Aula 4 Biomecanica das Articulações

Prévia do material em texto

Biomecânica das 
Articulações 
 
 
Definição 
• As articulações do corpo humano contribuem para 
o movimento dos segmentos corporais. 
• Diferenças na rigidez ou na frouxidão dos tecidos 
moles resultam em diferenças na amplitude de 
movimentos das articulações. 
Classificação das articulações 
Articulações Imóveis - Sinartrose 
A)Suturas 
Suturas Cranianas 
B) Sindesmose (ligadas por feixes): tecido fibroso e 
denso mantém os ossos unidos, permitindo movimento 
muito limitado. Ex. aa. Radioulnar média, tibiofibular média e 
inferior 
Articulações Imóveis - Sinartrose 
Classificação das articulações 
Articulações discretamente móveis - 
Anfiartrose 
A) Sincondrose: Unidos por uma fina cartilagem hialina. 
Ex: articulações esternocostais e linha epifisária (antes da 
consolidação). 
 
Classificação das articulações 
B)Sínfese: lâminas finas de cartilagem hialina separam um 
disco de fibrocartilagem dos ossos 
Articulações discretamente móveis - 
Anfiartrose 
Classificação das articulações 
Articulações móveis – Diartrose ou Sinovial 
- Cavidade articular 
- Cartilagem articular, 
- Cápsula articular 
- Liquido sinovial 
- Ligamentos capsulares 
Classificação das articulações 
1 – Cavidade Articular 
2 - Cartilagem articular 
Tec. Conjuntivo denso; 
Distribui cargas; 
Movimentos – pouco atrito 
Características Básicas: 
Articulações Móveis 
2 – Cartilagem articular 
 Tecido firme e flexível 
 Possuem dois tipos: 
- Cartilagem articular 
- Fibrocartilagem 
 
2 – Cartilagem articular 
 60 a 80% de água 
 Colágeno: proteína - tensão 
 Proteoglicanos: gel – compressão 
 Condrócitos 
 
 
2 – Cartilagem articular 
 Avascular 
 Sem inervação 
 Nutrida pelo líquido intra-articular 
 
2 – Cartilagem articular 
 Funções: 
- Distribuição de cargas 
- Movimento – pouco atrito 
- Redistribuir as tensões de contato 
- Proteção do osso 
 
 
2 – Cartilagem articular 
 Anisotrópica 
 Resiste à forças de cisalhamento 
 
 
Viscoelástica 
2 – Cartilagem articular 
 Lesões: cargas altas com poucas repetições 
 
 
2 – Cartilagem articular 
As superfícies articulares tem coeficientes de atrito 
baixas 
Permitindo deslizamento 
 
2 – Cartilagem articular 
 Lesões 
2 – Cartilagem articular 
Artrite Reumatóide 
2 – Cartilagem articular 
Características Básicas: 
3 - Cápsula articular 
-cápsula fibrosa: proteção e revestimento 
-membrana sinovial: 
produz o líquido sinovial 
remoção de partículas (fagocitose) 
diminuição do atrito 
manutenção da estabilidade articular 
 
Articulações Móveis 
Características Básicas: 
4 - Líquido sinovial 
-viscoso 
-ácido hialurônico 
nutrição da cartilagem articular 
lubrificação 
diminuição do atrito 
Articulações Móveis 
Características Básicas: 
5 – Ligamentos capsulares 
 -extra e intra-articulares 
 estabilidade articular 
controlar e limitar os movimentos 
Articulações Móveis 
Outras características: 
- Fibrocartilagem 
- Bolsas sinoviais; 
Articulações Móveis 
 Intermediário entre a cartilagem e os outros 
tecidos conjuntivos 
 Locais de maior necessidade 
 
 
 
2 – Fibrocartilagem 
- Distribuição de cargas 
- Melhoram a congruência entre os ossos 
- Limitação do deslizamento 
- Absorção de choques 
- Proteção 
- Lubrificação 
 
 
2 – Fibrocartilagem 
 Lesão: súbita mudança de direção com o peso do 
corpo sob o membro 
 
 
 
2 – Fibrocartilagem 
ARTICULAÇÕES MÓVEIS (SINOVIAIS) - DIARTROSES 
- Deslizantes (planas); 
- Dobradiças (gínglimo); 
- Pivôs; 
- Condilares; 
- Selares; 
- Esferóideas. 
Tipos de articulações sinoviais 
1 – Deslizante (Planas): superfícies articulares dos ossos são 
necessariamente chatas e o único movimento é o deslizamento 
não axial. Ex. Intermetatársicas e intercarpais 
Tipos de articulações sinoviais 
Tipos de articulações sinoviais 
1 – Deslizante (Planas): 
articulações 
esternocondrais 
(esternocostais) 
articulação 
tibiofibular 
proximal 
articulação 
acromioclavicular 
--articulações 
tarsometatarsais 
--articulação entre os 
ossos do tarso 
2) Dobradiça (gínglimo): nessas articulações, uma superfície 
óssea é convexa e outra côncava e ligamentos colaterais fortes 
resistem o movimento. Ex. Umeroulnar e interfalângicas. 
Tipos de articulações sinoviais 
articulação 
interfalangeana 
articulação do pé 
(talocrural) 
Uniaxiais 
3 – Pivô (trocóide): nessas articulações, a rotação é 
permitida ao redor de um eixo. Ex. Radioulnar proximal e 
distal 
articulação 
atlantoaxial 
Tipos de articulações sinoviais 
Uniaxiais 
4 – Condilar (elipsóidea): 
superfície articular de um osso tem formato convexo oval e a 
outra tem superfície com formato côncavo. Art. Metacarpo-
Falângica 
Tipos de articulações sinoviais 
Biaxiais 
5 - Selar: ambas as superfícies articulares tem 
formato de sela de montaria 
Tipos de articulações sinoviais 
articulação esternoclavicular 
Biaxiais 
6 - Esferóidea: nesse tipo de articulação, as superfícies 
articulares são côncavas e convexas. É permitida a rotação em 3 
planos de movimento. Ex. Articulação do Quadril e do ombro 
Tipos de articulações sinoviais 
Triaxiais 
Arquitetura Articular 
Tipos de articulações sinoviais 
Esferóide Condilóide (ovoide) Selar 
Gínglimo (Dobradiça) 
Pivô (Trocóidea) 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
Luxação 
Capacidade de uma articulação de resistir a um 
deslocamento anormal dos ossos da articulação 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
Formato das superfícies ósseas 
Fatores que influenciam: 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
Formato das superfícies ósseas 
Posição coaptação fechada Posição coaptação aberta 
Fatores que influenciam: 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
Organização de tendões e músculos 
Fatores que influenciam: 
ESTABILIDADE ARTICULAR 
Outros tecidos conjuntivos 
Fatores que influenciam: 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR 
Amplitude de movimento 
Flexibilidade estática Flexibilidade dinâmica 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR 
Mensuração da ADM 
Goniômetro 
Eletrogoniômetro 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR 
Fatores que influenciam: 
Estudos mostram que limitação articular ou 
frouxidão e perda de estabilidade aumentam 
os riscos de lesões. 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR X LESÃO 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR X LESÃO 
Extremamente baixa 
Ligamentos, tendões e músculos - tensos 
ADM forçada 
> Probabilidade de lesão 
FLEXIBILIDADE ARTICULAR X LESÃO 
Extremamente alta 
Instabilidade articular 
> Probabilidade de lesão 
≠ atletas de alto nível 
LESÕES COMUNS: ENTORSES 
Entorses 
Torção ou distensão forçada de uma articulação 
Estiramento de ligamento e tendões 
- Dor 
- Edema; 
LESÕES COMUNS: ENTORSES 
Mecanismo de lesão: Entorses 
Instabilidade mecânica Instabilidade funcional 
LESÕES COMUNS: ENTORSES 
As atletas com histórico de entorse 
da atividade eletromiográfica do m. 
fibular longo e m. tibial anterior 
Propriocepção 
LESÕES COMUNS: LUXAÇÕES 
Luxações 
Quedas de grande magnitude 
Deslocamento entre os ossos da articulação 
LESÕES COMUNS: LUXAÇÕES 
Traumáticas 
- Deformidade articular; 
- Dor e edema; 
- Perda de movimentação 
LESÕES COMUNS: BURSITES 
Inflamação da bolsa sinovial 
Movimento excessivo 
Irritação tecidual por atrito 
Fatores intrinsecosLESÕES COMUNS: BURSITES 
Fatores extrinsecos 
LESÕES COMUNS: ARTRITE 
Artrite 
Comum no envelhecimento 
Inflamação na articulação 
Trauma em atletas 
LESÕES COMUNS: ARTRITE REUMATÓIDE 
Artrite reumatóide 
Inflamação e espessamento 
das membranas sinoviais 
Doença autoimune 
Deterioração da 
cartilagem articular 
Limitação de movimento e ossificação das articulações 
nível de atividade da doença pode 
influenciar na realização dos testes 
LESÕES COMUNS: ARTRITE REUMATÓIDE 
LESÕES COMUNS: OSTEOARTRITE 
Osteoartrite 
Doença articular degenerativa 
Degeneração progressiva da cartilagem articular, 
formação de osteófitos, diminuição do espaço intra 
articular 
LESÕES COMUNS: OSTEOARTRITE 
Osteoartrite 
Fatores de risco 
Genético Obesidade Movimentos 
repetitivos 
Artropatias