Prévia do material em texto
1 PORTFÓLIO – BACHARELADO E LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA MÓDULO A – FASE I ANO 2 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA MÓDULO A FASE I Tema: A Lei e o dia a dia no esporte e lazer Texto: diário de campo Prática: mesa redonda OBJETIVOS - Conhecer o que diz a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência no que diz respeito ao direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer; Verificar, através de observação, como a lei está sendo aplicada na prática, em um espaço de esporte e lazer; - Elaborar, a partir de perguntas-guia, um diário de campo, refletindo sobre o que foi observado no local escolhido no que diz respeito à educação inclusiva. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) foi sancionada em 06 de julho de 2015, com a intenção de ”assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.”. Com relação ao direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer, segue o capítulo IX da Lei. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 11 jul. 2016. ATIVIDADE 2 CAPÍTULO IX DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E AO LAZER Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso: I - a bens culturais em formato acessível; II - a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas em formato acessível; e III - a monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos. § 1o É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos de propriedade intelectual. § 2o O poder público deve adotar soluções destinadas à eliminação, à redução ou à superação de barreiras para a promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas as normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Art. 43. O poder público deve promover a participação da pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo: I - incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na organização das atividades de que trata este artigo; e III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas. Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o disposto em regulamento. § 1o Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das saídas, em conformidade com as normas de acessibilidade. § 2o No caso de não haver comprovada procura pelos assentos reservados, esses podem, excepcionalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida, observado o disposto em regulamento. § 3o Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem situar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com deficiência ou 3 com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário. § 4o Nos locais referidos no caput deste artigo, deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, conforme padrões das normas de acessibilidade, a fim de permitir a saída segura da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, em caso de emergência. § 5o Todos os espaços das edificações previstas no caput deste artigo devem atender às normas de acessibilidade em vigor. § 6o As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência. (Vigência) § 7o O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá ser superior ao valor cobrado das demais pessoas. Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser construídos observando-se os princípios do desenho universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade, conforme legislação em vigor. (Vigência) § 1o Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível. § 2o Os dormitórios mencionados no § 1o deste artigo deverão ser localizados em rotas acessíveis. Apesar da existência da lei, sabemos que ainda a aplicação da mesma no dia a dia é bastante frágil. Isso se deve a vários fatores, como a falta de formação adequada dos profissionais e gestores. A partir do trecho da lei apresentado e das perguntas-guia disponibilizadas na página 10, visite um espaço de esporte ou lazer (pode ser uma escola, uma praça, um parque, um ginásio, um estádio, uma academia ou outro espaço em que haja a prática esportiva e de lazer) e construa um diário de campo, em que as suas observações sejam registradas. Observe, pergunte, reflita: - Como podemos garantir que pessoas com deficiência tenham acesso ao esporte e lazer? - O que é importante observar nos espaços de esporte e lazer, tendo como referência a lei? - Quais são as dificuldades desses espaços e seus gestores em aplicar a lei no dia-a- dia? 4 Registre o que observou em um diário de campo, incluindo uma capa (conforme modelo na página 11). Não se esqueça de analisar, refletir sobre as suas observações, tecendo as suas considerações de forma crítica. Você deve apoiar-se em teorias para validar as suas considerações e apresentar o texto conforme as normas da ABNT. O diário de campo deve ser postado no AVA, no link TRABALHOS – TEXTO ESCRITO. No polo, apresente as observações realizadas no local escolhido, no formato de mesa redonda. Cada mesa redonda deverá ter um aluno que coordenará o debate e os demais alunos que apresentarão suas observações, comparando o que diz a lei com a realidade encontrada no espaço observado. Se o trabalho foi feito em grupo, a mesa redonda será composta por todos os integrantes, com um aluno atuando na coordenação do debate. É importante que esses papéis sejam definidos com antecedência pelo tutor, para que os alunos se preparem. O tempo de exposição (de fala) para cada grupo também será definido pelo tutor do polo. O tutor fará a avaliação dos alunos e preencherá a ficha avaliativa do grupo, que deve ser assinada e carimbada. A ficha avaliativa deverá ser postada no AVA, no link TRABALHOS – FICHA DE APRESENTAÇÃO. 1- Leitura do texto (Lei); 2- Visita/observação de um espaço de esporte e lazer; 3- Escrita do diário de campo; 4- Mesa redonda no polo (apresentação do portfólio). Postagem no AVA – texto escrito: diário de observação (em PDF) Postagem no AVA – ficha de apresentação: ficha avaliativa (em PDF) RESUMODA ATIVIDADE 5 Trabalho Escrito O texto escrito apresentou ideias articuladas e coerentes. (0-100) Peso: 10 Trabalho Escrito A produção do aluno atende ao gênero textual proposto (diário de campo). (0-100) Peso: 10 1. Para formar grupos, os alunos devem ser do mesmo curso e das mesmas disciplinas; 2. No caso de grupo, apenas um dos alunos realiza a postagem do texto e da ficha e insere o RU dos colegas pelo link “Adicionar participante” na hora da postagem; 3. Os grupos podem ser formados com até 4 integrantes; 4. Há dois links de postagem no AVA: um para o texto escrito e outro para a ficha avaliativa; 5. Verifique nos links o período de postagem; 6. Em caso de dúvidas, procure o seu polo de apoio presencial; 7. Verifique com o polo as datas de apresentação do seu trabalho; 8. Certifique-se que a ficha avaliativa contenha o nome e RU de todos os integrantes do grupo; 9. Leia atentamente todos os materiais postados na aula Portfólio das disciplinas da fase; 10. Produza o seu texto a partir dos critérios apresentados neste documento; 11. Solicitações de alterações deverão ser realizadas até 15 dias após a correção do trabalho no AVA e serão analisadas pelo Núcleo de Práticas. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO LEMBRETES 6 Trabalho Escrito A produção está pertinente quanto ao seu conteúdo, considerando o portfólio proposto nesta fase (diário de campo). (0-100) Peso: 10 Trabalho Escrito A produção cumpriu com os critérios apresentados no portfólio da fase, contemplando o registro das observações baseadas nas perguntas-guia e no extrato da legislação. (0- 100) Peso: 10 Trabalho Escrito Apresenta reflexão, criticidade e criatividade sobre o tema apresentado. (0-100) Peso: 10 Trabalho Escrito O texto está de acordo com a norma padrão da língua. (0-100) Peso: 10 Trabalho Escrito O texto está de acordo com as recomendações (normas da ABNT ou modelo proposto). (0-100) Peso: 10 Apresentação no polo A sequência utilizada demonstra organização e clareza do conteúdo abordado. (0-100) 7 Peso: 10 Apresentação no polo A participação na mesa redonda foi efetiva e contribuiu para o debate. (0-100) Peso: 10 Apresentação no polo A linguagem utilizada na apresentação está de acordo com a formalidade da situação comunicativa. (0-100) Peso: 10 Nota Final: ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FICHA DE AVALIAÇÃO - APRESENTAÇÃO DO PORTFÓLIO – MÓDULO A FASE I - 2018 CIDADE-UF: POLO ASSOCIADO: APRESENTAÇÃO: ( ) PRESENCIAL ( ) WEBCAM ALUNO: RU TURMA: CURSO: TÍTULO DO TRABALHO DE PORTFÓLIO: ANEXOS 8 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Tutor/Coordenador Avaliador A NOTA DEVERÁ SER DE 0 A 100 PARA CADA UM DOS TRÊS CRITÉRIOS. 1. Participação do debate final e colaboração na apresentação dos colegas. 2. A adequação da linguagem, postura e organização dos materiais e do tempo tornaram a apresentação clara e coesa. 3. Domínio do conteúdo, clareza, adequação didática e compatibilidade das perguntas-guia e o capítulo da legislação. OBSERVAÇÕES / SUGESTÕES / CRÍTICAS / ALTERAÇÕES A SEREM REALIZADAS: Avaliador Tutor/Coordenador ASSINATURA E CARIMBO _________________, ________/ ________/ 20____. Nome legível e assinatura do aluno 9 Diário de campo O diário de campo é um instrumento muito importante para a atividade de observação. Trata-se de uma escrita não somente sobre o objeto observado – nesse caso o espaço de esporte e lazer – mas também de como o observador se percebe, como atua, quais suas impressões e questionamentos e de como relaciona essas novas aprendizagens experienciais com sua formação docente e com a teoria estudada. Por isso, o diário é, sobretudo, uma escrita de si, em que o observador constrói a sua visão, o seu olhar sobre a escola. Isso porque “a escrita da narrativa remete o sujeito para uma dimensão de auto-escuta de si mesmo, como se estivesse contando para si próprio suas experiências e as aprendizagens que construiu [...], através do conhecimento de si” (SOUZA, 2004, p. 16). Após ou durante a observação, é preciso anotar as impressões, as descobertas, as dúvidas, os questionamentos. São esses quesitos que irão compor o diário de observação. Não se pode esquecer do posicionamento ético: o objetivo não é acusar a escola, mas analisar, avaliar, buscando a relação entre a teoria e a prática. Acesse o blog a seguir para encontrar um diário de campo de Geografia. Disponível em: <http://pibidgeofafi dam.blogspot.com. br/2012/10/escolas _4766.html>. Acesso em: 01 out. 2016. 10 Perguntas guia para a observação e construção do diário de campo" 1- Sobre a localização: Qual é o local visitado? Em que área da cidade se localiza (área urbana, central, periférica, costa, próxima a um rio, etc.)? Quais as condições para acesso (transporte público, estacionamento, acessível com veículos, calçadas em boas condições, etc.)? O local é público ou privado? Como você descreveria o espaço? Que características naturais e construções o local possui (grama, areia, água, árvores, equipamentos esportivos e de lazer, etc.)? 2- Sobre a infraestrutura: Que equipamentos foram construídos? Há pavimento para acesso de cadeira de rodas e para pessoas com dificuldade de mobilidade? O acesso é possível para praticantes e para espectadores com deficiência e mobilidade reduzida? Foi possível identificar algum tipo de barreira, atual ou potencial, para o acesso de deficientes ao esporte e lazer? 3- Sobre a possibilidade de prática de lazer e esportiva: pensando os diferentes tipos de deficiência, o espaço é acessível para qualquer pessoa? Entre as pessoas presentes no momento da observação, alguma era deficiente ou com mobilidade reduzida? Se haviam profissionais que trabalham no local, foi possível identificar se elas estavam treinadas e se seus recursos possibilitam atendimento igualitário aos diferentes tipos de deficiência? Se o espaço observado é de audiência de esporte e lazer, foi possível identificar a reserva de espaços livres e assentos para pessoas com deficiência, conforme indicado no Art. 44 da lei? Não há necessidade de responder às perguntas nesta ordem, elas apenas servem como orientação para a observação. Você pode utilizar informações da prefeitura ou do site do espaço para comparar com suas observações, mas lembre-se de fazer a referência para trazer informações que não são somente obtidas em sua observação. 11 Modelo de capa Mesa redonda Mesa-redonda: é preparada e conduzida por um coordenador, que pode ser denominado presidente e funciona como elemento moderador, orientando a discussão para que ela se mantenha em torno do tema principal. Os participantes geralmente são especialistas que apresentam seus pontos de vista sobre o tema, com tempo-limite para a exposição. Após as exposições, os participantes são levados a debater entre si os vários pontos de suas teses, podendo haver a participação dos presentes na forma de perguntas. O êxito damesa-redonda depende do coordenador, que tem a missão de conduzir os trabalhos de forma a atingir os objetivos (UNICAMP, s/d). Centro Universitário Internacional Uninter NOME DO ALUNO, RU, TURMA PORTFÓLIO UTA XXXXXXXXXX MÓDULO X - FASE Y CIDADE 2018 12 Como apresentar um trabalho? Existem pessoas que não conseguem falar bem quando estão com toda a atenção voltada para si. No período escolar são inúmeras as vezes que o aluno tem que apresentar um trabalho, uma maquete, um exercício ou outras atividades que o coloca sobre evidência aos demais que estão presentes na sala de aula. Como lidar com a insegurança e a timidez ao falar? É importante seguir algumas regras básicas: 1. Dominar o assunto a ser apresentado, ler o material não é bom; 2. Buscar a melhor maneira de se apresentar à frente, de pé ou sentado; 3. Falar de forma clara com o vocabulário adequado para a situação, sem gírias ou informalidades em excesso (para que o objetivo seja atingido); 4. Determinar um tempo para a apresentação; 5. Falar com boa intensidade e velocidade, nem alto e nem baixo, nem devagar e nem rápido; 6. Mostrar entusiasmo na apresentação para despertar interesse daqueles que ouvem para o que é apresentado; 7. Não tente se desculpar se por acaso der algum deslize e nem se justifique, apenas corrija; 8. Olhar diretamente para as pessoas para que inspire confiança; 9. Busque materiais de apoio que auxilie na lembrança do que deve ser falado, como slides ou um resumo em tópicos ou palavras-chave (mas não fique lendo a toda hora o material, apenas consulte rapidamente, se necessário); 10. Ao final, enfatizar os pontos principais apresentados e por fim; 11. Esclarecer dúvidas que possam existir. (CABRAL, s/d, adaptado).