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Relatório Determinação capacidade calorífica

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Sumário 
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2 
1.1. Capacidade térmica ou calorífica (C) ............................................................... 2 
1.2. Calor específico (c) ............................................................................................ 3 
1.3. Quantidade de Calor Latente ............................................................................ 4 
1.4 Princípios da Calorimetria ................................................................................ 5 
2- OBJETIVOS.............................................................................................................. 6 
3- MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 6 
3.1 Materiais ................................................................................................................. 6 
3.2 Métodos .............................................................................................................. 7 
3.2.1 Determinação da capacidade térmica ou calorífica do calorímetro ......... 7 
3.2.2 Determinação do calor de reação de neutralização (reação ácido-base) . 8 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 8 
4.1. Determinação da capacidade térmica ou calorífica do calorímetro ................ 8 
4.2. Determinação do calor de neutralização ........................................................ 11 
5- Conclusão ................................................................................................................ 15 
Referências ..................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A calorimetria estuda as trocas de energia entre corpos ou sistemas quando 
essas trocas se dão na forma de calor. O calor é a energia térmica que flui de um corpo 
para outro em virtude da diferença de temperatura entre eles. É medido em calorias ou 
joules (1 Cal = 4,18 J).1 
 
1.1. Capacidade térmica ou calorífica (C) 
 
 É a capacidade de um corpo de mudar sua temperatura ao receber ou liberar 
calor. Ela é dada como a razão entre a quantidade de calor e a variação de temperatura. 
Essa variação de temperatura, ΔT, observada no calorímetro é proporcional ao calor que 
a reação absorve ou liberta. A conversão de ΔT a qv se consegue pela calibração do 
calorímetro mediante processo que liberte quantidade conhecida e bem determinada de 
energia e calculando-se a constante do calorímetro, C, de acordo com ATKINS, 2008: 
 
q=C.ΔT ou C= 
𝑞
ΔT 
 (1) 
 
 Onde: 
- C é a capacidade térmica do corpo (cal/ ºC); 
- q é a quantidade de calor trocada pelo corpo; 
- ΔT é a variação de temperatura do corpo. 
 
A capacidade calorífica de um gás depende da natureza do processo, isto é, se 
ele se dá a pressão constante ou volume constante. Na Figura 1, têm-se um gráfico que 
mostra a variação quando o sistema é aquecido a volume constante.1 
 
 
3 
 
Figura 1- Gráfico que mostra a variação quando o sistema é aquecido a volume 
constante. O coeficiente angular da tangente à curva em qualquer temperatura é a 
capacidade calorífica a volume constante. Neste sistema, a capacidade calorífica é maior 
em B do que em A. 
 
Fonte: Atkins, 2008 
 
As capacidades caloríficas são propriedades extensivas, ou seja, dependem da 
quantidade de material. Por sua vez, a capacidade calorífica molar, a volume constante, 
Cv,m, é a capacidade calorífica por mol da substância e é propriedade intensiva (todas as 
grandezas molares são intensivas).1 
Em certas aplicações, é conveniente ter a capacidade calorífica específica 
(calor específico) da substância, que é a capacidade calorífica da amostra dividida pela 
sua massa, geralmente em gramas. O calor específico da água, na temperatura ambiente, 
é aproximadamente 4,0 J.K-1g-1. Em geral, as capacidades caloríficas dependem da 
temperatura e diminuem à medida que a temperatura de reduz. 1 
 
1.2. Calor específico (c) 
 
 É a capacidade específica de uma substância de mudar sua temperatura ao 
receber ou liberar calor para cada massa unitária que esta vier a se incluir. Isto quer 
dizer que a Capacidade Térmica de um corpo é dada pelo calor específico da substância 
que o compõe e sua massa. O calor especifico é definido conforme ATKINS, 2008: 
 
c= 
𝑞
ΔT.m 
 (2) 
4 
 
Onde c é a capacidade térmica do material, m é a massa do material, q é o calor 
trocado ΔT é a variação de temperatura do corpo. A unidade usual para determinar o 
calor específico é cal / g 0C, no sistema internacional usa-se JK-1.kg-1. 
A quantidade de calor sensível ocorre mudança de temperatura nas substâncias, 
de acordo com ATKINS, 2008: 
q= m.c.ΔT (3) 
 
Se q > 0 (o corpo recebe calor) → ΔT > 0 (o corpo se aquece). 
Se q < 0 (o corpo cede calor) → ΔT < 0 (o corpo se esfria). 
 
A Tabela 1 mostra algumas substâncias e seus respectivos calores específicos, 
como o mesmo é uma propriedade intensiva, que não depende da quantidade de matéria 
é uma propriedade intrínseca de cada substância. 
 
Tabela 1- Calores específicos de algumas substâncias
 
Fonte: BUENO,1980 2 
 
1.3. Quantidade de Calor Latente 
 
 Segundo ATKINS, 2008, a quantidade de calor latente é a quantidade de calor 
que o corpo requer para que ocorra mudança de fase (ou estado) nas substâncias. 
 
Q = m.L (4) 
 
Onde L em kJ.kg-1 ou cal.g-1é o calor latente da transição de fase (Lf = calor 
latente de fusão; Lv = calor latente de vaporização.; Ls = calor latente de solidificação e 
Lc = calor latente de condensação). 
5 
 
 
1.4 Princípios da Calorimetria 
 
1. Princípios de transformações inversas: a quantidade de calor que um 
corpo recebe é igual, em módulo, à quantidade de calor que um corpo cede ao voltar, 
pelo mesmo processo, à situação inicial.3 
 2. Princípio do Equilíbrio Térmico: quando vários corpos inicialmente a 
temperaturas diferentes trocam calor entre si, e só entre si, observamos que alguns 
perdem enquanto outros recebem calor, de tal maneira que decorrido um certo tempo, 
todos estacionam numa mesma temperatura, chamada temperatura de equilíbrio 
térmico.3 
3. Princípio da Igualdade das Trocas de Calor: quando vários corpos trocam 
calor apenas entre si, a soma das quantidades de calor que alguns cedem é igual, em 
módulo, à soma das quantidades de calor que os restantes recebem. De acordo com 
METZ, Clyde. R; 1979, a Equação 5, representa o que foi descrito anteriormente. 
 
Q1 + Q2 + ... + Qn = 0 (5) 
 
Para muitos processos físicos (como transição de fase) e reações químicas 
(como neutralização ácido-base), a variação de energia pode ser medida em um 
calorímetro, considerando que a pressão é constante e a variação de calor para o 
processo é igual à variação da entalpia (q=ΔH).4 
A maioria das reações químicas ocorre produzindo variações de energia, que se 
manifestam como variações de calor, ou variações de entalpia.5 
O calor que é liberado ou absorvido em uma reação química,como na Reação 
1, é determinado utilizando-se um calorímetro, em que é um sistema onde ocorre 
transformações adiabáticas, ou seja, que não ocorre troca de calor com a vizinhança, 
contendo ainda uma rolha e um termômetro.5 
 
NaOH(aq) + HCl(aq) NaCl(aq) + H2O(l) (Reação 1) 
 
6 
 
A reação de neutralização mostrada entre um ácido forte e uma base forte 
libera uma quantidade de calor que pode ser considerada igual ao valor de formação de 
água líquida, como observado na Reação 2: 
 
H+(aq) + A
-
(aq) + B
+ 
(aq) + OH
-
(aq) H2O(l) + B
+
(aq) + A
-
(aq) (Reação 2) 
 
H+(aq) + OH
-
(aq) H2O(l) 
 
Como o ácido e a base estão totalmente ionizáveis, o calor que é liberado na 
reação de neutralização independe da natureza do ânion do ácido e do cátion da base.5 
Diante de tudo que foi abordado, percebe-se que a calorimetria está muito 
presente em nosso cotidiano, por exemplo, o simples fato de aquecer a água para 
preparar um café já se aborda esse tema. Ao fornecer calor para a água, podem-se ter 
dois efeitos: ou mudar a sua temperatura ou então provocar uma mudança do seu estado 
físico. Quando ocorre a alteração de temperatura, o calor que está sendo fornecido 
recebe o nome de calor sensível, que vai estar associado à capacidade térmica desse 
corpo que está sendo aquecido. Quando há mudança de estado físico da água, o ponto 
de ebulição da água varia conforme a pressão atmosférica, nesse caso, fala-se em 
quantidade calor latente. 6 
 
 
2- OBJETIVOS 
 
O experimento teve por objetivo determinar a capacidade térmica de um dado 
calorímetro, bem como o calor de neutralização de uma solução de hidróxido de sódio 
(NaOH) em presença de ácido clorídrico (HCl)(reação ácido-base), utilizando um frasco 
de Dewar, e que serve como exemplo para demonstrar os efeitos caloríficos que 
acompanham certas reações de neutralização. 
 
3- MATERIAIS E MÉTODOS 
 
3.1 Materiais 
 
Os materiais utilizados no experimento foram: 5 
 
7 
 
• 1 frasco de Dewar de 500mL; 
• 2 provetas graduadas de 50 mL; 
• Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 1 mol.L-1; 
• Solução de ácido clorídrico (HCl) 1 mol.L-1; 
• Água destilada; 
• Densímetro; 
• Termômetro de mercúrio; 
• Termômetro digital. 
 
3.2 Métodos 
 
3.2.1 Determinação da capacidade térmica ou calorífica do calorímetro 
 
Adicionou-se no calorímetro (Figura 2), exatamente 150,0 mL de água 
destilada à temperatura ambiente e agitou-se moderadamente. Observou-se e anotou-se 
a temperatura no instante em que o calorímetro atingiu o equilíbrio térmico 
(Temperatura constante). 
 
Figura 2- Frasco de Dewar usado como calorímetro para a realização do experimento. 
 
Fonte: Os autores 
 
Posteriormente, mediu-se 50,0 mL de água gelada cuja temperatura era 
conhecida e introduziu-a no calorímetro mostrado na Figura 2. Em seguida, agitou-se a 
mistura e anotou-se a temperatura no momento em que a mesma ficou constante. Tal 
8 
 
determinação é necessária porque o calorímetro troca calor com o sistema que está 
sendo investigado no seu interior, este processo é denominado de calibração. A 
calibração foi realizada, no interior do calorímetro, com quantidades conhecidas de água 
fria e quente conforme descrito no item 3.2.1. 
 
3.2.2 Determinação do calor de reação de neutralização (reação ácido-base) 
 
Mediu-se a densidade das soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio 
utilizando-se um densímetro. Adicionou-se no calorímetro 150,0 mL de NaOH (1 
mol.L-1) e agitou-se com moderação, após a temperatura ficar constante anotou-se o 
valor observado. Em seguida, mediu-se a temperatura de HCl (1 mol.L-1), colocou-se 
50,0 mL desta solução no calorímetro, agitou-se e anotou-se a temperatura quando a 
mesma ficou constante. 
Repetiu-se todo o procedimento descrito em 3.2.1 e 3.2.2 em triplicata para 
obtenção de resultados mais confiáveis. 
 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1. Determinação da capacidade térmica ou calorífica do calorímetro 
 
Sabe-se que a capacidade térmica (C) do calorímetro utilizado para este 
experimento, constituído por um revestimento interno de alumínio para eliminar a 
propagação do calor por radiação e um recipiente de isopor para eliminar a propagação 
do calor por condução, é determinada por simples medidas de massa, obtidas pela 
densidade e volume de cada água (quente e fria), da temperatura e do o calor específico 
da água, utilizando a lei de conservação de energia. 
 Assim, mediante o uso da equação 3: 
Q = m . c . ΔT 
 Onde: 
 Q = quantidade de calor (cal); 
 m = massa (g); 
 c = calor específico (J g-1°C-1); 
ΔT = variação de temperatura (temperatura final - temperatura inicial) (°C). 
 
9 
 
Foi possível determinar na primeira etapa do experimento, a capacidade 
térmica da garrafa utilizada, cujos dados necessários para o cálculo do mesmo 
(temperatura inicial, densidade, volume e massa, da água quente e fria e temperatura 
final do equilíbrio) estão apresentados nas tabelas abaixo: 
 
Tabela 2- Medidas da temperatura da água quente e fria utilizando um termômetro digital, e 
seus respectivos valores de densidade, obtidos na literatura.7 
N° de medidas 1 2 3 
Temperatura da 
água quente(°C) 
 (𝑇𝑖𝑞) 
25,3 26,0 26,0 
Densidade da água 
quente (kgm-3) 
997,0479 996,7867 996,7867 
Temperatura da 
água fria (°C) 
(𝑇𝑖𝑓) 
8,6 8,8 9,6 
Densidade da água 
fria (kgm-3) 
999,7838 999,7838 999,7742 
Temperatura de 
equilíbrio (°C) 
(𝑇𝑓) 
21,7 22,1 22,4 
Fonte: Os autores 
 
Tabela 3- Valores dos volumes medidos na proveta e a massa ,obtida pela expressão massa = 
ρ.volume8, de cada tipo de água (quente e fria). 
N° de medidas 1 2 3 
Volume da água quente 
(m3) 
1,5.10-4 
Massa da água quente (g) 149,56 149,52 149,52 
Volume da água fria (m3) 5,0.10-5 
Massa da água fria (g) 49,99 49,99 49,99 
Fonte: Os autores 
 
10 
 
 
Com os dados fornecidos nas Tabelas 2 e 3 é possível então, determinar a 
capacidade térmica do calorímetro (C), em que será utilizado o método das misturas.5 
Portanto, pelo princípio da conservação de energia1, utilizando os dados de 
massa e temperatura de cada água (quente e fria) mostrados nas Tabelas 2 e 3 e 
conhecendo o valor descrito na literatura do calor específico da água (4,184 Jg-1°C-1)1 
tem -se: 
 
Para medida 1: 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑚á𝑔.𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑞) + 𝑚á𝑔.𝑓𝑟𝑖𝑎 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑓) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
 
−13,1°𝐶 𝐶 = −2,25. 103J + 2,74. 103J 
 
𝐶 =
−2,25. 103J + 2,74. 103J
−13,1°𝐶
= 37,173J°𝐶−1 
 
 
Para medida 2: 
 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑚á𝑔.𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑞) + 𝑚á𝑔.𝑓𝑟𝑖𝑎 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑓) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
 
−13,3°𝐶 𝐶 = −2,44. 103J + 2,78. 103J 
 
𝐶 =
−2,44. 103J + 2,78. 103J
−13,3°𝐶
= 25,7J°𝐶−1 
 
 
11 
 
Para medida 3: 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑚á𝑔.𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑞) + 𝑚á𝑔.𝑓𝑟𝑖𝑎 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑓) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
 
−12,8°𝐶 𝐶 = −2,25. 103J + 2,78. 103J 
 
𝐶 =
−2,44. 103J + 2,68. 103J
−12,8°𝐶
= 18,5 J°𝐶−1 
 
Portanto, a capacidade térmica, que é definida como sendo a quantidade de 
energia absorvida por um corpo para que sua temperatura aumente em 1°C, para cada 
medida, foi respectivamente de 37,173J°𝐶−1 , 25,7J°𝐶−1 e 18,5 J°𝐶−1.Esta determinação foi necessária porque o calorímetro troca calor com o 
sistema que está sendo investigado no seu interior. Este processo é denominado de 
calibração e se faz necessário para o cálculo do calor da reação de neutralização. 
 
4.2. Determinação do calor de neutralização 
 
Para determinar o calor ou entalpia de neutralização de um ácido forte (HCl-
0,1 mol L-1) com uma base forte (NaOH - 0,1 mol L-1) utilizando um calorímetro é 
necessário então, utilizar a equação 3. 
Assim, sabendo que a variação de calor que ocorre em uma reação química 
entre produtos e reagentes, a pressão constante, é chamada de entalpia de reação (ΔH), 
conhecendo o processo de neutralização e a capacidade térmica do calorímetro, 
calculada para cada medida no item 4.1, é possível então calcular a quantidade de calor 
liberado nesse processo, utilizando a lei de conservação de energia. 
Para o cálculo do mesmo, alguns dados, como volume, massa, densidade, 
temperaturas iniciais e finais, das soluções ácidas foram coletados, dados esses que 
estão nas Tabelas 4 e 5. 
 
12 
 
Tabela 4- Medidas da temperatura da solução ácida e básica, utilizando um termômetro digital, 
e seus respectivos valores de densidade, obtidos pela leitura no densímetro. 
N° de medidas 1 2 3 
Temperatura da solução 
ácida(°C) 
 (𝑇𝑖𝑎) 
26,6 26,0 25,9 
Densidade da solução ácida 
(gcm-3) 
1,017 
Temperatura da solução 
básica (°C) 
(𝑇𝑖𝑏) 
26,7 26,3 26,0 
Densidade da solução básica 
(gcm-3) 
1,043 
Temperatura de equilíbrio 
(°C) 
(𝑇𝑓) 
29,8 29,6 29,3 
Fonte: Os autores 
 
Tabela 5- Valores dos volumes medidos na proveta e a massa ,obtida pela expressão massa = 
ρ.volume8 de cada solução 0,1 mol L-1 (ácida e básica). 
Volume da solução 
ácida (cm3) 
Massa da solução 
ácida (g) 
Volume da solução 
básica (cm3) 
Massa da solução 
básica (g) 
50 50,85 150 156,45 
Fonte: Os autores 
 
Portanto, pelo princípio da conservação de energia1, utilizando os dados 
fornecidos e calculados nas Tabelas 4 e 5, conhecendo o valor descrito na literatura do 
calor específico da água (4,184 Jg-1°C-1)1 e calculado a capacidade térmica (C) no item 
4.1 para cada medida tem -se: 
 
Para medida 1: 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 + 𝑚á𝑐 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑎) + 𝑚𝑏𝑎𝑠𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑏) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
13 
 
 
 𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −680,82 𝐽 + (−2029,22 𝐽) + (−115,24𝐽) 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −2825,28 𝐽 
 
Logo, considerando o número de mols do reagente limitante (HCl), tem-se que: 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 =
−2825,28 𝐽
0,05 𝑚𝑜𝑙
= −56505,56 𝐽𝑚𝑜𝑙−1 = −56,5 𝐾𝐽𝑚𝑜𝑙−1 
 
Para medida 2: 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 + 𝑚á𝑐 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑎) + 𝑚𝑏𝑎𝑠𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑏) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
 
 𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −765,92 𝐽 + (−2160,14 𝐽) + (−84,81𝐽) 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −3010,87 𝐽 
 
Logo, considerando o número de mols do reagente limitante (HCl), tem-se que: 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 =
−3010,87 𝐽
0,05 𝑚𝑜𝑙
= −60217,4 𝐽𝑚𝑜𝑙−1 = −60,22 𝐾𝐽𝑚𝑜𝑙−1 
 
Para medida 3: 
𝑄𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 + 𝑄𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 0 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 + 𝑚á𝑐 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑎) + 𝑚𝑏𝑎𝑠𝑒 . 𝑐á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖𝑏) + 𝐶. (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖) = 0 
 
 
 
 𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −723,37 𝐽 + (−2160,14 𝐽) + (−61,05𝐽) 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 = −2981,19 𝐽 
 
Logo, considerando o número de mols do reagente limitante (HCl), tem-se que: 
14 
 
𝑞𝑛𝑒𝑢𝑡 =
−2981,19 𝐽
0,05 𝑚𝑜𝑙
= −59623,8 𝐽𝑚𝑜𝑙−1 = −59,6 𝐾𝐽𝑚𝑜𝑙−1 
 
Para melhor visualização dos resultados segue os valores calculados do calor de 
neutralização para cada medida realizada. 
 
Tabela 6- Valores calculados do calor de neutralização e a média dos mesmos. 
N° de medidas Calor de neutralização (KJ mol-1) 
1 −56,5 
2 −60,22 
3 −59,6 
Média -58,77 
Fonte: Os autores 
 
Portando tomando-se como referência o valor teórico do calor da reação de 
neutralização (qreação= -55,9 KJ mol
-1)1 e comparando-o com o valor experimental, 
determinou-se o erro relativo que permite a comparação de uma estimativa com o valor 
exato, cuja fórmula encontra-se abaixo: 
 
Erro relativo percentual= 
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜−𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙
Valor 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
𝑥 100 
 
Erro relativo percentual= 
−55,9 KJ 𝑚𝑜𝑙−1− 58,77 KJ 𝑚𝑜𝑙−1
−55,9 KJ 𝑚𝑜𝑙−1
𝑥 100 5,1% 
 
Dessa forma, determinado experimentalmente o valor do calor da reação de 
neutralização (-58,77 KJ 𝑚𝑜𝑙−1) este apresentou um erro relativo percentual de 5,1% 
que está dentro da faixa permitida (até 10%) em relação ao valor do calor de reação de 
neutralização fornecido pela literatura1. 
Tal erro relativo percentual pode ser explicado pelos por vários fatores tais 
como: 
15 
 
 a) Falta de homogeneidade da temperatura no meio constituído por água e 
material, devida a lentidão da troca de calor da água para o material, etc.; 
b) Mau isolamento e perda de calor para o exterior. 
Assim, para que esse erro diminuisse, a homogeneidade poderia ser melhorada 
de diversas formas, como: (i) decréscimo do tamanho do material, sobretudo para 
materiais com baixa condutividade térmica, (ii) agitação e (iii) aumento do intervalo de 
tempo até à leitura da temperatura. 
 
5- Conclusão 
 
Determinado os valores de capacidade calorífica do calorímetro e 
consequentemente do calor da reação de neutralização, para cada medida, pode-se 
concluir que os valores determinados experimentalmente, utilizando a lei de 
conservação de energia e o valor teórico1 foram próximos, com erro relativo de 5,1%, 
indicando relativa exatidão no experimento realizado. Foi possível comprovar também 
por meio do experimento que quando uma transformação ocorre a pressão constante, o 
único trabalho possível é o trabalho de expansão e o calor liberado é igual à ∆H 
(variação da entalpia), ou seja, qP=∆H, onde qP é o calor da reação química a pressão 
constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Referências 
 
 
1 ATKINS, Peter; PAULA. Físico-Química.; 6ª ed.; v. 1. Local: LTC; p.45-47, 
2008. 
 
2 BUENO, W.A., Degrève, L., Manual de Laboratório de Físico-Química, 
McGraw-Hill, São Paulo. Experimento 1, p. 23-27. 1980. 
 
3 METZ, C.R; Físico-Química.; tradutor José Schifino; ed. McGraw-Hill do 
Brasil. São Paulo, v.2.; p. 61-67, 1979. 
 
4 CHANG, Raymond. Físico-Química: para ciências químicas e biológicas. 3a 
ed.; São Paulo: Mcgraw-hill, v.1; p.89, 2008. 
 
5 CANOBRE, S.C; et al. Apostila de físico-química experimental; Uberlândia-
MG, p.11-12, 2018. 
6 SAIBA mais sobre a calorimetria; Disponível em: 
<http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1515998-5604,00-
SAIBA+MAIS+SOBRE+CALORIMETRIA.html > Acesso às 22:43 h do dia 
02 de abril de 2018. 
7 CRC Handbook of Chemistry and physics: a ready: reference book of 
chemical and physical data; 88 th ed.; p. F-5; 2006/7. 
8 MAIA, D. Justino.; Química Geral: Fundamentos. 1ªed.; São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, único volume.; p. 190, 2007.

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