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Resenha do filme Fazendo Escola

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Resenha do filme Fazendo Escola – Gestão Democrática.
O filme tem como tema principal apresentar a trajetória da Gestão Educacional no Brasil, com ênfase na Gestão Democrática e a sua luta para superar os sistemas verticais historicamente adotados em nosso país. A quebra de paradigmas impostos pela sociedade, vistos como únicos e absolutos na sociedade capitalista, além do esforço dos movimentos em prol da escola da escola pública, e da funcionalidade democrática.
Inicialmente a apresentação de um vídeo faz uma viagem histórica e aborda os principais fatos que contribuíram para reivindicações de mudanças nos campos educacionais. Partindo do século XX, 1930 a posse do governo militar de Getulio Vargas e a criação do Ministério da Educação, e os movimentos contrários aos ideais políticos. Em 1932 sobressai-se a “idéia” de ESCOLA NOVA, como movimento dos Pioneiros Da Educação idealizado pelos princípios de “laicidade, gratuidade, obrigatoriedade, coeducação e escola unificada”, idealizavam assim desenvolver o despertar das famílias em relação a escola, o poder de iniciativa frente a educação do país, foi considerado um divisor de águas para educação brasileira, pois se traduzia como um grito de guerra contra o governo e suas condutas, um ato liberal que lutava para que a escola publica fosse um direito de cidadania, a educação como um bem publico, não uma mercadoria.
Dá-se um salto para o período de 1946 à 1964, a educação é marcada por Paulo Freire em defesa da educação dos oprimidos, no âmbito político a ênfase maior é para o “Golpe do Estado de 64”, a Centralização Administrativa e a Instrução Programada são medidas ditadas pela ditadura deste regime vigente.
Outro período que relevante para educação citado é década de 80, onde os movimentos retomam forças contra a ditadura e aos regimes fechados que eram apresentados pelo governo, a luta pela democracia e a defesa do conceito de que “se a escola é publica, ela é de todos”, norteiam os movimentos rumo ao Fórum Nacional da Educação em 1987, em busca de uma escola autônoma, democrática e participativa, onde todos indivíduos fossem ativos e interferissem nos caminhos que a escola iriam seguir. Os principais conceitos que o Fórum requeriam eram a criação da LDB E DO Conselho de Escola, mudanças nas atitudes de gerir (isto implicaria na eleição de diretores), a participação da comunidade e a defesa de um ensino público democrático e de qualidade, visto que neste período as escolas enfrentavam o estado de sucateamento,e de com baixos salários, e por estes motivos reivindicavam democratização e reformulação do ensino.
Após apresentação do vídeo abre-se um debate com três pedagogos a respeito do mesmo, o diretor da Faculdade de Pedagogia da UdB Erasto Fortes Mendonça, o professor da Faculdade de Pedagogia e colaborador da Unesco Célio da Cunha e a professora da Faculdade de Pedagogia da UnB Maria Abádia da Silva.
Confrontando a trajetória da gestão com a realidade dos dias atuais, eles opinam e enriquecem as informações do vídeo, a professora Maria Abádia volta um pouco na história e cita os a inserção da educação em nosso pais com a chegada dos jesuítas que permaneceram 210 anos com o monopólio educacional hierarquicamente dirigida num sistema vertical, e que a luta para correção deste modelo é longa, continue e lenta, pois os princípios implantados até bem pouco tempo são verticais, além do fato da educação seguir padrões empresarias que não próprios dela, e ter que adequar e selecionar o que for pertinente a sua organização, visto que padrões empresariais, não são os mesmos utilizados nos sistemas educacionais.
Todos os entrevistados concordam que democracia ainda é o principio para sanar os problemas de base educacional, que a luta para desconstruir o modelo vertical (hierárquico) e instaurar um novo modelo de “GESTÃO DEMOCRÁTICA” onde todos os envolvidos participem ativamente e haja nesta um acolhimento dos setores excluídos, com uma base inclusiva e de qualidade, de são medidas capazes de transformar a educação pública. 
“A sociedade precisa entender que a escola não é doada é uma conquista, por isto é preciso que a população a reconheça como direito, não apenas, não apenas de alguns, mas de todos...” (Professora Maria Abádia da Silva – Fazendo Escola 2015).
O papel de uma escola democrática é o de formar o individuo para vida, realizando uma reforma da mentalidade, que forme uma sociedade mais consciente dos direitos humanos, de forma mais justa e participativa, capz de fazer o aluno aprender, e se formar cidadão.
“Escola um bem público, direito de cidadania.” (Erasto Fortes Mendonça – Fazendo Escola).
A gestão democrática visa a autonomia das unidades escolares em relação às políticas públicas, pois a mesma deve atender as particularidades a qual está inserida, o PPP deve ser a base para encaminhar os processos e o rumo para onde deve-se seguir, desde que o mesmo nasça das necessidades e dos objetivos particulares do ambiente sócio-cultural a qual a mesma se insere.

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