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QUESTIONARIO PELE E ANEXOS

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01- Descreva as camadas e funções da pele.
A pele é composta por uma camada superficial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma camada mais interna de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a pele espessa (presente na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações) e a pele fina (no restante do corpo). Abaixo e em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo (que não faz parte da pele, apenas a une com os órgãos subjacentes). A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células adiposas, constituindo o panículo adiposo.
A pele desempenha diversas funções, dentre as quais podemos enumerar: 
· Proteção contra desidratação, atrito e microrganismos;
· Recebe e envia informações do ambiente para o SNC;
· Colabora com a termorregulação do corpo;
· Proteção contra raios UV; 
02- Descreva as camadas da epiderme
Na pele espessa, a epiderme se subdivide em cinco camadas vistas da parte mais interna em direção a superfície:
 
-Camada basal - é constituída por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme. A camada basal ou germinativa é rica em células-tronco (stem cells) da epiderme e apresenta intensa atividade mitótica, sendo responsável, junto com a camada seguinte (camada espinhosa), pela constante renovação da epiderme.
-Camada espinhosa - é formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contêm feixes de filamentos de queratina(tonofilamentos). Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas com as das células adjacentes por meio de desmossomos, o que confere a cada célula um aspecto espinhoso.
-Camada granulosa - tem apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central citoplasma carregado de grânulos basófilos chamados grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana. Esses grânulos contêm uma proteína rica em histidina fosforilada e também proteínas contendo cistina, conferindo basofilia. Outra característica das células da camada granulosa, são os grânulos lamelares, que contêm discos lamelares formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana. Esses grânulos se fundem com a membrana plasmática e expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular da camada granulosa, onde o material lipídico se deposita, contribuindo para a formação de uma barreira contra a penetração de substâncias e para tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo.
Obs: Durante a evolução, esse impermeabilizante epidérmico surgiu nos répteis, e esse foi um evento importante para tornar possível a vida fora da água.
-Camada lúcida - mais evidente na pele espessa, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. O citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina, compactados e envolvidos por material elétron- denso. 
-Camada córnea - tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células apresenta-se repleto de queratina. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam junto com uma matriz formada pelos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa da diferenciação, os queratinócitos estão transformados em placas sem vida e descamam continuamente.
03- O que são papilas dérmicas e sua função?
A superfície externa da derme é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas. As papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos.
04- Quais as regiões onde a epiderme é mais complexa e as principais diferenças em relação às outras regiões do corpo?
A epiderme costuma ser mais espessa e complexa na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações. Suas principais diferenças em relação as demais regiões do corpo são: camada córnea mais espessa; camada granulosa mais desenvolvida; presença da camada lúcida, particularidade da epiderme espessa. 
05- O que é melanina?
A melanina é um pigmento de cor marrom-escura produzido pelos melanócitos da pele. A sua produção depende da enzima tirosinase. As vesículas com melanina geralmente se posicionam em uma região acima do núcleo dos queratinócitos, onde absorvem a faixa ultravioleta (UV) do espectro luminoso, protegendo o material genético dessas células contra possíveis danos pela radiação. 
06- Descreva a morfologia do melanócito. 
Os melanócitos apresentam citoplasma globoso de onde partem prolongamentos que penetram as reentrâncias das células da camada basal e espinhosa. Os melanócitos não formam desmossomos com os queratinócitos, mas se prendem à membrana basal por meio de hemidesmossomos
07- Descreva a síntese de melanina. 
A melanina é sintetizada nos melanócitos com a participação da enzima tirosinase. O aminoácido tirosina é transformado primeiro em 3,4-di-hidroxifenilalanina (dopa). A tirosinase também age na dopa, produzindo dopa-quinona, que, após várias transformações, converte-se em melanina. A tirosinase é sintetizada nos polirribossomos, introduzida nas cisternas do retículo endoplasmático granuloso e acumulada em vesículas formadas no complexo de Golgi. É nessas vesículas (melanossomos) que se inicia a síntese da melanina. Inicialmente coexistem melanina e tirosinase nos melanossomos. Quando cessa a síntese de melanina, o melanossomo está repleto de melanina e perde sua atividade tirosinásica, recebendo, então, o nome de grânulo de melanina.
Uma vez formados, os grânulos de melanina migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são injetados, por mecanismo pouco conhecido, no citoplasma dos queratinócitos, que funcionam como depósitos de melanina e contêm maior quantidade desse pigmento do que os melanócitos. Os grânulos de melanina se fundem com os lisossomos dos queratinócitos, e, por isso, as células mais superficiais da epiderme não têm melanina. Nas células epiteliais os grânulos de melanina localizam-se em posição supranuclear. Nessa localização, oferecem proteção máxima ao DNA contra os efeitos prejudiciais da radiação solar. 
08- Como acontece o escurecimento da pele?
A variedade nos tons de cor da pele decorre de variações nos melanossomos. Os indivíduos com pele mais escura apresentam melanossomos em maior número, maiores e mais dispersos. A exposição à radiação UV estimula a produção de melanina no interior dos melanossomos e confere à pele um tom “bronzeado”.
09- Como ocorre parte da ativação da vitamina D na pele?
A vitamina D3, também chamada de colecalciferol, formada na pele a partir do composto 7-desidrocolesterol através de uma reação fotoquímica catalisada pelo componente UV da luz solar. A vitamina D3 não é biologicamente ativa, mas é convertida por enzimas no fígado e no rim a 25-di-hidroxivitamina D3 (calcitriol), hormônio que regula a captação de cálcio no intestino e os níveis de cálcio no rim e nos ossos. 
010- Cite a principal diferença histológica entre uma pele fina e uma pele espessa. 
A pele espessa (mais do que 5 mm de espessura) recobre as palmas das mãos e as plantas dos pés e possui epiderme e derme espessas e não apresenta folículos pilosos. A pele delgada (2 mm de espessura) recobre o resto do corpo; sua epiderme é fina.
011- Diferencie derme papilar de derme reticular. 
A derme é constituída por duas camadas, de limites pouco distintos: 
Camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela nutriçãoe oxigenação da epiderme.
Camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico e são responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
012- Qual a morfologia e função das células de Langerhans?
As células de Langerhans são muito ramificadas, seu núcleo é endentado, e o citoplasma contém inclusões características com formato de raquete de tênis (grânulos de Birbeck), associados à proteína langerina. Langerina é uma lectina transmembranar tipo C (cálcio-dependente) que facilita a captura de fragmentos microbianos contendo manose para sua liberação para o compartimento endossomal. Localizam-se em toda a epiderme entre os queratinócitos e se originam de células precursoras da medula óssea que são transportadas pelo sangue circulante. As células de Langerhans são capazes de captar antígenos, processá-los e apresentá-los aos linfócitos T, participando da estimulação dessas células. Em consequência, elas têm um papel importante nas reações imunitárias cutâneas.
013- Qual a morfologia e função das células de Merkel?
As células de Merkel possuem núcleo com formato irregular e o citoplasma contém grânulos em abundância, provavelmente neurotransmissores. Se localizam na parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal e presas aos queratinócitos por meio de desmossomos. Em contato com a base das células de Merkel existe uma estrutura em forma de disco, onde se inserem fibras nervosas aferentes (conduzem impulsos para o sistema nervoso central). As células de Merkel são mecanorreceptores (sensibilidade tátil), embora existam algumas evidências de que elas também participem do sistema neuroendócrino difuso.
014- O que é derme?
É o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme. Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas. As papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos.
015- Quais são e quais as características das camadas da derme?
A derme é constituída por duas camadas, de limites pouco distintos: 
Camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme.
Camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico e são responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
016- O que é hipoderme e qual sua morfologia?
A hipoderme, ou camada subcutânea da pele, é uma continuação mais profunda da derme. Sua morfologia é variável e sua espessura varia de acordo com a região do corpo na qual se encontra. É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio. 
017- O que são pêlos e qual sua forma de crescimento?
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma invaginação de epiderme. Os pelos são estruturas que crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento. A duração das fases de repouso e crescimento é variável de uma região para outra. O pêlo cresce no folículo piloso a partir de células da matriz germinativa que vão, progressivamente, enchendo-se de queratina até morrerem, passando a constituir a haste do filamento que se desloca para o exterior e acaba por sobressair da pele. O período de crescimento ativo, chamado de estágio anagênico, dura cerca de 3 anos. Durante um período de 3 semanas de regressão, que caracteriza a fase catagênica, o crescimento do pelo cessa e o folículo sofre uma involução. Um período de repouso, a fase telogênica, dura cerca de 12 semanas, durante a qual a parte inferior do folículo está ausente.
018- Quais as partes componentes do pêlo?
Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pelo em fase de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro se observa uma papila dérmica. As células que recobrem a papila dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. Em certos tipos de pelos grossos as células centrais da raiz produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula do pelo. Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e dispostas compactamente, formando o córtex do pelo. Células mais periféricas formam a cutícula do pelo, constituída por células fortemente queratinizadas que se dispõem envolvendo o córtex como escamas. Finalmente, das células epiteliais mais periféricas de todas, originam-se duas bainhas epiteliais (uma interna e outra externa), que envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. Separando o folículo piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se uma membrana basal muito desenvolvida que recebe o nome de membrana vítrea. O conjuntivo que envolve o folículo apresenta-se mais espesso, formando a bainha conjuntiva do folículo piloso. Dispostos obliquamente e inseridos de um lado nessa bainha e do outro na camada papilar da derme encontram-se os músculos eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado. 
019- Quais as diferenças entre a queratinização da epiderme e a formação do pêlo? 
Embora sejam semelhantes, esses dois processos apresentam algumas diferenças pontuais: 
· enquanto a epiderme produz uma camada superficial de células mortas contendo queratina relativamente mole, com pouca adesividade e que se descama continuamente, no pelo acontece o oposto. Os pelos têm uma estrutura compacta constituída de queratina mais dura. 
· Na epiderme, o processo de diferenciação e queratinização é contínuo e tem lugar sobre toda a superfície. No pelo ele é intermitente e localizado no bulbo piloso. A papila do p elo tem ação indutiva sobre o epitélio que o recobre, o que explica a ausência de pelos quando ocorre a destruição da papila.
· Enquanto na epiderme as células se diferenciam de modo uniforme, resultando na camada córnea, as células epiteliais da raiz do pelo diferenciam-se em múltiplos tipos celulares, cada qual com sua ultraestrutura, histoquímica e funções características. A atividade mitótica das células dos folículos dos pelos é influenciada pelos hormônios androgênicos (hormônios masculinos).
020- O que são unhas e qual sua composição?
As unhas são placas de células queratinizadas localiza das na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A porção proximal da unha é chamada de raiz da unha. O epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da epiderme. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação e diferenciação das células epiteliais aí colocadas, que gradualmente se queratinizam, formandouma placa córnea. A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. A transparência da unha e a pequena espessura do epitélio do leito ungueal possibilitam observar a cor do sangue dos vasos da derme, constituindo uma maneira de se avaliar a oxigenação do sangue.
021- Onde são encontradas as glândulas sebáceas?
As glândulas sebáceas situam-se na derme e seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, geralmente desembocam nos folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina), porém, os duetos abrem-se diretamente na superfície da pele. A pele da palma das mãos e a da planta dos pés não têm glândulas sebáceas. 
022- Como acontece a secreção da glândula sebácea e qual a sua composição?
As glândulas sebáceas são um exemplo de glândula holócrina, pois a formação da secreção resulta na morte das células. A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contém triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol e ésteres de colesterol. As glândulas sebáceas são acinosas. e geralmente vários ácinos desembocam em um ducto curto. Os ácinos apresentam-se formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre urna membrana basal. Essas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, que acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica. Os núcleos tornam-se gradualmente condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino morrem e se rompem, formando a secreção sebácea. 
023- Onde são encontradas as glândulas sudoríparas?
Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: as glândulas écrinas (ou sudoríparas merócrinas) e glândulas sudoríparas apócrinas. As glândulas sudoríparas merócrinas são muito numerosas e encontradas em toda a pele, excetuando- se certas regiões, como a glande. As apócrinas existem nas axilas, nas regiões perianal e pubiana, bem como na aréola mamária. 
024- Como acontece a secreção da glândula sudorípara e qual a sua composição?
As glândulas sudoríparas merócrinas são do tipo tubulosa simples enovelada, cujo ducto se abre na superfície da pele e tem diâmetro menor que o da porção secretora. As células secretoras são piramidais e entre elas e a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a expulsar o produto da secreção. Nesse tipo de glândula existem dois tipos de célula secretora: as células escuras e as células claras. As células escuras apresentam muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas, e o citoplasma é rico em retículo endoplasmático granuloso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático granuloso, mas contêm muitas mitocôndrias. Entre elas existem delgados espaços intercelulares (canalículos). As células claras apresentam muitas dobras da membrana plasmática, uma característica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais. Essas características estruturais sugerem que a função das células claras seja produzir a parte aquosa do suor. 
O suor secretado por essas glândulas é uma solução extremamente diluída, que contém pouquíssima proteína, além de sódio, potássio, cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. O seu teor de Na+ (85 mEq/L) é muito menor do que o do sangue (144 mEq/L). Os duetos excretores absorvem Na+, que é devolvido ao sangue, evitando a perda excessiva desse íon. 
As glândulas sudoríparas apócrinas, estão localizadas na derme e na hipoderme. Há fortes indicações de que essas glândulas secretam pelo processo merócrino. Os ductos das glândulas apócrinas desembocam em um folículo piloso e o lúmen de suas partes secretoras é dilatado. A secreção dessas glândulas é ligeiramente viscosa e inodora, mas adquire um odor desagradável e característico, pela ação das bactérias da pele.
025- Explique o que é a hipoderme 
026- Como é a inervação e irrigação da pele?
Grandes artérias musculares que suprem a pele são encontradas no tecido conjuntivo subcutâneo (hipoderme) e são acompanhadas por veias de médio calibre. Elas se ramificam, se anastomosam e formam uma rede que segue paralelamente à superfície da pele. Artérias menores, veias e capilares constituem a principal vascularização na derme. Redes desses pequenos vasos formam plexos profundos na derme reticular e plexos superficiais na derme papilar, que estão conectados por vasos comunicantes. Uma rede subepidérmica de arteríolas imediatamente abaixo das papilas dérmicas fornece sangue a alças capilares em cada papila. Uma extensa rede de capilares imediatamente abaixo da epiderme fornece nutrientes a esse epitélio avascular. Os capilares também circundam os folículos pilosos e estão intimamente associados às glândulas sudoríparas e sebáceas. Muitas anastomoses arteriovenosas nas camadas profundas da derme, especialmente na derme dos dedos das mãos, dedos dos pés e lábios, são conexões diretas entre arteríolas e vênulas, sem apresentar uma rede capilar interveniente. Na extremidade da arteríola, esses desvios vasculares são enovelados e circundados por uma fileira de células musculares lisas modificadas que servem como esfíncteres. Essas estruturas especializadas, conhecidas como corpos glômicos, desempenham um papel na regulação da temperatura periférica. Eles estão sob controle vasomotor autônomo e desviam o sangue do plexo superficial para o plexo profundo para reduzir a perda de calor. Vasos linfáticos da pele acompanham vênulas e também estão localizados em plexos profundos e superficiais.
Quanto a inervação, uma das funções mais importantes da pele, graças sua grande extensão e à sua abundante inervação sensorial, é receber estímulos do meio ambiente. A pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo. Além das numerosas terminações nervosas livres localizadas na epiderme, folículos pilosos e glândulas, existem receptores encapsulados e não encapsulados na derme e na hipoderme, sendo mais frequentes nas papilas dérmicas. As terminações nervosas à livres são sensíveis ao toque e pressão (receptores táteis), bem como a variações de temperatura, dor, coceira e outras sensações. Os receptores encapsulados são os corpúsculos de Ruffini, Vater-Pacini, Meissner Krause. Os corpúsculos de Vater-Pacini e os de Ruffini são encontrados também no tecido conjuntivo de órgãos situados nas partes profundas do corpo, em que provavelmente são sensíveis aos movimentos dos órgãos e às pressões de uns órgãos sobre os outros.

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