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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038
Semana Aula: 15
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA POR OBRIGAÇAO DE FAZER, NÃO FAZER OU PARA ENTREGA DE COISA. MEIOS EXECUTIVOS. IMPUGNAÇÃO.
Tema
Cumprimento de sentença por obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. Meios Executivos. Impugnação.
Palavras-chave
Direito. Processual. Cumprimento de Sentença. Execução. Obrigação de Fazer, Não Fazer ou para Entrega de Coisa. Impugnação.
Objetivos
- Conhecer as regras que norteiam o cumprimento de sentença que estabeleça obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa.
- Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência.
- Estudar a defesa a ser apresentada pelo executado neste procedimento.
- Diferenciar os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação.
 
Estrutura de Conteúdo
1. Regras para o cumprimento de sentença que imponha obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa.
2. A peça inaugural, o seu deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento. 
3. A impugnação e os temas que nela podem ser ventilados.
4. Os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação.
Procedimentos de Ensino
Após a apresentação do plano de ensino e da metodologia, deverá o professor dar início à abordagem do tema, incluindo referências ao caso concreto e questão de múltipla escolha. Sugerimos que nesta aula o professor aborde as regras para o cumprimento de sentença que imponha obrigação de fazer, não fazer ou para entrega de coisa. Que seja também analisada a peça inaugural, o seu deferimento pelo Magistrado e a sequência do procedimento, bem como a impugnação e os temas que nela podem ser ventilados. Discutir, ainda, os meios executivos que podem ser fixados para auxiliar no cumprimento da obrigação.
Estratégias de Aprendizagem
Aula expositiva e aula expositiva dialogada com ênfase na metodologia do caso concreto.
 
Indicação de Leitura Específica
 ARAÚJO, Luís Carlos de, MELLO, Cleyson de Moraes (Orgs). Curso do  Novo Processo Civil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015.
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Novo Código de Processo Civil – Comparado e Anotado. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2015.
Recursos
Lousa. Data show e material complementar em mídias diversas.
Aplicação: articulação teoria e prática
1a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o NCPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema ?astreintes?. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo?
 
2a Questão. Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas:
a)    Impugnação; 
b)    Embargos a execução; 
c)    Exceção; 
d)    Contestação. 
Avaliação
Resposta da 1a questão: 
O tema é bem polêmico. Segundo a doutrina: ?O tema não é pacífico. De um lado, há quem defenda que o valor poderá ser reduzido, mas a eficácia desta decisão será ex nunc, pois o valor acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. Por outro lado, há quem entenda que esta decisão tem caráter retroativo, pois o magistrado percebeu que este mecanismo executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins, tendo sido completamente desvirtuado e transformado em fonte de enriquecimento indevido. Logo, o juiz faria a retroatividade até o momento processual em que percebeu este desvio. É o entendimento que costuma ser adotado na prática, muito embora seja muito simples resolver esta questão mediante adoção de outro procedimento pelo juiz. É que esta problemática reside na circunstância de que os valores das astreintes vão se acumulando em razão da imposição ter sido diária ou semanal, por exemplo. Mas, para se evitar este problema gerado pelo acúmulo dos valores, bastaria que o juiz fixasse astreintes de incidência única. Em outras palavras, o demandado deveria cumprir a obrigação em, por exemplo, quinze dias, sob pena de sofrer astreintes única de trinta mil reais. Com o descumprimento, os autos iriam conclusos ao magistrado que poderia mudar o meio executivo ou insistir no mesmo, mas agora estabelecendo um valor ainda maior.? (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 682). 
 
Resposta da 2ª questão: 
Gabarito: A
Justificativa: O art. 536, parágrafo quarto, NCPC (Lei nº 13.105/15), contempla que a defesa deverá ser apresentada por ?impugnação?. As demais alternativas estão erradas. Os ?embargos? são apresentados para a execução por título extrajudicial, o que não é o caso. A ?exceção? deixa de existir com o advento do NCPC, devendo o tema incompetência relativa ser alegado em preliminar de contestação e o de impedimento ou suspeição por meio de petição específica com esta finalidade. Por fim, a ?contestação? persiste, mas é própria para ser usada na fase de conhecimento e não na etapa de cumprimento de sentença.
Considerações Adicionais

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