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Microbiologia da Doença Cárie 6

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Microbiologia da Doença Cárie
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MICROBIOLOGIA DA CÁRIE
FISIOLOGIA DA CÁRIE
TEORIAS DA CÁRIE
HISTOPATOLOGIA DA CÁRIE
FORMAÇÃO DA PLACA
CÁRIES DE RAIZ
CONTROLE E PREVENÇÃO
 DE CÁRIE
FATORES DO HOSPEDEIRO
 E CÁRIE
BIOQUÍMICA DA PLACA
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Introdução
A cárie significa decomposição, destruição, corrosão
Apesar da cavitação ser o principal sinal clínico, é uma doença que precede tal evidência
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Esmalte
Apresenta o maior grau de dureza dentre todos os tecidos que constituem nosso corpo
É originado do ectoderma e tem como componente majoritário a hidroxiapatita carbonada 
O peso seco é constituído por 95% de hidroxiapatita
Introdução
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Dentina
 Material Inorgânico – 70%
 Máteria Orgânica - 25% Sammon e Thomas (1981)
 Água - 10%
Introdução
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O estágio inicial não é detectável ao exame clínico
A lesão tem uma natureza química, resultante da desmineralização da camada subsuperficial do esmalte
A desmineralização é exercida pela ação do ácido láctico
Fases Evolutivas
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Quando a lesão se mantém ativa, evolui para uma mancha branca, com perda da translucidez
A superfície se torna rugosa à sondagem pelo instrumento explorador
Fases Evolutivas
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Com o progresso da desmineralização, a cárie alcança a junção amelodentinária, se propagando pela dentina
A dentina é constituída de 20% de proteínas semelhantes ao colágeno
Com a degradação das proteínas dos túbulos dentinários, a cárie vai evoluir até o comprometimento da polpa
Fases Evolutivas
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DEFINIÇÃO
É uma decomposição lenta do dente resultante da perda de cristais de hidroxiapatita.
A natureza bacteriana deste processo pode resultar numa infecção crônica do dente.
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TIPOS DE CÁRIES
CÁRIE DE ESMALTE
CÁRIE DE DENTINA
CÁRIE DE RAIZ
CÁRIE DE SUPERFÍCIE LISA 
E DE SULCOS E FISSURAS
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P
TIPOS DE CÁRIES
Lesão de superfície lisa
Lesão de superfície lisa
Cocos facultativos G+
COCOS FACULTATIVOS G+
S. mutans
S. salivarius
O S. mutans fermenta açúcares produzindo ácido lático 
Dissolução da
 matriz do esmalte
Produz dextrana
Promove a adesão das bactérias no esmalte 
Durante o período inicial, o ambiente é razoavelmente rico em O2. Entretanto com
 a maturação da placa, o fenômeno da sucessão bacteriana ocorre. Os cocos mudam o
 ambiente local para colonização de outros m.os.
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TIPOS DE CÁRIES
Cáries de sulcos
 e fissuras
S. mutans, Lactobacillus sp.
S. sanguis
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TIPOS DE CÁRIES
Lactobacillus sp.
Viscosus
A. Naeslundii
Bacilos filamentosos
Cáries de dentina
 + ANAERÓBIOS
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MICROBIOLOGIA DA CÁRIE
A cárie de raiz é uma lesão mole e progressiva da superfície radicular que envolve biofilme e invasão microbiana. Streptococcus mutans, Lactobacillus acidophilus e Actynomyces israelli tem sido considerados agentes primários de cáries de superfície radicular em humanos (SHEN et al., 2004). 
CÁRIE DE RAIZ
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MICROBIOLOGIA DA CÁRIE
 
Amostras bacterianas de cárie cementárias mostram predominância de Actinomyces viscosus, mas quando a dentina amolecida subjacente é cultivada, espécies como A. viscosus, A. naeslundii e A. odontolyticus são isoladas. Outros microrganismos também são encontrados, incluindo Nocardia e S. mutans. (UZEDA, 2002). 
CÁRIE DE RAIZ
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MICROBIOLOGIA DA CÁRIE
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FISIOLOGIA DA CÁRIE
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TEORIA DA CÁRIE
TEORIA ÁCIDA
TEORIA DA PROTEÓLISE-QUELAÇÃO
TEORIA PROTEOLÍTICA
TEORIA DA FOSFOPROTEÍNA
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TEORIA ÁCIDA
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FORMAÇÃO DA PLACA
Placa bacteriana é uma biomassa densa, 
não calcificada e muito bem estruturada, 
constituída exclusivamente por bactérias envolvidas e aglutinadas
 por uma matriz que representa cerca de 75% de seu volume. 
A matriz intercelular é constituída por massas 
de fibras de polissacarídios extracelulares,
 produzidos pelas próprias bactérias 
e que se associam entre si e com as células bacterianas. 
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FORMAÇÃO DA PLACA
A parte orgânica dessa matriz é formada por exopolissacarídios
 bacterianos (glucanos, frutano e heteropolissacarídios) e,
 em muito menor proporção, por proteínas, glicoproteínas,
 lipídios e sais derivados da saliva e da dieta do hospedeiro. 
Seus principais componentes inorgânicos são:
 Íons cálcio, fosfato, sódio, potássio e flúor, 
provenientes da saliva e do fluido gengival. 
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FORMAÇÃO DA PLACA
A placa pode se formar diretamente sobre a superfície dos dentes,
 mas o mais comum, in vivo, 
 é formar-se sobre a película adquirida
 (glicoproteína salivar ou mucina) .
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CLASSIFICAÇÃO DA PLACA
SUPRAGENGIVAL
SUBGENGIVAL
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FORMAÇÃO DA PLACA
COLONIZAÇÃO INICIAL 
DA SUPERFÍCIE DENTAL
SE ADEREM A PELÍCULA 
MEDIANTE A MOLÉCULAS
DE ADESINA
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FORMAÇÃO DA PLACA
COLONIZAÇÃO SECUNDÁRIA
 E
AMADURECIMENTO DA PLACA
ESTAS SE ADEREM POR AGLUTINAÇÃO
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PLACA BACTERIANA
MATÉRIA ALBA
CÁLCULO DENTAL
A placa bacteriana também deve ser diferenciada do cálculo salivar (tártaro), 
 que resulta de sua posterior mineralização, sendo constituído basicamente
 por fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e fosfato de magnésio. 
Devido à sua porosidade e irregularidade características, 
 a superfície dessa estrutura representa um estroma favorável
 para contínua e intensa deposição de biofilme, 
 fator indispensável de agressão ao periodonto. 
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Outra estrutura associada à placa bacteriana é a película adquirida de saliva, 
um filme orgânico muito delgado (0,1 a 10 µm de espessura), 
acelular, constituído principalmente pela glicoproteína salivar ou mucina. 
Deposita-se diretamente sobre a superfície dos dentes, 
materiais restauradores e epitélio bucal (adsorção seletiva)
 e é rápida e seletivamente colonizada 
por algumas espécies bacterianas logo após sua deposição sobre o dente 
PELÍCULA ADQUIRIDA
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As forças de repulsão entre as cargas elétricas negativas 
(resíduos de ácido siálico) promovem a distensão
 ou estiramento da molécula da glicoproteína salivar 
quando se deposita sobre o esmalte dental, 
que tem carga elétrica positiva devido à presença do íon cálcio (Ca++) 
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A película adquirida tem a função de lubrificar e assim proteger a superfície do dente, 
reduzindo o atrito gerado pela mastigação. 
Além disso, impede o ressecamento da superfície do esmalte tornando-o menos friável,
 favorece sua reparação, interfere na seleção da aderência de bactérias
 ao dente pois é um mecanismo dotado de alta especificidade bioquímica 
 e fornece alguns nutrientes necessários para as bactérias colonizadoras iniciais. 
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O micro-organismo precisa produzir o ácido láctico em contato com a superfície dental
Os Estreptococos do Grupo Mutans utilizam mecanismos para fazer sua aderência às superfícies lisas
Os Lactobacillus sp necessitam encontrar zonas retentivas
 Aderência à Superfície Dental
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Os micro-organismos que preenchem o requisito de acidogênese intensa são os que geram pH baixo
Ex : S. mutans e S. sobrinus (pH = 4)
 Lactobacillus (pH = 3)
 Acidogênese Intensa
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Glucano (solúvel e insolúvel)
 S. sanguinis
 S. gordoni
 S. oralis
Frutano S. salivarius
Produção de Polissacarídeos
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 S. sanguinis
 S. gordoni
S. salivarius
S. oralis
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Capacidade do micro-organismo em metabolizar com pH ácido
Ex : S. mutans e Lactobacillus sp
O pH letal para S. mutans = 3 e para o Lactobacillus casei = 2,3
Acidofilia
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Micro-organismos cariogênicos (diferentes superfícies)
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Munson et al., 2004
 Lactobacillus sp
Prevotella sp
 Olsenella profusa
 Lactobacillus gasseri
 Lactobacillus rhamnosus
Microbiota da Cárie Dentinária
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Lactobacillus gasseri
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Chhour et al., 2005
 Lactobacillus sp (50%)
 Prevotella sp (15%)
 Selenomonas sp
 Dialister sp
 Fusobacterium nucleatum
 Propionibacterium
Microbiota da Cárie Dentinária
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 Ágar Mitis Salivarius : indicado para o isolamento de cultivos mistos de Streptococcus mitis, Streptococcus salivarius e Enterococcus faecalis 
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Saliva
É um fluido fisiológico que banha constantemente a boca
É a maior responsável pela regulação microbiana
Fornece excelentes condições para a sobrevivência microbiana e por outro lado, possui mecanismos que limitam o desenvolvimento
Saliva
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Saliva
É composta de todos os nutrientes derivados da dieta do hospedeiro
Proteínas Glicoproteínas Aminoácidos Leucina
 Globulinas Glicina 
 Albumina Cistina
 
Carboidratos Glicose Lipídios Triglicerídeos 
 Galactose Fosfolipídios
 Manose Colesterol
Saliva
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Saliva
O pH entre 6,0 e 7,0 é fisiológico tanto para o hospedeiro, como para os micro-organismos
Alterações do ph
Os refrigerantes e frutas ácidas levam à alterações transitórias (o pH cai para 3,0)
A produção de ácidos, resultantes da fermentação de carboidratos por micro-organismos do biofilme dental
Saliva
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É a matéria prima que o hospedeiro fornece para que os micro-organismos cariogênicos consigam produzir ácidos
São os chamados carboidratos fermentáveis, principalmente a sacarose
A molécula de sacarose é muito solúvel em água, possibilitando rápida difusão 
Dieta Cariogênica
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A sacarose é o único substrato usado na produção dos glucanos e frutanos
É o substrato que resulta em maior rendimento energético para o S. mutans (maior quantidade de ácido láctico)
Dieta Cariogênica
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Alimentos que induzem a severas quedas do pH
Doces
Balas
Refrigerantes
Alimentos açucarados associados à farinha refinada
Bolos
Biscoitos recheados
Alimentos Cariogênicos
A maçã não remove a placa bacteriana, pois é uma fruta ácida, com pH de 3,3 a 4,5
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Aspartame, Xilitol, Manitol e Sorbitol
 - A ingestão diária aceitável (ADI) do aspartame na Europa é de 40mg/kg. Nos EUA é de 50mg/kg
Alimentos Benéficos
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Leite
 - Apesar de conter açucar (4% de lactose), é considerado não cariogênico, porque possui caseína e altas concentrações de cálcio e fosfato
 - As crianças com 1 a 2,5 anos, nutridas por mais tempo no seio materno, apresentam menor atividade de cárie (Mattos-Graner et al., 1998)
Alimentos Benéficos
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