
12 H2O + 6 CO2 + energia → C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2 
 
Exemplo de Quimiossíntese (para obtenção de energia) 
2 NH3 + 3 O2 → 2 NO2 + 2 H
+ + 2 H2O + energia 
 
Equação geral da Respiração: 
C6H12O6 + 6 O2 → 6 H2O + 6 CO2 + energia 
Atenção! Cadeias alimentares 
não podem ter muitos 
níveis tróficos, pois 
a quantidade de 
energia se 
dissipa ao 
longo 
dela. 
Atenção! 
O papel 
fundamental 
dos decompositores 
se encontra na 
reciclagem de matéria 
orgânica, fornecendo 
matéria inorgânicapara os 
produtores. 
Consumidores 
Os organismos heterotróficos são chamados de consumidores uma vez que dependem da matéria orgânica 
fabricada pelos produtores. De acordo com sua posição na cadeia alimentar, os consumidores são classificados 
em: 
• consumidores primários – representados pelos herbívoros (que se alimentam diretamente do 
produtores). 
• consumidores secundários – representados pelos carnívoros que se alimentam de herbívoros 
• consumidores terciários – representados pelos carnívoros que se alimentam de consumidores 
secundários 
• e assim por diante 
Decompositores 
Os decompositores são seres heterotróficos, que conseguem a 
matéria e energia para o funcionamento de suas atividades vitais a partir da 
oxidação da matéria orgânica eliminada no ambiente. 
Uma parte da matéria orgânica ingerida é oxidada no processo de respiração 
celular, objetivando gerar energia para atender as demandas metabólicas e manter a homeostase (o equilíbrio) 
corporal. Durante esse processo, parte da matéria orgânica é convertida e devolvida ao meio na forma de gás 
carbônico (forma inorgânica). A outra parte é retida e utilizada no processo de formação de corpo do organismo 
(crescimento e regeneração). A parte que não foi digerida e excretas são lançadas no ambiente, bem como o 
próprio organismo, após sua morte. Estes restos lançados no ambiente servem aos decompositores. 
Os decompositores são representados por bactérias e fungos que vivem 
no solo e na água e atuam na transformação da matéria orgânica em matéria 
inorgânica. 
Através da decomposição da matéria orgânica, esses organismos 
devolvem os nutrientes (matéria inorgânica) ao ambiente, que será 
posteriormente reabsorvido pelos produtores para a síntese de mais 
matéria orgânica, gerando uma nova cadeia alimentar. Por isso 
quando os representamos nas cadeias alimentares, eles constituem 
sempre o último nível trófico. 
Representação 
Toda cadeia alimentar começa com um produtor, que alimenta um consumidor e posteriormente é 
decomposto pelo decompositor. Na representação, identificamos os organismos pelo nome (podendo ou não te 
uma figura associada) e inserimos setas para representar o fluxo de energia. Por exemplo, uma cadeia completa: 
ROSA � PULGÃO � JOANINHA � PÁSSARO � BACTÉRIA 
1º Nível 
Trófico 
 
2º Nível 
Trófico 
 
3º Nível 
Trófico 
 
4º Nível 
Trófico 
 
5º Nível 
Trófico 
Produtor 
Consumidor 
Primário 
 
Consumidor 
Secundário 
 
Consumidor 
Terciário 
 Decompositor 
Outro exemplo, a cadeia alimentar da figura que segue:
 
Nesta cadeia alimentar não estão representados os 
decompositores. Por estarem sempre presentes e 
decomporem toda a matéria orgânica, alguns autores não 
incluem os decompositores nos esquemas de cadeia 
alimentar. No entanto, isso deixa a cadeia
 
 
Fig.06. Exemplo de cadeia alimentar
 
 
As cadeias alimentares podem ser divididas em dois tipos: as que começam pelos vegetais vivos e
pelos herbívoros e carnívoros e as que se iniciam pelos detritos vegetais e animais e passam pelos
(Fig.07.) 
Fig.07. Cadeia alimentar e fluxo de energia (fonte: Braga
MARGARIDA � GRILO 
1º Nível 
Trófico 
 
2º Nível 
Trófico 
Produtor 
Consumidor 
Primário
deia alimentar da figura que segue: 
Nesta cadeia alimentar não estão representados os 
decompositores. Por estarem sempre presentes e 
decomporem toda a matéria orgânica, alguns autores não 
incluem os decompositores nos esquemas de cadeia 
No entanto, isso deixa a cadeia incompleta. 
. Exemplo de cadeia alimentar 
As cadeias alimentares podem ser divididas em dois tipos: as que começam pelos vegetais vivos e
pelos herbívoros e carnívoros e as que se iniciam pelos detritos vegetais e animais e passam pelos
. Cadeia alimentar e fluxo de energia (fonte: Braga et al, 2005) 
 � SAPO � COBRA 
2º Nível 
 
 
3º Nível 
Trófico 
 
4º Nível 
Trófico 
Consumidor 
Primário 
 
Consumidor 
Secundário 
 
Consumidor 
Terciário 
As cadeias alimentares podem ser divididas em dois tipos: as que começam pelos vegetais vivos e passam 
pelos herbívoros e carnívoros e as que se iniciam pelos detritos vegetais e animais e passam pelos detritívoros 
� ÁGUIA 
 
5º Nível 
Trófico 
 
Consumidor 
Quaternário 
 
Teia alimentar 
Teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos 
consumidores e decompositores por numerosos caminhos
cadeias alimentares de um ecossistema representadas juntas.
Em uma teia alimentar, o nível trófico de um organismo pode variar dependendo da cadeia escolhida.
exemplo, observe a garça na teia aliment
consumidor secundário. 
Fig.08.Teia alimentar 
Cadeia 1 
 
Cadeia 2 
 
 
Fitoplâncton � Insetos 
Produtor 
Consumidor 
Primário
Fitoplâncton � Peixinho
Produtor 
Consumidor 
Primário
Teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos 
consumidores e decompositores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam.
cadeias alimentares de um ecossistema representadas juntas. 
Em uma teia alimentar, o nível trófico de um organismo pode variar dependendo da cadeia escolhida.
na teia alimentar que segue. Ela pode tanto ser um consumidor terciário quanto um 
 � Sapo � Garça 
Consumidor 
Primário 
 
Consumidor 
Secundário 
 
Consumidor 
Terciário 
Peixinho � Garça 
Consumidor 
Primário 
 
Consumidor 
Secundário 
 
Teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos 
opcionais que se cruzam. Seriam todas as possíveis 
Em uma teia alimentar, o nível trófico de um organismo pode variar dependendo da cadeia escolhida. Por 
pode tanto ser um consumidor terciário quanto um 
 
 
 
 
Produtividade do Ecossistema
 
A quantidade de matéria orgânica produzida ou transferida em certa área e
tempo para um nível trófico é denominada de
quantidade de matéria orgânica ou de energia fixada, 
população, plantação ou indivíduo). 
A energia solar que chega à sup
para elaboração de compostos orgânicos pela fotossíntese.
matéria orgânica em um ecossistema pode ser avaliada 
corresponde ao total de matéria orgânica
certa área. 
 
 
No entanto, os produtores gastam
respiração - para sua auto-manutenção (atividades 
reprodutivos, etc.) 
Descontando do total produzido
quantidade de matéria orgânica consumida, 
durante esse mesmo período, na respiração
(R), temos a produtividade primária líquida
(PPL), que pode ser representada pela
equação: 
PPB – R = PPL 
A PPL é a quantidade de matéria e energia que estará disponível para o próximo nível trófico.
A produtividade primária de um ecossiste
importantes são a intensidade luminosa
quantidade de sais minerais. 
Por isso, em um mesmo ecossistema, a produtividade primária 
exemplo: no verão, a produtividade bruta sofre um crescimento quando
A taxa na qual ocorre o aumento da quantidade de matéria orgânica 
grau de estabilidade: 
• Se a produção bruta total for superior às taxas de respiração (P
ecossistema sucessional, ou seja está em fase de crescimento, de desenvolvimento.
• Já se a produção bruta total for igual às taxas de respiração (
ou seja está maduro, já se desenvolveu ao máximo.
• Ecossistemas com a produção bruta total menor que nas taxas de respiração (P
ecossistemas em declínio, provavelmente sofrendo algum tipo de impacto ambiental.
do Ecossistema 
A quantidade de matéria orgânica produzida ou transferida em certa área e em determinado intervalo de 
nível trófico é denominada de produtividade. A produtividade se refereao 
quantidade de matéria orgânica ou de energia fixada, no universo considerado (ecossistema, 
energia solar que chega à superfície terrestre é, em parte, absorvida pelos produtores, que a utilizam 
para elaboração de compostos orgânicos pela fotossíntese. A atividade de absorção de energia para conversão de 
um ecossistema pode ser avaliada através da produtividade 
corresponde ao total de matéria orgânica produzida (em gramas) pela fotossíntese, 
gastam parte da energia acumulada nos compostos orgânicos 
manutenção (atividades metabólicas, crescimento, formação de elementos 
produzido a 
quantidade de matéria orgânica consumida, 
respiração 
rodutividade primária líquida 
), que pode ser representada pela 
Fig.09. Produtividade Primária
é a quantidade de matéria e energia que estará disponível para o próximo nível trófico.
de um ecossistema é controlada por vários fatores, 
intensidade luminosa, a disponibilidade de água, de gás carbônico
m um mesmo ecossistema, a produtividade primária pode varia
o verão, a produtividade bruta sofre um crescimento quando comparada à do inverno. 
umento da quantidade de matéria orgânica em um ecossistema pode definir seu 
a produção bruta total for superior às taxas de respiração (PPB/R > 1,0), então trata
ecossistema sucessional, ou seja está em fase de crescimento, de desenvolvimento.
Já se a produção bruta total for igual às taxas de respiração (PPB/R = 1,0) então é um ecossistema clímax, 
ou seja está maduro, já se desenvolveu ao máximo. 
Ecossistemas com a produção bruta total menor que nas taxas de respiração (P
em declínio, provavelmente sofrendo algum tipo de impacto ambiental.
em determinado intervalo de 
A produtividade se refere ao aumento da 
o universo considerado (ecossistema, comunidade, 
erfície terrestre é, em parte, absorvida pelos produtores, que a utilizam 
absorção de energia para conversão de 
 primária bruta (PPB), que 
pela fotossíntese, durante certo tempo, em 
compostos orgânicos – pela 
, crescimento, formação de elementos 
Fig.09. Produtividade Primária 
é a quantidade de matéria e energia que estará disponível para o próximo nível trófico. 
é controlada por vários fatores, dentre os quais os mais 
gás carbônico, de nutrientes e a 
variar significativarnente. Por 
do inverno. 
em um ecossistema pode definir seu 
B/R > 1,0), então trata-se de um 
ecossistema sucessional, ou seja está em fase de crescimento, de desenvolvimento. 
tão é um ecossistema clímax, 
Ecossistemas com a produção bruta total menor que nas taxas de respiração (PPB/R < 1,0) são 
em declínio, provavelmente sofrendo algum tipo de impacto ambiental. 
Tabela 1 – Valores aproximados de produtividade primária líquida para diversas regiões da Terra. 
Tipo de Ecossistema Clima Produtividade (Kcal/m2/ano) 
Deserto 400 
Oceano 800 
Lago Temperado 800 
Lago Poluído Temperado 2.400 
Floresta de Coníferas Temperado 11.200 
Floresta Tropical Pluvial Tropical 20.000 
Cultura Agrícola Anual Temperado 8.800 
Cultura Agrícola Perene Temperado 12.000 
Cultura Agrícola Anual Tropical 12.000 
Cultura Agrícola Perene Tropical 30.000 
Pântano Temperado 17.100 
Pântano Tropical 30.000 
Fonte: Kormondy, 1976, in Braga et al, 2005. 
Existe ainda outro tipo de produtividade, chamada 
secundária, que é representada pela energia acumulada nos 
consumidores. A produtividade secundária (P ou P2) não 
deve ser dividida em quantidades brutas e líquidas, porque 
os organismos apenas utilizam materiais alimentares já 
produzidos, com perdas por respiração. 
Fig.10. Produtividade Secundária 
Fig.11. Diagrama simplificado de corrente de energia descrevendo três níveis tróficos (Odum, 1985). E – energia ; 
LA – luz absorvida ; PB – produção bruta ; P – produção secundária ; A – assimilado ; NU – não ingerida ; NA – não 
assimilada ; R – respiração . 
Eficiência Ecológica 
Eficiência ecológica é a relação de energia entre diferentes níveis de uma cadeia alimentar 
 
Eficiência ecológica é a proporção do fluxo de energia em diversos pontos ao longo em uma cadeia 
alimentar. de um nível trófico para o outro. 
A energia contida em determinado alimento 
ingerido sofre desmembramentos e toma caminhos 
diferentes. A parte do alimento ingerido que não é 
absorvida é eliminada sob a forma de fezes, e com ela 
vai também a energia ali contida. O restante é 
assimilado. 
No entanto, da parte assimilada, a maior parte 
é consumida em processos metabólicos (primeiramente 
a respiração) para a própria manutenção do organismo, 
inclusive na obtenção de mais alimento. O restante da 
energia assimilada pelo organismo é a energia 
secundária, acumulada no próprio ser vivo, estimulando 
seu crescimento. 
A figura ao lado, mostra as relações entre essas 
variáveis (Fig.12). Todas elas podem ser usadas para 
estimar o fluxo de energia entre dois níveis tróficos 
diferentes. 
Fig.12. Relações entre ingestão, assimilação, excretas respiração e produção secundária (Pinto-Coelho, 2000) 
Embora seja muito variável a eficiência ecologia de cada ser vivo, consideramos, de modo geral, que essa 
eficiência é de, aproximadamente, apenas 10%. Ou seja, praticamente 90% da energia total de um nível trófico 
são consumidos na atividade metabólica ou perdidos como restos e não são transferidos para o próximo nível. 
Por isso, como vimos anteriormente, as cadeias alimentares não apresentam tantos níveis tróficos. Seria 
inviável energeticamente falando. 
Quanto ao papel do homem na produtividade de um ecossistema, cabe aqui ressaltar que, como 
organismo vivo, ele também se alimenta. Sendo onívoro (várias fontes de alimento diferentes), pode assumir 
papel em diferentes níveis tróficos. Independente do nível que assuma, se preocupa com a produtividade básica, 
sempre investindo para poder extrair o máximo que o ambiente puder oferecer. 
“Os esforços despendidos pelo homem não aumentaram a produtividade bruta, que é 
sempre máxima nas condições naturais. Porém, tem-se conseguido aumento 
considerável na produtividade líquida, que é o que interessa, por meio de redução de 
perdas de energia e desenvolvimento de variedades que produzam em maior quantidade 
órgãos consumíveis pelo homem, como frutos e folhas, em vez de caule e raiz.” Braga et 
al 2005 p.18 
Atenção! 
Pirâmides Ecológicas são 
representações gráficas das 
cadeias alimentares, onde o 
primeiro nível trófico forma 
sempre a sua base. 
Pirâmides Ecológicas 
 
Como vimos em aulas anteriores, a energia solar que entra no ecossistema é absorvida pelos produtores 
através da fotossíntese e fica armazenada nas moléculas orgânicas decorrentes deste processo. 
Assim, a energia passa pelos diversos níveis tróficos das cadeias alimentares, sofrendo transformação, 
sendo perdida para o ambiente pelos processos de oxidação da matéria orgânica e, consequentemente, 
tornando-se cada vez menos 
aproveitável. Por isso, o fluxo de 
energia diminui gradativamente a 
cada passagem de um nível trófico 
a outro. 
Num ecossistema, muitos 
produtores são necessários para 
suprir um número menor de 
herbívoros que, por sua vez, serão 
capazes de alimentar ainda menos 
carnívoros, o que faz com que as 
cadeias sejam curtas, com poucos 
níveis tróficos. 
Fig.13. Fluxo de energia em um 
ecossistema (Vida) 
Ao utilizarmos cadeias para realizar o estudo das relações alimentares 
entre os seres vivos estamos buscando um caráter qualitativo. No entanto, 
quando queremos saber como os níveis tróficos são ocupados em 
determinado sistema, precisamos de uma análise quantitativa. 
Por isso as cadeias alimentares podem ser representadas 
graficamentepor meio de uma pirâmide na qual cada retângulo 
sobreposto se refere a um dos níveis tróficos do ecossistema e os 
produtores são sempre colocados na base. Este modelo é chamado 
de Pirâmides Ecológicas. 
Elas podem ser, em alguns casos, de grande utilidade para sintetizar essas relações tróficas. Como a 
quantidade tanto de energia quanto de massa tende a diminuir de um nível trófico para o outro, podemos criar 
um concepção gráfica, onde a base é sempre mais larga que o ápice. 
Podemos descrever três processos distintos através das pirâmides ecológicas: a quantidade de energia, o 
número de indivíduos e a quantidade de matéria orgânica. 
 
Pirâmide de Energia 
Representa a quantidade (Kcal) de energia absorvida a cada nível trófico. A energia não é acumulada, a 
quantidade de energia sofre um decréscimo progressivo (ela vai diminuindo) à medida que vai passando de um 
organismo para o outro. Por isso, a pirâmide de energia não pode ser invertida. 
a) 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
 
Pirâmide de Número 
Representa o número de organismos a cada nível trófico
número proporcional da quantidade de 
cadeia alimentar. Por isso a pirâmide de números é a apresenta mais variações
formato padrão de pirâmide (Fig.15a) como pode também aparecer invertida (Fig.15b)
Fig.15. a) Exemplo de pirâmide de 
Pirâmide de Biomassa 
Representa a quantidade (kg) de ma
como vimos nas outras pirâmides, há um
acontece, pois a matéria consumida como alimento
Assim, os produtores terão a maior biomassa e
nos níveis superiores. No entanto, as pirâmides de biomassa s
• Onde os produtores são bem menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada vez 
maiores. 
• Este tipo de ecossistema só pode existir devido à
representados ali geralmente pelo fitoplâncton.
Fig.14. Exemplo de pirâmide de energia
epresenta o número de organismos a cada nível trófico. Sendo que a largura dos níveis representa
de indivíduos de cada espécie necessária para a alimentação
. Por isso a pirâmide de números é a apresenta mais variações. Ela pode se apresentar no 
formato padrão de pirâmide (Fig.15a) como pode também aparecer invertida (Fig.15b) 
Exemplo de pirâmide de número normal. b) Exemplo de pirâmide de 
epresenta a quantidade (kg) de matéria orgânica viva (biomassa) a cada nível trófico
há um decréscimo quantitativo de matéria a partir dos produtores. Isso 
a matéria consumida como alimento nunca é totalmente aproveitada. 
os produtores terão a maior biomassa e constituem a base da pirâmide, 
No entanto, as pirâmides de biomassa são invertidas em ecossistemas aquáticos
os produtores são bem menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada vez 
istema só pode existir devido à alta velocidade de reprodução dos produtores 
representados ali geralmente pelo fitoplâncton. 
. Exemplo de pirâmide de energia 
. Sendo que a largura dos níveis representa o 
alimentação de cada nível da 
Ela pode se apresentar no 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de pirâmide de número invertida. 
 
a cada nível trófico. Da mesma forma 
a partir dos produtores. Isso 
constituem a base da pirâmide, decrescendo a biomassa 
ão invertidas em ecossistemas aquáticos (Fig.16): 
os produtores são bem menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada vez 
alta velocidade de reprodução dos produtores 
Fig.16. Pirâmide de biomassa de ecossistema marinho. 
Na Fig.16, ainda que a biomassa dos produtores seja menor do que a dos consumidores primários, a 
elevada capacidade reprodutora dos fitoplânctons permite a renovação constante e rápida do estoque de matéria 
orgânica para os consumidores primários e, dessa forma, mantém-se o equilíbrio da comunidade. 
 
Amplificação Biológica 
Em uma cadeia alimentar, a energia e a matéria são transferidas. Assim, tanto nutrientes necessários 
quanto poluentes podem ser passados, através da alimentação, de um organismo para outro. Um determinado 
composto químico, se não puder ser metabolizado, pode ser acumulado por um organismo, de acordo com a 
fonte de alimento. 
A amplificação biológica (ou bioamplificação) é o aumento da concentração de compostos orgânicos ou 
inorgânicos (geralmente poluentes) nos organismos de uma cadeia alimentar. 
Compostos Inorgânicos: elementos radioativos e metais pesados (mercúrio, chumbo e cádmio) 
presentes em processos industriais, no lixo eletrônico e garimpos irregulares. 
Compostos Orgânicos: compostos organoclorados (pesticidas, larvicidas e inseticidas como o DDT 
e o BHC) que acumulam em tecidos adiposos e cloreto de vinila, muito usada na produção de 
plásticos. 
Em um ecossistema, os produtores podem assimilar pequenas quantidades de substâncias tóxicas 
dispersas no ambiente, o que pode não ser tóxico para eles. Quando os produtores são consumidos por 
herbívoros, toda a substância tóxica é assimilada e permanecerá no organismo destes consumidores primários. 
Quanto mais produtores contaminados o consumidor ingerir, mais composto irá acumular, uma vez que tal 
substância não pode ser metabolizada. E assim segue o ciclo: um ser vivo se alimenta de outro e os poluentes vão 
se acumulando na cadeia alimentar (Fig.17). 
Portanto, os seres que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores terciários, uma vez 
que ingerem muito mais poluentes do que todos os outros participantes da teia. 
O fenômeno da amplificação biológica é medido em ppm (parte por milhão) e ocorre em função de três 
fatores: 
1) Como vimos anteriormente, podemos dizer que é necessário um grande número de elementos do nível trófico 
anterior para alimentar um único elemento do nível trófico seguinte; 
2) O poluente considerado deve ser recalcitrante ou de difícil degradação; 
3) O poluente deve ser lipossolúvel. O que dificulta a sua concentração na urina para ser eliminado e devolvido ao 
ambiente. 
Muitos destes compostos tóxicos tendem a ser absorvidos por organismos e passam a acumular-se tanto 
no próprio organismo (bioacumulação) como também na cadeia alimentar (biomagnificação). 
Bioacumulação – acúmulo de compostos orgânicos ou inorgânicos em um determinado 
organismo ao longo do tempo. 
Biomagnificação – acúmulo por transferência de compostos orgânicos ou inorgânicos de um 
determinado nível trófico para outro. 
 
O resultado da amplificação é que alguns animais vão se extinguindo. O Acúmulo do DDT, por exemplo, 
faz com que os ovos de muitas aves tenham casca muito frágil, impedindo que sejam chocados. 
O próprio homem, por ser topo de cadeia, está exposto a sérios riscos de saúde, pois essas substâncias 
tóxicas podem provocar várias doenças como: câncer, lesões hepáticas (fígado), esterilidade, danos aos sistemas 
nervoso e muscular, doenças de pele, distúrbios renais, entre outros. 
 
Fig.17. Bioacumulação e Biomagnificação - Fonte: http://biorocha.blogspot.com/ 
 
Relações ecológicas 
 
Relações Ecológicas são as diversas relações entre os seres vivos. Para as futuras análises sempre 
consideramos relações entre dois indivíduos ou duas populações.
CLASSIFICAÇÃO: 
Quanto às espécies participantes: 
• Intraespecíficas ou Homotípicas: 
mesma espécie. 
• Interespecíficas ou Heterotípicas: 
espécies diferentes. 
 
 
 
INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS 
Colônia 
Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que 
revelam um grau de interdependência e se mostram ligados uns 
aos outros em nível anatômico e fisiológico, sendo impossível a 
vida de forma isolada do conjunto, podendo ou n
divisão do trabalho. Diferenciamos dois tipos de colônia:
• Isomorfas (ou homeomorfas): Não há diferença 
morfológica entre os indivíduos da colônia nem divisão do 
trabalho. Ex.:Corais. 
• Heteromorfas: Os indivíduos que compõe a colônia 
apresentam diferenças morfológicas e divisão do trabalho. 
Ex.: Caravela; hidrozoários 
Sociedade 
São agrupamentos estáveis de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isolada, 
mas preferem viver na coletividade para obter vantagens. Não há ligação morfológica como nas colônias. Os 
indivíduos de uma sociedade têm independência física uns dos outros.
trabalho. 
Diferenciamos dois tipos de sociedade:
• Isomorfas: Todos os indivíduos nascem iguais, sem predefinição morfológica de trabalho (podendo haver 
distinção entre os sexos). Ex.: sociedade de vertebrados como peixes, lobos, elefantes e o próprio 
homem. 
ão as diversas relações entre os seres vivos. Para as futuras análises sempre 
consideramos relações entre dois indivíduos ou duas populações. 
Quanto ao resultado da relação: 
• Harmônicas: sem prejuízo para ambos os participantes.
- Positivo para ambos os seres ( + ; + )
- Positivo para um e indiferente para outro
• Desarmônicas: com prejuízo para ao menos um 
- Negativo para um e positivo para outro ( + ; 
- Negativo para ambos os seres ( 
- Negativo para um e indiferente para outro ( 0 ; 
Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que 
revelam um grau de interdependência e se mostram ligados uns 
aos outros em nível anatômico e fisiológico, sendo impossível a 
vida de forma isolada do conjunto, podendo ou não ocorrer 
divisão do trabalho. Diferenciamos dois tipos de colônia: 
(ou homeomorfas): Não há diferença 
morfológica entre os indivíduos da colônia nem divisão do 
: Os indivíduos que compõe a colônia 
iferenças morfológicas e divisão do trabalho. 
Fig.18. Coral, um exemplo de colônia
São agrupamentos estáveis de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isolada, 
ividade para obter vantagens. Não há ligação morfológica como nas colônias. Os 
indivíduos de uma sociedade têm independência física uns dos outros. Nas sociedades é comum a divisão de 
Diferenciamos dois tipos de sociedade: 
indivíduos nascem iguais, sem predefinição morfológica de trabalho (podendo haver 
distinção entre os sexos). Ex.: sociedade de vertebrados como peixes, lobos, elefantes e o próprio 
ão as diversas relações entre os seres vivos. Para as futuras análises sempre 
para ambos os participantes. 
Positivo para ambos os seres ( + ; + ) 
Positivo para um e indiferente para outro ( + ; 0 ) 
menos um dos participantes. 
Negativo para um e positivo para outro ( + ; - ) 
Negativo para ambos os seres ( - ; - ) 
Negativo para um e indiferente para outro ( 0 ; - ) 
Fig.18. Coral, um exemplo de colônia isomorfa 
São agrupamentos estáveis de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isolada, 
ividade para obter vantagens. Não há ligação morfológica como nas colônias. Os 
Nas sociedades é comum a divisão de 
indivíduos nascem iguais, sem predefinição morfológica de trabalho (podendo haver 
distinção entre os sexos). Ex.: sociedade de vertebrados como peixes, lobos, elefantes e o próprio 
• Heteromorfas: Cada indivíduo é anatomicamente 
modificado para a função que realiza. Dentro dessa 
variedade de formas, cada grupo diferente é denominado 
casta. Ex.: insetos sociais como as formigas, cupins e 
abelhas (divisão de trabalho atinge nível máximo). 
 
Fig.19. Lobos, um exemplo de sociedade isomorfa 
 
INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 
Canibalismo 
Ela ocorre quando animais menores, mais fracos ou doentes são devorados por outros maiores e sadios. É 
comum em artrópodes após o ato sexual, principalmente entre algumas espécies de aracnídeos e insetos, onde a 
fêmea devora o macho depois (ou até mesmo durante) a cópula. 
O canibalismo também ocorre em populações onde os recursos se 
tornaram escassos, devido ao crescimento excessivo do número de seus 
integrantes. 
Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie. Na 
espécie humana, quando existe, recebe o nome de antropofagia (do grego 
anthropos, homem; phagein, comer). 
Ex.: escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc. 
Fig.20. O louva-deus fêmea devora o macho para garantir a postura de ovos. 
 
Competição Intraespecífica 
É a briga, entre indivíduos de uma mesma população, por algum tipo de recurso ambiental (alimento/luz, 
abrigo ou reprodução) que não existe em quantidade adequada para todos. 
Ocorre desvantagem para ambos, pois há um gasto de energia das duas partes para se conseguir o 
recurso. Geralmente apenas uma das partes consegue, no entanto podem ocorrer casos em que nenhum dos dois 
indivíduos obtém sucesso ou que dividam o recurso. 
 
INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS 
Protocooperação 
Trata-se de uma associação entre espécies diferentes, na qual ambas se beneficiam; contudo, tal 
associação não é obrigatória, podendo cada espécie viver de modo independente, sem a necessidade de se. Ex.: 
• Abelhas e plantas com flores - a ação de insetos que procuram o néctar das flores e contribuem 
involuntariamente para a polinização das plantas. 
• Paguro e actínias - também conhecido como eremita, trata-se de um crustáceo marinho que apresenta o 
abdômen longo e mole, desprotegido de exoesqueleto. A fim de proteger o abdomên, o paguro vive no 
interior de conchas vazias de caramujos. Sobre a concha aparecem actínias ou anêmonas-do-mar 
(celenterados), animais portadores de tentáculos urticantes, que afugentam os predadores. Ao paguro, a 
actínia não causa mal. Ele, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em 
busca de alimento. 
• Pássaro-palito e crocodilo - o pássaro-palito penetra na 
boca dos crocodilos, alimentando-se de restos 
alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A 
vantagem é mútua, porque, em troca do alimento, o 
pássaro livra os crocodilos dos parasitas. 
• Anu e gado - o anu é uma ave que se alimenta de 
carrapatos existentes na pele do gado, capturando-os 
diretamente. Em troca, o gado livra-se dos indesejáveis 
parasitas. 
Fig.21. A abelha poliniza a planta e leva o néctar. 
Mutualismo (simbiose) 
Mutualismo é toda associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual ambos se beneficiam. Essa 
associação é tão íntima (a nível anatômico e fisiológico), que a sobrevivência dos seres quando são separados 
torna-se impossível. 
Alguns autores usam o termo simbiose para caracterizar o que definimos como mutualismo. Outros 
utilizam o termo simbiose para aquelas situações em que dois ou mais organismos estão vivendo fisicamente 
juntos, portanto abrangendo, além do mutualismo, o comensalismo e a protocooperação. Ex.: 
• Líquens - constituem associações entre algas unicelulares e certos fungos. As algas sintetizam matéria 
orgânica e fornecem aos fungos parte do alimento produzido. Esses, por sua vez, retiram água e sais 
minerais do substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de 
algas, protegendo-as contra desidratação. 
• Cupins e protozoários - ao comerem madeira, os cupins obtêm grandes quantidades de celulose, mas não 
conseguem produzir a celulase, enzima capaz de digerir a 
celulose. Em seu intestino existem protozoários 
flagelados capazes de realizar essa digestão. Assim, os 
protozoários se valem em parte do alimento do inseto e 
este, por sua vez, se beneficia da ação dos protozoários. 
Nenhum deles, todavia, poderia viver isoladamente. 
• Ruminantes e microorganismos - no estômago dos 
ruminantes também se encontram bactérias que 
promovem a digestão da celulose ingerida com a 
folhagem. 
Fig.22. A vaquinha mastiga para os microorganismos digerirem. 
• Bactérias e raízes de leguminosas - no ciclo do nitrogênio, bactérias do gêneroRhizobium produzem 
compostos nitrogenados que são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas bactérias 
a matéria orgânica necessária ao desempenho de suas funções vitais. 
• Micorrizas - são associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros, 
tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros 
nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada. 
 
Comensalismo 
É a relação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um deles aproveita os restos dos recursos de 
outro sem prejudicá-lo. 
O ser que aproveita os restos de algum recurso é 
denominado comensal. Ex.: 
• Rêmora e tubarão - A rêmora é um peixe dotado 
de ventosa com a qual se prende ao ventre dos 
tubarões, aproveita os restos alimentares que 
caem na boca do seu grande "anfitrião". 
• Entamoeba colie e ser humano – a entamoeba é 
um protozoário comensal que vive no intestino 
humano, onde se nutre dos restos da digestão. 
Fig.23. O pássaro come as migalhas que deixamos. 
 
Inquilinismo 
É uma outra associação em que apenas uma espécie se beneficia. Um 
indivíduo procura abrigo ou suporte no corpo de outra espécie sem prejudicá-
Io, ou seja, não interfere em seu desenvolvimento. 
Ex.: 
• Peixe-agulha e holotúria - o peixe-agulha apresenta um corpo fino e 
alongado e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no 
interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-Ios. 
• As epífitas (epi = em cima ; fito = planta) são plantas que crescem 
sobre outras plantas sem parasitá-Ias, usando-as apenas como 
suporte. Ex.: as orquídeas e as bromélias. 
 
Fig.24. Bromélias não prejudicam a outra planta. 
Inquilino – espécie que vive anexada, dentro ou fora de outro organismo (hospedeiro) 
Hospedeiro – organismo que abriga a espécie inquilina 
 
INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 
Predatismo 
Também conhecida como predação, esta é uma interação desarmônica, na qual um indivíduo ataca, mata 
e devora outro de espécie diferente. A morte da presa pode ocorrer antes ou durante a sua ingestão. 
Predador – ser que busca outro ser para se alimentar 
Presa – ser que serve de alimento ao predador 
Um predador, no geral, apresenta características típicas: 
- Possui tamanho maior que o de suas presas 
- Mata a sua presa ao se alimentar 
- Utiliza, normalmente, vários indivíduos como presas para sua alimentação ao longo do dia ou de sua 
vida. 
Alguns predadores forrageiam, isto é, movimentam-se pelo ambiente em busca de presas. Outros utilizam 
a estratégia da espera, e há ainda aqueles que preparam armadilhas, como as teias tecidas pelas aranhas. Ex.: 
• Tamanduás, que se alimentam de formigas; 
• Onças que caçam preás; 
• Sapos ou aranhas, que capturam insetos; 
• Gaviões e corujas comedores de cobras e ratos; 
• Joaninhas que comem pulgões; 
• Plantas carnívoras - exemplo de predação entre os vegetais. Elas 
complementam sua necessidade de nutrientes obtendo-os pela 
decomposição de pequenos insetos e animais, que capturam em 
folhas adaptadas para isso. Dessa forma, podem sobreviver em solos 
pobres em compostos nitrogenados. 
Fig.25. A aranha é o predador, o ponto preto é a presa. 
Parasitismo 
Relação desarmônica entre indivíduos de espécies diferentes na qual um vive à custa do outro, 
necessariamente causando-lhe prejuízos ao retirar algum recurso. 
Comumente, o parasita é bem menor que seu hospedeiro, desenvolve-se sobre ou dentro de um ou 
poucos hospedeiros, possui ciclo de vida bem mais curto e fecundidade, muitas vezes, mais alta; geralmente é 
fisiologicamente dependente de seu hospedeiro, ou seja, é uma associação obrigatória para o parasita. 
Em geral, os prejuízos causados pelo parasita não chegam a debilitar o hospedeiro de forma significativa, 
e dificilmente ocasionam a sua morte. 
Encontramos parasitas em quase todos os grupos de organismos: bactérias, protozoários, fungos, vermes, 
insetos e até mesmo plantas. 
Diversos parasitas usam um terceiro organismo, que funciona como vetor É por isso que muitas 
campanhas de combate a doenças parasitárias visam à eliminação do vetor, como ocorre no caso da dengue. 
Parasita – São organismos que se instalam e vivem no corpo de outros dos quais retiram 
alimentos ou outros recursos que seriam usados. Este é o indivíduo que prejudica. 
Hospedeiro – Ser que abriga outro ser em si, internamente ou externamente. Este é o indivíduo 
prejudicado. 
Vetor – Organismo que funciona como agente contaminador, dispersando o parasita entre um 
hospedeiro e outro; não é atingido pelo parasita. 
Parasitóide – Grupo de animais que possui características fisiológicas de parasitas, mas que ao 
longo do seu desenvolvimento acabam sempre matando o seu hospedeiro. Geralmente são 
insetos que depositam seus ovos dentro de outros animais. Ex.: vespa 
Quanto à localização nos hospedeiros, os parasitas podem ser: 
• Ectoparasitas - se localizam nas partes externas dos 
hospedeiros. Exemplos: a sanguessuga, o piolho, a pulga, 
erva-de-passarinho, cipó-chumbo, etc. 
• Endoparasitas - se localizam nas partes internas dos 
hospedeiros. Exemplos: as tênias (solitárias), o esquistossomo, 
minas, galhas, brocas, etc. 
Fig.26. Carrapato, um ectoparasita. 
Outros exemplos: 
• Vírus - utiliza as organelas e moléculas da bactéria para se reproduzir; 
• Carrapatos entre os pelos de um cão; 
• Lombriga (Ascaris lumbricoides), parasita humano. 
• Cuscuta racemosa, ou cipó--chumbo, conhecida também como fio-de-ovos por sua aparência. 
 
Amensalismo 
Relação na qual uma espécie produz e libera substâncias que inibem ou impedem o nascimento, 
desenvolvimento ou reprodução de outra espécie, podendo até mesmo matá-la. Um dos seres é prejudicado sem 
que disso resulte benefícios para o outro. 
Amensal é como chamamos os organismos que liberam naturalmente estas substâncias tóxicas. Ex.: 
• Penicillium notatum - fungos que excretam a penicilina, antibiótico que impede que as bactérias se 
reproduzam. 
• Maré Vermelha - dinoflagelados Gonyaulax (algas planctônicas de cor avermelhada) secretam substâncias 
tóxicas; quando em superpopulação (ambiente favorável), a alta concentração destas substâncias pode 
determinar a morte da vida marinha. 
• Eucalipto – as raízes ou folhas que caem no solo, ao serem 
decompostas, liberam substâncias que inibem a 
germinação de sementes de outras plantas. 
 
Fig.27. Folhas de eucalipto . 
Competição 
É bastante similar à competição intra-específica, diferenciando-se no quesito reprodução, que neste caso 
não ocorre, pois se trata de uma relação entre espécies diferentes. 
 
OUTRAS RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS 
Sinfilia (esclavagismo) 
É uma interação na qual uma espécie captura e faz uso do trabalho, das atividades e até dos alimentos de 
outra espécie. 
Ex.: os pulgões do gênero Aphis, habitam formigueiros e são beneficiados pela facilidade de encontrar 
alimentos e até mesmo pelos bons tratos a eles dispensados pelas formigas (transporte, proteção, etc). 
 
Herbivoria 
Herbivoria é a relação entre seres que se alimentam de plantas e as próprias plantas. Nela, o animal se 
beneficia do vegetal. O vegetal, por sua vez, pode sair prejudicado ou não. O prejuízo para o vegetal ocorre 
quando ele é completamente consumido ou quando deverá gastar muita energia para repor a parte perdida. No 
entanto a herbivoria pode ser benéfica se o animal trouxer alguma vantagem, como no caso da polinização e da 
dispersão de sementes. 
É uma relação de extrema importância, pois as plantas são a base da cadeia alimentar e fornecem a 
energia necessária à existência dos demais níveis tróficos em todosos ecossistemas. 
Entre os herbívoros encontram-se desde animais microscópicos até elefantes. 
Nos oceanos e corpos de água doce, o fitoplâncton e as algas são os principais representantes vegetais. 
Eles alimentam desde os pequenos crustáceos copépodas até os grandes peixes e mamíferos marinhos. 
 
ESTRATÉGIAS DE DEFESA 
DEFESAS PRIMÁRIAS 
São aquelas exibidas pela presa durante todo o tempo, independentemente da presença de um predador 
DEFESAS SECUNDÁRIAS 
São aquelas exibidas pela presa somente após o contato direto ou indireto com um predador 
Características das Populações 
Antes de vermos as características das populações, vamos relembrar este conceito. Responda abaixo: O 
que é uma População? 
 
 
 
Por  isso, elas  são unidades biológicas  com  características próprias, que  resultam do  tipo de organismo 
que a compõe, do espaço que ocupa e de suas interações com o ambiente. 
As  populações  apresentam  crescimento,  maturidade,  senilidade  (envelhecimento)  e  morte.  E  agora 
estudaremos as principais características decorrentes destes processos. 
 
Densidade populacional 
É a relação entre o número de  indivíduos de uma população e o espaço físico 
ocupado por esta mesma população. Por exemplo: 10 jacarés por hectare, ou 2 peixes 
por metro cúbico de água. 
 
Estrutura espacial 
Esta é a forma de dispersão dos indivíduos de uma população pelo 
espaço que ocupam. A distribuição pode ocorrer de  três  formas 
distintas: 
 
 
 
 
 
Agregada 
(ou Agrupada) 
Estrutura social. 
Reprodução vegetativa. 
Dispersão de curto alcance. 
Concentração de recursos. 
Aleatória 
(ou Randômica) 
Sem tendências de formar grupos. 
Distribuição desigual de recursos e 
condições. 
 
Uniforme 
(ou Homogênea) 
Interação negativa entre os 
indivíduos (alelopatia, 
territorialidade, exploração de 
recursos). 
d = nº indivíduos
área ocupada
PADRÕES  DE  DISTRIBUIÇÃO  ESPACIAL 
SÃO DEPENDENTES DE ESCALA!
Propriedades Fundamentais:  ● densidade populacional 
        ● estrutura espacial 
        ● estrutura demográfica 
Estrutura Demográfica (Distribuição etária e sexual) 
A estrutura sexual e etária de uma população é a proporção de machos e fêmeas em cada faixa de idade, 
assim caracterizando seu padrão demográfico. 
Outro parâmetro que caracteriza a estrutura sexual de uma população é a razão sexual, que é dada pelo 
número de machos sobre o número de fêmeas. Exemplo: Em algumas cidades chinesas, os abortos geram uma 
razão sexual desviada para homens (3:2). Em alguns países europeus, durante a guerra, a razão foi desviada para 
mulheres (1:5). 
A pirâmide etária é uma forma de destacar o momento pelo qual a população está passando, de acordo 
com  sua  distribuição  de  indivíduos  por  faixas  etárias.  Países  menos  desenvolvidos,  onde  a  situação  de 
saneamento e educação é mais precária, é comum apresentarem tanto mais nascimentos, quanto mais mortes de 
indivíduos mais  novos,  gerando  uma  curva  bastante  acentuada.  Países  em  desenvolvimento  também  podem 
apresentar um gráfico neste formato, sendo por isso considerado um gráfico de crescimento rápido. Países mais 
desenvolvidos, por sua vez, apesar de apresentarem taxas de natalidade menores, a curva apresentada (observe 
as figuras abaixo) tende a ser mais suave. 
 
 
 
 
 
Curvas De Sobrevivência 
As  curvas de  sobrevivência  expressam  a quantidade 
de  indivíduos  em  uma  população que  sobrevivem  ao  longo 
do  tempo.  As  curvas  de  sobrevivência  são  classificadas  em 
três tipos: 
Tipo I: a mortalidade é maior em idades mais avançadas 
Tipo II: a mortalidade é distribuída eqüitativamente por todas 
as idades 
Tipo III: a mortalidade é maior nos estágios iniciais da vida 
Uma população: 
Em Crescimento – tem maior população de indivíduos jovens. 
Madura ou estável – apresenta um número de idosos maior ou igual ao de jovens. 
Em Declínio – apresenta menor proporção de jovens em relação às outras faixas etárias. 
Crescimento Populacional 
 
O crescimento de uma população dependerá de uma série de fatores, todos relacionados ao ambiente no 
qual tal população vive. Dividimos tais fatores em dois grupos: os fatores  limitantes, externos à população; e os 
fatores determinantes, conseqüência dos fatores externos, que podem ser traduzidos em números. 
Fatores Limitantes 
Um fator limitante é qualquer fator ecológico (biótico ou abiótico), de um determinado ambiente, que atue 
sobre o crescimento (ou desenvolvimento) de uma população, condicionando as possibilidades de sucesso de um 
organismo em um ambiente. 
Bióticos: 
relações entre os seres vivos 
Abióticos: 
condições físicas do ambiente 
 
Todo organismo está submetido, no meio em que vive, às ações simultâneas de agentes físicos, climáticos, 
edáficos, químicos e bióticos. Estes agentes são responsáveis por causar no seres vivos:  
 Extinção e recolonização de certas espécies, distribuição espacial e temporal;  
 Modificação das taxas de fecundidade, natalidade e mortalidade e densidade das populações;  
 O aparecimento de modificações adaptativas (quantitativas e qualitativas) como: hibernação (baixamento da 
temperatura  e  metabolismo  no  inverno),  diapausa  (interrupção  do  desenvolvimento  de  ovos  e  larvas  de 
insetos ‐ dormência), estivação (nas altas temperaturas ou seca) e outras.  
 
Os fatores  limitantes vão variar de acordo com a população estudada. Como vimos no módulo anterior, 
ambientes aquáticos  tem  como  fator  limitante a quantidade de  luz, enquanto em ambientes  terrestres o que 
limita a produtividade é a água. 
Claro  que  teremos  outros  elementos  que  podem  atuar 
como  limitantes  nos  ecossistemas.  Embora  sempre  tenha  um 
nutriente  que  mais  limite  as  populações,  sempre  falamos  no 
plural  (Fatores  Limitantes),  pois  estes  elementos  são  o  foco 
quando se trata de elevar a produtividade de um ecossistema.  
Observe a  figura: A água  representa a produtividade. As 
madeiras  representam  os  fatores  presentes  no  ecossistema. 
Embora  exista  um  que  faça  a  água  vazar  (diminuir  a 
produtividade),  de  nada  adianta  consertar  este  aspecto  se  os 
demais não forem corrigidos também. 
Conhecer quais fatores limitam determinadas populações 
é  de  grande  importância  para  nós,  pois  permite,  por  exemplo,  
aumentar  a produtividade  agrícola  ao  inserir  os  elementos  que 
faltam na terra (como água e adubos fosfatados), além de auxiliar 
na recuperação de solos para o replantio de florestas. 
Intervalo de Tolerância 
Uma população de moscas, que vive em uma  região muito quente e muito úmida, pode aguentar uma 
queda de  temperatura no  inverno, mas  talvez não aguente  temperaturas muito baixas,  como no alto de uma 
montanha. Assim como bactérias de um rio não aguentam o alto teor de sal das águas marinhas, mas são capazes 
de aguentar a água salobra (que tem em dissolução alguns sais). 
Cada espécie apresenta um nível mínimo e um máximo de  tolerância para cada  fator ambiental. Entre 
estes valores, que chamamos de intervalo de tolerância, os indivíduos se desenvolvem bem. Dentro do intervalo 
de tolerância a um fator, existe uma quantidade ótima, com a qual o desenvolvimento da população ocorre em 
seu máximo. 
No entanto, podemos observar que na natureza os seres vivos raramente se desenvolvem no seu ponto 
ótimo em relação a um dado fator ambiental. Isso ocorre geralmente por outras populações utilizarem o mesmo 
recurso, gerando uma competição. 
Os  intervalos podem variar. Uma espécie pode apresentar grandes  intervalos de  tolerância para alguns 
fatores e pequenos  intervalos para outros. Quanto maior o  intervalo de tolerância, para todos os fatores, maior 
será  a  distribuição  da  espécie. Ou  seja,  encontraremos  indivíduos  desta  espécieem  uma  variedade maior  de 
ecossistemas. 
Em determinadas espécies, o intervalo de tolerância de um fator pode se modificar ao longo de sua vida, 
como por  exemplo, no período  reprodutivo. Neste período,  as  energias  estarão  concentradas no processo de 
produção  de  gametas,  fecundação  e  cuidados,  estando  os  indivíduos  mais  sensíveis  ao  ambiente.  Assim,  o 
período reprodutivo é considerado o mais crítico na vida de um organismo. 
 
Potencial Biótico 
É  a  capacidade  de  reprodução  determinada 
espécie,  considerando  condições  ideais,  sem  influência 
dos fatores limitantes. 
Em  condições  ideais,  o  crescimento  teórico  é 
exponencial. Seria o mesmo que dizer que a população 
tende a um número  infinito de  indivíduos. Na natureza 
isso  não  ocorre,  pois  os  organismos  estão 
constantemente sendo limitados pelo ambiente em que 
vivem. 
Ao lado, esquema demonstrativo da diferença 
entre as curvas de crescimento potencial e a de 
crescimento logístico. 
Resistência Ambiental 
É desta  forma que  referenciamos o conjunto de  fatores ambientais que  limitam o crescimento de uma 
população. Também conhecido como resistência do meio. Na figura acima, tal influência está representada pela 
região listrada. 
Valência Ecológica 
Esta é a capacidade de uma espécie em povoar os ambientes. Os prefixos “Euri” (largo) e “Esteno” (estreito) 
são utilizados para determinar o grau de  tolerância do ser vivo diante dos  fatores  limitantes Assim, elas podem ser 
classificadas em dois tipos: 
Euriécia  ‐  é  uma  espécie  de  grande  valência  ecológica 
(povoa diferentes ambientes). 
Estenoécia  ‐  é uma espécie de  fraca  valência ecológica 
(suporta pequenas variações do ambiente). 
*Atenção! A Luz também representa um fator ecológico 
de  limitância  importantíssimo.  No  entanto,  o  nome 
específico  para  tolerância  ou  intolerância  não  é muito 
utilizado,  já  que  este  pode  variar  inclusive  dentro  de 
uma mesma espécie. 
 
Fatores Determinantes 
São os fatores que promovem mudanças diretas no tamanho de uma população. Assim, elas definem seu 
crescimento. A população de um  local aumenta se nascem  indivíduos ou se chegam novos  indivíduos de outra 
região. Da mesma maneira, esta população diminui se morrem indivíduos ou se eles abandonam o local em que 
estavam vivendo. 
Assim, são quatro os fatores determinantes: 
NNaattaalliiddaaddee – nascimento de indivíduos 
IImmiiggrraaççããoo – entrada de indivíduos na população 
MMoorrttaalliiddaaddee – morte de indivíduos 
EEmmiiggrraaççããoo – saída de indivíduos 
 
AAuummeennttaamm  aa  ppooppuullaaççããoo  
 
 
DDiimmiinnuueemm  aa  ppooppuullaaççããoo  
 
Geralmente os fatores determinantes são considerados ao longo de um ano. Mas, caso se trate de seres 
que se  reproduzem  rapidamente, como os  insetos, por exemplo, este período de avaliação deve ser bem mais 
curto. 
 
QUADRO GERAL DOS FATORES ABIÓTICOS 
Fator Grandes variações Pequenas variações 
Pressão Euribáricos Estenobáricos 
Temperatura Euritermicos Estenotermicos 
Luz* Eurifóticos Estenofóticos 
Umidade Eurídricos Estenoídricos 
Salinidade Eurialinos Estenoalinos 
pH Eurionicos Estenoionicos 
Alimentação Eurifágicos Estenofágicos 
Distribuição Euritópicos Estenotópicos 
Obs.: Taxas são freqüências importantíssimas:    Taxa de natalidade = nº de Nascimento / tempo 
Taxa de mortalidade = nº de Mortes / tempo 
Fases de Crescimento Populacional 
Como vimos, uma população com recursos ilimitados se desenvolve de acordo com seu potencial biótico. 
Nestas  condições,  ocorre  um  crescimento  exponencial  nesta  população.  No  entanto,  nos  ecossistemas,  as 
populações estão constantemente  sendo  limitadas por  inúmeros  fatores.  Isso modifica a curva de crescimento 
teórico e a população eventualmente alcançará um equilíbrio com o meio em que se encontra. 
 
No  gráfico  ao  lado,  as  fases  do 
crescimento  populacional  estão  marcadas 
com letras. A é o período de adaptação; B é 
o  período  de  crescimento  exponencial;  C 
quando  o  meio  começa  a  interferir;  D 
começa a estabilizar; E representa o período 
de estabilidade (ainda sujeito a oscilações). 
 
A curva de crescimento de uma população, como a da figura, dependerá dos fatores determinantes. Caso 
haja  mais  nascimentos  e  imigrações  do  que  mortes  e  emigrações,  o  número  de  indivíduos  vai  aumentar 
(população em ascensão). Caso haja mais mortes e emigrações do que nascimentos e  imigrações, o número de 
indivíduos vai diminuir (população em declínio). Só poderemos considerar uma população estável caso o número 
de mortes e emigrações seja igual ao número de nascimentos e imigrações. 
 
 
 
 
Existem várias fases no crescimento de uma população: 
1º. Fase de crescimento lento: é a fase de adaptação da população ao ambiente. 
2º. Fase de  crescimento  rápido: é a  fase em que a população  já  se adaptou ao meio, havendo  crescimento 
numa velocidade constante e crescente (crescimento exponencial); também chamada de fase log. 
3º. Fase  de  redução  do  crescimento:  o  ambiente  começa  a  interferir  e  a  população  se  adapta,  reduz  o 
crescimento, e oscila. 
4º. Fase do equilíbrio: é a  fase em que a velocidade de  crescimento  sofre uma  redução brusca,  tendendo a 
entrar em equilíbrio. 
Crescimento populacional (N) 
NN  >>  00     população aumentando 
NN  ==  00      população com tamanho constante 
NN  <<  00      população diminuindo 
Influência das Relações Ecológicas nas Populações 
Como  já  foi mencionado,  as  relações  ecológicas  influenciam  no  desenvolvimento  de  uma  população. 
Assim como relações desarmônicas regulam o tamanho das populações, diminuindo o número de  indivíduos, as 
relações harmônicas vão estimular o desenvolvimento das populações, proporcionando maior possibilidade de 
sobrevivência do indivíduo. 
Cabe  ainda  relembrar  que  uma  relação  ecológica  ocorre  entre  duas  populações.  Sendo  assim,  cada 
população envolvida será influenciada pela outra dentro dos parâmetros da relação em questão. 
Por exemplo: Uma população de grilos interagindo com uma população de aranhas. 
Qual a relação ecológica aqui descrita? É a relação de predatismo. 
Mas, o que isso significa? 
Significa que se uma população de grilos apresenta determinada curva de crescimento real, como visto 
anteriormente, esta curva irá se modificar quando inserimos aranhas que comem grilos neste local. Assim, a curva 
de crescimento real de grilos irá diminuir, pois existe um novo fator que interage com esta população. 
Da  mesma  maneira,  uma  população  de  aranhas,  que  está  inserida  numa  comunidade,  tem  uma 
determinada curva de crescimento real. Esta curva pode se modificar, aumentando, caso sejam  inseridos grilos, 
que representam maior quantidade de alimento para a população das aranhas. 
Observe o gráfico a seguir. 
Ele mostra exatamente este processo. A  linha vermelha representa o crescimento da população de aranhas e a 
linha verde representa o crescimento da população de grilos. No momento em que as duas populações passam a 
interagir, isso interfere diretamente na população das duas. 
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	Ecologia I - 02 - Conceitos Importantes
	Ecologia I - 03 - Fluxo Energia e Materia
	Ecologia I - 04 - Cadeia e Teia Alimentar
	Ecologia I - 05 - Produtividade
	Ecologia I - 06 - Piramides Ecologicas
	Ecologia I - 07 - Relacoes Ecologicas
	Ecologia I - 08 - Dinâmica de Populacoes

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