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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS LABORATÓRIO DE BIOMECÂNICA DISCIPLINA DE BIOMECÂNICA II Professora: Clarissa Stefani Teixeira Monitor: Gabriel Ivan Pranke CONSIDERAÇÕES ARTICULARES SOBRE O MOVIMENTO HUMANO As articulações do corpo humano governam essencialmente as capacidades de orientar os movimentos dos segmentos corporais, permitindo a locomoção. ARTICULAÇÕES 2 -Articulações Sinartrodiais ou Fibrosas; -Articulações Anfiartrodiais ou Cartilaginosas; -Articulações Diartrodiais ou Sinoviais. ARTICULAÇÕES TIPOS DE ARTICULAÇÕES - Pouco ou nenhum movimento; - Estabilização do sistema esquelético. -Encontrados principalmente nas suturas do crânio. ARTICULAÇÕES SINARTRODIAIS 3 - Mantidos unidos por cartilagem hialina; - Encontrada na sínfise púbica e articulações intervertebrais. - Movimento limitado, porém não tanto como nas articulações sinartrodiais. ARTICULAÇÕES ANFIARTRODIAIS São aquelas que possuem um grande potencial de movimento, com baixa fricção capaz de suportar uso e desgaste significativos. Todas as articulações diartrodiais são semelhantes possuindo estruturas parecidas. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 4 -Placa Terminal; -Cartilagem Articular; -Fibrocartilagem (Menisco); -Cápsula Articular; -Líquido Sinovial; -Ligamentos; ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Composição PLACA TERMINAL Características ARTICULAÇÕES SINOVIAIS É uma camada fina de osso compacto sobre o osso esponjoso que faz o contorno das pontas dos ossos. 5 CARTILAGEM ARTICULAR Características - É um tecido conectivo firme que contorna a ponta dos ossos formada por hialina. - Estabilidade e distribui as cargas sobre a superfície; - Reduz o stress de contato em até 50%; - Varia de 1 a 5mm de espessura. fig 2-27 pg 55 hamil ARTICULAÇÕES SINOVIAIS MENISCO Características -É uma fibrocartilagem conectada à cápsula articular. - Transmissão de carga adicional, estabilidade, proteção e lubrificação da articulação. - No joelho, a remoção de uma parte do menisco aumenta o estresse de contato em até 350%. - As lesões ocorrem durante uma mudança na direção do movimento quanto o peso está sobre um membro. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 6 CÁPSULA ARTICULAR Características - Tecido conectivo fibroso composto de colágeno; - Protege a articulação e suporta parte da carga imposta sobre ela; - A sua imobilização resulta em rigidez articular; - Membrana sinovial na parte interna, tecido que secreta líquido sinovial. achar fig cáp artic ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LÍQUIDO SINOVIAL Características - Líquido secretado pela membrana sinovial dentro da articulação; - Lubrifica a articulação reduzindo o atrito na articulação; - Nutre a cartilagem articular; - Quando a articulação é lesionada o líquido preenche o compartimento capsular gerando dor na articulação. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 7 LIGAMENTOS Características Conecta osso com osso e são formados por colágeno, elastina e fibras. Pode lidar tanto com cargas tensivas como com cargas de cisalhamento. Sua função é estabilizar, controlar e limitar o movimento. Os ligamentos podem ser capsulares, extracapsulares ou intra- articulares. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LIGAMENTOS Características Ligamentos capsulares: São apenas espessamentos na parede da cápsula, como os ligamentos glenoumerais na parte da frente da cápsula do ombro. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 8 LIGAMENTOS Características Ligamentos extracapsulares: Ficam fora da articulação, como os ligamentos colaterais encontrados em diversas articulações do corpo. Ex: Ligamento colateral lateral do joelho. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LIGAMENTOS Características Ligamentos intra-articulares: Estão localizados dentro da articulação sinovial. Ex: Ligamentos cruzado anterior do joelho. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 9 LIGAMENTOS Características Cargas fortes e rígidos Imobilização perda de força ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LIGAMENTOS Características LESÕES DE LIGAMENTOS As lesões tensivas são chamadas de distensões e influem diretamente na mobilidade articular. Podem ser divididas em: Grau 1: laceração parcial das fibras; Grau 2: laceração com alguma perda de estabilidade; Grau 3: ruptura completa com perda de estabilidade articular. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 10 Características -estrutura; -ligamentos; -cápsula; -tendões; -gravidade; -vácuo na articulação produzido pela pressão atmosférica negativa. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ESTABILIDADE DA ARTICULAÇÃO Quadril Características Ombro ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ESTABILIDADE DA ARTICULAÇÃO 11 DEGENERAÇÃO DA ARTICULAÇÃO ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LESÕES Altas Cargas Cargas Repetidas LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Entorses Deslocamento ou torção anormal dos ossos articulados que resulta em estiramento ou laceração dos ligamentos, tendões e tecidos conjuntivos. 12 LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Luxações Deslocamentos dos ossos articulados. Resultam habitualmente de quedas. Ocorre principalmente nos ombros, joelhos, dedos, cotovelos e mandíbula. LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Causada pelo uso excessivo de uma articulação que produz irritação por atrito e inflamação de uma ou mais bolsas. Comum em tornozelo e ombro. Bursite 13 LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Artrite Patologia que envolve inflamação articular com dor. É extremamente comum com o envelhecimento. Existem mais de 100 tipos de artrite. LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Tipo de artrite mais debilitante e dolorosa que consiste em ataque do sistema imunológico dos tecidos saudáveis. Inflamação e espessamento das membranas sinoviais e destruição da cartilagem articular, resultando Artrite Reumatóide ossificação dos ossos articulares. Mais comum em adultos, mas existe também um tipo de artrite reumatóide juvenil. em limitação do movimento e 14 LESÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Osteoartrite Forma mais comum de artrite degenerativa não-inflamatória. As causas da osteoartrite são confusas, sendo fatores o abuso mecânico, a hereditariedade e o envelhecimento. OSTEOARTRITE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Absorve choques Microfaturas Ocorre primeiramente no osso 15 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Osso mais rígido Cartilagem absorve o choque Microfraturas OSTEOARTRITE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Diminuição da espessura Cartilagem Articular Erosão da cartilagem articular OSTEOARTRITE 16 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Desenvolvimento de fissuras Osso exposto Erosão da cartilagem articular OSTEOARTRITE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Osteófitos na articulação Osteoartrite Osso exposto OSTEOARTRITE 17 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OSTEOARTRITE OSTEOARTRITE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Atividade física OsteoporoseImobilização da articulação HiperfrouxidãoArticulação lesada Fatores que não influenciamFatores que influenciam 18 OSTEOARTRITE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS TIPOS DE ARTICULAÇÕES 19 TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Simples: duas superfícies articulares (quadril); Compostas: três ou mais superfícies articulares (punho); Complexas: mais de duas superfícies articulares e com um disco ou fibrocartilagem (joelho). Número de Superfícies Articulares: TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Tensionada x Frouxa Posição: 1 2 20 TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação Plana ou Deslizante: Duas superfícies planas que deslizam uma sobre as outras. Não ocorre sobre um eixo e é denominada de não axial. Ex: Entre os tarsos do pé e entre os carpos da mão. Tipo de movimento: TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação em dobradiça (gínglimo): Permite movimentos em um plano (flexão e extensão) e é denominado uniaxial. Ex: articulação interfalângicas dos dedos do pé e mão e articulação ulnoumeral do cotovelo. Tipo de movimento: 21 TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulaçãoem pivô: Também, permite movimentos em um plano (rotação, supinação e pronação) e é denominado uniaxial. Ex: articulação radioulnar superior e inferior. Tipo de movimento: TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação Condilar: Movimentos primários em um plano (flexão e extensão) com pequenas quantidades em outros planos (rotação). Ex: joelho e articulação temporomandibular. Tipo de movimento: 22 TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação Elipsóide: Permite movimento em dois planos (flexão e extensão; adução e abdução) e é biaxial.Ex: articulação radiocárpica do punho e metocarpofalângica. Tipo de movimento: TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação em sela: Permite movimento em dois planos (flexão e extensão; adução e abdução) com uma pequena quantidade de rotação. Ex: articulação carpometacárpica do polegar. Tipo de movimento: 23 TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação em Bola-e-soquete: Permite movimento nos três planos (flexão e extensão; adução e abdução; rotação) e é a mais móvel das articulações sinoviais. Ex: articulação do quadril e do ombro. Tipo de movimento: FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS - Amplitude de movimento; - Limitação por ossos, ligamentos e músculos. 24 FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Músculos Uniarticulares X Músculos Multiarticulares Os músculos uniarticulares são extensíveis o suficiente e não limitam a amplitude de movimentos daquela articulação. Os músculos multiarticulares podem não alongar o suficiente para permitir a amplitude de movimento total na articulação, dependendo se as posições das articulações alongam-os. FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Ligamentos a) impedem movimentos que a articulação não deve fazer, ligamento colateral medial do joelho (LCM); b) que limitam a amplitude do movimento, como nas articulações esferoidais e de pivô. L C M 25 FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Ossos Olécrano Maléolo Lateral FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Outros fatores que diminuem a mobilidade articular � Tamanho dos tecidos que rodeiam a articulação; � Atrito dentro da articulação; � Lesão na cartilagem articular; � Lesão na membrana sinovial; � Lesão nas fibrocartilagens (menisco). 26 FLEXIBILIDADE X LESÃO ARTICULAÇÕES SINOVIAIS - Flexibilidade extremamente alta; - Flexibilidade extremamente baixa; - Diferença significativa entre membro dominante e não-dominante. TÉCNICAS PARA O AUMENTO DA FLEXIBILIDADE ARTICULAR 27 TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR RESPOSTA NEUROMUSCULAR AO ALONGAMENTO Órgãos Tendinosos de Golgi (OTGs): Estimulados pela tensão gerada nas proximidades das extremidades musculares e tendões (contração ou alongamento). - Relaxa o músculo; - Inibem a ação antagonista. TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR RESPOSTA NEUROMUSCULAR AO ALONGAMENTO Fusos Musculares: Receptores existentes ao longo das fibras musculares. Ativado através do alongamento muscular. Gera contração muscular. 28 TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR RESPOSTA NEUROMUSCULAR AO ALONGAMENTO Fusos Musculares: Reflexo Miotático: contração do músculo através de uma resposta neural rápida à ativação do fuso muscular por uma tensão. Teste do reflexo patelar. Inibição Recíproca: inibição da geração de tensão nos músculos antagonistas. TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR RESPOSTA NEUROMUSCULAR AO ALONGAMENTO Objetivos Gerais do alongamento: � minimizar os efeitos dos fusos; e � maximizar os efeitos dos OTGs. 29 TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR ALONGAMENTO ATIVO Alongamento produzido pela contração dos músculos antagonistas. Ex: alongamento do quadríceps através da contração dos músculos isquiotibiais. Amplitude de movimento não muito grande, porém sem risco elevado de lesões. TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR ALONGAMENTO PASSIVO Alongamento produzido por uma força de alongamento diferente da tensão dos músculos antagonistas. Ex: alongamento do quadríceps através da força da gravidade, ou da força aplicada por outro segmento corporal, ou, ainda, pela força aplicada por uma outra pessoa. Maior amplitude de movimento, mas maior potencial de lesão. 30 TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR ALONGAMENTO BALÍSTICO Série de alongamentos rápidos e repetidos. Como ele ativa o reflexo imediato de alongamento, ou reflexo miotático, podem ocorrer microlacerações no tecido muscular alongado, tendo um grande potencial de lesões. TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR ALONGAMENTO ESTÁTICO Movimento lento e quando se alcança o alongamento desejado a posição é mantida em geral de 10 a 30*** segundos. Esse período é suficiente para estimular os OTGs que superam as respostas dos fusos, promovendo relaxamento dos músculos que estão sendo alongados. 31 TÉCNICAS PARA AUMENTAR A FLEXIBILIDADE ARTICULAR FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) Procedimento de alongamentos mais efetivo. Exige a colaboração de uma pessoa extra. Possui de 5 a 10 segundos por fase com ao menos quatro repetições. Seqüência de fases: 1- alongamento estático passivo dos músculos isquiotibiais; 2- contração ativa dos músculos isquiotibiais contra a resistência; 3- relaxamento dos isquiotibiais e flexão ainda maior do quadril até amplitude máxima do movimento; 4- relaxamento completo com manutenção da posição de maior flexão de quadril. Ob riga do! !!! pranke.cefd@gmail.com
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