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Amálgama de prata 1 Sumário Introdução Características do material Composição Classificação Propriedades Vantagens x Desvantagens Prática clínica Sequência clínica Restauração complexa Reparo de restaurações Tatuagem de Amálgama Amálgama x Resina Considerações finais Referências bibliográficas 2 Introdução Longevidade atestada por quase dois séculos (Loguercio, 2007) Restauração Complexa de 49 anos: Dr. Miles Markley Até 2004, representava 2/3 das restaurações. 3 Características do material Masioli Composição Classificação Propriedades Vantagens x Desvantagens Composição Composição Prata (Ag) - 40 a 70% Estanho (Sn) – 17 a 30% Cobre (Cu) – 2 a 40% Zinco (Zn) – 0 a 2% Hg (mínimo) – 0 a 3% Sn- corresponde a ¼ . Facilita a amalgamação 7 Metal Aumenta Diminui Ag Resistência Expansão de presa Escoamento Sn Escoamento Contração Corrosão Velocidade de amalgamação Resistência Dureza Velocidade de presa Cu Resistência Expansão de presa Dureza Escoamento Zn Expansão tardia Corrosão Plasticidade Oxidação Aumenta a resistência e a expansão de presa. Diminui o escoamento Sn – Aumenta o escoamento, a contração, a velocidade de amalgamação e a corrosão. Diminui a resistência, dureza e velocodade de presa Cu - Aumenta a resistência, a expansão de presa e a dureza. Diminui o escoamento Zn – Aumenta a expansão tardia, a corrosão e a plasticidade. Diminui a oxidação e o creep 8 Amalgamação Ag₃Sn + Hg Ag₃Sn + Ag₂Hg₃ + Sn₇₋₈Hg γ γ γ₁ γ₂ http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/amalgama/amalgama_04/amalgama_04.html Anusavice, 2013 Classificação Classificação Quanto ao formato da partícula Irregulares Esféricas Mistas Quanto ao conteúdo de Cobre(Cu) Convencionais Alto teor de Cu Quanto à presença de Zinco(Zn) Sem Zinco Com Zinco Classificação Quanto ao formato da partícula Irregulares Esféricas Mistas Quanto ao conteúdo de Cobre(Cu) Convencionais Alto teor de Cu Quanto à presença de Zinco(Zn) Sem Zinco Com Zinco Irregulares, usinadas ou limalha Necessitam de mais Hg Elevada pressão de condensação Características granulosas durante a escultura http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/amalgama/amalgama_04/amalgama_04.html Elevada pressão de condensação melhorar a densidade de compactação das partículas(aproximando-as), aflorar o Hg ( que está em maior qtd nesse tipo de liga). A pressão depende tanto da força do operador quanto do tamanho da ponta ativa do condensador ( qto menor, maior a pressão) As ligas de particulas irregulares precisam de maior pressão, o que requer condensadores menores 14 Esféricas ou atomizadas Necessitam de menos Hg Pequena pressão de condensação Fácil de esculpir Maior lisura +resistente http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/amalgama/amalgama_04/amalgama_04.html Ligas esféricas apresentam menos resistência a condensação, uma vez que as partículas rolam frente a pressão. Para contornar isso, utiliza-se condensadores de diâmetro maior, que geram menos pressão. 15 Mistas Partículas esféricas e irregulares Características intermediárias Anusavice, 2013 Classificação Quanto ao formato da partícula Irregulares Esféricas Mistas Quanto ao conteúdo de Cobre(Cu) Convencionais ou baixo teor de Cu Alto teor de Cu Quanto à presença de Zinco(Zn) Sem Zinco Com Zinco Ligas convencionais Ag₃Sn + Hg Ag₃Sn + Ag₂Hg₃ + Sn₇₋₈Hg γ γ γ₁ γ₂ γ = resistência inicial. 27% não reage. γ₁= matriz γ₂= diminui as propriedades mecânicas Cu < 6% A fase gama não reagida atua como carga 18 Ligas de alto teor de cobre 1) Fase dispersa Ag₃Sn + AgCu + Hg Ag₃Sn + Ag₂Hg₃ +Sn₇₋₈Hg γ eutético γ γ₁ γ₂ Liga convencional (Partículas irregulares) Partículas esférica Formação de γ₂ intermediária Cu > 6% Sn₇₋₈Hg + AgCu Ag₂Hg₃ + Cu₆Sn₅ γ₂ eutético γ₁ η A primeira fase da reação é a mesma. Se existirem quantidade suficiente de eutético, ocorre uma segunda reação. O eutetico reage com gama2, reduzindo essa fase. 19 Ligas de alto teor de cobre 2) Fase única Ag₃Sn + Cu₃Sn + Hg Ag₃Sn + Ag₂Hg₃ + Cu₆Sn₅ γ eutético γ γ₁ η Apenas liga esférica com alto teor de Cu Liga ternária (Ag, Sn, Cu) Sem formação de γ₂ intermediária Cu > 6% Na partícula a Ag fica na periferia, o Cu no meio e o Sn no centro. Dessa forma, o Hg reage mais com Ag, formando gama1 e o Cu reage com Sn formando fase nana. 20 A redução ou eliminação da fase γ₂ resulta em uma amálgama mais resistente e menos sujeito à deformação sob pressão. (Baratieri, 2010) Classificação Quanto ao formato da partícula Irregulares Esféricas Mistas Quanto ao conteúdo de Cobre(Cu) Convencionais Alto teor de Cu Quanto à presença de Zinco(Zn) Sem Zinco (≤0,01%) Com Zinco (>0,01%) Ligas com Zn(>0,01%) Vantagens: Menor fratura das margens (reduz o creep) ação antioxidante Desvantagens: Contaminação com a umidade durante a trituração ou condensação produz expansão tardia ou secundária ou higroscópica Zn+H₂O ZnO + H⁺ A expansão tardia ocorre de 3 a 5 dias após a confecção da restauração e pode estar associada a uma sensibilidade tbm tardia, que se inicia cerca de 10 dias após a confecção da restauração. 23 Propriedades Propriedades MECÂNICAS: Resistência Compressão > tração e flexão Compressão: inicial é fraca (1h) teor Cu > teor de Cu fase única> fase dispersa partículas esféricas > partículas irregulares Módulo de elasticidade Resistencia inicial fraca- dar instruções ao paciente para evitar tensões excessivas.Resistencia aumenta após 24h e 7 dias. Nas ligas de ATC a resistencia é maior devido eliminação da fase gama2 , mas após 7 dias, já não há diferença ente ligas de BTC e ATC. As de fase única possuem maior resistência, pois precisam de menos Hg e tem menor porosidade A alta resist a compressão e baixa a tração e flexão material de natureza frágil, por isso em espessuras finas , menores que 2mm,ele susceptível a fratura. 25 MECÂNICAS: Creep Deformação permanente quando submetido à tensão Fratura das margens Valamento marginal Valores maiores nas ligas de teor de Cu Presença de Zn Propriedades Creep - tensões cíclicas - repetidas. O problema é quando a liga apresenta alto creep (ligas com BTC, pois apresentam mais gama2). toda liga deve apresentar escoamento, num valor aceitável de até 3% A presença de zinco aumenta as propriedades mecânicas do amalgama. Tanto as ligas de BTC qto de ATC ter maior creep na ausência de Zn. 26 Propriedades QUÍMICAS: Corrosão Degradação progressiva Metal (γ₂) + O₂ = óxidos Fase η é a segunda mais corrosiva pH, temperatura e composição do meio influenciam Aumento da porosidade Redução das propriedades mecânicas Maior nas ligas de teor Cu Pigmentação dentária Selamento marginal Polimento óxidos e cloretos da saliva atacam a gama2 e assim há liberação de mercúrio dentro da mistura. pode gerar a tbm chamada expansão mercuroscópica (em especial ocorre qd há mt mercúrio na mistura, em excesso) Polimento superfície mais lisa, reduz acumulo de alimentos e bact, que gerariam diferença na concentração de eletrólitos. Pigmentação dentária – penetração de prata nos tubulos dentinarios Verniz alta solubilidade pode levar as dissolução antes que os produtos de corrosão sejam formados, ampliando a abertura da fenda e a microinfiltração. Esse material tem sido substituído pelo sistema adesivo 27 Propriedades TÉRMICAS Alto valor de condutividade e difusividade Gera desconforto Coeficiente de expansão térmica linear bem maior que do dente (3x) Pode causar fenda BIOLÓGICAS Efeito tóxico do Hg O Hg é extremamente volátil e libera vapor metálico inodoro e incolor. ( Loguércio, 2007) Quanto menor o conteúdo de Hg na massa final, maior a resistencia do amalgama. +Hg= +gama2 Quanto menor a proporção liga:Hg, maior a resistencia. 28 Mercúrio Passa para a corrente sanguínea Depositado no cérebro e nos rins Inalação de vapor Escovação Mastigação Procedimentos odontológicos Absorção pela pele Deglutição Alimentos Toxicidade do Hg Procedimentos odontológicos: Trituração – 1 a 2 µg Inserção – 6 a 8 µg Polimento e acabamento - 2 a 4µg 44µg ( seco) Remoção de restauração - 15 a 20µg (brocas novas, água gelada e sugadores potentes) Loguércio, 2007 Norma NBR 10004:2004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e seu gerenciamento deve seguir a Resolução RDC no 306 – ANVISA Toxicidade = Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo. (ABNT) 30 ( Food and Drug Administration) FDA, 2014 “FDA revisou a melhor evidência científica disponível para determinar se os níveis de vapor de mercúrio associados com restaurações de amálgama dental são motivo de preocupação. Com base nas evidências, o FDA considera restaurações de amálgama dental seguras para adultos e crianças com 6 anos ou mais. Mesmo em adultos e crianças que tem quinze ou mais superfícies de amálgama, a exposição ao mercúrio encontrada está muito abaixo dos níveis mínimos associados com dano.” http://www.fda.gov/medicaldevices/productsandmedicalprocedures/dentalproducts/dentalamalgam/ucm171094.htm FDA é um órgão do governo dos Estados Unidos com a função de controlar os alimentos e medicamentos, através de diversos testes e pesquisas. 31 ( American Dental Association) ADA, 2014 “ ...não foi encontrada nenhuma correlação entre as pequenas quantidades de mercúrio liberado de restaurações de amálgama e qualquer efeito adverso à saúde.” “Com base nos resultados de uma ampla revisão da literatura sobre a segurança amálgama, o Conselho de Assuntos Científicos da ADA (CSA) reafirmou que a evidência científica apoia a posição da ADA que o amálgama é uma opção viável e segura para os pacientes.” http://www.ada.org/en/member-center/oral-health-topics/amalgam é a maior associação dental do país, representando mais de 157 mil membros dentista. a principal fonte de informação relacionada à saúde bucal para os dentistas e seus pacientes. 32 Descarte de Amálgama Recipiente de boca larga e material inquebrável. Manter o recipiente hermeticamente fechado Local de baixa temperatura, isento de luz solar direta Fixador ou água Gerenciamento dos resíduos de mercúrio nos serviços de saúde./Ministério do Meio Ambiente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária– Brasília: MMA, 2010. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE Os resíduos de revelador, fixador e de amálgama odontológico devem ser embalados e enviados para os centros de reciclagem e /ou de acordo com a Vigilância Sanitária Municipal. http://www.forp.usp.br/restauradora/lagro/guia_pratico.html No Brasil, a Portaria 685, de 1998, do Ministério da Saúde, fixou os “níveis máximos de contaminantes químicos em alimentos” registrando, para o mercúrio, os valores de 0,5 mg/Kg para peixes e produtos da pesca (exceto predadores) e 1,0 mg/Kg para peixes predadores http://www.farmaceuticodigital.com/2012/11/plano-de-gerenciamento-de-residuos-de.html 34 Substituição do mercúrio por gálio Hg x Ga Surgiram como alternativa à problemática da toxicidade do mercúrio. O gálio , assim como o mercúrio, permanece líquido à temperatura ambiente (29,8ºC). Tempo de trabalho adequado Ballester, R.Y.; Markarian, R.A.; Loguercio, A.D. Alteração dimensional de amálgama de prata e liga à base de gálio Dimensional alteration of silver amalgam and gallium-based alloy. Pesquisa Odontológica Brasileira, 2001, Vol.15(4), p.34 Substituição do mercúrio por gálio Hg x Ga HISTÓRICO 1928: foi sugerido o uso de gálio 1990: uma liga à base de gálio foi aprovado para uso clínico pelo governo japonês. pó Ag-Pd-Cu / líquido Ga-In-Sn pó Ag-Sn-Cu (sem Pd) / líquido Ga-In-Sn (especificação n° 1 da ANSI/ADA) 1994: selo de aprovação. Aceita pela FDA (Food and Drug Administration - EUA) e pelo Scandinavian Institute of Dental Materials. Ballester, R.Y.; Markarian, R.A.; Loguercio, A.D. Alteração dimensional de amálgama de prata e liga à base de gálio Dimensional alteration of silver amalgam and gallium-based alloy. Pesquisa Odontológica Brasileira, 2001, Vol.15(4), p.34 Substituição do mercúrio por gálio Hg x Ga Vantagens Desvantagens menor infiltração marginal propriedades mecânicas, comparáveis às de amálgamas de alto teor de cobre sensíveis às variações de energia de trituração. corrosão excessiva expansão precoce alta sensibilidade pós-operatória fratura de corpo trincas e rachaduras na estrutura dental precoce deterioração superficial da restauração OSBORNE; SUMMITT(1999) contraindicaram o uso clínico das ligas de gálio mesmo em cavidades classe I conservadoras, pois após três anos de acompanhamento, ocorreram complicações como dor e fraturas dentais, além de grande porcentagem de corrosão (32%) e rugosidade superficial (37%). NAVARRO et al.(1996): Restaurações com liga de gálio exibiram altas taxas de corrosão e sensibilidade pós-operatória após 8 meses de avaliação clínica e foram consideradas inaceitáveis para uso clínico. Todas as restaurações executadas com esse material tiveram que ser substituídas. VENUGOPALAN et al.(1998) atribuíram um índice de corrosão mil vezes maior para a liga de gálio do que para o amálgama. BALLESTER, R. Y.; MARKARIAN, R. A.; LOGUERCIO, A. D. Alteração dimensional de amálgama de prata e liga à base de gálio. Pesqui Odontol Bras, v. 15, n. 4, p. 341-347, out./dez. 2001. (VENUGOPALAN, R.; BROOME, J. C.; LUCAS, L. C. The effect of water contamination on dimensional change and corrosion properties of a gallium alloy. Dent Mater,v. 14, n. 3, p. 173-178, Jun. 1998.) NAVARRO, M. F.; FRANCO, E. B.; BASTOS, P. A. M. et al.Clinical evaluation of gallium alloy as a posterior restorative material. Quintessence Int, v. 27 n. 5,p. 315-320, 1996. OSBORNE, J. W.; SUMMITT, J. B. Direct-placement gallium restorative alloy: a 3-year clinical evaluation. Quintessence Int, v. 30, n. 1, p. 49-52, 1999 38 Vantagens x Desvantagens Vantagens Experiência clínica Técnica menos sensível Autosselamento Baixo custo Resistência ao desgaste Durabilidade Desvantagens Não é estético Não adesivo Baixa resiliência Corrosão Ação galvânica Condutor térmico Friável Coeficiente de expansão térmica linear alto (3x) Presença de mercúrio Desgaste de estrutura sadia Espessura mínima Prática clínica Masioli Indicação e Contraindicação Sequência clínica Restauração complexa Reparo de restaurações Amálgama x Resina Indicações Áreas de esforço mastigatório Classes I, II e V Dentes posteriores amplamente destruídos Contraindicações Áreas estéticas Classe III, IV, V Pouco remanescente dental Sequência clínica Sequência clínica Anestesia Isolamento absoluto Preparo cavitário Proteção do complexo dentina-polpa Manipulação clínica do amálgama Ajuste oclusal Acabamento e polimento Preparo cavitário É necessária uma conformação específica para reter o material na cavidade, pois o Amálgama não é adesivo. Desvantagem: Remoção de tecido dental sadio Tempo Instrumental Preparo cavitário Classe I Classificação de black: usadas para descrever tanto lesões como cavidades 49 Preparo cavitário Classe I – visão proximal Preparo cavitário Classe I – visão oclusal Ângulos internos arredondados Ângulos cavossuperficiais nítidos e sem bisel ½ da distancia entre sulco central e ponta da cúspide Parade pulpar plana Paredes V e L convergentes para O Falar de forma de contorno e forma de conveniência 51 Preparo cavitário Classe II Preparo cavitário Classe II – visão oclusal Preparo cavitário Classe II – visão proximal Paredes V e L convergentes para O Ângulos internos arredondados Parede axial convexa e com no mínimo 0,5 mm de profundidade Curva reversa de Hollemback Curva reversa de Hollemback A fim de, simultaneamente, garantir espessura adequada ao material e ao esmalte na região das margens – crítico para resistência dente-restauração – é importante que o ângulo cavossuperficial seja tão próximo quanto possível a 90º com a superfície externa. A curva reversa de Hollemback é confeccionada na parede vestibular da caixa proximal para cumprir esta necessidade. 56 Cavidades rasa verniz ou adesivo Cavidade média e profunda CIV + verniz ou adesivo Cavidade bastante profunda Cimento de hidróxido de cálcio + CIV+ verniz ou adesivo Livro: Garone Neto, Narciso et al Proteção do complexo dentina-polpa Manipulação clínica do Amálgama Trituração Condensação Brunimento pré-escultura Escultura Brunimento pós-escultura Acabamento e polimento 1. Trituração Manual ou mecânica Amalgamadores Mais prático Mais uniforme Diminui a contaminação Economiza tempo Subtrituração : ligas secas Sobretrituração: liga brilhante, quente, reduz o tempo de trabalho, maior contração Se a cristalização está ocorrendo muito rápido, deve-se aumentar o tempo de trituração ou utilizar uma liga de presa mais lenta. O tempo de amalgamação depende da liga e da velocidade do amalgamador 59 Anusavice, 2013 2. Condensação Objetivo: compactar o amálgama na cavidade Pressão de condensação: Aumenta a densidade da massa Reduz a porosidade Elimina Hg Pressão = depende da força + tamanho da ponta ativa Iniciar pelas regiões com acesso mais restrito Incremento em excesso: 1 a 1,5 mm acima do cavossuperficial Os esculpidores atuam por ação de corte. É necessário que o amterial apresente alguma resistencia. Veloc de escultura deve ser compativel coma veloc de cristalização, exigindo treinamento e conhecimento do profissional 62 Condensadores Em cavidades Classe I... Em cavidades Classe II... http://www.cksu.com/vb/archive/index.php/t-35445.html 3. Brunimento pré-escultura Aumenta densidade Remove excesso de Hg Diminui porosidade Melhora a adaptação nas margens Diminui rugosidade Do centro para as margens 4. Escultura Anatomia mais rasa Oclusal: instrumentos de corte Proximal: matriz+ cunha “grito do amálgama” 5. Brunimento pós-escultura Vantagens: Superfície mais lisa Facilidade de polimento Reduz a porosidade Reduz infiltração marginal Reduz conteúdo de Hg Aumenta a dureza Acabamento e polimento Após 24h Diminuem a susceptibilidade à corrosão, maior lisura e estética Acabamento: brocas multilaminadas de aço de BR Ajustes na anatomia remoção de excessos Acabamento e polimento Polimento: Borrachas abrasivas: marrom, verde e azul Pedra-pomes + água =pasta Taça de borracha ou escova de Robinson Restauração complexa de amálgama Uma ou mais cúspides são reconstruídas com amálgama. Pouca estrutura dental remanescente + amálgama não é um material adesivo retenções adicionais: Pinos intradentinários Amalgapins Sulcos e canaletas Amálgama adesivo Restauração complexa As restaurações extensas com amálgama referem-se àquelas que, por sua complexidade e dimensões, não poderiam ser classificadas como restaurações típicas, segundo BLACK (1908). 74 Amalgapim Orifícios de 2mm em dentina Para cada cúspide perdida Vantagens: Retenção Fácil execução Sem custo adicional http://www.uiowa.edu/~op2l/CARHandout.htm Confecção: Brocas cilíndricas arredondadas (AR) brocas esféricas de (BR) – chanfro cavossuperficial 75 Técnica Livro: Baratieri et al, 2010 Técnica: Livro: Baratieri et al, 2010 União químico- mecânica: Quelação de íons metálicos pelos radicais carboxílicos do adesivo Vantagens: Reduz microinfiltração, cárie secundária, sensibilidade e pigmentação do dente, Melhor retenção, adaptação marginal Protege o complexo dentina-polpa Limitações: Maior tempo, sensibilidade técnica e custo. Amálgama adesivo Cuidado ao falar em maior retenção. Basicamente, o único autor que afirma isso é o Conceição. O mais significativo mesmo acaba sendo o vedamento. 78 CANTA, J.P; MARTINS, J.N.R; COELHO, A. Recobrimento total de cúspides com amálgama de prata em dentes com tratamento endodôntico – caso clínico Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac. 2011;52(2):89-97 Pelo fato de o amálgama estar aderido às paredes cavitárias à “semelhança”da resina composta, as forças que incidem sobre a restauração são melhores distribuídas pela camada de adesivo, contribuindo para a elevação da resistência da estrutura dental como comprovado por EAKLE et al. (1992) E MINTO (1999). 79 Objetivo : avaliar os efeitos da união adesiva sobre o desempenho e longevidade das restaurações de amálgama dental. Critérios de seleção : Ensaios clínicos randomizados comparando restaurações de amálgama adesivo e convencionais em molares e pré-molares com preparos Classe I e II. Resultados: 31 pacientes, 113 restaurações, 2 anos. 3 das 53 (amálgama convencional) foram perdidos 5 das 60 (amálgama adesivo) foram perdidas Sensibilidade pós-operatória não foi significativamente diferente Não houve fratura dental nem diferença significativa entre os grupos quanto à adaptação marginal Conclusão dos autores: Há falta de evidências sobre o benefício adicional do amálgama adesivo em comparação com o amálgama convencional. É importante que os CDs estejam conscientes dos custos adicionais que podem ser incluídos . Após 2 anos, apenas 3 das 53 restaurações no grupo de amálgama convencional foram perdidos, o que foi atribuído à falta de retenção, 55 de 60 restaurações de amálgama adesivo foram mantidas Sensibilidade pós-operatória não foi significativamente diferente Não houve fratura de tecido dentário nem houve diferença significativa entre os grupos quanto à adaptação marginal 81 Reparo em restaurações de amálgama Reparo em restaurações de amálgama Vantagens: preparo menor reduz trauma ao dente preserva estrutura reduz o tempo clinico reduz o custo reduz o volume de Hg Tratamento da superfície: asperização com broca carbide . O preparo para o reparo deve cumprir os requisitos de profundidade, resistência e retenção. OBJETIVOS: -Revisão sistemática dos aspectos de reparo de restaurações com diferentes materiais restauradores - compósitos resinosos , amálgama , cimentos de ionômero de vidro , cerâmica e metais . -Dar uma visão geral do ensino de reparo em diferentes universidades. -Descrever critérios para tomada de decisão no tratamento de restaurações defeituosas através de remodelação, reparo, substituição ou nenhum tratamento. Na última década , o reparo de restaurações tornou-se mais popular . O ensino de reparo em restaurações agora está incluído na maioria das universidades na Europa e na América do Norte. 84 Estudos clínicos, estudos in vitro e relatórios sobre o ensino foram incluídos. CONCLUSÕES: O reparo de restaurações é um método válido para melhorar a qualidade das restaurações e é aceito, praticado e ensinado em muitas universidades. No entanto , ensaios clínicos randomizados de longo prazo são necessários para garantir uma recomendação baseada em evidência . Objetivos: avaliar os efeitos da substituição versus reparo em restaurações de amálgama defeituosas em molares e pré-molares. Conclusão dos autores: Não há estudos controlados randomizados pertinentes a esta questão., portanto, mais pesquisas precisam ser feitas. Novas pesquisas também devem ser conduzidas com o objetivo de explorar qualitativamente a opinião dos pacientes sobre a reparo ou substituição de restaurações, assim como investigar questões quanto a dor, estresse, ansiedade, tempo e custos. SHARIF, M.O.; MERRY, A.; CATLEUGH, M. et al. Replacement versus repair of defective restorations in adults: amalgam ( Review) 86 Tatuagem por Amálgama Inclusão de resíduos de amálgama no tecido. Evita-se com uso correto de isolamento absoluto, matriz e cunha. 87 Tatuagem por Amálgama Lesão pigmentada, quase sempre única, assintomática e sem significado patológico. Gengiva, mucosa alveolar e mucosa jugal Diagnóstico= dados clínicos + radiográficos. Diagnóstico diferencial: Nevo pigmentado Melanoma bucal. Biópsia excisional PISTÓIA, A.D.; PISTÓIA, G.D.; MARTINS NETO, M.Tatuagem por Amálgama. Revisão.RGO - Rev Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v.61, suplemento 0, p. 435-439, jul./dez., 2013 Alexandre Dorneles PISTÓIA1 Gustavo Dorneles PISTÓIA Marcos MARTINS NETO Tatuagem por Amálgama. Revisão.RGO - Rev Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v.61, suplemento 0, p. 435-439, jul./dez., 2013 88 Tatuagem por Amálgama A implantação acidental deste material nos tecidos bucais pode se dar das seguintes formas (Weathers & Fine6) : abrasão ou laceração inadvertida da mucosa fragmentos que se alojam dentro do alvéolo ou sob o periósteo no momento de uma exodontia; deposição do amálgama dentro de uma ferida cirúrgica, durante obturação retrógrada com este material, após apicetomia PISTÓIA, A.D.; PISTÓIA, G.D.; MARTINS NETO, M.Tatuagem por Amálgama. Revisão.RGO - Rev Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v.61, suplemento 0, p. 435-439, jul./dez., 2013 Não costuma produzir alterações inflamatórias Em algumas ocasiões, é possível observar uma reação inflamatória de corpo estranho envolvendo os fragmentos de menores dimensões. Diagnóstico é feito somando-se os dados clínicos com os radiográficos. Diagnóstico diferencial: Nevo pigmentado Melanoma bucal. Biópsia excisional é a conduta adequada para a obtenção do diagnóstico definitivo. 89 Paciente do sexo feminino, 51 anos. Encaminhado por suspeita melanoma. Fumante Duas manchas escuras na mucosa jugal (D e E), próximo a área de molares superiores. Sem sintomatologia, nenhuma outra lesão suspeita ou qualquer aumento dos gânglios linfáticos. O Rx poderia já descartar a hipotese de melanoma, mas quando há dúvidas e o rx não evidencia bem, recomenda-se a biopsia. O exame histopatológico das amostras mostrou pigmento marrom escuro ao longo das fibras colágenas e nas bainhas vasculares. Melanócitos e células névicas não foram encontrados, e não houve reação positiva em manchas de melanina. Ambas as lesões foram compatíveis com tatuagens de amálgama. Nenhuma outra mácula foi identificada na mucosa oral, e o paciente não precisava de mais tratamento ou acompanhamento. 92 Amálgama x Resina Quais as evidências atuais? Survival and reasons for failure of amalgam versus composite posterior restorations placed in a randomized clinical trial 472 indivíduos com idades entre 8 e 12 anos foram divididos aleatoriamente em 2 grupos The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 Restauração de Amálgama Restauração de Resina Composta Objetivo: avaliar durabilidade e causas de falhas de restaurações de amálgama versus resina em dentes posteriores. BERNARDO, M.; LUIS, H.; MARTIN, M.D. et al. Survival and reasons for failure of amalgam versus composite posterior restorations placed in a randomized clinical trial.The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 94 1748 restaurações The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 10% - falharam 90% Preservadas Acompanhadas por até 7 anos Amálgama – 94,4% Resina – 85,5% A cárie secundária foi a principal razão para o fracasso de ambos os materiais. Risco de cárie secundária foi 3,5x maior no grupo do compósito. Revisões anuais: exame clínico + Rx interproximal The Journal of the American Dental Association (June 2007) 138, 775-783 Os indivíduos receberam um total de 1.748 restaurações no início do estudo, que os autores acompanhados por até sete anos. Globalmente, 10,1 por cento das restaurações basais falhou. A taxa de sobrevivência das restaurações de amálgama foi de 94,4 por cento; que de restaurações de resina composta foi de 85,5 por cento. Taxas de falha anual variou 0,16-2,83 por cento para restaurações de amálgama e 0,94-9,43 por cento para restaurações de resina composta. A cárie secundária foi a principal razão para o fracasso de ambos os materiais. Risco de cárie secundária foi 3,5 vezes maior no grupo composto. 95 Direct composite resin fillings versus amalgam fillings for permanent or adult posterior teeth Objetivo: Examinar os efeitos de restaurações diretas de resina composta versus amálgama em dentes posteriores permanentes, principalmente causas de falhas. Critérios: Ensaios clínicos randomizados. Foram excluídos os estudos com um período de acompanhamento de menos de três anos. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Mar 31; Resultados: 2.205 referências recuperadas 7 ensaios (10 artigos) foram incluídos 3.265 restaurações de resina composta 1935 restaurações de amálgama Conclusão dos autores: - Resinas compostas - taxas de insucesso mais elevadas e maior risco de cárie secundária - Reforça o benefício de amálgama - Novas pesquisas provavelmente não irão mudar a opinião sobre a segurança, apesar do uso cada vez menor do amálgama mundialmente. evidências de baixa qualidade para sugerir que as resinas compostas possuem taxas de insucesso mais elevadas e risco de cárie secundária do que restaurações de amálgama. Esta avaliação reforça o benefício de amálgama e os resultados são particularmente úteis em partes do mundo onde a amálgama ainda é o material de escolha para restaurar dentes posteriores com cáries proximais. Embora a revisão encontrou evidências suficientes para apoiar ou refutar quaisquer efeitos adversos amálgama pode ter sobre os pacientes, é improvável que mudar a opinião sobre a sua segurança novas pesquisas e devido à decisão para uma fase-down global de amálgama (Convenção de Minamata em Mercúrio) opinião geral sobre a sua segurança não deve mudar. 97 Considerações finais O amálgama ainda possui seu espaço na odontologia como material restaurador que possui características que ainda não foram alcançados pelos demais materiais restauradores diretos, apesar do avanço nas pesquisas. Apesar das suas muitas limitações, É um material seguro, com bom desempenho clínico e alta durabilidade. E, devido à essas aplicações deve, portanto, continuar a ser ensinado nas instituições. O CONTRASTE ENTRE O DENTE E O AMÁLGAMA BENFEITO CHAMA A ATENÇÃO PARA A ARTE E A CIÊNCIA ENVOLVIDAS NA RESONSTRUÇÃO DOS TECIDOS AFETADOS. DEVEM SER MOTIVO DE ORGULHO PROFISSIONAL. 98 Referências bibliográficas REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro D. Materiais Dentários Restauradores Diretos: dos fundamentos à aplicação clínica. 1ªed. Editora Santos, 2007. CONCEIÇÃO, Ewerton Nocchi. Dentística Saúde e Estética. 2ed. Artmed, 2007. p179-197 BARATIERI, Luiz Narciso; MONTEIRO JR, Sylvio. Odontologia Restauradora: Fundamentos e técnicas. 1ed. Editora Santos,2010. Garone Neto, Narciso et al. Introdução à Dentística Restauradora. 1 ed. São Paulo. Editora Santos, 2003. MONDELLI, J. Dentística – procedimentos pré-clínicos. Editora Santos, São Paulo, 1ª edição, 2002. ANUSAVICE, K.J.; SHEN, C; RAWLS, H.R. Phillips Materiais Dentários. 12ªed. Editora Elsevier, 2013. CANTA, J.P; MARTINS, J.N.R; COELHO, A. 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