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Universidade Estácio de Sá Curso de Enfermagem Agatha Cardoso Ribeiro Moreira Alexandre Emanuelle Hugo Jaci REDES DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) Rio de Janeiro 2018 AGATHA CARDOSO RIBEIRO MOREIRA ALEXANDRE EMANUELLE HUGO JACIARA REDES DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) Trabalho acadêmico apresentando a disciplina de Organização de Políticas da Saúde Pública, Curso de Enfermagem, Ed.Física, Universidade Estácio de Sá. Prof. Anelise Lusser Teixeira Rio de Janeiro 2018 SUMÁRIO Introdução ............................................................................. Desenvolvimento ................................................................... Introdução Emanuelle Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi instituída pela Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011, que traz o modelo de atenção em saúde mental a partir do acesso, na promoção de direitos das pessoas baseada na convivência dessas pessoas dentro da sociedade. Além de mais acessível, essa política apresenta melhores resultados, inclusive na promoção dos direitos das pessoas que necessitam de cuidados de saúde mental. A Rede ainda tem como objetivo articular ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade. Todos os serviços da RAPS pertencem ao serviço público e ampliam o acesso da população à atenção psicossocial através do acolhimento, acompanhamento contínuo e atenção às urgências e emergências, de forma a promover vínculos e garantir os direitos das pessoas que precisam de tratamento. A RAPS ainda conta com Hospitais Gerais parceiros, que oferecem leitos para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Isso garante que o paciente tenha acesso a tecnologias hospitalares, e ao melhor atendimento possível. O que é A Rede de Atenção Psicossocial A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garanti r a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuti cos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). Faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. Objetivos Objetivos gerais Tem como objetivos gerais a ampliação do acesso à atenção psicossocial da população em geral, a promoção de vínculos das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção e a garantia da articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. Objetivos específicos Também tem como objetivos específicos: a promoção dos cuidados em saúde particularmente aos grupos mais vulneráveis (criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas); a prevenção do consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas; a redução de danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas; a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária; mas ainda inclui a melhoria dos processos de gestão dos serviços, parcerias inter-setoriais entre outros. RAPS e suas diretrizes A RAPS são norteadas pelas seguintes diretrizes: Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; Combate a estigmas e preconceitos; Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; Diversificação das estratégias de cuidado; Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; Participação dos usuários e de seus familiares no controle social; Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; Promoção de estratégias de educação permanente; Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. Buscando a construção de serviços diferentes para as diferentes necessidades, elenca-se como Eixos Estratégicos para Implementação da Rede: 1. Eixo 1: Ampliação do acesso à rede de atenção integral à saúde mental. 2. Eixo 2: Qualificação da rede de atenção integral à saúde mental. 3. Eixo 3: Ações intersetoriais para reinserção social e reabilitação. 4. Eixo 4: Ações de prevenção e de redução de danos. A operacionalização da RAPS está sendo iniciada nas regiões priorizadas no Plano de Enfrentamento ao Crack (“Crack, é possível vencer”). As ações de saúde do Plano de Enfrentamento ao Crack, Álcool e Outras Drogas estão inseridas no âmbito da formação da RAPS. As ações de saúde (eixo cuidado) do Plano estão articuladas com ações de assistência social, prevenção, formação e segurança (polícia comunitária) coordenadas entre União, Estados e Municípios. Em 2012, foram realizadas visitas do Ministério da Saúde a todos os estados da federação para pactuação da RAPS e instituição dos grupos condutores com gestores estaduais e municipais. Na Atenção Básica, aqueles que têm necessidade de atendimento devido a transtornos mentais e/ou uso decorrente de álcool e outras drogas podem receber atendimento tanto nas Unidades Básicas de Saúde, como nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e Consultórios na Rua. Isso permite um primeiro acesso ao sistema de saúde antes de um encaminhamento para os demais serviços que compõe a Rede de Atenção. Centros de Atenção Psicosocial (CAPS) Outra maneira possível para acessar a Rede de Atenção Psicossocial do SUS é através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que são locais destinados a prestar atenção diária a pessoas com transtornos mentais e/ou decorrentes do uso de álcool e outras drogas, tanto em situações graves ou de crise, quanto em situações de reabilitação. Os CAPS são substitutivos ao modelo de asilo e recolhimento e valorizam a reinserção social dos pacientes através do trabalho, lazer, exercício dos direitos e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Para ser atendido nos Centros, basta procurar o serviço ou ser encaminhado pela Atenção Básica. Assim como em outras situações, o paciente também pode ir sozinho ou acompanhado. É importante procurar o serviço mais próximo e que atenda a região onde a pessoa vive. Isso ajuda a criar um cuidado em conjunto com a família e amigos. Urgência Em situações de Emergência e Urgência, o SAMU 192, UPA 24 horas, Prontos Socorros e portas de urgência hospitalares devem atender o paciente que possui transtornos mentais e/ou sofrimentos decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Nesse caso não é necessário que o serviço seja exclusivo para atendimentoda RAPS. Isso significa que um hospital público não pode recusar atendimento de emergência. Apesar das barreiras de acesso das pessoas com transtorno mental e/ou usuário de drogas, todos têm direito ao acolhimento em sua integralidade. Quando houver a necessidade de proteger o paciente, existem Unidades de Acolhimento de caráter transitório capazes de tratar o indivíduo a partir das suas condições clínicas, sem perder o estímulo a situações de convívio social, cultura, lazer, esporte, educação, entre outros. A Unidade presta cuidados contínuos, 24h por dia. O período de permanência pode ser de até seis meses, de acordo com o projeto terapêutico singular desenvolvido e discutido com o CAPS de referência. Pessoas que passaram um longo período em situação de internação também não ficam sem amparo pela RAPS. Dispostas pela Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216, de 2001), as Estratégias de Desinstitucionalização visam elaborar maneiras de garantir os direitos da pessoa com sofrimento mental, em parceria com a promoção de autonomia e progressiva inclusão social. Por fim, empreendimentos solidários e cooperativas sociais são opções para geração de renda, trabalho, e moradia solidária desses pacientes, inserindo-os cada vez mais na sociedade. É importante destacar que as ações devem estar articuladas às redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território para garantir ampliação da autonomia e inclusão social dos usuários da rede e familiares. Mais informações sobre os serviços oferecidos pela Rede de Atenção Psicossocial do SUS podem ser encontradas no site da Coordenação-geral de Saúde mental, álcool e outras drogas. É importante lembrar que os hospitais psiquiátricos não fazem parte da Rede, tendo em vista que uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental diz respeito à redução gradual, pactuada e planejada dos leitos em hospitais psiquiátricos. A atenção ofertada anteriormente pelos hospitais psiquiátricos deve ser substituída pelos serviços da RAPS. Veja as Portarias publicadas: • Portaria nº 3.090, de 23 de dezembro de 2011 Dispõe sobre o repasse de incentivo de custeio para Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT (republicada em 31.12.2011). • Portaria nº 3.089, de 23 de dezembro de 2011 Dispõe sobre o financiamento dos CAPS no âmbito da RAPS (republicada em 31.12.2011). • Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 Institui a Rede de Atenção Psicossocial no SUS – RAPS (republicada em 31.12.2011); • Portaria nº 148, de 31 janeiro 2012 Define normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência do Componente Hospitalar da RAPS e institui incentivos financeiros de investimento e custeio. • Portaria nº 132, de 26 janeiro 2012 Institui incentivo financeiro de custeio para o componente Reabilitação Psicossocial. • Portaria nº 131, de 26 janeiro 2012 Institui incentivo financeiro de custeio para apoio aos Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas. • Portaria nº 123, de 25 janeiro 2012 Define critérios de cálculo de equipes de CR. • Portaria nº 122, de 25de janeiro 2012 Define diretrizes para os Consultórios na Rua – CR. • Portaria nº 121, de 25 de janeiro 2012 Institui Unidade de Acollhimento – UA. REFERÊNCIAS 1. Site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Disponível em: http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/diabetes/tipos-de-diabetes. Última visualização em: 26 de abril de 2016. 2. Site DiabeteNet. Disponível em: http://www.diabetenet.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=3860. Última visualização em: 26 de abril de 2016. 3. Site WebMD. Disponível em: http://www.webmd.com/diabetes/tc/diabetes-differences-between-type-1-and-2-topic-overview. Última visualização em: 26 de abril de 2016. 4. Site Diabetes.co.uk (the global diabetes community). Disponível em: http://www.diabetes.co.uk/difference-between-type1-and-type2-diabetes.html. Última visualização em: 26 de abril de 2016.
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