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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Com certificado online 180 horas Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal Denise Santana Silva dos Santos Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal Denise Santana Silva dos Santos 180 horas Com certificado online SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 7 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 7 1.2 PREMISSAS ............................................................................................................... 7 1.3 PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO .......................................................................... 8 HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO ........................................... 9 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL .................................................................................... 12 3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM A HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................... 12 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) .................................... 15 4.1 FUNÇÕES DA UTIN ................................................................................................ 16 4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN ............................................................... 16 4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA PARA INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UTIN ............................................................................. 17 4.3.1 Área Física (por leito) ......................................................................................... 17 4.3.2 Iluminação .......................................................................................................... 18 4.3.3 Recursos Humanos ............................................................................................. 18 4.3.4 Treinamento constante ........................................................................................ 18 4.3.5 Transporte do RN ............................................................................................... 19 4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho ...................................................... 19 4.3.7 Equipamentos ..................................................................................................... 19 4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias ............................................. 20 4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN .................................................................... 21 4.3.10 Serviço de Apoio .............................................................................................. 22 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP) .................................. 23 5.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 23 5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP .................................................... 24 5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA ............ 24 5.3.1 Área Física (por leito) ......................................................................................... 24 5.3.2 Iluminação .......................................................................................................... 25 5.4 RECURSOS HUMANOS ......................................................................................... 25 5.4.1 Enfermeiro Coordenador .................................................................................... 25 5.4.2 Enfermeiro Assistencial ...................................................................................... 25 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- PEDIÁTRICA ........................................... 27 6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI ................................ 27 6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI - PEDIÁTRICA ............ 28 6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA ....................................... 28 6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA .................................. 29 O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA ............................................................ 30 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 30 8.1 ESTUDO DE CASO 1 .............................................................................................. 31 8.1.2 Explicação do caso ............................................................................................. 31 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 33 1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 33 1.2 PREMISSAS ............................................................................................................. 33 GASTROSQUISE .............................................................................................................. 35 ONFALOCELE ................................................................................................................. 37 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE ............................................................................................................................................. 39 4.1 PRÉ-OPERATÓRIO ................................................................................................. 39 4.2 PÓS-OPERATÓRIO ................................................................................................. 39 OBSTRUÇÃO INTESTINAL .......................................................................................... 41 5.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 42 5.1.1 Pré - natal ............................................................................................................ 42 5.2 ATRESIA INTESTINAL .......................................................................................... 43 5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA ............................................................. 44 5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO) .................................................. 45 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO INTESTINAL..................................................................................................................... 47 6.1 PRÉ-OPERATÓRIO ................................................................................................. 47 6.2 PÓS–OPERATÓRIO................................................................................................. 47 TRAQUEOMALÁCIA ..................................................................................................... 49 7.1 SINTOMAS ............................................................................................................... 49 7.2CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................... 50 7.3 TRATAMENTO ........................................................................................................ 50 ENTEROCOLITE NECROTIZANTE ........................................................................... 51 8.1 SINTOMAS ............................................................................................................... 52 SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN ................................................................................. 54 9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS ................................................................ 54 9.2 ETIOLOGIA .............................................................................................................. 55 9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS .............................. 55 9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO EXISTE, NA LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O TRATAMENTO ................................... 56 9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES ......................................................................... 56 9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS ........................................................ 56 9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA ....................................... 56 9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM CONSENSO. TRATAMENTO POSTURAL ........................................................................................ 57 9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA............................................................................ 57 9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR .......................................... 57 MASSAS ABDOMINAIS.................................................................................................. 59 DIVERSAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS ..................................................................... 60 CUIDADOS COM A FAMÍLIA DO RN GRAVE ......................................................... 61 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 62 13.1 ESTUDO DE CASO 1: ........................................................................................... 62 13.2 EXPLICAÇÃO DO CASO: .................................................................................... 62 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 64 1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 64 1.3 PREMISSAS ............................................................................................................. 65 CONCEITOS DE CUIDAR/ CUIDADO ........................................................................ 67 TIPOS DE CUIDADO....................................................................................................... 68 TEÓRICOS DO CUIDADO ............................................................................................. 71 4.1 LEININGER .............................................................................................................. 71 4.2 WATSON .................................................................................................................. 71 4.3 ROACH (1991).......................................................................................................... 72 POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO BRASIL ......................................................... 73 5.1 PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO (PHPN)...... 74 A ENFERMAGEM E O CUIDAR ................................................................................... 75 6.1 A ENFERMAGEM NEONATAL E O CUIDAR/ CUIDADO ................................ 75 CUIDADOS MAIS FREQUENTES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL....................................................................................................................... 77 PLANOS DE CUIDADO PARA ADAPTAÇÃO DOS PAIS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ............................................................................ 84 8.1 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................... 84 8.2 EXPERIÊNCIA MATERNA ANTERIOR: .............................................................. 85 8.3 INFORMAÇÕES DE NORMAS E ROTINAS: ....................................................... 85 8.4 ORIENTAÇÃO SOBRE ALEITAMENTO:............................................................. 85 8.5 TREINAMENTO ESPECÍFICO: .............................................................................. 86 CUIDANDO DO CUIDADOR ......................................................................................... 87 PRINCÍPIOS DA INTERVENÇÃO GLOBAL .............................................................. 88 O CONTROLE DA DOR NO RN .................................................................................... 89 11.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO .................................................. 89 11.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO ............................................................ 90 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 91 12.1 ESTUDO DE CASO 1 ............................................................................................ 91 12.2 EXPLICAÇÃO DO CASO ..................................................................................... 91 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 94 1.1OBJETIVOS ............................................................................................................... 94 1.2PREMISSA ................................................................................................................. 95 DEFINIÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA .................................... 96 2.1 INDICAÇÕES ........................................................................................................... 96 HISTÓRICO DO ACESSO VENOSO ............................................................................ 97 CATETERES VENOSOS ................................................................................................. 98 CONDUTAS NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO, CURATIVO E RETIRADA DOS CATETERES VENOSOS ................................................................................................. 99 5.1 INSERÇÃO ............................................................................................................... 99 5.2 MANUTENÇÃO DOS ACESSOS VENOSOS ...................................................... 100 5.3 CURATIVO............................................................................................................. 101 5.4 RETIRADA DO CATETER ................................................................................... 102 ACESSO VENOSO PERIFÉRICO ............................................................................... 103 6.1 DISPOSITIVOS UTILIZADOS.............................................................................. 103 6.1.1 Indicações ......................................................................................................... 103 6.1.2 Desvantagens .................................................................................................... 104 6.1.3 Vantagens ......................................................................................................... 104 ACESSO VENOSO CENTRAL ..................................................................................... 105 7.1 VANTAGENS......................................................................................................... 105 7.2 TIPOS DE CATETERISMO ................................................................................... 106 7.3 CATETERISMO VENOSOS E/OU ARTERIAL UMBILICAL ........................... 106 7.3.1 Complicações.................................................................................................... 107 7.3.2 Remoção ........................................................................................................... 107 7.4 CUIDADOS COM A MANUTENÇÃO DO CATETER UMBILICAL ................ 107 7.5 PICC ........................................................................................................................ 108 7.5.1 Vantagens ......................................................................................................... 109 7.5.2 Desvantagens .................................................................................................... 109 7.5.3 Indicações ......................................................................................................... 109 7.6 DISSECÇÃO VENOSA .......................................................................................... 110 7.6.1 Vantagens ......................................................................................................... 110 7.6.2 Desvantagens .................................................................................................... 111 VIA INTRAOSSÉA (IO)................................................................................................. 112 8.1 LOCAIS DE INSERÇÃO INTRAÓSSEA.............................................................. 113 8.1.1 Vantagens ......................................................................................................... 113 8.1.2 Desvantagens .................................................................................................... 113 VIA CARDÍACA ............................................................................................................. 114 9.1 VANTAGEM .......................................................................................................... 114 9.2 DESVANTAGENS ................................................................................................. 115 COMPLICAÇÕES DAS ADMINISTRAÇÕES DE MEDICAÇÃO ENDOVENOSA EM PEDIATRIA ............................................................................................................. 116 10.1 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES.......................................................................... 116 10.2 FATORES CONTRIBUINTES PARA EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO ENDOVENOSA ................................................................................ 117 10.3 SINAIS DE EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO .................................. 117 10.4 CUIDADOS IMPORTANTES.............................................................................. 117 PUNÇÃO ARTERIAL (PUNÇÃO DA ARTÉRIA RADIAL) .................................... 118 MANEJO DA DOR NO NEONATO ............................................................................. 119 12.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO ................................................ 119 12.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO .......................................................... 120 CASO CLÍNICO.............................................................................................................. 121 13.1 ESTUDO DE CASO 1 .......................................................................................... 121 13.2 EXPLICAÇÃO DO CASO ................................................................................... 121 AVALIAÇÃO................................................................................................................... 122 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 129 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Administração e Organização dos Serviços Pediátricos e Neonatais Unidade 1 – Apresentação 7 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO O adoecer e a hospitalização configurar situações de mudanças significativas, tanto no crescimento, quanto no desenvolvimento da criança, podendo interferir no equilíbrio físico, emocional e cognitivo, além de causar estresse e dificuldades muitas vezes incompreensíveis para a criança. A organização, nesse contexto, é compreendida como o processo de agrupar atividades, ou seja, o que é pertinente a cada profissional e estabelecer relações de trabalho direcionando assim as normas e rotinas nos serviços. 1.1 OBJETIVOS Atualizar os graduandos de enfermagem e enfermeiros quanto aos princípios da organização e administração dos serviços neonatais e pediátricas considerando as peculiaridades inerentes a essa etapa da vida. Enfatizar que a presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços de assistência em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou Pediátrica. 1.2 PREMISSAS A administração e organização das unidades neonatais e pediátricas requerem planejamento que inclui atentar para. A Filosofia e objetivo do serviço. Unidade 1 – Apresentação 8 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Condições socioeconômicas e culturais da comunidade. Recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis. Demanda a ser atendida. Nível de atendimento a ser prestado nesta unidade. 1.3 PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO Tipo de população a ser atendida na unidade Equipe de saúde disponível Níveis de Assistência: • Nível I (primário) • Nível II (secundário) • Nível III (terciário) Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido 9 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM- NASCIDO Em tempos mais remotos o parto não despertava interesse da coletividade. A mulher dava a luz sozinha, prevalecendo o instinto; o nascimento de uma criança era acompanhado por cerimônias festivas ou sacrifícios que tinham a finalidade de acalmar os maus espíritos. Para alguns autores a origem da assistência ao parto e ao recém-nascido está associada ao trabalho das parteiras, mulheres que em geral, adquiriram seus conhecimentos a partir da sua própria multiparidade e práticas tocológica, essas mulheres receberam várias denominações dentre elas os termos de comadres. Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido10 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Um dos pioneiros obstetras a dispensar atenção às crianças que ajudava a nascer foi Pierre Budin, que criou o primeiro ambulatório de puericultura para os bebês sadios, no hospital Charlité de Paris, em 1892. Historicamente Budin foi considerado o primeiro neonatologista. Mudanças significativas na assistência hospitalar ao recém-nascido ocorreram na Inglaterra, em fins do século XIX e início do século XX, quando Martin Cooney, um dos alunos de Budin, utilizando incubadoras conseguiu em quatro décadas, evitar a morte de cerca de cinco mil prematuros. Com sucesso clínico e comercial alcançado surgiram numerosos centros de prematuros. No início do século XX, instalaram-se berçários nas maternidades para alojar todos os neonatos como medida de isolamento devido à elevada mortalidade infantil por doenças infecciosas, especialmente respiratórias e diarreia, com finalidade de reduzir os riscos de infecção e contaminação. Instituíram-se medidas rigorosas de isolamento, os prematuros eram alojados nos berçários. Evitava-se a hospitalização sempre que possível e adotaram regras especiais como a proibição do manuseio desnecessário da criança e qualquer visita ao berçário, inclusive da própria mãe. Atualmente com os modernos avanços científicos e tecnológicos, é possível observar uma considerável redução da taxa de mortalidade neonatal e aumento da sobrevida de recém- nascido de alto-risco, ou seja, daquelas atendidas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Sendo assim, a qualidade de vida desses neonatos se tornou uma preocupação exigindo-se a intervenção em etapas do desenvolvimento cada vez mais precoce. Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido 11 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O aumento da sobrevida desses recém-nascidos de risco tem gerado também, o aumento da probabilidade de desenvolvimento de sequelas neurológicas, de déficits somáticos, dificuldade de aprendizagem, distúrbios de comportamento, anormalidades neuromotoras e outras afecções frequentemente incapacitantes. Unidade 3 – Hospitalização Infantil 12 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL As reações da criança frente à doença e a hospitalização dependem principalmente do nível de desenvolvimento psíquico, do grau de apoio familiar, do tipo da doença e da atuação da equipe. 3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM A HOSPITALIZAÇÃO A fase Neonatal é caracterizada pela total dependência do cuidado na UTI Neonatal e pela quebra do vínculo família-bebê. 4 meses aos 2 anos: Separação da mães estimula protestos, aflição e desespero. Unidade 3 – Hospitalização Infantil 13 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 2 aos 5 anos: A preocupação acerca do afastamento da genitora ainda são importantes: medo, sensibilidade com relação a dor, ferida, sangue e aos procedimentos médicos. Pensamentos mágicos/ fantasias floridas/ pesadelos. 6 aos 9 anos: Preocupação com a morte, desaparecimento, pessoas que não voltam, temor de perder para sempre, preocupação com a perda do lugar (enfermarias), invalidez, longe de casa, escola, amigos, medo de ser abandonado. Unidade 3 – Hospitalização Infantil 14 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 9 aos 12 anos: Preocupa-se com a própria idade escolar acerca da capacidade intelectual, social e física, preocupação também acerca das funções corporais, temor na exposição do corpo frente ao pessoal da equipe de saúde e dos outros pacientes. Denominados de pré-adolescentes. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 15 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é uma unidade hospitalar destinada a receber as crianças graves logo após o nascimento ou até 28 dias de vida. Setor complexo que necessita de uma equipe treinada para trabalhar na assistência da criança grave no período neonatal. Na unidade de cuidados intensivos neonatais são internados, principalmente, os recém-nascidos prematuros, que correm risco de vida e necessitam de cuidados 24h por dia, bem como aqueles que sofreram algum problema ao nascimento. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 16 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.1 FUNÇÕES DA UTIN • Reanimação e estabilização • Admissão e observação • Cuidados contínuos e intensivos • Isolamento • Apoio familiar • Reduzir o índice de morbimortalidade neonatal • Promover e incentivar o Aleitamento Materno • Estimular e facilitar a participação da mãe na execução dos cuidados ao RN. • Estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa. 4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN • Centro Obstétrico – bem equipado para o atendimento do RN. • UTI Neonatal – próximo ao CO, para facilitar o transporte do RN. • Mesmo pavimento da unidade de puerpério. • Distante da emergência e das UTI (processo séptico). • Visores de circulação externa e interna. • Divididos em setores por complexidade. • Planta física especialmente projetada. • Segurança do paciente e equipe. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 17 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA PARA INSTALAÇÕESFÍSICAS DA UTIN 4.3.1 Área Física (por leito) • 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles • Energia elétrica: 10 a 12 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do gerador • 2 a 4 pontos de ar comprimido e oxigênio • 2 a 3 pontos de vácuo • Temperatura: 24 a 27ºC • Umidade: 50% • Acústica: 75 dc • Piso: sem frestas; material lavável; cor clara; superfície lisa. • Teto: rebaixado; cantos arredondados; superfície lisa. • Comunicação: linha telefônica; música ambiente. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 18 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.3.2 Iluminação • Luz branca e florescente. • Interruptores silenciosos. • Dimmer para controle da luz. • Iluminação complementar, com braço articulado. 4.3.3 Recursos Humanos • Título de especialista para enfermeiras • Treinamento pelo menos 1 ano para auxiliar de UTI • Avaliação permanente do grupo 4.3.4 Treinamento constante • Grupo de estudo (aspecto científico) • Grupo de desenvolvimento • Íntegra • Trabalha equipe • Trabalha comunicação • Trabalha estresse • Cuidar-se para cuidar Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 19 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.3.5 Transporte do RN O transporte neonatal intra-hospitalar é realizado quando as crianças internadas em unidade neonatal necessitam de alguma intervenção cirúrgica ou procedimento diagnóstico dentro das dependências do próprio hospital ou em locais anexos. O transporte inter-hospitalar ocorre principalmente quando há necessidade de recursos de cuidados intensivos não disponíveis nos hospitais de origem, como abordagens diagnósticas e cirúrgicas mais sofisticadas e/ou de doenças menos frequentes, medidas de suporte ventilatório, nutrição parenteral e monitorização vital complexa. Em qualquer das duas situações, o transporte pode se tornar um risco a mais para o RN criticamente doente e, por isso, deve ser considerado como uma extensão dos cuidados realizados na UTI. A responsabilidade pela indicação desse tipo de transporte é da equipe que presta assistência ao RN na unidade de origem. Costuma-se dar muito mais atenção ao transporte inter-hospitalar que ao intra- hospitalar. Entretanto, deve-se lembrar que o transporte intra-hospitalar ocorre com grande frequência e, para sua realização, são necessários treinamento e habilidades similares aos requisitados para a realização do transporte inter-hospitalar. 4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho 4.3.7 Equipamentos • Incubadora: 50% dos leitos (servo-controle) • Incubadora de transporte • Berço aquecido: 20 a 30% dos leitos Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 20 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Berço de acrílico: 20 a 30% dos leitos • Balanças de incubadoras • Balanças de fraldas • Capacetes de acrílico: 2 para cada 3 leitos • Fototerapia: 1 para cada 3 leitos • Oxímetros e monitores: 1 por leito • Bombas de infusão: 3 por leito • Aparelho de ventilação pulmonar mecânica: 1 para cada 2 leitos • PA invasiva 4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias • Profissionais treinados para operar com segurança e eficiência • Explorar todo o potencial Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 21 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Evitar quebras e redução de vida útil • Utilizar manuais de instrução para dúvidas • Avaliação preventiva programada • Desinfecção adequada 4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN • Vestiário • Sanitário • Posto de Enfermagem central • Sala de guarda de equipamentos • Sala de reunião • Sala da coordenação Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 22 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Rouparia • Sala de desinfecção de equipamento • Expurgo • Sala de repouso 4.3.10 Serviço de Apoio • Laboratório 24 horas • Serviço de bio imagem • Hemoterapia • Eletrocardiograma • Centro cirúrgico • CCIH • Psicologia • Serviço Social • Central de esterilização • Lactário • Farmácia • Anatomia patológica Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 23 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP) A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica é uma unidade hospitalar que recebe crianças graves e que necessitam de cuidados intensivos, desde lactentes até 12 anos. 5.1 OBJETIVOS Promover o cuidado ideal das crianças criticamente enfermas: curar suas doenças e o retorno para a sociedade. Promover a monitorização contínua para a criança instável. Equipe multiprofissional com atividades organizadas e dinâmicas. Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 24 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP • Necessidade de Ventilação Mecânica • Infusão de drogas vasoativas • POI cirúrgico • PO de cirurgia cardíaca • Choque séptico • Portadores de doenças cardíaca, pulmonares e renais que enfrente doença aguda ou necessite de cirurgia. • Distúrbio respiratório agudo • Distúrbios neurológicos: coma recente, episódios convulsivos, TCE • Distúrbios Hematológicos e Desequilíbrio Acidobásico • Distúrbios renais: IRA, crise hipertensiva • Distúrbios metabólicos: cetoacidose diabética • Distúrbios cardiovasculares: ICC, arritmia, choque cardiogênico • Sepse • Desnutrição grave, leucopenia, plaquetopenia e oligúria • Outros: intoxicação aguda, choque anafilático, picada de animal peçonhento.5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 5.3.1 Área Física (por leito) • 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles. Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 25 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Energia elétrica: 8 a 10 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do gerador • 2 pontos de ar comprimido e oxigênio • 2 pontos de vácuo • Temperatura umidade • Acústica: 75 dc • Piso: sem frestas/ material lavável/ Cor clara/ superfície lisa • Teto: rebaixado / cantos arredondados/ superfície lisa • Comunicação: linha telefônica/ música ambiente 5.3.2 Iluminação • Luz branca, florescente • Interruptores silenciosos • Dimmer para controle da luz • Iluminação complementar 5.4 RECURSOS HUMANOS 5.4.1 Enfermeiro Coordenador • Especialização em Enfermagem Pediátrica. • Elaborar o manual de normas e rotinas. • Elaborar e coordenar programas de treinamento da equipe. 5.4.2 Enfermeiro Assistencial Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 26 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Preconizado um enfermeiro para cada dois pacientes críticos • Pediatra • Fisioterapeuta • Nutricionista • Assistente Social • Psicólogo Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 27 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- PEDIÁTRICA A presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços de assistência em uma UTI. O enfermeiro (a) é responsável pela unidade e deve ter alguns requisitos contemplados. 6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI • Pediátrica • Coordenação • Liderança • Planejamento • Organização • Seleção do pessoal de enfermagem • Elaborar o plano de assistência • Supervisionar o serviço. Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 28 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI - PEDIÁTRICA • Realizar procedimentos invasivos • Supervisionar o serviço técnico da sua equipe • Auxiliar e coordenar o serviço de enfermagem nas intercorrências • Preparar admissão da criança na UTI • Instalar equipamentos para o monitoramento da criança • Orientar e planejar a assistência prestada à criança. • Na admissão da criança na UTI, o enfermeiro deve ser comunicado previamente para que seja montada adequadamente a unidade, objetivando uma maior rapidez e eficiência no atendimento. 6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA • Preparo do leito • Material de intubação • Aparelho para Ventilação Mecânica • Material para procedimentos de exames • Material para sondagens • Carrinho de emergência • Administração de drogas • Controle do peso • Realização de Raios-X. • Oxigenoterapia • Acesso venoso • Controle de SSVV Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 29 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Cuidados com a traqueostomia • Sondagens • Cateterismo vesical 6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA • Alimentação • Higiene e conforto • Recreação (Brinquedoteca) • Procedimentos invasivos • Administração de medicamentos • Mobilidade e transporte • Alívio da dor • Acompanhamento familiar Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 30 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA A enfermagem pediátrica está envolvida em todos os aspectos do crescimento e desenvolvimento da criança e da sua família. As funções da enfermagem variam de acordo com as estruturas regionais da profissão, carreira acadêmica e experiências individuais de cada profissional. O estabelecimento de uma relação terapêutica é a base essencial para promover um cuidado de enfermagem de alta qualidade. É preciso que as enfermeiras pediátricas tenham relações significantes com as crianças e suas famílias. Em uma relação terapêutica, fronteiras atentas e bem definidas separam a enfermeira da criança e da sua família. Essas fronteiras são positivas e promovem o controle da família sobre o cuidado da criança. Toda enfermeira envolvida no cuidado da criança deve realizar cuidados de saúde preventivos. Independentemente do problema identificado, o papel da enfermagem é planejar cuidados que contemplem todos os aspectos do crescimento e do desenvolvimento. 08 CASO CLÍNICO Unidade 8 – Caso Clínico 31 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Nesta seção abordaremos um caso clínico de um recém-nascido que necessitou ser internado em uma Unidade Neonatal e explicaremos os procedimentos que foram realizados com ele. 8.1 ESTUDO DE CASO 1 “Pedro Henrique nasceu de parto normal, pesando 3Kg e com 46 cm de comprimento. Chorou ao nascer e não necessitou de manobras de reanimação. Apresentou escore APGAR: 7 no 1º min. e 8 no 5º min. Informações de sua genitora: tem 23 anos, não realizou pré-natal, apresentava perda de líquido amniótico há 8 horas e febre no momento do parto. Apresentou líquido amniótico fétido.” 8.1.2 Explicação do caso Pedro Henrique pela classificação de risco do recém-nascido do Ministério da Saúde seria definido como um neonato de alto risco ao nascer, devido ao bolsa rota materna de 8 hs, presença de líquido amniótico de odor fétido e febre materna, sinais indicativos de infecção materna. O recém-nascido deverá ser encaminhado urgentemente para uma unidade de cuidados semi-intensivo neonatal ou berçário para iniciar antibioticoterapia. Essa criança deverá ser monitorizado os exames laboratoriais, sinais de sepse neonatal precoce, temperaturae glicemia. As infecções neonatais sempre devem ser consideradas como doenças graves e a criança deve receber os antibióticos necessários. 32 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Manejo Clínico ao Recém-Nascido Cirúrgico: Um Enfoque da Enfermagem Unidade 1 – Apresentação 33 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO A neonatologia é uma área de estudo da Pediatria que ocupa - se do cuidado das crianças desde o nascimento até 28 dias de vida. Abrangendo as atividades de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação do neonato. As características anatômicas e funcionais do neonato fazem dele um ente completamente individualizado dentro dos limites do desenvolvimento infantil. 1.1 OBJETIVOS Atualizar os profissionais de enfermagem acerca do cuidado ao neonato cirúrgico. Explicar patologias cirúrgicas mais frequentes nos recém-nascido. Esclarecer dúvidas sobre o manejo clínico ao recém-nascido cirúrgico. 1.2 PREMISSAS A passagem da vida intrauterina para a extrauterina é um dos eventos de maior risco na vida. Os ajustes fisiológicos necessários para essa transição devem ser rápidos, completando-se quase que totalmente logo após o nascimento. O exame físico do recém - nascido (RN) deve ser feito inicialmente, em sala de parto, complementando - se na primeira hora de vida. Tem como finalidade principal detectar a presença de alguma malformação congênita, verificar se a transição respiratória intrauterina para a extrauterina processou - se de forma adequada, se houve possíveis danos ao RN Unidade 1 – Apresentação 34 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). causados pela gestação, pelo trabalho de parto propriamente dito ou pelo uso de analgésico e anestésico utilizados pela mãe e se há alguma infecção ou distúrbios metabólicos. O nascimento de uma criança com malformação congênita que necessita de uma intervenção cirúrgica é marcado pela dor e angústia dos pais devido à necessidade de uma separação brusca entre os pais e o filho que poderá afetar o desenvolvimento físico e psíquico do RN. Unidade 2 – Gastrosquise 35 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 GASTROSQUISE É uma fenda na parede abdominal desenvolvida no útero, com prolapso de órgãos – ocorre ao lado do cordão umbilical, geralmente à direita. Prolapso: intestino, fígado, estômago e baço. Etiologia exata e o tempo de ocorrência controversas. Ocorrência de gastrosquise está relacionada à idade materna e anomalias adicionais. Unidade 2 – Gastrosquise 36 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Geralmente a malformação é limitada ao trato gastrointestinal. Diagnóstico: USG no 2º trimestre com Idade Gestacional (IG) entre 19 e 21,5 semanas. Controvérsias no tipo de parto, porém a preferência que é seja parto cesariano. Casos de diagnósticos pré - natal – índice de Partos Cesáreas: variam de 28 a 96,6 %. Tratamento cirúrgico que deve ser corrigida tão logo possível após o parto. Unidade 3 – Onfalocele 37 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 ONFALOCELE É uma malformação congênita na qual o intestino e outros órgãos saem da cavidade abdominal através do cordão umbilical. Existe sempre o envolvimento intestinal, mas outros órgãos podem estar prolapsados. Não existem fatores de risco conhecido. Unidade 3 – Onfalocele 38 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A Onfalocele é frequentemente vista no contexto de síndromes congênitas, com múltiplas malformações associadas: Extrofia de Bexiga; OEIS complexo (omphalocele, exstrophy, imperforate anus, spinal); Pentalogia de Cantrell’s; Trissomias; Anomalias Cardíacas são descritas em 13% e Outras cromossomopatias e hipoplasia pulmonar também são associadas com estes defeitos. Unidade 4 – Assistência de Enfermagem na Gastrosquise e na Onfalocele 39 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE 4.1 PRÉ-OPERATÓRIO • Preparo do leito (Berço Aquecido) • Monitorização do recém-nascido • Suporte ventilatório • Termorregulação • Acesso venoso • Passagem da Sonda Orogástrica aberta • Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar compressa estéril, SF 0,9% (morno). • Exames laboratoriais • Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. 4.2 PÓS-OPERATÓRIO • Monitorização • Suporte ventilatório Unidade 4 – Assistência de Enfermagem na Gastrosquise e na Onfalocele 40 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Termorregulação • Acesso venoso • Cuidados com a Ferida Operatória (FO) • Cuidados com a dor do recém - nascido • Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos • Administração de Antibioticoterapia prescrita.Unidade 5 – Obstrução Intestinal 41 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 OBSTRUÇÃO INTESTINAL A obstrução intestinal neonatal pode ser definida por ausência de eliminação de mecônio, acompanhada de distensão abdominal progressiva e vômitos, ainda que até 30% das obstruções apresentem eliminação meconial nos primeiros dias. Embora este conceito seja amplo, há que se fazer distinção entre duas grandes formas de obstrução intestinal: • Causas mecânicas: representadas pelas atresias intestinais, por vícios de rotação, por estenoses e por bridas congênitas, entre outras. Unidade 5 – Obstrução Intestinal 42 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Causas funcionais: que são originadas de falha na propulsão do conteúdo intestinal, representadas, em sua grande maioria, pelas alterações de inervação do tubo digestivo e displasias neuronais. A primeira evacuação ocorre dentro das primeiras 24 horas do nascimento, em 99% dos recém-nascidos de termo ou, nas primeiras 48 horas, em todos recém-nascidos de termo saudáveis. A ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 24 horas em recém - nascidos a termo levanta a suspeita de obstrução intestinal. No entanto, em recém-nascidos prematuros, somente cerca de 37% tiveram sua primeira evacuação nas primeiras 24 horas. As principais causas de obstrução intestinal no recém - nascido são atresias intestinais, vícios de rotação intestinal, íleo meconial, doença de Hirschsprung, síndrome da rolha meconial e anomalias anorretais. 5.1 DIAGNÓSTICO 5.1.1 Pré - natal • USG A associação entre história materna de polidrâmnio e obstrução intestinal em recém - nascidos é bem conhecida. Ocorre em cerca de metade dos recém - nascidos com obstrução intestinal alta, mas em menos de 20% nos neonatos com obstrução baixa. Entende - se por obstrução intestinal alta aquelas situadas até as porções iniciais da região ileal. Nessas condições, a ultrassonografia pré - natal é mais confiável na detecção de atresia duodenal do que nas obstruções distais. O achado de polihidrâmnio faz com que, ao recepcionar o recém - nascido quando do seu nascimento, nos preocupemos em observar o volume de líquido aspirado da câmara gástrica. Um volume superior a 20 ml é sugestivo de obstrução. O exame abdominal, frequentemente, revela alças intestinais distendidas, podendo ser palpáveis e, mesmo, visíveis. Unidade 5 – Obstrução Intestinal 43 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Quanto menor o número de alças dilatadas, mais proximal a obstrução intestinal; entretanto, a interpretação deve ser cuidadosa, sempre em associação com o quadro clínico. A inspeção anal, acompanhada de toque retal, é essencial para excluir a presença de anomalia anorretal. 5.2 ATRESIA INTESTINAL É a causa mais comum de obstrução intestinal congênita e corresponde a um terço de todas as causas de obstrução intestinal no recém - nascido. Tem prevalência de um caso para cada 2.500 nascidos vivos. Distensão abdominal global está presente em 80% dos neonatos com obstrução distal ao jejuno. Nas obstruções intestinais altas, proximais ao jejuno, a distensão é exclusivamente epigástrica. Podem - se observar movimentos peristálticos da alça proximal à obstrução. Falha na passagem de mecônio é indicativo de obstrução intestinal, mas aproximadamente 30% dos pacientes com atresia duodenal e 20% daqueles com atresia jejuno - ileal têm eliminação de pequena quantidade de mecônio, com características anormais, após o nascimento. O tratamento é cirúrgico, com reconstituição do trânsito intestinal, preferencialmente com ressecção da porção mais dilatada e anastomose término - terminal. Unidade 5 – Obstrução Intestinal 44 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA Os vícios de rotação intestinal têm prevalência de um caso para 500 nascidos vivos. Estima-se que 50% são sintomáticos no período neonatal, sendo a manifestação predominante o vômito bilioso. Os vômitos biliosos são uma constante e associam - se à distensão e a dor abdominal. Podem ocorrer desidratação e alteração no equilíbrio ácido - básico, de acordo com a intensidade dos vômitos. A progressão da isquemia intestinal leva à necrose, seguida de peritonite, choque hipovolêmico e sepse. O abdome torna - se distendido, com edema e hiperemia de parede, extrema sensibilidade e, às vezes, coloração violácea Periumbilical. O tratamento cirúrgico está sempre indicado na má rotação intestinal, mesmo nos casos crônicos, pois não há meios de prever quais pacientes desenvolverão e necrose. A apresentação clínica mais comum é de obstrução distal, com o toque retal revelando saída explosiva de gases e fezes. A radiografia simples de abdome evidencia distensão de alças com ausência de ar nos segmentos distais, na maioria dos casos. Unidade 5 – Obstrução Intestinal 45 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A cirurgia, para remoção do segmento intestinal agangliônico, é necessária. Na maioria dos neonatos, realiza-se colostomia no segmento normal para descompressão, seguida da cirurgia definitiva em três a seis meses. 5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO) O megacoloagangliônico, megacolo congênito ou doença de Hirschsprung tem incidência global de um caso para cada 4000 nascidos vivos. Corresponde de 20% a 25% das causas de obstrução intestinal neonatal. As crianças portadoras de aganglionose apresentam defeito na inervação entérica distal, caracterizada pela ausência de células ganglionares nas camadas submucosa e muscular e aumento das fibras neurais colinérgicas. A síndrome da rolha meconial é benigna e é causa frequente de obstrução funcional distal no recém - nascido. É forma transitória de obstrução retal causada por mecônio espesso. A incidência é estimada de um cada para 500 a 1000 neonatos. A etiologia desta afecção é incerta. Em alguns recém - nascidos, a simples estimulação retal com exame digital ou enema salino pode induzir à eliminação da rolha. Unidade 5 – Obstrução Intestinal 46 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br)conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). No entanto, estes neonatos devem ser acompanhados periodicamente, pois, ao retorno dos sintomas, é necessária investigação adicional, por suspeita de serem portadores da doença de Hirschsprung. Unidade 6 – Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido com Obstrução Intestinal 47 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO INTESTINAL 6.1 PRÉ-OPERATÓRIO • Preparo do leito (Berço Aquecido) • Monitorização do recém-nascido • Suporte ventilatório • Termorregulação • Acesso venoso • Passagem da Sonda Orogástrica aberta • Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar compressa estéril, SF 0,9% (morno) • Exames laboratoriais • Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. 6.2 PÓS–OPERATÓRIO • Monitorização Unidade 6 – Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido com Obstrução Intestinal 48 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Suporte ventilatório • Termorregulação • Acesso venoso • Cuidados com a Ferida Operatória (FO) • Cuidados com a ostomia e a região periostomia • Cuidados com a dor do recém - nascido • Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos • Administração de Antibioticoterapia prescrita. Unidade 7 – Traqueomalácia 49 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 TRAQUEOMALÁCIA Consiste na flacidez da via aérea acompanhada de debilidade dos anéis traqueais e abaulamento da parede posterior da traqueia. Ocorre o colapso da traqueia durante expiração. 7.1 SINTOMAS • Ocorre nas primeiras semanas de vida • Depende da extensão da obstrução • Estridor • Infecções respiratórias recorrentes • Apnéia após ingesta alimentar • 75% das crianças apresentam 1 a 3 meses após extubação desenvolvem traqueomalácia. Unidade 7 – Traqueomalácia 50 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • Os sintomas são insidiosos e diagnóstico ocorre quando a luz traqueal está reduzida. 7.2 CLASSIFICAÇÃO • Tipo I ou congênita • Associada à atresia de esôfago • Tipo II ou secundária • Compressão extrínseca da lúmen por malformações vasculares e tumor • Tipo III ou adquirida • VM por tempo prolongado, traqueostomia e cirurgia traqueal 7.3 TRATAMENTO Formas leves e moderadas (obstrução lúmen<70%) – tratamento da patologia de base (infecção) e exercícios respiratórios (Fonoaudiólogo). Formas graves (obstrução>90%)- cirurgia (traqueostomia, aortopexia - terço distal da traqueia, ressecção segmento malácico e aplicação “stents”). Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante 51 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 08 ENTEROCOLITE NECROTIZANTE A Síndrome de etiologia desconhecida, caracterizada por necrose intestinal aguda, que acomete entre 0,03 a 0,3% de todos os recém - nascidos e 2 a 5% dos recém - nascidos tratados em UTI – Neonatal. É uma doença de causa desconhecida, multifatorial e relacionada à imaturidade intestinal, fenômeno inflamatório (infecciosos), hipóxia / isquemia do intestino, flora e conteúdo presente na luz intestinal. Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante 52 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.1 SINTOMAS • Intolerância alimentar • Distensão abdominal • Vômito (bilioso) • Eritema e hiperemia da parede abdominal • Piora do quadro respiratório • Apnéia com ou sem bradicardia • Alteração da cor e palidez • Piora da perfusão, choque e hipotensão • Oligúria e acidose persistente. Diagnóstico: A suspeita de enterocolite é descartada ou reforçada pela evolução da doença, com aparecimento de sinais abdominais. Do ponto de vista laboratorial, o quadro se assemelha ao da sepse com acidose significativa, hiperglicemia, leucocitose, leucopenia e plaquetopenia. Um dos sinais mais úteis no diagnóstico é a presença de sangue oculto nas fezes. Ao Raios -X, as imagens de pneumatose, ar na subserosa do intestino, fortalecem o diagnóstico. Pode ser realizado o ultrassom abdominal e a paracentese abdominal. Tratamento: Nos casos apenas com estas com estase e distensão abdominal, em que a criança persiste com bom estado geral, estável hemodinamicamente e sem sangue nas fezes, a dieta é suspensa, a sonda de aspiração é mantida aberta e em aspiração intermitente ou contínua com baixa pressão. Deve ser introduzido antibioticoterapia de acordo com o protocolo do hospital ou assim que o resultado da cultura forem disponibilizados. O tratamento cirúrgico está indicado nos casos com peritonite apontada por pneumoperitônio, paracentese positiva ou gás no sistema porta. A cirurgia pode ser indicada pela presença de um conjunto de outras evidências de necrose intestinal e/ ou peritonite, como eritema evidente na parede abdominal, massa abdominal fixa à palpação ou distensão das alças abdominais. Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante 53 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Nos pacientes menores de 1000g e com indicação de cirurgia, mas muito graves ou instáveis, pode-se optar por drenar a cavidade abdominal sob anestesia local e adiar a cirurgia para quando o paciente estabilizar um pouco. Complicações: estenose após enterocolite (intolerância à dieta, distensão abdominal e vômito), fístula, dificuldade de ganhar peso, síndrome do intestino curto, diarreia recorrente da enterocolite e colestase. A insuficiência renal pode ocorrer na fase aguda. Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 54 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em EnfermagemPediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 09 SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN Sequência de Pierre Robin (SR) é uma malformação congênita caracterizada por: • Micrognatia • Glossoptose • Fissura de palato 9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 55 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Histórico da malformação: Pierre Robin, em 1934, descreveu a tendência da queda da língua causando obstrução das vias aéreas, assim como a presença da fissura. 1976: A malformação foi identificada não como uma síndrome específica, mas sim como um complexo sintomático, não - específico. Isoladamente. Associado a uma síndrome conhecida ou em associação a outros defeitos do desenvolvimento. Sequência de Robin: patogênese sequencial Sequência de Robin isolada (SRI) 9.2 ETIOLOGIA Teorias sobre posições intrauterinas anômalas Não colocam a hereditariedade como fator relevante. Estudos sugeriram a hereditariedade Alguns sugerem a fissura de palato como evento primário na etiopatogênese da SRI, e não a micrognatia A síndrome genética que mais se apresenta com a SR é a síndrome de Stickler (artro - oftalmopatia hereditária) A incidência da SR varia na literatura entre 1:2000 e 1:30.000 Estudo mais controlado realizado na Inglaterra sugere 1:8. 500 nascidos vivos 90% apresentaram fissura de palato Em 70% são amplas e completas, em forma de U Em 30% são estreitas, completas ou incompletas, em forma de V 9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Obstrução das vias aéreas • Dificuldades alimentares Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 56 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). • São mais frequentes e mais graves no período neonatal 9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO EXISTE, NA LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O TRATAMENTO • Domínio das áreas de otorrinolaringologia e cirurgia craniofacial • Técnicas cirúrgicas para aliviar a obstrução respiratória • Poucos estudos foram desenvolvidos para resolver as dificuldades alimentares 9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES • Pouco volume de leite ingerido • Alimentação por via oral demorada 9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS • Fadiga, tosse, engasgos, vômitos e regurgitações durante e após as mamadas • Desnutrição protéico - calórica • Uso prolongado de sondas alimentadoras e suas graves consequências 9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA A obstrução respiratória é fator comum a todos A gravidade do DR é tanto maior quanto menor a criança, e esta, quanto menor, mais susceptível a agravos respiratórios e nutricionais Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 57 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A prioridade deve ser manter VAS pérveis Hipóxia crônica com retenção de CO2 e o aumento da resistência vascular pulmonar podem levar à cor pulmonal. Crises recorrentes de cianose levam à hipóxia cerebral 9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM CONSENSO. TRATAMENTO POSTURAL Posição prona: leve dificuldade. Melhora habilidade de coordenar movimentos da língua e mandíbula; extensão cervical. 9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA Cânula de silicone (leitosa), com diâmetro de 3 a 3,5 mm, introduzida de 7 a 8 cm pela narina até a faringe e cortada 1 cm para fora da narina. 9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR Dificuldade respiratória leva à dificuldade na coordenação entre sucção, deglutição e respiração. Glossoptose dificulta a anteriorização da língua, necessária para a adequada sucção. Fissura de palato proporciona déficit na pressão intra - oral negativa Sucção ineficiente e refluxo nasal de alimentos, favorecendo a bronco - aspiração. Impedem a alimentação oral sondas Aumenta o risco de desenvolvimento de RGE patológico. Já apresentam predisposição a esta patologia, devido ao aumento da pressão negativa intratorácica resultante do esforço respiratório. Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin 58 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Retira - se a SNG quando o lactente aceita, por VO volumes correspondentes a 70% do preconizado para a idade, ingeridos em tempo menor do que 30 minutos, sem intercorrências. Unidade 10 – Massas Abdominais 59 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 10 MASSAS ABDOMINAIS Massas Renais: Na maioria das séries clínicas, a maior parte das massas abdominais em neonatos é de origem renal. Podem ser uni ou bilaterais, sólidas ou císticas. Após o exame, que físico, a avaliação inicia com uma ecografia que é simples e segura, devendo definir a natureza sólida ou cística da massa, determinar a presença ou ausência de rins normais fornecer informações sobre a presença de outras anormalidades abdominais. Massas Ovarianas: O cisto ovariano simples tem sido a massa abdominal mais frequentemente palpada no recém-nascido do sexo feminino. Apresenta-se como uma massa relativamente móvel, de bordas regulares, palpável no abdome. Não está associado a câncer, e a sua excisão cirúrgica com a preservação do tecido ovariano saudável é curativa. Massas Hepáticas: O fígado pode estar aumentado, geralmente em proporção grotesca, por causa de uma variedade de problemas. Quando o exame físico, ecografia e exames radiológicos sugerirem origem hepática, deve-se realizar uma Tomografia. Esse exame pode definir o diagnóstico e auxiliar nos planos terapêuticos. As lesões podem ser: Cistos hepáticos, tumores sólidos, benignos; tumores vasculares e tumores malignos (Hepatoblastomas). Massas Gastrintestinais: Massas abdominais palpáveis que se originam no Trato Gastrointestinal (TGI) são raras e tendem a ser císticas, com bordas regulares e móveis (dependendo do tamanho). As causas incluem duplicações intestinais e cistos mesentéricos. Unidade 10 – Massas Abdominais 60 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste
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