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2016 Aves e Suínosanuário brasileiro De brazilian Hog anD Poultry yearbook 9 9 7 7 1 8 0 8 7 4 8 5 1 3 4 IS SN 1 80 8- 74 85 C M Y CM MY CY CMY K DAS_Anuncio_Pagina_Simples_Anuario_Aves_Suinos_200X270_Final_18.10.16.pdf 1 18/10/16 11:15 In or A g. A ss m an n 1 Editor: Romar Rudolfo Beling; editor assistente: Cássio Fernando Filter; textos: Cleonice de Carvalho, Cleiton Evandro dos Santos, Benno Bernardo Kist, Michelle Treichel e Cássio Fernando Filter; tradução: Guido Jungblut; fotografia: Inor Assmann (Agência Assmann), Sílvio Ávila e divulgação de empresas e entidades; projeto gráfico e diagramação: Márcio Oliveira Machado; arte de capa: Márcio Oliveira Machado, sobre fotografias de Sílvio Ávila; edição de fotografia e arte-final: Márcio Oliveira Machado; tabelas e catalogação: Sadraque Lenz Veiga; coordenação comercial: Andréa Lenz; marketing: Maira Trojan Bugs, Janaína Langbecker dos Santos, Jonice Fiuza, Suzi Montano e Gabriela Kaempf da Silva; supervisão gráfica: Márcio Oliveira Machado; circulação: Mariane do Nascimento Almeida; impressão: LupaGraf, Santa Cruz do Sul (RS). ISSN 1808-7507 EDITORA GAZETA SANTA CRUZ LTDA. CNPJ 04.439.157/0001-79 Rua Ramiro Barcelos, 1.224, CEP: 96.810-900, Santa Cruz do Sul/RS Telefone: 0 55 (xx) 51 3715 7940 Fax: 0 55 (xx) 51 3715 7944 E-mail: redacao@editoragazeta.com.br comercial@editoragazeta.com.br www.editoragazeta.com.br Gestor Administrativo-Financeiro: Sydney de Oliveira Gestor de Conteúdo Multimídia: Igor Müller Gestor Comercial e de Marketing: Luciano Garcia Gestor de Operações: Everson Ferreira Ficha catalográfica A636 Anuário brasileiro de aves e suínos 2016 / Cleonice de Carvalho ... [et al.]. – Santa Cruz do Sul : Editora Gazeta Santa Cruz, 2016. 64 p. : il. ISSN 1808-7507 1. Suíno – Criação. 2. Aves – Criação. I. Carvalho, Cleonice de. CDD : 636 CDU : 636 Catalogação: Solange Padilha Ortiz CRB-10/1211 04 AprEsEntAçãO Introduction 08 ArtIGO EspECIAL Special Article 12 AVEs Poultry 16 pAnOrAMA Panorama 30 MUnDO World 36 OUtrAs AVEs Other birds 38 OVOs Eggs 40 pIntOs Chicks 42 FUtUrO Future 46 sUÍnOs Hogs 62 EVEntOs Events 64 AGEnDA Agenda SUMÁRIO Publishers and editors ExPEDIENTE Summary É permitida a reprodução de informações desta revista, desde que citada a fonte. Reproduction of any part of this magazine is allowed, provided the source is cited. Fo to s: S ílv io Á vi la 2 ANUÁRIO BRASILEIRO DE Aves e Suínos 2016 Francisco turra Ex-ministro da Agricultura e presidente executivo da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA) 2 3 A avicultura e a suinocultura brasileiras, duas atividades do agronegócio muito identificadas com as pe- quenas propriedades de perfil familiar, tornaram-se referência para o mundo. A qualidade dos produtos, em especial da carne de frango e de suíno, sem esquecer das carnes de outras espécies de aves e dos ovos, bem como a regularidade de oferta e o atendimento aos rigorosos preceitos das áreas ambiental e de bem- -estar animal, permitem a ampliação, a cada ano, da carteira de clientes das duas cadeias produtivas. Os produtores e os empresários desses segmentos não lidam com todo o cuidado possível e necessá- rio apenas com os seus criatórios, no que são apoiados e avalizados pelos diferenciais introduzidos pela pesquisa e pelos serviços de resguardo sanitário. Lidam com o máximo de cuidado, naturalmente, com o controle extremo de seus processos visando o atendimento, nos mínimos detalhes, dos re- quisitos fixados pelos compradores, sejam quais forem as condições que estes fixarem. Por esses cuidados constantes e crescentes, ampliam-se, igualmente, em constância, os mercados internacionais para as carnes de frango e suína, produzidas nos mais diversos polos regionais espalhados pelo Brasil. Se num primeiro momento, nas últimas décadas, a criação de aves (não apenas do frango, mas de inúmeras espécies com evidente potencial de mer- cado) e de suínos, bem como de seus produtos industrializados, eram uma realidade na região Sul do País, identificada com a colonização europeia (alemã e italiana, em particu- lar), no século xxI as duas atividades se espalharam por outros estados e outras regiões. Isso ocorreu, em grande medida, na esteira do avanço das lavouras de grãos, caso do milho e da soja, os dois insumos indispensáveis para a alimentação de aves e suínos. Quando plantações de milho foram ocupando as extensões dos cerra- dos, eis que a avicultura e a suinocultura apareceram na paisagem. Assim, hoje, além de essas áreas estarem abastecendo seus mercados regionais, o incremento na produção nacional possibilitou em igual medida a maior oferta para o exterior de proteína animal de quali- dade, com regularidade de entrega. Graças a esse cenário, o Brasil hoje está em condições de suprir as necessidades mundiais desses produtos, as de hoje e as de amanhã. a qualidade da proteína, a regularidade de oferta e os diferenciais em sanidade e bem-estar animal tornaram o brasil referência mundial nos segmentos de aves e de suínos nos mais rigorosos mercados cuidadocom todo o 54 In or A g. A ss m an n A CAIXA tem soluções completas para o agronegócio brasileiro. Da compra de insumos e vacinas até a aquisição de máquinas e equipamentos, a CAIXA oferece linhas de crédito diferenciadas para o produtor rural ampliar os horizontes. Saiba mais em caixa.gov.br. CAIXA. A vida no campo pede mais que um banco. SAC CAIXA – 0800 726 0101 (Informações, reclamações, sugestões e elogios) Para pessoas com defi ciência auditiva ou de fala – 0800 726 2492 Ouvidoria – 0800 725 7474 facebook.com/caixa | twitter.com/caixa caixa.gov.br CRÉDITO RURAL CAIXA: PARA A SUA PRÓXIMA COLHEITA SER DE BONS RESULTADOS. CX_AD_Credito_Rural2016_200x270.indd 1 8/29/16 2:32 PM protein quality, regular supplies, phytosanitary and animal well-being differentials have turned brazil into a reference in the segments of poultry and hogs with all due care Brazilian poultry and pig farming, two agribusiness activities deeply identified with small-scale farms of a family profile, have turned into references to the world. Product quality, especially pork and chicken meat, without overlooking meat of other birds and eggs, as well as regular supply and compli- ance with the strict environmental and an- imal well-being requirements, have been responsible for gradually expanding the number of clients of the two supply chains. The producers and entrepreneurs of these segments do not only handle with extreme and necessary care their breeding farms, for which they deserve praise and, at the same time, they are judged for the dif- ferentials introduced by research and an- imal health services. They deal with ev- erything with great care, naturally, with extreme control of their processes aimed at meeting the requirements set by the buyers, whatever these requirements are. For these constant and soaring cares, what equally grows steadily is the number of international markets for chicken and pork meat produced in different region- al hubs throughout Brazil. If, at one mo- ment, over the past decades, poultry farm- ing (not only chicken, but equally other birds with high commercial value) and pig raising, as well as their industrialized prod- ucts, were a reality in South Brazil, iden- tified with the European settlement (Ger- mans and Italians, in particular), in the 21st century the two activities have also migrated to other states and regions. This has occurred, for the most part, on the heels of thestrides made by the grain crops, especially corn and soybean, two indispensable components in poultry and pig feed. When corn fields began to cover the vast stretches of land in the cerrados, poultry farming and pig farming began to shape up. Therefore, today, while these ar- eas are supplying their regional markets, the increase in national production made it equally possible to offer bigger amounts of animal protein of high quality and regu- lar supplies to the foreign buyers. Thanks to this scenario, Brazil is in a position to meet the global needs of these products, now and tomorrow. In or A g. A ss m an n 6 A vocação brasileira para abastecer os mercados internacionais é algo já reconheci- do pelos brasileiros e pelo mundo. Estamos entre os maiores exportadores de alimentos do mundo e lideramos em diversos setores. Um deles é a carne de frango, que é embar- cada a partir de nossos portos para cerca de 160 países nos cinco continentes. Conquistar mercados é uma tarefa ár- dua. Tão complexo quanto isto é conquis- tar o consumidor. Os perfis, os valores, os preferenciais e tantos outros fatores de cada mercado são pontos que variam in- crivelmente, seja pela formação cultural e religiosa ou por questões socioeconômi- cas, entre outros aspectos. Nosso setor conta com um trabalho de- senvolvido com excelência pela área de mercados da ABPA. Refiro-me aos projetos setoriais que gerenciamos em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Expor- tações e Investimentos (Apex-Brasil). Sob a tutela de nossa associação estão três: o Brazilian Chicken, o Brazilian Egg e o Bra- zilian Pork, que são também as marcas in- ternacionais de nossos setores. Por meio deles, avançamos na percep- ção dos mercados importadores e dos po- tenciais clientes sobre nossa qualidade di- ferenciada, nosso status sanitário ímpar, nossa gestão produtiva altamente com- petitiva, nosso foco na sustentabilidade e tantos outros valores que fizeram de nós o que somos hoje para o mundo. Um exemplo recente aconteceu na Fran- ça, quando a ABPA participou do SIAL Paris (Salon International de l’Alimentation, em francês). Realizada entre os dias 16 e 20 de outubro, foi a maior ação internacional dos setores de aves e de suínos do Brasil neste ano, feita em parceria com a Apex-Brasil. Para a ação, a ABPA contou com mais de 400 metros quadrados de área cons- truída, com total estrutura para recepção dos importadores. Uma grande degusta- ção de pratos típicos à base de carne de frango brasileira, comandada pelo chef Marcelo Bortolon, foi realizada no espa- ço. Ao todo, 17 agroindústrias produto- ras e exportadoras participaram da ação. Mais de 4 mil visitantes estiveram no es- paço da avicultura e da suinocultura do Brasil durante os dias da feira. Além de potenciais clientes e compradores, jorna- listas e representantes de associações de clientes estiveram no espaço. Conforme levantamentos feitos pela ABPA, durante os cinco dias de evento fo- ram realizados mais de US$ 32 milhões em vendas diretas para importadores da Europa, da Ásia e da África, além da expectativa de US$ 350 milhões em vendas nos próximos 12 meses, a partir dos contatos feitos dire- tamente com importadores desses conti- nentes. Estes números dão a dimensão que estas ações alcançam para os setores nacio- nais. Em maio, na SIAL Shanghai, também verificamos números expressivos: mais de US$ 500 milhões de perspectivas de negó- cios no prazo de um ano. As conquistas foram muitas, mas dá para ir mais longe. Se as marcas brasileiras da carne de frango e da carne suína isolada- mente geram atributos valiosos para as ex- portações, imagine o que aconteceria com uma marca-país forte, que “contaminasse” a percepção mundial sobre os diferenciais, o arrojo e o profissionalismo do agronegócio brasileiro? Afinal, o que seria do vinho fran- cês sem a visão de que a França é uma po- tência agregadora de valores e sensações? Existe um plano em construção que pre- tende agregar estratégias de imagem e de in- teligência de mercado. Falo do Programa de Acesso a Mercados, o PAM-AGRO, proposta na qual a ABPA e outras várias associações do agronegócio estão engajadas, sob a lideran- ça da Apex-Brasil e do Ministério da Agricul- tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O PAM-AGRO nasce com meta ambiciosa: aumentar a participação do agronegócio bra- sileiro de 7% para 10% no mercado mundial. As propostas que constituirão o plano usarão a expertise já alcançada com as experiências individuais de cada organização envolvida, unificadas em um processo de sinergias, ampliando seu alcance com objetivos clara- mente definidos: ampliar a capacidade do agronegócio brasileiro de gerar novos ne- gócios, agregar valor e obter diferenciação pela origem. O PAM-AGRO é uma das respostas que o agronegócio dá ao País na busca pela supe- ração do momento econômico atual. É uma prova de que, diante da crise, reagimos com inovação e com ambição, partindo para o contra-ataque. Voltamos nossos olhos para o futuro, indo além da recuperação de per- das. Queremos crescer. Que nunca esque- çam que temos um papel bem definido: so- mos o Celeiro do Mundo. Special article ARTIGO ESPECIAL pam agro: por um agro mais internacionalizado FrAnCIsCO tUrrA Ex-ministro da Agricultura e presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) D iv ul ga çã o/ Ed i P er ei ra 98 Brazil’s predisposition to supply the international markets is acknowledged by the Brazilian people and the world. We are one of the largest exporters of food products in the world and leaders in sev- eral sectors, like broiler exports, shipped abroad through our ports to about 160 countries in the five continents. The conquest of markets is a very hard task. It is as complex as attracting consum- ers. The profiles, values and preferences and so many other factors of every market are topics that vary at an incredible extent, whether for cultural, religious or socioeco- nomic values, among other aspects. Our sector relies on work developed with excellence by the ABPA market de- partment. I am talking about the sectoral projects we are managing in partnership with the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency (Apex-Brasil). Un- der the coordination of our association, there are three: Brazilian Chicken, Brazil- ian Egg and Brazilian Pork, which consti- tute the global brands of our sectors. Through them, we are making prog- ress in the perception of the importing markets and the potential clients of our unique quality, our unmatched phytos- anitary status, our highly competitive pro- ductive administration, our focus on sus- tainability and lots of other factors that account for what we are now in the world. A recent example took place in France, when the ABPA attended the SIAL Par- is (International Food Exhibition). Held from on October 16 – 20, it was the big- gest international event attended by Bra- zil’s poultry and pork sectors this year, in a partnership with Apex-Brasil. For this event, the ABPA occupied an area of upwards of 400 square me- ters under roof, with a complete struc- ture for communicating with the poten- tial importers. Tasting sessions featuring chicken recipes were under the coor- dination of chef Marcelo Bortolon. In all, 17 agroindustries that produce and export food products took part in the event. The chicken and pork stands at- tracted upwards of 4 thousand visitors during the exhibition days. Besides po- tential clients and buyers, journalists and representatives of client associa- tions visited the Brazilian stands. According to surveys conducted by the ABPA, during the five-day event busi- nesses amounted toUS$ 32 million in di- rect sales to importers from Europe, Asia and Africa, besides the expectation for possible sales of US$ 350 million in the next 12 months, judging from the direct contacts with the importers of these con- tinents. These numbers show the dimen- sion that such initiatives reach for the na- tional sectors. In May, at SIAL Shanghai, we also ascertained expressive numbers: In excess of US$ 500 million in business expectations over a one-year period. There have been countless conquests, but there is room for further progress. If the Brazilian broiler and pork brands sep- pam agro: for a more internationalized agro FrAnCIsCO tUrrA Former minister of Agriculture and chief-executive at the Brazilian Association of Animal Protein (ABPA) arately generate valuable attributes for the exports, just imagine what could happen with a “strong country brand”, with a big “influence” over the global perception on the differences, boldness and profession- alism of Brazilian agribusiness? After all, what would the French wine be without the vision that France is known for the ag- gregation of values and sensorial effects? There is a plan in the making that in- tends to add market image and intelli- gence strategies. I am talking about the Market Access Program, the PAM-AGRO, an initiative in which the ABPA and other agribusiness associations are engaged, under the leadership of Apex-Brasil and the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (Mapa). PAM-AGRO is born with an ambitious target: to increase the share of Brazilian agribusiness in the global market from 7% to 10%. The suggestions for the proposed plan will take advantage of the expertise al- ready achieved with the individual experi- ences of every organization involved, uni- fied in a synergy process, expanding their reach with clearly defined objectives: the expansion of the capacity of Brazilian agribusiness of generating new business- es, aggregating value and reaching a sin- gularity status from the origin. THE PAM-AGRO is one of the respons- es that agribusiness gives the Country in its search for surmounting the pres- ent economic moment. It is proof that, in light of the crisis, we react with inno- vation and ambition, staging counter-at- tacks. Our eyes are focused on the future, beyond the recovery of losses. We are set to grow. It should never be forgotten that we have a well-defined role: we are the Granary of the World. D iv ul ga çã o/ Ed i P er ei ra 10 11 Poultry AVES HORIZONTE Para o primeiro semestre de 2017, Ricardo Santin, da ABPA, acredita que os preços do milho estarão mais ajustados à realidade do setor. Entende que haverá oferta suficiente da safra interna e reflexos da importação de outros países, como Argentina, Paraguai e Esta- dos Unidos, o que deve regular os valores em reais e evitar a quebra da cadeia setorial. “Os produtores em 2016 quase não capturaram vantagens, porque o mercado do milho estava bastante especulado”, assinala. Com maior oferta de milho, e a preços mais ajustados, haverá menor pressão de custos. “E também há uma sinalização de um dó- lar um pouco mais próximo de R$ 2,40 a R$ 2,50, que é o ponto de equilíbrio do setor para exportar com rentabilidade”, frisa. Para San- tin, a produção e os mercados das carnes de frango e de peru, de ovos e de genética avícola continuarão crescendo em todo o mundo, e mais ainda no Brasil. O que é perfeito para o País, maior exportador mundial e segundo maior produtor, que tem nas aves seu maior mercado de proteína. “Com a economia nos eixos, esperamos que o consumo interno aumente entre 500 gramas e um quilo”, antecipa. Se o ano de 2015 não foi fácil para a cadeia produtiva de aves, o que dizer de 2016, temporada na qual, além da crise econômica e política, o Brasil enfrentou dificuldades no abastecimento de milho, a principal matéria-prima do setor; desva- lorização do dólar, crise mundial e redu- ção do crédito? Numa primeira análise, ti- nha tudo para ser um ano fraco. No entanto, apesar de tudo, a tempora- da chegará ao final considerada como boa. Isso porque, mais uma vez, a cadeia pro- dutiva de aves conseguiu superar os obs- táculos, graças ao desempenho do consu- mo, à redução das margens e ao avanço na competição com outras proteínas. Conforme Ricardo Santin, vice-presi- dente de Mercados da Associação Brasi- leira de Proteína Animal (ABPA), foi um ano atípico, com uma crise intensa no abastecimento de milho. Ainda no pri- meiro semestre, a saca do grão saltou de R$ 25,00 para mais de R$ 60,00. E a ra- ção compõe em 75% o custo de produção. “Além disso, no Brasil, o dólar caiu de R$ 4,00 para R$ 3,20 muito rapidamente, ao mesmo tempo em que as cotações em dó- lar retrocederam, causando dificuldades para os exportadores”, explica. Outro pilar dos contratempos do setor em 2016 foi a situação política, que poten- cializou a crise econômica no País, retrain- do a capacidade de compra do consumi- dor e, ao mesmo tempo, o repasse dos custos aos preços do produto. O consu- mo deve manter-se estabilizado na casa de 43 a 44 quilos de carne de frango por ha- bitante ao ano no Brasil, graças à relação com outras proteínas. Em 2016, no segun- do ano consecutivo, o frango será a carne mais consumida pelo brasileiro. O presidente-executivo da ABPA, Fran- cisco Turra, lembra que os investimentos também foram muito limitados ao longo da cadeia produtiva. Os bancos restringi- ram o crédito, por volume, por aumento da taxa de juros, por exigência de garan- tias reais ou pela burocracia. apesar da alta dos custos de produção e da menor oferta nacional de milho, a produção de carne de frango e de ovos mantém-se em alta no país asas àimaginação Sí lv io Á vi la Sí lv io Á vi la 1312 HORIZON For the first half of 2017, Ricardo Santin, from ABPA, believes that corn prices will be more ad- justed to the sector’s reality. He understands that there will be sufficient supply from the domestic crop and reflections from imports coming from other countries, like Argentina, Paraguay and the United States, which should regulate the values in real and prevent the sectoral supply chain from collapsing. “In 2016, the producers did fail to capture advantages, because the corn market was under speculation”, he says. With bigger corn supplies, at adjusted prices, there will be smaller pressure from costs. “And there is also the expectation of a dollar close to R$ 2.40 or R$ 2.50, which is the breakeven point for the sector to export with profit margins”, he says. In Santin’s view, the production and markets of chicken, turkey, eggs and aviculture genetics will continue on an uptrend all over the world, and even more in Brazil. What is perfect for the Country, biggest global exporter and second-largest pro- ducer, where birds are the biggest protein market. “With the economy back on track we hope that domestic consumption will soar from 500 grams to one kilo,” he anticipates. in spite of the rising production costs and smaller national supplies of corn, the production of chicken meat and eggs have continued on the rise in the country indulging inimagination If 2015 was not easy for the poultry supply chain, what about 2016, season in which, besides the economic and political crisis, Brazil faced corn supply difficulties, the leading raw material of the sector; de- preciation of the dollar, global crisis and shortage of credit lines? At a first analysis, everything pointed to a weak year. How- ever, in spite of everything, the season will come to a close in a comfortable situation. This happens because, once more, the poultry supply chain managed to surmount its obstacles, thanks to the performance ofconsumption, reduction of the margins and tighter competition with other proteins. According to Ricardo Santin, vice-presi- dent of the Market Department at the Bra- zilian Association of Animal Protein (ABPA), it was an atypical year, with a serious crisis in corn supply. In the first half of the year, the sack of corn jumped from R$ 25 to up- wards of R$ 60. Feed accounts for 60% of the production cost. “Furthermore, in Bra- zil, the dollar dropped from R$ 4 to R$ 3.20 very rapidly and, in the meantime, prices in dollars equally went down, causing difficul- ties to exporters”, he explains. Another pillar of the sector’s problems in 2016 was brought about by the politi- cal turmoil, which multiplied the econom- ic crisis in the Country, diminishing the pur- chasing power of the consumers and, at the same time, preventing the companies from passing production costs on to the final consumers. Consumption should remain stable at 43 to 44 kilograms of broiler per person a year in Brazil, thanks to the rela- tionship with other proteins. In 2016, for the second year in a row, chicken will be most consumed meat in Brazil. ABDA executive president Francisco Turra, recalls that most investments were extremely limited, throughout the supply chain. The banks set credit limits, by vol- ume, by higher interest rates, through the requirement of real sureties or through bu- reaucracy. In or A g. A ss m an n 14 Panorama PANORAMA produção nacional de carne de frango estabiliza em cerca de 13,146 milhões de toneladas e tenta driblar adversidades para seguir sustentável national chicken meat production stabilizes at about 13.15 million tons and tries to surmount adversities in pursuit of sustainabilitycinto Belt- apertando o O Brasil chega ao final de 2016 repetin- do a produção recorde de carne de frango da temporada 2015, de cerca de 13,146 mi- lhões de toneladas, de acordo com a Asso- ciação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O desempenho surpreende diante das difi- culdades enfrentadas ao longo do ano para alojamento de animais, levando em conta a alta das rações, sobretudo do milho, que chegou a mais de 120%. A crise econômi- ca gerou desemprego, mudança cambial e queda nos preços internacionais. A ração representa 75% dos custos de produção. A alta dos preços do milho (e da soja) também afetou as margens de operação dos avicultores. Tomando como referência o total de carne de frango produzido, a ABPA considera que o perfil de consumo não mu- dou, com cerca de 67% direcionado a aten- der o consumo interno – a média per capi- ta aproximada é de 43,5 quilos por habitante ao ano – e 33% dirigido às exportações. “As margens foram apertadas, o consumo não subiu o esperado, mas os elevados preços da carne bovina no primeiro semestre e a per- da do poder de compra do brasileiro geraram demanda importante para o frango”, explica Ricardo Santin, vice-presidente de Mercados da ABPA. “Isso deu suporte para fazer frente aos custos, mesmo reduzindo as margens.” Segundo a Companhia Nacional de Abas- tecimento (Conab), em estudo que projetou o desenvolvimento do setor na atual e na próxi- ma temporada, os preços nominais do frango congelado aumentaram 20,1% no acumula- do de julho de 2015 a junho de 2016. Os pre- ços ao consumidor, deflacionados pelo Índi- ce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido todos os meses pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceram 8,5% no período de julho de 2015 a junho de 2016. De acordo com o estudo, a menor deman- da contribuiu para a tendência de redução dos preços de carne de frango, em função da de- saceleração da economia brasileira e dos atu- ais níveis de desemprego. A desvalorização do real frente ao dólar tornou as carnes (frango, bovina e suína) mais baratas no mercado in- ternacional, contribuindo para melhoria da demanda. Assim, o reflexo na receita não foi proporcional aos níveis de volumes exporta- dos. O preço por tonelada líquida de carne de frango apresenta queda média de 7%. A estimativa é de que, contornados os pro- blemas, como o preço do milho na nova tem- porada, e com um pouco mais de otimismo no mercado e na economia, a produção de carne de frango em 2017 seja maior, fican- do entre 13 e 13,5 milhões de toneladas no Brasil. A expectativa é de avanço novamen- te na faixa de 5% nos volumes exportados, e de equilíbrio na relação entre a destinação para os mercados nacional e estrangeiro (67% a 33%). Com estes números, o País deve man- ter-se à frente da China, pelo terceiro ano con- secutivo, como segundo maior produtor do mundo. No mercado internacional, o Brasil li- dera as exportações em volume. RECORDE Em 2015, segundo a ABPA, a produ- ção brasileira de carne de frango totali- zou 13,146 milhões de toneladas, volu- me 3,58% superior ao registrado em 2014. Com o resultado, o Brasil consolidou-se como segundo maior produtor de carne de frango do mundo, superando a China – que produziu 13,025 milhões de tonela- das em 2015, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês). O consumo per capita de carne de fran- go atingiu índice médio de 43,25 quilos em 2015, dado 1,1% maior do que o obti- do no ano anterior. “Em meio ao cenário complexo de 2015, a carne de frango am- pliou sua liderança como a mais consumi- da pelo brasileiro”, destaca o presidente- -executivo da ABPA, Francisco Turra. “Isto, entre outros motivos, é reflexo do aumen- to no preço da carne bovina nas gôndolas e da consolidação do frango como uma das proteínas favoritas do consumidor”. RECORD In 2015, according to ABPA sources, the production of chickens by Brazil to- taled 13.146 million tons, a volume up 3.58% from 2014. With the result, Brazil consolidated as second biggest broiler producer in the world, surpassing China – which produced 13.025 million tons in 2015, according to the US Department of Agriculture (USDA). Consumption per capita of chicken meat reached an average of 43.25 kilo- grams in 2015, up 1.1% from the previous year. “Amid the complex scenario in 2015, chicken meat expanded its leadership as the most consumed in Brazil”, says ABPA president Francisco Turra. “This, among other reasons, thanks to the soaring price of beef on the supermarket shelves and the consolidation of the broiler as a favo- rite protein with the consumers”. At the end of 2016, Brazil is repeating the record chicken meat production of the 2015 season, of about 13.146 million tons, accord- ing to the Brazilian Association of Animal Pro- tein (ABPA). The performance comes as a sur- prise in light of the difficulties faced over the year with regard to chicken confinement, tak- ing into consideration the high cost of feed, especially corn, which went up by more than 120%. The economic crisis generated unem- ployment, a change in the exchange rate and a drop in international prices. Feed represents 75% of the production costs. The soaring corn price (which also holds true for soybean) has also affected the margins of the poultry farmers. Taking as ref- erence the total chicken meat produced, ABPA officials take it that the consumption pro- file has not changed, with 67% channeled to- wards domestic consumption – per capita av- erage is approximately 43.5 kilograms a year – and 33% are channeled to exports. “Margins remained tight, consumption did not go up as expected, but the high prices of bovine meat in the first half of the year and the gradual loss of Brazilian people’s purchas- ing power generated important demand for chicken meat”, explains Ricardo Santin, vice- president of ABPA’s market department. This tightening lent support towards facing the productioncosts, though reducing the margins.” According to the National Food Supply Agency (Conab), in a study that projected the development of the sector in the cur- rent and next season, the nominal prices of frozen chicken increased by 20.1% from July 2015 to June 2016. Consumer prices, reduced by the National Consumer Price Index (IPCA), measured on a monthly basis by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), went up 8.5% in the peri- od from July 2015 to June 2016. According to the study, smaller demand contributed towards the trend to reduce chicken meat prices, by virtue of the decelera- tion of the Brazilian economy and the present unemployment levels. The depreciation of the Brazilian currency against the dollar turned Brazilian meat (chicken, beef and pork) cheap- er in the international market, contributing to- wards rising demand. Therefore, the reflection on revenues was not proportional to the lev- els of volumes exported. The price per net ton of chicken meat has dropped 7%, on average. It is estimated that, once the problems have been surmounted, especially the price of corn in the new season, and with a little more optimism in the market and in the economy, the production of chicken meat in 2017 will surely go up, remaining between 13 and 13.5 million tons in Brazil. The expectation is for a new increase of about 5% in volumes shipped abroad, and a balance in the relation between the destination for the national and inter- national markets (67% to 33%). With these numbers, the Country should keep ahead of China, for the third year in a row, as second biggest producer in the world. In the interna- tional market, Brazil leads exports in volume. Ro bi sp ie rr e G iu lia ni 1716 A região Sul continua como a prin- cipal fornecedora de carne de frango do Brasil. Os três estados da região respon- deram por mais de 60% do total de fran- go abatido em 2015, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Ani- mal (ABPA). Na exportação, a participação foi de 76,66%. Outros 14 estados também são responsáveis pela produção de carne de frango e de outras espécies da avicultu- ra, de acordo com o Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2015, a participação dos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Gran- de do Sul na produção de carne de frango os três estados da região sul do brasil responderam por mais de 60% da produção total de carne de frango e por 76,66% da exportação em 2015 o domínio do Sul foi de 32,46%, 16,24% e 14,13%, respec- tivamente, conforme a ABPA. Na exporta- ção do produto, o Paraná contribuiu com 35,7%; Santa Catarina, com 23,3%; e Rio Grande do Sul, com 17,66%. As participa- ções seguintes foram dos estados do Su- deste, com São Paulo respondendo por 9,22% da produção e 6,2% da exporta- ção; e Minas Gerais, com 7,25% da oferta e 4,67% do embarque. Também se destacam em produção e exportação os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, todos do Centro-Oeste. Esta região tam- bém é grande produtora de soja e de mi- lho, o que favorece a avicultura. Dentre os estados brasileiros, o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango. O abate de aves foi de 1,705 bilhão de cabeças em 2015, das quais 1,685 bi- lhão de cabeças de frango, de acordo com os números do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O total abatido apresentou acréscimo de 7% em relação ao registrado em 2014. O abate brasileiro foi de 5,393 bi- lhões de cabeças, superior às 5,222 bilhões de cabeças registradas em 2014. "Apesar da alta, o abate do Estado foi me- nor do que o contabilizado em anos ante- riores, quando o setor registrava ritmo 'chi- nês' de produção e vendas, mas ainda assim foi um bom resultado", compara Domin- gos Martins, presidente do Sindiavipar. Mes- mo com o mercado consolidado, confor- me Martins, ainda há espaço para aumento da produção avícola, pois, apesar da crise, o consumo de carne de frango se mantém. O Paraná embarcou 1,48 milhão de to- neladas de carne de frango em 2015, com alta de 15,6%. O resultado mostra que a crise interna não afetou o consumo que ultrapas- sa as fronteiras. "A avicultura do Paraná cres- ceu em vendas externas e conquistou novos mercados. Com competência e planejamento adequado, será possível continuar crescendo", analisa. Estima que dentro de cinco a sete anos o Estado vai responder por 50% das ex- portações de carne de frango do Brasil. BOM INDICATIVO Até agosto de 2016, de acordo com o Sindiavipar, o Paraná totalizava 1,19 bilhão de cabeças de frango abatidas, com aumento de 8,8% em comparação com o mesmo perío- do de 2014. Nestes mesmos meses, a exportação somou 1,07 milhão de toneladas, 8,7% a mais do que o embarcado nos mesmos oito meses de 2014, segundo dados da Secre- taria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indús- tria e Comércio Exterior (MDIC). Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, o Brasil precisa transformar a lo- gística e as estradas que servem à avicultura. “Cada dia que passa, estamos aumentan- do nosso fluxo de cargas nas vias, sejam férreas ou rodoviárias. Para atender a essa ne- cessidade, precisamos de melhorias, principalmente nos pontos de gargalos”, destaca. Sí lv io Á vi la 1918 ABATE DE AvES POR ESTADO DO BRASIl AVIáRIOs Poutry farms Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) / Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) / Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) / Serviço de Inspeção Federal (SIF) – * Consultado em 04/11/2016. – ** Sem avestruz e outras espécies de aves. EsTADOs 2014 2015 2016* Paraná 1.669.332.475 1.752.091.150 1.425.318.565 Santa Catarina 887.137.518 883.103.951 683.051.598 Rio Grande do Sul 738.290.434 762.426.074 600.737.264 São Paulo 533.976.794 547.024.793 395.979.272 Minas Gerais 366.772.309 396.431.453 352.230.037 Goiás 355.584.686 390.552.953 288.071.807 Mato Grosso 227.114.704 242.837.776 183.678.424 Mato Grosso do Sul 159.594.883 170.945.963 137.125.915 Distrito Federal 75.172.889 89.009.280 63.273.752 Pernambuco 40.766.061 62.068.587 39.111.299 Bahia 38.092.197 39.430.080 31.490.766 Pará 28.499.021 42.662.956 29.299.478 Tocantins 19.499.551 26.662.783 26.920.152 Espírito Santo 26.722.252 29.812.754 23.954.544 Paraíba 22.289.797 22.017.745 17.367.881 Rondônia 10.918.444 12.078.869 8.041.397 Piauí 6.801.806 5.241.503 5.507.766 TOTAl** 5.206.565.821 5.474.398.670 4.311.159.917 The South region is still the main sup- plier of broilers in Brazil. The three states in the region accounted for 60% of all the chickens slaughtered in 2015, according to data released by the Brazilian Associa- tion of Animal Protein (ABPA). At exports, the share amounted to 76.66%. Other 14 states are equally responsible for the pro- duction of broilers and other types of birds, according to the Federal Inspection Service (SIF), of the Ministry of Agricul- ture, Livestock and Food Supply (Mapa). In 2015, the share of the states of Paraná, Santa Catarina and Rio Grande do Sul in the production of chicken meat reached 32.46%, 16.24% and 14.13%, re- the three states in south brazil accounted for upwards of 60% of the entire chicken meat volume and for 76.66% of exports in 2015 souththe predominance GOOD INDICATION Up to August 2016, according to Sindiavipar sources, Paraná slaughtered 1.19 billion chicken, up 8.8% from the same period in 2014. During these months, exports amounted to 1.07 million tons, up 8.7% from the amount shipped in the same eight months in 2014, according to data released by the Secretariat of Foreign Trade(Secex), linked to the Mi- nistry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC). In the view of Sindiavipar president Domingos Martins Brazil equally needs to trans- form the logistics and roads that are needed by the poultry farming business. “Day after day, our transportation needs, whether by road, rail or waterways are increasing in volu- me. To meet these needs, we need improvements, especially where there are bottlene- cks”, he notes. spectively, according to ABPA sources. With regard to exports, Paraná’s share reached 35.7%; Santa Catarina, with 23.3%; and Rio Grande do Sul, with 17.66%. The follow- ing contributions came from the states in the Southeast, with São Paulo accounting for 9.22% of the production and 6.2% in ex- ports; and Minas Gerais, with 7.25% of the supply and 4.67% of the shipments. Other states that are of note in production and exports of broliers are Goiás, Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, all located in the Center-West. The states of this region are also big producers of corn and soybean, greatly benefiting poultry farming. Among the Brazilian states, Paraná is the biggest producer and exporter of broilers. In that state, 1.705 billion birds were slaughtered in 2015, of which, 1.685 billion were chickens, according to the Paraná State Union of Bird Products Indus- tries (Sindiavipar). The number of birds slaughtered in 2015 was up 7% from 2014. In Brazil, 5.393 billion birds were slaugh- tered, exceeding the number of 5.222 bil- lion birds slaughtered in 2014. “Despite the increase, the State slaugh- tered fewer birds compared to previous years, when the sector was on a “Chinese” production and sales rhythm, but, by and large, it was a good result “, says Domin- gos Martins, president of the Sindiavipar. Al- though the market has been consolidated, Martins has it that there is still room for fur- ther increases in production, once, in spite of the crisis, the consumption of broilers continues on a steady rhythm. Paraná shipped abroad 1.48 million tons of broilers in 2015, up 15.6%. The result at- tests that the internal crisis did not affect con- sumption that has extended beyond the fron- tiers. “Poultry farming in Paraná made strides in foreign sales and attracted new markets. With competence and appropriate planning it will be possible to continue on a rising trend”, he analyzes. He estimates that within five to seven years the State will account for 50% of all broiler exports by Brazil. of the FORNECEDOREs ExTERNOs External suppliers ExPORTAçãO DE CARNE DE FRANGO POR ESTADO EsTADO % 2014 % 2015 Paraná 32,21 35,7 Santa Catarina 24,45 23,30 Rio Grande do Sul 18,35 17,66 São Paulo 6,34 6,20 Minas Gerais 4,74 4,67 Goiás 4,45 4,80 Mato Grosso 2,94 2,35 Mato Grosso do Sul 4,25 4,02 Distrito Federal 2,05 1,69 Pernambuco 0,03 0,02 Bahia 0,13 0,14 Pará 0,0005 0,0004 Tocantins 0,003 0,02 Espírito Santo 0,03 0,04 Paraíba 0,01 0,001 Rondônia 0,02 0,01 Fonte: Mapa/Elaboração: ABPA. Sí lv io Á vi la 2120 VOCAçãO AVíCOlA Aviculture vocation PARTICIPAçãO NOS ABATES EsTADO % 2014 % 2015 Paraná 32,26 32,46 Santa Catarina 16,96 16,24 Rio Grande do Sul 14,24 14,13 São Paulo 10,61 9,22 Minas Gerais 7,12 7,25 Goiás 6,50 7,22 Mato Grosso 4,4 4,51 Mato Grosso do Sul 3,09 3,22 Distrito Federal 1,46 1,67 Pernambuco 0,79 0,81 Bahia 0,74 0,74 Pará 0,16 0,80 Tocantins 0,38 0,50 Espírito Santo 0,52 0,50 Paraíba 0,43 0,42 Rondônia 0,21 0,23 Piauí 0,13 0,10 Fonte: Mapa/Elaboração: ABPA. O prato dos brasileiros continua sendo o principal destino da carne de frango pro- duzida no País. A avicultura nacional ofer- tou, em termos de volume total, o recorde de 13,146 milhões de toneladas de carne de frango em 2015, com alta de 3,58% em relação à produção do ano anterior, con- forme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Com este resultado, o Bra- sil tornou-se o segundo maior produtor mundial de carne de frango, ocupando a posição que era da China, e abaixo apenas dos Estados Unidos. Em 2015, da produção total, 8,846 mi- lhões de toneladas, ou 67,3%, foram des- tinadas ao mercado interno, e 4,3 milhões de toneladas, ou 32,7%, seguiram para o ex- terior. O consumo per capita atingiu a mé- dia de 43,25 quilos por pessoa, quantidade 1,1% acima da registrada em 2014. A maior média, de 47,38 quilos de carne de frango por habitante ao ano, foi verificada em 2011. Desde 2005, a carne de frango é a mais con- sumida pelos brasileiros ao ano. Antes, o maior consumo era de carne bovina. Apesar da crise econômica, a venda inter- na manteve-se aquecida, e com a demanda adequada em 2015, avalia o vice-presiden- te de Aves da ABPA, Ricardo Santin. "O se- tor produtor e exportador de carne de fran- go viveu um bom momento ao longo de 2015", destaca. A alta dos preços da carne bovina nas gôndolas foi um dos fatores que contribuiu para ampliar a liderança da car- ne de frango como a mais consumida pelos brasileiros. E as exportações recordes de car- ne de frango, acima de 4,3 milhões de tone- ladas, foram impulsionadas pela valorização do dólar frente ao real e pelos casos de In- fluenza aviária nos EUA. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce- pea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), vinculada à Uni- versidade de São Paulo (USP), durante 2015, os preços médios coletados foram superiores aos do ano anterior, em termos nominais. No entanto, a valorização do dó- lar elevou de forma considerável os custos de produção animal, em especial pelos re- ajustes dos itens da ração. No primeiro se- mestre de 2015, predominaram quedas de preços tanto ao produtor como no ataca- do, muito em decorrência da oferta supe- rior à demanda. Para o pesquisador Dirceu João Duar- te Talamini, da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), favorecem o consumo de carne de frango o preço, o conceito de sau- dabilidade e a variedade de cortes e de pro- dutos pré-elaborados. Também destaca que a trajetória de crescimento da oferta e do consumo manteve-se no primeiro semestre de 2016, mesmo com a crise econômica e com a alta dos custos de produção. Con- forme ele, a indústria e os produtores re- duziram suas margens de ganho para não repassar todo o aumento do custo para o preço final do produto. em 2015 foram demandadas 8,846 milhões de toneladas de carne de frango no país, elevando o consumo per capita interno para 43,25 quilos não falta na mesa DIFICUlDADEs No início de 2016, a expectativa de ABPA era de que o preço do milho iria recuar com a colheita da primeira safra e com a prová- vel diminuição das exportações do cereal. No entanto, o cenário do primeiro semestre foi de continuação da crise econômica, de de- saceleração dos negócios, de fechamento de fábricas e de desemprego. O avanço do desemprego também interferiu nos níveis de consumo da população. Além desses problemas, ao contrário do que esperava, o setor de proteína animal viu o preço do milho chegar a patamares superiores a R$ 60,00 pela saca. A pressão diminuiu com a chegada da colheita da safrinha de milho e com a diminuição das cotações internacionais, mas então a soja começou a pesar nos custos e na competitividade dos produtos avícolas. Diante desse quadro, as indústrias associadas à ABPA reduziram o número de pintinhos alojados. A partir dessa realidade, em se- tembro de 2016, a entidade passou a projetar produção anual de cerca de 13 milhões de toneladas de carne de frango, significando redução de 4% em relação ao volume de 13,5 milhões de toneladas previsto no início de 2016. In or A g. A ss m an n 2322 Fonte: ABPA MAIs CONsUMIDO Most consumed CONSUMO per capita DE CARNE DE FRANGO NO BRASIl – qUIlOS POR HABITANTE ANO kG./HAB. 201543,25 2014 42,78 2013 41,80 2012 45,00 2011 47,38 2010 44,09 2009 38,47 2008 38,47 2007 37,02 The Brazilian dining table is still the main destination for chicken meat produced in the Country. Our national poultry farms, in terms of volume, offered a record of 13.146 million tons of chicken meat in 2015, up 3.58% from the amount produced the year before, according to sources from the Bra- zilian Association of Animal Protein (ABPA). With this result, Brazil became the second biggest global producer of chicken meat, taking over the position that belonged to China, coming only after the United States. In 2015, of the total production, 8.846 million tons, or 67.3%, were destined for DIFFICUlTIEs In early 2016, ABPA officials expected corn prices to go down with the harvest of the sum- mer crop and in light of the likely decreases in exports of the cereal. However, the scenario of the first half of the year pointed to a continuity of the economic crisis, with business decelera- tion, unemployment and factories shutting down. Soaring unemployment also interfered with the consumption levels of the population. Be- sides these problems, contrary to what one would expect, the sector of animal protein wit- nessed the price of corn exceeding the mark of R$ 60 a sack. The pressure decreased with the arrival of the winter corn crop and with a reduction in international prices, but then soybean be- gan to exert pressure over production costs and over the competitiveness of poultry products. In light of this Picture, the industries associated with the ABPA reduced the number of con- fined young chickens. Parting from this reality, in September 2016, the association began to project the annual production at 13 million tons of chicken meat, meaning a reduction of 4% from the 13.5 million tons projected for 2016. in 2015, consumption of chicken meat in the domestic market amounted to 8.846 million tons, boosting per capita consumption to 43.25 kilograms no shortage ofmeatchicken the domestic market, and 4.3 million tons, or 32.7%, were shipped abroad. Per capita consumption achieved an average of 43.25 kilograms, up 1.1% from 2014. The highest average, 47.38 kilograms of chicken meat per person a year was ascertained back in 2011. Since 2005, chicken meat is the most consumed by Brazilian people a year. Before this year, beef was the most consumed meat. Despite the economic crisis, domes- tic sales suffered no alterations, and de- mand was adjusted in 2015, says vice-pres- ident of ABPA’s bird department, Ricardo Santin. “The producing and exporting sec- tor of chicken meat has experienced a good moment throughout 2015”, he emphasizes. The high price of beef at the supermarket shelves was one of the factors that contrib- uted towards strengthening the leadership of chicken meat as the most consumed by Brazilian people. The record exports of chicken meat, upwards of 4.3 million tons, were driven by the much appreciated dollar against the Brazilian currency and because of avian flu outbreaks in the United States. According to the Center for Applied Studies on Advanced Economics (Cepea), of the Luiz de Queiroz College of Agriculture (Esalq), linked to the University of São Paulo (USP), during 2015, average prices fetched were higher than in the previous year, in nominal terms. Nonetheless, the appreci- ation of the dollar pushed up considerably the production costs, especially because of the soaring prices of animal feed. In the first half of 2015, falling prices predominated both at producer and wholesale level, stem- ming from supplies outstripping demand. In the opinion of researcher Dirceu João Duarte Talamini, from Embrapa Pork and Poultry, in Concórdia (SC), the concept of healthy food, the variety of cuts and pre-pre- pared products are responsible for turning chicken meat greatly attractive. He also has it that the trajectory of soaring supply and consumption suffered no changes in the first half of 2016, in spite of the economic downturn and the higher production costs. In his words, industries and producers re- duced their profit margins in order not to pass on to the final consumers the higher production costs. In or A g. A ss m an n In or A g. A ss m an n 2524 O Brasil deve encerrar 2016 consoli- dando volume exportado de carne de fran- go entre 4,45 e 4,5 milhões de toneladas, com crescimento de 5% em tonelagem so- bre 2015. Em receita, com a depreciação do dólar iniciada ainda no primeiro se- mestre, a expectativa é de queda de 4% na receita total com as operações. A relação cambial só apresentou alguma reversão em novembro, com a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o que gerou turbulência na economia glo- bal e expectativa de melhora nas margens. Conforme dados do Ministério de De- senvolvimento, Indústria e Comércio Ex- terior (MDIC), até outubro de 2016 a car- evolução das exportações brasileiras deve chegar a 5% em volume, mas preços internacionais não ajudaram em 2016. com isso, a receita encolheu vender mais, menos DIMINUINDO O RITMO A desaceleração tem marcado o segundo semestre de 2016. Comparando o quadri- mestre de julho a outubro ao mesmo período do ano anterior, o recuo é de 6,5%. Ao longo do ano, a situação ainda é positiva. Os embarques acumulados de janeiro a outubro são 5,14% maiores do que os alcançados entre janeiro e outubro de 2015. A tendência, se- gundo o MDIC, é de que novembro e dezembro mantenham a média do segundo semes- tre, com 350 a 400 mil toneladas, e um avanço de 2,5% a 3% em relação a 2015. A ABPA espera um pouco mais. E, com o efeito Donald Trump, acredita que parte do faturamen- to será recuperado em dólar. Em outubro, as vendas alcançaram faturamento de US$ 509,9 milhões, 2,2% abaixo do mesmo mês de 2015. No acumulado dos 10 meses, a receita é de US$ 5,748 bilhões, com queda de 3,57%.Em reais, são R$ 20,05 bilhões no ano, com alta de 3,83%. Na com- paração mensal, a receita em moeda nacional foi 20% menor do que em 2015, alcançan- do R$ 1,6 bilhão em outubro de 2016. Agora, as fichas do setor estão depositadas em um dólar acima de R$ 3,50 e uma demanda da carne de frango brasileira que deve crescer novamente em torno de 5% no mercado internacional em 2017. Conforme Ricardo San- tin, o ponto de equilíbrio para o produto brasileiro no mercado externo fica com o dólar cotado entre R$ 3,40 e R$ 3,50. ganhar ne de frango era o quinto principal item da pauta de exportações do Brasil, com US$ 4,99 bilhões de faturamento. Em va- lor, isso representa retração de 3,74% so- bre o mesmo período do ano anterior. A proteína representa 3,26% de tudo o que o Brasil exporta. Nesse ranking, fica atrás da soja em grão, do minério de ferro, do petróleo e do açúcar. Ricardo Santin, diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Ani- mal (ABPA), destaca que o mercado mun- dial vem se mostrando menos compra- dor do que já foi, mas isso deve melhorar em 2017. “O mercado está mais equilibra- do, também pela maior produção em al- guns países importadores. Além disso, o surgimento de focos de Influenza Aviá- ria na Europa e na Ásia impactou um pou- co o comércio", refere. "Temos mantido a expansão para novos mercados, além do fornecimento tradicional, e isso levou a avanço em volumes, diante de certa esta- bilidade em alguns mercados.” Segundo ele, atualmente, Japão, Méxi- co e China representam 60% das exporta- ções brasileiras. Nos últimos meses, o Ja- pão vinha reduzindo as compras, mas a expectativa era de que as retomaria em no- vembro e dezembro. Apesar disso, o Brasil continua sendo o maior exportador mun- dial e é o segundo maior produtor. De acordo com a ABPA, as exporta- ções brasileirasde frango inteiro, embuti- dos e outros processados aumentaram 5% nos 10 primeiros meses de 2016, compa- rados a igual período do ano anterior, to- talizando 3,693 milhões de toneladas. Em outubro, as exportações caíram 4,5% na comparação com o mesmo mês de 2015. Foram embarcadas perto de 310 mil tone- ladas, o menor volume em 20 meses. A de- saceleração em outubro também reflete queda de 10 mil toneladas de embarques para a Venezuela, em crise, e o descreden- ciamento, pela China, de cinco frigoríficos brasileiros, por questões burocráticas que já estavam sendo sanadas. Sí lv io Á vi la 2726 ExPORTAçõES BRASIlEIRAS DE CARNE DE FRANGO GOsTINHO BRAsIlEIRO Brazilian taste ANO VAlOR (R$ BI) % VOlUME (MIlHõEs DE T) % 2010 6.807,8 – 3.819,7 – 2011 8.253,0 21,23 3.942,6 3,21 2012 7.703,0 -6,7 3.917,6 -0,63 2013 7.966,5 3,42 3,891,7 -0.67 2014 8.084,9 1,49 4.099,0 5,33 2015 7.167,8 11,3 4.304,1 5,0 2016* 5.675,3 – 3.630,2 – 2016 ** 7.200,0 0,45 4.530,0 5,0 * Realizado de janeiro a outubro de 2016 (Secex/MDIC). – ** Estimativa de teto para 2016 (ABPA). Fonte: Secex/MDIC/ABPA. – Elaboração: Anuário Brasileiro de Aves e Suínos 2016. Realização e Organização:Filiada à: www.tecnocarne.com.br /tecno.carne slOWING DOWN Deceleration has marked the second half of 2016. Comparing the quarter from July to Octo- ber to the same period of the previous year, the reduction reaches 6.5%. Over the year, the situation is still positive. The shipments accumulated from January to October are up 5.14% from the ship- ments from January to October 2015. The trend, according to MDIC officials, is that November and December will remain within the average of the second half of the year, with 350 to 400 thousand tons, and an increase of 2.5% to 3% from 2015. ABPA officials refer to slightly bigger numbers, and, with the Trump effect, they believe that part of the revenue will be recovered in dollar. In October, sales amounted to US$ 509.9 million, down 2.2% from the same period in 2015. Considering the total of the 10 months, the revenue amounts to US$ 5.748 billion, down 3.57%. In real, it represents R$ 20.05 billion a year, up 3.83%. In the monthly comparison, the revenue in na- tional currency was 20% bigger than in 2015, amounting to R$ 1.6 billion in October 2016. Now, the bets of the sector rely on a dollar of over R$ 3.50 and demand for Brazilian chicken meat that is supposed to increase about 5% in the international market in 2017. According to Ricardo Santin, the breakeven point for the Brazilian product in the international market remains at a dollar quot- ed from R$ 3.40 to R$ 3.50. evolution of brazilian exports should reach 5% in volume, but international prices in 2016 were not favorable, resulting into a drop in revenue selling more, lessearning Brazil should end 2016 consolidating the exports of chicken meat from 4.45 and 4.5 mil- lion tons, up 5% in tons from 2015. In reve- nue, with the depreciation of the dollar that started in the first half of the year, the expec- tation is for a 4-percent drop in total revenue from the operations. The exchange rate rela- tion only showed some reversal in November, with the election of Donald Trump as presi- dent of the United States, a fact that gave rise to turbulence in the global economy and ex- pectation for better margins. According to numbers released by the Ministry of Development, Industry and For- eign Trade (MDIC), up until October 2016, chicken meat ranks as fifth item on Brazil’s ex- port agenda, with US$ 4.99 billion in revenue. In value, this represents a decrease of 3.74% from the same period a year before. The pro- tein represents 3.26% of everything Brazil ships abroad. In this ranking, it remains be- hind soybeans, iron ore, crude oil and sugar. Ricardo Santin, market director at the Bra- zilian Association of Animal Protein (ABPA), has it that the global market has been buying less compared to the past, but this should get better in 2017. “The market is more balanced, also because of bigger production volumes in some importing countries. Furthermore, out- breaks of avian flu in Europe and Asia had some impact upon the global trade”, he ex- plains. “We have continued expanding into new markets, besides the traditional buyers, and this has led to higher volumes in light of the stable scenario in some markets”. According to him, nowadays, Japan, Mex- ico and China represent 60% of all Brazilian exports. Over the past months, Japan was re- ducing its purchases, but the expectation is for this country to resume its imports in Novem- ber and December. In spite of this, Brazil is still the leading global exporter and the second largest producer. According to ABPA sources, Brazilian whole broiler exports, industrialized and processed cuts soared 5% in the first 10 months in 2016, compared to the same period the year be- fore, totaling 3.693 million tons. In October, exports dropped 4.5% compared to the same month in 2015. Shipments amounted to almost 310 thousand tons, the smallest volume in 20 months. The deceleration in October also re- flects the drop of 10 thousand tons to Venezue- la, a country in crisis, and the decision by China to exclude five meatpacking companies in Bra- zil, for bureaucratic reasons, now being solved. Sí lv io Á vi la 28 Devagar e sempre, a produção global de carne de frango vem mantendo trajetó- ria de incremento. Gradativo, em pequenos percentuais, mas ainda crescendo. Nas primeiras projeções de tendências di- vulgadas para 2017, o Departamento de não para nunca World MUNDO produção mundial de carne de frango mantém leve trajetória de incremento em 2016, e o mesmo deve ocorrer em 2017, segundo o usda Slow and always, global broiler produc- tion has been constantly rising. Gradually, in small percentages, but always soaring. In the first projections of tendencies for 2017, the US Department of Agriculture (USDA), indicates that egg production will amount to 90.45 million tons, up 1.01%. For 2016, USDA sources project a rise of 0.96%, from 88.7 million to 89.55 mil- global broiler production is on the rise in 2016, and the same should hold true for 2017, according to usda sources nevernever say lion tons. This projected behavior has been confirming. This continued expansion will put half of the chicken meat produced in the world under the responsibility of only three countries, the United States (21%), Brazil (16%) and China (13%), the individ- ual giants of the chicken farming business. The top five are completed by the Europe- an Union, with 12%, and by India, with 5%. China is out of tune with the huge pro- ducers. It will be the only country where the production of chicken meat will be down about 10% from 2016. Precaution measures against avian flu outbreaks induced the Chi- nese government to implement barriers on imports of broody hens and genetic materi- al, and this has repercussions on the avail- ability chickens to be slaughtered. In light of this, global growth will not be bigger. Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) indica que serão pro- duzidas 90,45 milhões de toneladas desta proteína, com avanço de 1,01%. Para 2016, o USDA projeta elevação de 0,96%, passando de 88,7 milhões para 89,55 milhões de toneladas. E esse com- portamento previsto está se confirmando. A expansão continuada fará com que me- tade de toda a carne de frango produzi- da no mundo seja de responsabilidade de apenas três países, Estados Unidos (21%), Brasil (16%) e China (13%), os gigantes in- dividuais da avicultura. O top five é com- pletado pela União Europeia, com 12%, e pela Índia, com 5%. A China destoa do rol dos grandes pro- dutores. Será a únicacom queda na produ- ção de carne de frango, que poderá chegar a 10% em relação a 2016. Medidas de pre- caução contra a Influenza aviária levaram o governo chinês a tomar medidas que bar- raram parte das importações de matrizes e de genética, e isso repercute na disponibili- dade de animais para abate. Até por isso, o crescimento global não será maior. PRODUçãO MUNDIAl DE FRANGO (EM MIlHõES DE TONElADAS) AlTOs PlANOs Flying high PAís 2015 2016 2017 % A/B % B/C % mundo (Consolidado–A) (Estimativa–B) (Projeção–C) /2017 EUA 17,971 18,283 18,690 1,74 2,23 21 Brasil 13,146 13,605 14,080 3,49 3,49 16 China 13,400 12,700 11,500 -5,22 -9,45 13 UE 10,810 11,070 11,380 2,41 2,08 12 India 3,900 4,200 4,500 7,68 7,14 5 Rússia 3,600 3,750 3,770 4,17 0,54 4 México 3,175 3,270 3,335 2,99 1,99 4 Argentina 2,080 2,100 2,165 0,95 3,10 2 Turquia 1,909 1,900 1,960 -0,47 3,16 2 Tailândia 1,700 1,780 1,890 4,71 6,18 2 Outros 17,003 16,890 17,258 -0,65 2,18 19 TOTAl 88,694 89,549 90,448 0,96 1,01 100 Fonte: USDA Sí lv io Á vi la 3130 O volume de carne de frango a ser mo- vimentado como exportação no mercado internacional em 2017 deve crescer 5,36%, para 11,37 milhões de toneladas, de acor- do com previsão divulgada pelo Departa- mento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em outubro de 2016. A sinalização positiva fica muito próxima dos 5,26% projetados de aumen- to nas exportações de 2016 sobre 2015, quando a tonelagem embarcada subiu de portos internacionais andam muito movimentados, com incremento de 5% nas exportações globais de carne de frango em 2015, segundo o usda international ports are very busy, with a 5-percent increase in global chicken meat exports in 2015, according to usda sources intenso Heavytrânsito traffic 10,25 para 10,79 milhões de toneladas. Reunindo apenas os 10 maiores exporta- dores internacionais, o percentual de cres- cimento deve subir para 5,5% em 2017. O trânsito nos portos tende a ser mais intenso nos países fornecedores. O Brasil, por exemplo, permanece pelo 13º ano se- guido na liderança no mercado mundial, e, segundo o USDA, deve se aproximar no- vamente da evolução que está próxima de ser confirmada em 2016, de 7%. A proje- ção é de 6,7% de aumento nos embarques em 2017, passando de 4,11 milhões de to- neladas para 4,39 milhões. Os critérios e os dados do USDA diferem, ainda que sejam aproximados, das informações e das pro- jeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Outro fator interessante é que o Brasil vai representar quase 48% (ou 275 mil toneladas) do avanço adicional das expedições internacionais de 2017. São 580 mil toneladas acima do que a cadeia produ- tiva deverá embarcar em 2016. Enquanto isso, a China, principal com- prador do Brasil, repete a situação encon- trada no perfil de produção e é o ponto fora da curva entre os 10 grandes expor- tadores. Pelo segundo ano consecutivo, vai diminuir sua participação no mercado internacional, em cerca de 12,7%. Com isso, o recuo chinês chega a 20% sobre as 431 mil toneladas embarcadas para ou- tros países em 2014. A suspensão das im- portações de reprodutoras de corte, após os surtos de Influenza aviária na Europa e na América do Norte, mais a demanda crescente no mercado interno, determi- nam esse comportamento. Os analistas norte-americanos acredi- tam que, ainda que retomem as impor- tações de reprodutoras, por conta da população que precisam alimentar, os chineses não voltarão ao nível de forne- cimento internacional de carne de frango que tinham por tradição. Para o Brasil, é uma boa notícia. The volume of chicken meat to be trad- ed in the international market in 2017 is expected to rise 5.36%, to 11.37 million tons, according to the forecast released by the US Department of Agriculture (USDA) in October 2016. The positive picture is very close to the 5.26 percent projected increase in exports for 2016, compared to 2015, when the amount of tons shipped abroad rose from 10.25 to 10.79 million tons. Considering just the 10 biggest inter- national exporters, the percentage growth should rise to 5.5% in 2017. Traffic at ports tends to become more intense in the supplying countries. Brazil, for example, has occupied the leading po- sition in the international market for the 13th year in a row, and, according to USDA sources, should again get close to the evo- lution soon to be confirmed in 2016, of 7%. The projection is for shipments to go up 6.7% in 2017, from 4.11 million tons to 4.39 million. USDA’s criteria and data dif- fer, but are very similar to the projections by the Brazilian Association of Animal Pro- tein (ABPA). Another interesting factor is that Brazil will represent almost 48% (or 275 thousand tons) of the additional in- ternational exports in 2017. In all, an ex- tra 580 thousand tons are to be shipped abroad by the supply chain in 2016. In the meantime, China, leading pur- chaser of Brazilian broilers, repeats the situation found in the production pro- file and is out of tune with the 10 huge exporters. For the second year in a row, this country is going to reduce its share in the international market, by about 12.7%. It means that China’s exports are down 20% from the 431 thousand tons shipped to other countries in 2014. An end to the imports of broody chicken breeds, after the outbreaks of avian flu in Europe and in North America, plus rising demand in the domestic market, are determining factors for this type of behavior. North-American analysts believe that, although they resume their imports of broody hens, in light of the people that require this type of food, Chinese chick- en farmers will not come back to the lev- els of international suppliers of chicken meat in line with their tradition. Brazil celebrates it as good news. In or A g. A ss m an n 3332 ExPORTAçãO MUNDIAl DE CARNE DE FRANGO (em milhões de toneladas) A GRANDE PEDIDA The big order ExPORTADOR 2015 2016 2017 % A/B % B/C % do total (Consolidado–A) (Estimativa–B) (Projeção–C) 2017 Brasil 3,841 4,110 4,385 7 6,7 39 EUA 2,867 2,978 3,128 3,87 5 28 UE 1,177 1,250 1,275 6,2 2 11 Tailândia 622 670 710 7,72 5,98 6 China 401 395 345 -1,5 -12,7 3 Turquia 321 280 320 -12,8 14,3 3 Ucrânia 159 215 240 35,2 11,6 2 Argentina 187 155 190 17,1 22,6 2 Rússia 71 130 150 83,1 15,4 1 Canadá 133 135 145 1,5 7,4 1 Outros 475 475 484 0 1,9 4 TOTAl 10,254 10,793 11,372 5,26 5,36 100 Fonte: USDA, outubro de 2016. países importadores aumentarão em 4,4% as compras de carne de frango, entre eles alguns dos principais clientes da avicultura brasileira importing countries will buy 4.4% more chicken meat, and some of them are brazil’s major aviculture clients fome hungry mais always A demanda de carne de frango entre os países importadores avançará 4,4% em 2017, segundo relatório divulgado pelo De- partamento de Agricultura dos Estados Uni- dos (USDA), principal referência sobre esse mercado no mundo. Serão 9,3 milhões de toneladas adquiridas pelas nações que têm déficit produtivo. Este mercado, portanto, estará mais aquecido do que em 2016, ano no qual o USDA projeta aumento de 3,25%, das 8,626 milhões de toneladas movimen- tadas em 2015 para 8,906 milhões de tone- ladas. A demanda nos 10 países que lideram o ranking da importação mundial alcança alta de 7,8% em 2016, enquanto os demais países apresentam retração de 4,5%. Para 2017, os dois conjuntos de nações analisa- das apresentarão alta próxima de 4,4%. Ja- pão e Arábia Saudita deverão importar me- nos. No caso dos árabes, será o segundo ano consecutivo de queda nas aquisições internacionais da proteína, pouco superior a 1%. A notícianão é boa para o Brasil por- que se tratam de dois importantes e tradi- cionais clientes. Em compensação, os mer- cados de México, União Europeia, Iraque, África do Sul, China, Hong Kong, Emirados Árabes e Filipinas devem ir às compras com mais voracidade. Alguns deles, obviamente, focados no fornecimento do Brasil, princi- pal exportador de carne de frango do mun- do. Há indicações de que a China, com a Demand for chicken meat by import- ing countries is supposed to soar 4.4% in 2017, according to a report published by the US Department of Agriculture (USDA), main reference on this market in the world. In all, 9.3 million tons will be acquired by nations affected by productive deficits. This market, therefore, will be more active than in 2016, year in which USDA sources proj- ect an increase of 3.25%, over the 8.626 mil- lion tons traded in 2015, to a total of 8.906 million tons.. Demand by the 10 countries that lead the global import ranking is supposed to in- crease by 7.8% in 2016, while the other coun- tries will buy 4.5% less. For 2017, the two sets of nations analyzed will buy 4.4-percent more. Japan and Saudi Arabia should import less. In the case of the Arabs, smaller interna- tional protein purchases will continue for the second year in a row, slightly more than 1%. This is not good news for Brazil because they are two important and traditional clients. In compensation, the markets of Mexico, the European Union, Iraq, South Africa, China, Hong Kong, United Arab emirates and the Philippines should buy more this year. Some of them, obviously, focused on Brazilian sup- plies, leading broiler and chicken exporter in the world. There are indications that China, with the biggest population of the planet (1.4 billion consumers), and leading global con- sumer, whose imports are supposed to go up over 50% in 2016, is likely to acquire in 2017 one third more than in 2015. It is good news for the Brazilian supply chain. The main supplier of China is Brazil. As Chi- na’s supply is also guaranteed with acqui- sitions via Hong Kong, this market is spe- cifically consolidating as the biggest global importer of chicken meat. The numbers released by the US Department of Agricul- ture (USDA) do not take into consideration chicken feet, a product that enjoys good global demand. maior população do planeta (1,4 bilhão de consumidores), e com o maior consumo mundial, cujas importações devem aumen- tar mais de 50% em 2016, tenderá a adquirir em 2017 um terço a mais do que em 2015. A notícia é ótima para a cadeia produtiva brasileira. O principal fornecedor da China é o Brasil. Como o abastecimento chinês é garantido também com aquisições via Hong Kong, esse mercado de forma específica se consolida como o maior importador global de carne de frango. Os números do USDA não consideram pés/patas de frango, pro- duto que tem boa demanda internacional. 3534 In or A g. A ss m an n IMPORTAçãO MUNDIAl DE CARNE DE FRANGO (em mil toneladas) ClIENTElAs Clients * Excluídos pés/patas de frango. – Fonte: USDA, outubro de 2016. PAís 2015 2016 2017 % A/B % B/C % do mundo (Consolidado–A) (Estimativa–B) (Projeção–C) 2017 Japão 936 955 920 2,03 -3,7 10 México 790 820 850 3,8 3,7 9 Arábia Saudita 863 850 840 -1,51 -1,2 9 União Europeia 728 750 760 3,02 1,3 8 Iraque 625 670 695 7,2 3,73 7 África do Sul 436 520 560 19,3 7,7 6 China 268 410 550 53,0 34,15 6 Hong Kong 312 325 335 4,2 3,1 4 Emirados Árabes 277 305 330 10,1 8,2 4 Filipinas 205 260 280 27 7,7 3 Outros 3,186 3,041 3,176 -4,6 4,44 34 TOTAl 8,626 8,06 9,296 3,25 4,38 100 OUTRAs AVEs Other birds PRODUçãO E ExPORTAçãO BRASIlEIRA DE CARNE DE PERU Fonte: ABPA/Secex PRODUçãO ExPORTAçãO VAlOR ANO (t) (mil t) ExPORTAçãO (Us$ milhões) 2010 337.000 157,8 424,5 2011 305.293 141,2 444,6 2012 442.208 179,0 500,4 2013 363.528 161,0 459,1 2014 326.627 126,6 332,2 2015 327.179 133,0 288,3 PATO ACOlá Ducks around here ExPORTAçõES BRASIlEIRAS DE CARNE DE PATO Fonte: ABPA/Secex ANO ExPORTAçãO VAlOR ExPORTAçãO (MIl T) (Us$ MIlHõEs) 2010 4.212 11.687 2011 1.635 6.987 2012 3.063 11.208 2013 2.159 6.526 2014 9.460 12.835 2015 2.397 7.637 A produção brasileira de carne de peru apresentou pequeno acréscimo, de 552 tone- ladas, em 2015. O total produzido passou de 326.637 toneladas em 2014 para 327.189 to- neladas, de acordo com a Associação Brasi- leira de Proteína Animal (ABPA). No últimos cinco anos, o maior resultado, de 442.208 toneladas, foi obtido em 2012. Os merca- dos interno e externo absorveram 59% e 41% da produção, respectivamente, em 2015. Os principais produtores são os esta- Other Birds OUTRAS AVES dentre as demais aves com peso na economia, a produção de peru mantém-se estável, mas exportações da espécie cresceram 5,9% em 2015 cardápiopara variar o dos de Santa Catarina e do Paraná, que aba- teram 8,763 milhões e 8,291 milhões de uni- dades, respectivamente, em 2015, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- tecimento (Mapa). O terceiro maior abate, de 6,283 milhões, foi registrado em Goiás. O volume exportado de carne de peru to- talizou 133 mil toneladas em 2015, com alta de 5,9% em relação ao embarcado no ano anterior (125,6 mil toneladas). A receita obti- da foi de US$ 288,3 milhões, com queda de 13,2% em comparação com o valor de 2014. O envio total foi composto de cortes de peru (62,77%), produto industrializado (37,18%) e peru inteiro (0,05%). "Os melhores resultados de exportação foram obtidos entre os meses de abril e agosto de 2015", aponta o presiden- te-executivo da ABPA, Francisco Turra. Em 2015, os estados brasileiros que responderam pela exportação de car- ne de peru foram Goiás (29,15%), Para- ná (27,49%), Santa Catarina (16,18%), Mi- nas Gerais (13,75%) e Rio Grande do Sul (13,44%). A União Europeia ultrapassou a África como maior importadora de carne de peru do Brasil. Ao todo, o bloco comprou 57.100 toneladas do produto, 10% a mais do que em 2014. Para a África, segundo principal destino, foram vendidas 49.400 toneladas, 6% menos do que no ano ante- rior. Os países das Américas, na terceira po- sição, importaram 15.100 toneladas (-38%). PAGANDO O PATO Além da carne de frango e de peru, o País também exporta carne de pato. De acordo com a ABPA, a exportação do produto foi de 2.397 toneladas em 2015, com 74,7% de redução diante das 9.460 toneladas exportadas no ano anterior. O valor também caiu, de US$ 12,835 milhões em 2014 para US$ 7,637 milhões no ano seguinte. O Estado de Santa Catarina respondeu por 99,5% do volume exportado em 2015; e o Rio Grande do Sul, por 0,5%. A exportação de pato inteiro representou 85,7% do total embarcado em 2015. A participação de cortes foi de 13,8%, e a de industrializado, de 0,5%. Os catarinenses abateram 1,913 milhão de patos em 2015, de acordo com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Até o dia 11 de novembro de 2016, o número de patos abatidos totalizava 1,701 milhão de unidades. Comparado com o frango, o pato é mais resistente às variações de temperatura no meio ambiente. As aves são abatidas após 40 dias de vida nos galpões de criação. O Brasil não ex- portou carne de ganso e nem de galinha d’angola nos anos de 2014 e 2015, observa a ABPA. The Brazilian turkey production was slight- ly up from the 552 tons in 2015. The total rose from 326,637 tons in 2014 to 327,189 tons, according to the Brazilian Association of Ani- mal Protein (ABPA). Over the past five years, the biggest result, 442,208 tons, was achieved in 2012. The domestic and foreign markets ab- with regard to other birds that are economically relevant, the production of turkeys has remained stable, and
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