Histologia LAB Sistema Tegumentar

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �3�
SISTEMA TEGUMENTAR
1- OBJETIVOS
1.1- Analisar a estrutura da epiderme, derme e hipoderme.
1.2- Descrever a estrutura histológica e citológica dos folículos pilosos e glândulas anexas. 
1.3- Discutir as diferenças de estrutura nos diferentes tipos de pele observados e correlacioná-los com a sua função
2- MATERIAL
2.1- Lâmina Nº 01 - Pele plantar - Humano - HE
2.2- Lâmina Nº 49 - Pele de antebraço - HE
2.3- Lâmina Nº 48 - Pele do couro cabeludo - HE
2.4- Eletromicrografia Nº 08 - Camada germinativa da epiderme
3- ATIVIDADES
3.1- Na lâmina Nº 01, de pele plantar, observe, no menor aumento, a epiderme, de natureza epitelial e localizada superficialmente; a derme, logo abaixo, de tecido conjuntivo e a hipoderme, uma região localizada profundamente, formada de células de tecido adiposo, separadas por feixes de tecido conjuntivo fibroso. 
Na epiderme, reconheça, com o aumento médio, os diferentes estratos celulares, baseando-se na sua posição em relação à membrana basal e em função da forma e constituição das suas células:
a) Estrato basal constituído por células cúbicas ou cilíndricas baixas, núcleo oval e citoplasma basófilo apoiadas sobre a membrana basal.
b) Estrato espinhoso formado por várias fileiras de células poliédricas com núcleo esféricos e apresentando limites celulares bem definidos. Entre as células procure identificar os “espinhos”. Qual a explicação para esse aspecto?
c) Estrato granuloso, onde as células são grandes e aplanadas apresentando grânulos grosseiros basófilos de queratohialina. 
d) Estrato lúcido, formado por células mais achatadas, anucleadas, de limites pouco precisos, cujo conjunto apresenta-se refringente e acidófilo.
e) Estrato córneo, de grande espessura, constituído por escamas celulares totalmente queratinizadas.
Considere os fatores que têm incidência sobre a estrutura da epiderme:
(Adaptação às funções de proteção mecânica; 
(Processo de renovação celular;
(Processo de queratinização;
(Presença de melanina
Ao nível da epiderme, em algumas lâminas, podem ser observadas umas séries de pequenos orifícios de trajetória espiralada, que correspondem aos ductos excretores de glândulas sudoríparas écrinas (porção intraepidérmica). Observe também que o limite dermo- epidérmico é irregular e interdigitado como conseqüência da presença de papilas dérmicas e cristas epidérmicas. 
Na derme, no aumento médio, reconheça duas camadas ou zonas:
1) Zona papilar, bem vascularizada e formada por tecido conjuntivo frouxo, mais celular.
2) Zona reticular, constituída por tecido conjuntivo mais fibroso e denso (menos celular).
Em toda derme podem-se observar as seguintes estruturas: vasos sangüíneos (arteríolas, vênulas, elementos da microcirculação), os ductos excretores das glândulas sudoríparas écrinas constituídos por uma parede própria de células cúbicas. Na profundidade da derme e da hipoderme localizam-se as unidades (porções) secretoras dessas glândulas sudoríparas.
A hipoderme está constituída por células de tecido adiposo nas diferentes regiões da pele. Lembrar a função especial que cumpre esse tecido ao nível da pele plantar.
3.2- Na lâmina Nº49, de pele de antebraço, reconheça, no menor aumento, as mesmas três regiões (epiderme, derme e hipoderme) observadas na lâmina anterior. A epiderme é consideravelmente mais delgada apresentando todas as camadas com menor número de células e a camada córnea delgada. A junção dermo - epidérmica não é tão irregular. Na derme, além dos elementos do conjuntivo, podem-se identificar cortes de alguns folículos pilosos e volumosas glândulas sebáceas associadas. Reconheça os cortes transversais dos folículos pilosos e observe que estão constituídos de várias camadas de células epiteliais rodeadas por uma bainha de tecido conjuntivo (a estrutura particular do folículo piloso será observada na lâmina Nº 48). Reconheça as glândulas sebáceas associadas ao folículo piloso e observe a porção secretora, formada por células poliédricas carregadas de secreção lipídica, dando um aspecto claro e vesiculoso. Em algumas lâminas, ao nível do ducto excretor, que se continua com a bainha epitelial do colo do folículo piloso, observe um epitélio estratificado plano. Reconheça as glândulas sudoríparas écrinas. Identifique sua porção secretora (tubo enovelado), situada na região profunda da derme e hipoderme superficial como várias porções secretoras constituídas por epitélio cúbico simples que na verdade correspondem a vários cortes realizados num mesmo plano do tubo enovelado. Às vezes, observam-se, na periferia dos cortes do tubo enovelado (periferia das porções secretoras), núcleos achatados e basófilos de células mioepiteliais. Observe também o canal excretor. Sua parede é formada por um epitélio biestratificado cúbico em sua trajetória dérmica, porém no seu caminho intra-epidérmico, não apresenta parede própria.
3.3-Na lâmina Nº 48, de pele de couro cabeludo, observe com o menor aumento, um tipo de pele diferente dos dois anteriores. Reconheça, em primeiro lugar, as três regiões (epiderme, derme e hipoderme) já observadas em lâminas anteriores. A epiderme é bem delgada e na derme é notória a presença de numerosos folículos e glândulas sebáceas associadas a tais folículos. Identifique cortes de folículos pilosos em todos os níveis, alguns transversais, outros oblíquos. É difícil a observação de cortes longitudinais nessas lâminas. Lembre-se que o folículo piloso e as glândulas sebáceas são formações dermo-epidérmicas cujas estruturas epiteliais estão em continuidade com a epiderme superficial. Observe os cortes transversais de folículos pilosos e identifique as diferenças estruturais nos distintos níveis: 
1) Nos cortes mais profundos, pode-se distinguir a região do bulbo piloso que quando cortado longitudinalmente observa-se que está constituído por células epiteliais intensamente pigmentadas e um eixo de tecido conjuntivo (papila dérmica). 
2) Nos cortes da região mediana, observa-se a bainha epitelial externa da raiz que é espessa e separada da bainha conjuntiva fibrosa por uma membrana vítrea (que aparece refrigente). A bainha epitelial interna se reconhece pela presença de grânulos eosinofílicos. Junto à bainha interna da raiz, está a cutícula fina e pálida que circunda o córtex corado fortemente. Pode ou não estar presente a medula do pêlo. 
3) Nos cortes mais superficiais, observe o pêlo rodeado por células epiteliais estratificadas as quais se continuam com o epitélio superficial. 
Reconheça as glândulas sebáceas que apresentam as mesmas características vistas na lâmina Nº49. Na região vizinha à parte epidérmica do folículo piloso, procure na derme fibras musculares lisas correspondentes ao músculo pilo-eretor. Note a presença de glândulas sudoríparas já descritas anteriormente.
3.4- Na eletromicrografia Nº 08, observar-se-á a camada germinativa de epiderme. Esta descansa sobre a derme com fibras colágenas (Co), existindo uma delgada membrana basal (MB) entre as duas. As células germinativas são cúbicas ou cilíndricas baixas, com seu eixo longitudinal perpendicular à superfície livre da pele. Observe os núcleos (N) alongados de várias células. Podem também ser observados grupos de mitocôndrias (M). A característica citoplasmática mais notória é o conjunto de tonofilamentos (T(), que constituem as tonofibrilas. A coesão da epiderme está assegurada por placas de adesão denominadas desmossomos (D), que unem as células. Em destaque, abaixo e à direita dessa eletromicrografia, placas densas (X) se alinham em áreas correspondentes de células opostas, perto da superfície celular dentro do citoplasma de cada célula. A membrana plasmática que marca os limites celulares está composta por duas linhas densas e uma capa intermediária de menor densidade. Essa estrutura trilaminar se denomina unidade de membrana (UM) e é comum em todas as membranas. Geralmente, o espaço entre as células adjacentes mostra ausência de conteúdo, mas na regiãodo desmossomo, este espaço é ocupado por material cimentante (X(). Na camada basal da epiderme também pode ser observado um melanócito ou célula pigmentária (PC). Distinguir essa célula não é difícil, pois carece das tonofibrilas de suas vizinhas e não está unida por desmossomos. Nos melanoblastos e melanócitos, ocorre a síntese de grânulos de pigmento (PG), provenientes da transformação da tirosina. Uma vez sintetizados, esses grânulos podem ser transferidos dos melanócitos a outras células epidérmicas (PG’) e a fagócitos dérmicos.