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THALITA DE CARVALHO SOUZA RA 1803169 01/2018 POLO ILHABELA TURMA 2N PEDAGOGIA TEORIAS DO CURRÍCULO MÓDULO V AUTOR DA DISCIPLINA: MARCOS GARCIA NEIRA Atividade Avaliativa – Currículo e culturas 1-(10 pontos) Comente a afirmação: “Todas as culturas são dignas de fazer parte do currículo”. É preciso entenderr o que é cultura para então comentar a afirmação acima citada. Dicionário Aurélio define de algumas formas: aplicação do espírito a determinado estudo ou trabalho intelectual, instrução, saber, estudo, apuro perfeição, cuidado. As teorias curriculares pós-críticas vem defender a necessidade de se representar no currículo, na escola as diferentes práticas sociais. Vivemos em uma sociedade multicultural, democrática e desigual. Somos todos diferentes nas nossas significações sobre o mundo, estamos também em constante transformação nos nossos saberes, ora o saber se apresenta de uma forma, ora de outra e assim sucessivamente. A nossa vida é uma constante e acelerada evolução e a escola tem que acompanhar esse processo. Com a Virada Cultural, um mesmo conceito pode ter significados diferentes para cada pessoa. As constantes transformações devem estar inseridas e trabalhadas no cotidiano escolar. A escola é um espaço onde a luta pela validação de significados culturais ocorre à todo momento pelo confronto entre a cultura escolar e a cultura popular. As identidades são múltiplas e fragmentadas, portanto as experiências da maioria dos estudantes são contraditórias, ambíguas e complexas e o papel do professor é fazer os alunos e membros da comunidade escolar tomarem conhecimento delas. Não há uma verdade única, absoluta, já dizia Platão. Estamos ali para aprender a conviver em sociedade nos respeitando, trocando experiências, construindo o conhecimento acadêmico. Colocando em prática os 4 pilares básicos da educação: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a conviver. A escola ensina o que é considerado bom ou ruim, certo ou errado, de acordo com o que está presente no currículo. Grupos em específico não fizeram parte da formulação dos currículos. Pobres, negros, mulheres... Os conteúdos do currículo não dão vozes a esses grupos. As classes dominantes, os intelectuais que decidiram o que era bom ou ruim, certo ou errado colocar no currículo. No cotidiano nos relacionamos com diferentes culturas. Ao fazermos parte de uma determinada cultura, todos em igualdade, devemos ter a oportunidade de incluir nossas experiências e aprendizados no currículo. Conhecer a cultura do outro é importante para nossas relações sociais dentro do espaço ao qual vivemos. Perante a lei somos iguais, mas para que possamos desfrutar dessa igualdade em deveres e direitos, independente de nossas origens devemos assegurar a possibilidade de iguais oportunidades de atingir o máximo de nossas potencialidades. A descolonização é uma prática necessária. Todo ser humano é pertencente à um grupo, cultura. Um bom exemplo de práticas multiculturais são as oficinas culturais propostas pela escola, onde promovem palestras, debates, exposição de artesanato, apresentação musical dos alunos como o hip hop, entre outros. O pós-estruturalismo, a partir de temas centrais como o poder, a linguagem e a cultura discute questões como etnia/diferença, a subjetividade, os significados e as práticas discursivas, as relações gênero-raça-etnia-sexualidade, o multiculturalismo, os estudos culturais e os estudos feministas. O pós-modernismo é uma teoria que repensa o currículo, ele caracteriza o desenvolvimento das manifestações estéticas ocidentais. Rompe a ideia de que as teorias científicas são a solução para o progresso da sociedade e escola. O multiculturalismo luta contra a monocultura, os estudos culturais lutam contra a interferência da monocultura e os estudos feministas defendem a introdução das ideias das mulheres no currículo. A centralização de alguns princípios do currículo cultural traz à tona possibilidade de trabalhar todas as identidades e diferenças na comunidade escolar em que está inserido. Sendo estes princípios: justiça curricular, descolonização, daltonismo cultural e ancoragem social do conhecimento. Com base nos conteúdos explorados na disciplina, concluo que, a democratização do ensino tem sido apresentada nesta disciplina como uma luta constante de diversos teóricos. A busca deles era para que todos em igualdade tivessem acesso ao conhecimento, à escolarização e de forma contínua, visto que estamos sempre em constante modificação. A diversidade é uma riqueza. Somos todos pertencentes a um determinado grupo cultural (HALL, 1999). Se quisermos uma escola democrática, o currículo deve integrar e dar espaço e voz às culturas historicamente sufocadas ou silenciadas, bem como concretizar estratégias que combatam eficazmente os preconceitos.
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