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ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA Prof.: Danielle Malvaris Rev. Fev/2018 EMENTA: Propriedades dos materiais. Sistemas estruturais. Projeto e princípios de dimensionamento: estados limites, barras tracionadas, barras comprimidas, barras flexionadas, ligações. OBJETIVO GERAL DO CURSO: Fornecer subsídios para a compreensão dos materiais como o aço e a madeira, apresentado os princípios básicos do cálculo e do dimensionamento dos seus elementos estruturais utilizados na construção civil. EMENTAAULA 1 EMENTA DO CURSO: UNIDADE 1 – Estruturas de Aço – Introdução ✓ Propriedades. Tipos de perfis; ✓ Ensaios de tração simples e cisalhamento simples. Sistemas estruturais em aço; UNIDADE 2 – Estruturas de Aço - Ligações em estruturas Metálicas ✓ Generalidades. Dimensionamento de conexões rebitadas; ✓ Dimensionamento de conexões aparafusadas; ✓ Dimensionamento de conexões soldadas; UNIDADE 3 – Estruturas de Aço - Dimensionamento de peças comprimidas e fletidas ✓ Peças comprimidas. Comprimento de flambagem. Critério de dimensionamento em hastes de compressão simples; ✓ Fórmulas de dimensionamento de peças comprimidas. Peças fletidas - Critério de dimensionamento de hastes em flexão simples; ✓ Fórmulas de dimensionamento para flexão simples de perfis metálicos; UNIDADE 4 – Estruturas de Madeira ✓ Generalidades e Propriedades. Peças tracionadas e comprimidas: tensões e dimensionamento; ✓ Flexão simples e composta. Flexão reta e oblíqua. Interação de tensões. Dimensionamento de vigas e pilares; ✓ Flambagem. EMENTAAULA 1 BIBLIOGRAFIA BÁSICA • ABNT NBR 8800:2008 (Projeto de estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto de edifícios). • ABNT NBR 7190:1997 (Projeto de estruturas de madeira). • PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. • PFEIL, Walter. Estruturas de madeira. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • Projeto e Cálculo de Estruturas de Aço (Edifício Industrial Detalhado) – Zacarias Chamberlain, Ricardo Ficanha e Ricardo Fabeane – 3ª Tiragem – Ed. Elsievier; • Comportamento e Projeto de Estruturas de Aço – Sebastião Andrade e Pedro Vellasco; • Estruturas de Aço para Edifícios – Valdir Pignata e Silva, Fabio Domingos Pannoni; • BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O.; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em aço. 2. ed. São Paulo: PINI, 2008. • PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca Bragança. Estruturas metálicas: cálculos, detalhes, exercícios e projetos. São Paulo: E. Blücher, 2005. • BELLEI, Ildony H. Edifícios industriais em aço: projeto e cálculo. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: PINI, 2006. • MOLITERNO, Antônio. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira. 2. ed. ampl. São Paulo: E. Blücher, 2010. • MOLITERNO, Antônio. Escoamentos, cimbramentos, formas para concreto e travessias em estruturas de madeira. São Paulo: E. Blücher, 1989. BIBLIOGRAFIAAULA 1 UNIDADE 1 - Estruturas de Aço – Introdução ✓Propriedades. Tipos de perfis; ✓ Tração; UNIDADE 1AULA 1 1.1 Propriedades / Tipos de perfis ➢Vantagens e desvantagens ➢Tipos de aços estruturais ➢Produtos siderúrgicos / Produtos metalúrgicos ➢Tipos de perfis ➢Normas para projeto e cálculo de estruturas metálicas ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil ➢Propriedades do Aço estrutural http://steelstructureschina.blogspot.com.br/2012/04/estrutura-de-aco-para-fabrica-quimica.html INTRODUÇÃOAULA 1 ➢ Vantagens e desvantagens Vantagens: • Possibilidade de fabricação das peças da estrutura com precisão milimétrica, o que possibilita um alto controle de qualidade; • Garantia das dimensões e propriedades do material; • Resistência à choques e à vibração; • Agilidade na execução da estrutura; • Obras mais limpas e com menos desperdício de material; • Estruturas mais leves e vence grandes vãos, devido a alta resistência do aço; • É possível uma desmontagem da estrutura para reaproveita-la em outro local. Desvantagens: • Transporte das peças da estrutura até o local da obra; • Necessidade de um tratamento contra a corrosão; • Necessidade de mão de obra especializada tanto para fabricação, quanto para a montagem; • Limitação de fornecimento de perfis estruturais (verificar disponibilidade). • Desempenho ao fogo: o aço perde sua capacidade de receber cargas à temperaturas superiores a 500°C . INTRODUÇÃOAULA 1 ➢ Tipos de Aços estruturais: ✓Aço Carbono INTRODUÇÃOAULA 1 Os aços-carbono são os tipos mais usados, nos quais o aumento de resistência em relação ao ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês. Eles contêm as seguintes porcentagens máximas de elementos adicionais. Em função do teor de carbono, distinguem-se três categorias: Propriedades mecânicas do aço carbono: INTRODUÇÃOAULA 1 ✓Aços de baixa liga INTRODUÇÃOAULA 1 Os aços de baixa liga são aços-carbono acrescidos de elementos de liga (cromo colúmbio, cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio, zircônio), os quais melhoram algumas propriedades mecânicas. Alguns elementos de liga produzem aumento de resistência do aço através da modificação da microestrutura para grãos finos. Graças a esse fato, pode-se obter resistência elevada com teor de carbono de ordem de 0,20%, o que permite a soldagem dos aços sem preocupações especiais. Tipos de Aços estruturais: ✓Padronização ABNT INTRODUÇÃOAULA 1 Segundo a especificação NBR 7007 - Aços para perfis laminados para uso estrutural da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), os aços podem ser enquadrados nas seguintes categorias, designadas a partir do limite de escoamento de aço fy. MR250, aço de média resistência (fy = 250 MPa; fu = 400 MPa) AR350, aço de alta resistência ( fy = 350 MPa; fu = 450 MPa) AR-COR415, aço de alta resistência (fy = 415 MPa; fu = 520 MPa), resistente à corrosão. O aço MR250 corresponde ao aço ASTM A36. ➢Aço estrutural Aços produzidos no Brasil: http://www.metalica.com.br/acos-estruturais INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Produtos siderúrgicos / Produtos metalúrgicos PRODUTOS SIDERÚRGICOS PERFIS BARRAS CHAPAS INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Tipos de perfis LAMINADOS – conformados a quente INTRODUÇÃOAULA 1 PRODUTOS METALÚRGICOS CHAPAS DOBRADAS CHAPAS SOLDADAS ➢Produtos siderúrgicos / Produtos metalúrgicos INTRODUÇÃOAULA 1 • Chapas dobradas ➢Produtos siderúrgicos / Produtos metalúrgicos INTRODUÇÃOAULA 1 PERFIL U PERFIL U ENRIJECID O PERFIL Z PERFIL Z ENRIJECID O PERFIL CARTOLA Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/perfil-de-chapa-dobrada • Chapas soldadas ➢Produtos siderúrgicos / Produtos metalúrgicos INTRODUÇÃOAULA 1 SÉRIE VS (VIGAS SOLDADAS) SÉRIE CS (COLUNAS SOLDADAS) SÉRIE CVS (COLUNAS E VIGAS SOLDADAS) Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/perfl-soldado SOLDADOS CS – Perfil coluna soldada (altura e abas com a mesma dimensão) VS – Perfil viga soldada CVS – Perfil coluna-viga soldada Como exemplo de designação de perfis teremos: CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Normas para projetos e cálculos de estruturas metálicas http://www.abntcatalogo.com.br/ ✓ ASTM (American Society for Testing and Materials) ✓ ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas) – NBR880:2008 http://www.astm.org/ INTRODUÇÃOAULA 1 ✓ EUROCODE 3 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil ✓ Coberturas; ✓ Edifícios; ✓ Residências; ✓ Pontes e viadutos; ✓ Pontes rolantes; ✓ Escadas; ✓ Mezaninos; ✓ Passarelas; http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/206/torres-e-passarelas-vermelhas-se-sobressaem-no-projeto-do-metro-214826-1.aspx INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil Maracanã - Estrutura da cobertura - Estrutura das arquibancadas INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil Passarela com estrutura em aço liga a Estação Cidade Nova, do Metrô do Rio de Janeiro, à Prefeitura. http://www.metalica.com.br/passarela-com-maior-vao-ferroviario-brasileiro INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil Delegacia Legal – projeto padrão para as delegacias do estado do Rio de Janeiro utiliza estrutura metálica INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil Galpões de diversos tamanhos, arquitetura e usos diferenciados INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aplicação das estruturas metálicas na construção civil Steel Frame http://www.steelframe.eng.br/ Condomínio Costa do Descobrimento: 36 casas construídas em 10 meses em steel frame. Arquiteto Alexandre Mariutti. Bahia, 2008. Fonte: Portal CBCA. INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aço estrutural O aço é produzido em uma grande variedade de tipos e formas, cada qual atendendo eficientemente a uma ou mais aplicações. Esta variedade decorre da necessidade de contínua adequação do produto às exigências de aplicações específicas que vão surgindo no mercado, seja pelo controle da composição química, seja pela garantia de propriedades específicas ou, ainda, na forma final (chapas, perfis, tubos, barras, etc.). Na construção civil, o interesse maior recai sobre os chamados aços estruturais de média e alta resistência mecânica, termo designativo de todos os aços que, devido à sua resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados para a utilização em elementos da construção sujeitos a carregamento. Os principais requisitos para os aços destinados à aplicação estrutural são: ✓ elevada tensão de escoamento, ✓ elevada tenacidade, ✓ boa soldabilidade, ✓ homogeneidade microestrutural, ✓ susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento ✓ boa trabalhabilidade em operações tais como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos. INTRODUÇÃOAULA 1 ➢Aço estrutural Diagrama tensão x deformação: INTRODUÇÃOAULA 1 Ver ensaio de tração neste link: https://www.youtube.com/watch ?v=sKBOdB0x4gk ➢Aço estrutural Fase Elástica → limite de proporcionalidade (sp). Nesta fase a relação tgƟ recebe o nome de módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young (E). Esta relação linear é conhecida como lei de Hooke. Fase Plástica: Patamar de escoamento - nome de limite de escoamento (fy). O limite de escoamento do aço é uma das propriedades físicas mais importantes no cálculo das estruturas de aço, pois procura-se evitar que esta tensão seja atingida na seção transversal das barras, como forma de limitar a sua deformação. Encruamento - Período em que voltam a ocorrer acréscimos das tensões, embora não de forma linear (encruamento). O ponto do gráfico que corresponde à maior tensão que o material resiste é denominada de limite de resistência. Esta fase é caracterizada pela diminuição da seção transversal do corpo de prova no ensaio de tração. Fase de ruptura - Período a partir do qual o material já atingiu sua tensão máxima (limite de resistência - fu ) e ocorre, então, a ruptura, a uma tensão inferior a máxima obtida. INTRODUÇÃOAULA 1 INTRODUÇÃOAULA 1 Propriedades mecânicas: ✓ Ductilidade - É a capacidade do material se deformar sob ação de cargas; ✓ Fragilidade – É o oposto da ductilidade. Propriedade muito importante e merece ser cuidadosamente estudada, pois o corpo se deforma pouco antes da ruptura, que ocorre sem aviso prévio (ruptura frágil). ✓ Resiliência – É a capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico. ✓ Tenacidade – É a capacidade do material absorver energia mecânica com deformações elásticas e plásticas. ✓ Dureza - É a resistência ao risco. É medida experimentalmente por vários processos, porém é definida como a resistência oferecida pela superfície à penetração de uma peça de maior dureza. ✓ Fadiga - Ocorre quando peças estão sujeitas a esforços repetidos e acabam rompendo a tensões inferiores àquelas obtidas em ensaios estáticos. Deve-se levar em conta esta propriedade principalmente em dimensionamento de peças sob o efeito dinâmico, como pontes, torres de transmissão, etc. Lembrando: ▪ Elasticidade - É definida como a capacidade que o material possui de retornar ao seu estado inicial após o descarregamento, não apresentando deformações residuais. ▪ Plasticidade - A deformação plástica é uma deformação provocada por tensão igual ou superior ao limite de escoamento. Neste tipo de deformação, ocorre uma mudança na estrutura interna do metal, resultando em um deslocamento relativo entre os átomos do metal (ao contrário da deformação elástica), resultando em deformações residuais. INTRODUÇÃOAULA 1 CONSTANTES FÍSICAS DOS AÇOS ESTRUTURAIS : ▪ LIMITE DE ESCOAMENTO: fy = 250 MPa (ASTM A-36, MR-250) ▪ LIMITE DE RESISTÊNCIA: fu = 400 MPa (ASTM A-36, MR-250) ▪ MÓDULO DE ELASTICIDADE: E = 205000 MPa ▪ MÓDULO TRANSVERSAL DE ELASTICIDADE = E / [2(1+n)]: G = 78000 MPa ▪ COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA: β = 12 X 10-6 °C-1 ▪ MASSA ESPECÍFICA: g = 77 kN/m3 ▪ COEFICIENTE DE POISSON NO REGIME ELÁSTICO: ʋ = 0,3 ▪ COEFICIENTE DE POISSON NO REGIME PLÁSTICO: ʋp = 0,5 INTRODUÇÃOAULA 1 ➢ Fases do Projeto ✓Projeto de Arquitetura ✓Projeto Estrutural ✓Desenho de fabricação ✓ Jateamento e pintura: proteção contra corrosão e pintura definitiva ✓ Transporte até a obra ✓Montagem da estrutura ✓Controle de qualidade INTRODUÇÃOAULA 1 INTRODUÇÃOAULA 1
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