Buscar

Aula 04 Trichomonas vaginalis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trichomonas vaginalis 
Glêzia Renata da Silva Lacerda 
 
Graduada em Biomedicina / ASCES 
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE 
Doutora em Ciências Biológicas/ UFPE 
INTRODUÇÃO 
O gênero Trichomonas 
 ֎ Compreende um grupo de protozoários flagelados; 
 
 
 SÃO 4 ESPÉCIES QUE PARASITAM O HOMEM: 
 Trichomonas. tenax  não patogênico, habita a cavidade bucal 
 Trichomonas hominis  não patogênico, habita o trato intestinal 
Trichomonas faecalis  foi encontrado em um único paciente. 
 Trichomonas vaginalis (1836, Donné)  isolou de uma mulher com vaginite; (1894, 
Marchand, Miura; 1896, Dock) observaram o parasita na uretrite de um homem. 
Classe: 
Trichomonadae 
Família: 
Trichomonadidae 
Gênero: 
Trichomonas 
Trichomonas vaginalis 
 Causador da  TRICOMONÍASE ou TRICOMONOSE; 
 Parasita o trato geniturinário masculino e feminino, constituindo a DST não-
viral mais comum no mundo; 
 Não sobrevive fora do sistema urogenital. 
 
É A ÚNICA ESPÉCIE DE TRICHOMONAS 
PATOGÊNICA PARA O SER HUMANO 
Morfologia - Trichomonas 
vaginalis 
 Célula polimorfa em hospedeiros e em meios de cultura; 
 Seu formato pode variar entre ovoides, arredondados ou elipsoides; 
 Emitem pseudópodes para captar nutrientes e se fixar em partículas sólidas ; 
 Medem em média 9,7 µm de comprimento por 7 µm de largura. 
NÃO É CAPAZ DE FORMAR CISTOS, 
APRESENTANDO APENAS O 
ESTÁGIO DE TROFOZOÍTO 
Morfologia 
 Quatro flagelos anteriores 
desiguais; 
 Os flagelos estão inseridos no 
blefaroplasto ou cinetossomos; 
 Membrana ondulante; 
 Costa; 
 Axóstilo  estrutura rígida e 
cristalina que se projeta através do 
centro do organismo, prolongando-
se até a extremidade posterior. 
Morfologia 
 O corpo parabasal associa-se aos 
filamentos parabasais; 
 Não possui mitocôndrias; 
 Apresenta grânulos conhecidos como 
hidrogenossomos, que transformam 
piruvato em acetato e liberam ATP e 
H2. 
Biologia e Fisiologia 
É anaeróbio facultativo utilizando glicose, frutose, maltose, glicogênio e 
amido como fonte de energia; 
 Cresce bem na ausência de O2, pH entre 5 e 7,5 e temperaturas entre 20 ºC 
e 40 ºC; 
Reprodução 
• Os trofozoítos multiplicam-se por DIVISÃO BINÁRIA longitudinal. 
 
DIVISÃO BINÁRIA 
Ciclo Biológico do 
Trichomonas vaginalis 
PARASITO MONOXÊNICO 
 
1) Trofozoítos presentes nas secreções vaginal, 
uretral e urina; 
2) Multiplicam-se por divisão binária 
longitudinal; 
3) São transmitidos através de relação sexual. 
 
OS TROFOZOÍTOS CONSTITUEM O 
ESTÁGIO DE INFECÇÃO E DE 
DIAGNÓSTICO 
Transmissão 
 
Roupas de cama, assentos de vasos sanitários, artigos de toalete; 
 Instrumentos ginecológicos contaminados; 
Roupas íntimas úmidas. 
NÃO OCORRE TRANSMISSÃO ATRAVÉS DE SEXO ORAL, POIS O 
Trichomonas vaginalis NÃO SOBREVIVE NA CAVIDADE BUCAL 
O trofozoíto sobrevive mais de uma 
semana sob o prepúcio após o 
coito 
Período de 
incubação entre 3 
e 20 dias. 
RELAÇÕES 
SEXUAIS 
Patogenia 
 Mulheres possuem barreiras naturais contra infecções por T. vaginalis: 
 Vagina resistente a infecções devido ao pH ácido (3,8 a 4,5) 
Epitélio espesso 
Células ricas em glicogênio 
pH -3,8 a 4,5 
 Bacilos de Doderlëin 
Mucosa vaginal fina 
Epitélio pobre em glicogênio 
secreção escassa 
pH neutro 
Na infância 
Após a 
puberdade 
Não favorável 
à instalação 
Patogenia 
 Implantação T. vaginalis está associada modificações do meio vaginal: 
 Modificação microbiota bacteriana vaginal (redução dos bacilos de Doderlëin  
Lactobacillus acidophilus); 
 Diminuição acidez local; 
 Acentuada descamação do epitélio; 
 Diminuição do glicogênio nas células do epitélio. 
A MULHER TORNA-SE RECEPTIVA A INFECÇÕES! 
Patologia 
o PROBLEMAS RELACIONADOS À GRAVIDEZ 
 Parto prematuro; 
  peso ao nascer; 
 Morte neonatal. 
o PROBLEMAS RELACIONADOS COM A FERTILIDADE 
 Doença inflamatória do trato urinário superior que destrói a estrutura tubária inibindo a passagem 
do espermatozoide ou óvulos através da tuba uterina 
o TRANSMISSÃO DE HIV 
 Agressiva resposta imune celular, facilita a infecção pelo HIV, pois ocorre infiltração de células-
alvo do vírus, tais como linfócitos T CD4+ 
 Pontos hemorrágicos que permitem o acesso direto à corrente sanguínea. 
Sintomatologia 
Mulher 
 Vaginite caracterizada por um corrimento vaginal fluido abundante, de cor 
amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, frequente no período pós-
menstrual; 
 Prurido e dores no baixo ventre; 
 Dor e dificuldade para as relações sexuais; 
 Dor ao urinar (disúria); 
 Aumento da frequência miccional (poliúria); 
 Vagina edematosa e eritematosa, com pontos hemorrágicos (colpitis 
macularis ou com aspecto de morango). 
Sintomatologia 
Mulher 
Sintomatologia 
Homem 
 Comumente assintomática; 
 Uretrite (corrimento discreto, claro, viscoso, às vezes purulento; durante micção 
matutina); 
Durante o dia a secreção é escassa e em casos mais graves o parasito pode causar 
prostatite, epididimite e cistite. 
 Prurido; 
 Desconforto ao urinar; 
 Hiperemia do meato uretral. 
Diagnóstico 
O diagnóstico não pode ser baseado apenas na apresentação 
clínica, pois a infecção pode ser confundida com outras DSTs, 
visto que o clássico aspecto da cérvice com aspecto de morango 
é encontrado em apenas 2% das pacientes e o corrimento 
espumoso em 20% das mulheres infectadas 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 Colheita da amostra na MULHER: 
 Não ter utilizado tricomonicidas há pelo menos 15 dias; 
 Não realizar higiene vaginal no período 18 a 24 horas antes da 
colheita; 
 Os tricomonas são mais abundantes durante os primeiros dias 
após a menstruação  preferência para coletar neste período 
 O material é coletado na vagina com swab de algodão não 
absorvente com auxílio de espéculo não lubrificado. 
O MATERIAL COLHIDO QUE NÃO FOR EXAMINADO EM PREPARAÇÕES A 
FRESCO OU INOCULADOS EM MEIO DE CULTURA, DEVE SER PRESERVADO EM 
LÍQUIDOS OU MEIOS DE TRANSPORTE! 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 Colheita da amostra no HOMEM: 
 Não ter utilizado tricomonicidas há pelo menos 15 dias; 
 Colher secreção uretral no laboratório pela manhã, 
antes de urinar; 
 Colher urina de primeiro jato (20 mL), centrifugar e 
observar o sedimento; 
 O organismo é mais facilmente encontrado no sêmen 
do que na urina ou em esfregaços uretrais; 
 Uma amostra fresca poderá ser obtida pela 
masturbação em um recipiente limpo e estéril. 
COLETA DO CORRIMENTO URETRAL PENIANO OU VAGINAL 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 Exame microscópico: 
 Preparações a fresco; 
 Esfregaços fixados e corados; 
 Cultura de corrimento vaginal ou uretral peniano. 
Profilaxia 
 Higiene pessoal; 
 Uso de preservativos; 
 Abstinência de contato sexual com 
pessoas infectadas; 
 Tratamento simultâneo dos 
parceiros sexuais, mesmo que a 
infecção tenha sido diagnosticada em 
um dos indivíduos. 
 
Tratamento 
 Metronidazol (mais utilizado, 
porém apresenta muitos efeitos 
colaterais e em alguns casos 
resistência do parasita ao 
medicamento após longos 
períodos de uso); 
 Tinidazol. 
EM GESTANTES, ESSES MEDICAMENTOS NÃO DEVEM SER USADOS VIA 
ORAL, SOMENTE PELA APLICAÇÃO LOCAL DE CREME, GELEIAS OU 
ÓVULOS.

Outros materiais