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AVALIAÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS

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AVALIAÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS: QUANDO E COMO AVALIAR 
 
Avaliar e interpretar as capacidades físicas em atletas é de grande importância na 
ciência do treinamento esportivo, principalmente quando se busca a individualização e 
adequação dos programas de treinamento para melhora da performance esportiva. Tais 
avaliações devem ser realizadas por meio de testes e re-testes, que por sua vez, 
fornecem subsídios para a progressão dos programas de exercícios. No entanto, apesar 
da grande importância, muitos profissionais não avaliam seus atletas com frequência. 
Objetivamos neste capítulo, fornecer informações aos treinadores avaliarem e 
acompanharem a evolução de seus atletas na prescrição das rotinas de treinamento. 
Apresentamos métodos de avaliação, os protocolos mais utilizados para atletas. 
 
Periodicidade das avaliações físicas 
O momento adequado para realizar novas avaliações não é determinado como se fosse 
uma "receita de bolo", pois depende de inúmeras variáveis encontradas pelo treinador. 
Vamos enumerar os principais fatores na determinação na próxima avaliação, tais como: 
1- Frequência do atleta na realização da planilha de treinamento; 
2- Duração da planilha de treinamento e da dieta elaborados pelo educador físico e 
nutricionista; 
3- As respostas apresentadas pelo atleta na última planilha de treinamento. 
 
Logo abaixo, apresentamos protocolos validados pela literatura científica e da fácil 
aplicação pratica. 
 
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AERÓBIA 
 
A resistência é uma das capacidades físicas que pode ser responsável pelo sucesso de 
um atleta em diferentes modalidades esportivas. Técnicos e preparadores físicos têm 
destinado grande atenção ao treinamento e desenvolvimento desta capacidade, bem 
como as diferentes adaptações enfatizadas pelo seu treinamento. 
Em modalidades esportivas de caráter cíclico, tais como: ciclismo, natação e corridas 
balizadas no atletismo, o treinamento da resistência é enfatizado durante toda a 
temporada, porém, os meios e métodos utilizados durante o período de preparação 
podem variar de acordo com o calendário esportivo, e também o nível de aptidão física 
do atleta. 
Talk Teste (Dehart-Beverly; Foster; Porcari, Fater, Mikate, 2000) 
O Talk Test ou limiar de conversação é um método simples e não-invasivo para controle 
da intensidade do treinamento. O pressuposto básico de tal método é que, em 
determinadas intensidades de exercício, o indivíduo não pode mais manter uma 
conversa confortável e que a ventilação e outras respostas fisiológicas estão associadas a 
essa inabilidade. Com isso, alguns limiares de transição fisiológica (LTF) podem ser 
determinados de maneira indireta por meio da dificuldade na fala. . 
O teste se faz progressivamente com mudanças de velocidade a cada 2 minutos de 1 
km/h, a velocidade inicial é estipulada em função do condicionamento do sujeito 
avaliado (4-5 km/h, sedentários; 8 km/h, indivíduos ativos e 10 km/h, para atletas). Nos 
últimos 30 segundos de cada estágio o voluntário deverá falar a seguinte frase por duas 
vezes: “Parabéns para você nesta data querida muitas felicidades muitos anos de vida”. 
O avaliador deverá perguntar ao avaliado: A frase foi confortável para você? O atleta 
poderá responder: SIM (terminou a frase com facilidade); TALVEZ (terminou a frase 
com dificuldade) ou NÃO (não terminou a frase). É essencial o monitoramento da 
frequência cardíaca, velocidade em km/h e as respostas quanto à frase relatada nos 
últimos 30 segundos de cada estágio (SIM, TALVEZ ou NÃO). O final do teste ocorre 
no ponto onde o atleta não consegue terminar a frase completa e responde que a frase 
não foi confortável (Figura 3). O limiar 1 (L1) é encontrado quando o atleta fala pela 
primeira vez a palavra TALVEZ, e o limiar 2 (L2) é encontrado quando o atleta fala a 
palavra NÃO quando perguntado sobre a pronuncia da frase completa. 
 
Tabela 1 Exemplo de um resultado do Talk Teste. 
Estágio Velocidade 
(km/h) 
FC 
(bpm) 
Frase 
1 8 146 SIM 
2 9 147 SIM 
3 10 158 TALVEZ 
4 11 162 TALVEZ 
5 12 167 TALVEZ 
6 13 178 NÃO 
Resultados: Frequência de L1: 158bpm e Velocidade do L1: 10 km/h. 
 Frequência de L2: 178bpm e Velocidade do L2: 13 km/h. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
 
Este teste fornece a frequência cardíaca do limiar 1 e 2 em bpm, a velocidade de limiar 
1 e 2 em km/h. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
 
Com os resultados deste teste podemos determinar as intensidades de treinamento, 
abaixo, no limiar, entre os limiares e acima do limiar. 
 
Teste de Cooper (1968) 
Em um local plano (pista de atletismo, campo de futebol, parques) solicita-se que o 
indivíduo percorra (andando, trotando ou correndo) 12 minutos em velocidade 
constante. Afere-se a distância percorrida em metros dentro do referido tempo. Com a 
distância em mãos, calcula-se a Velocidade Média (Vm) do indivíduo em km/h ou m/s. 
Através deste teste é possível determinar de maneira indireta o VO2máx do indivíduo 
pelo seguinte cálculo: 
VO2máx = Distância (m) – 504,1 / 44,9 
Dados fornecidos pelo teste 
Este teste fornece valores de VO2máx e velocidade média no teste. 
 Aplicabilidade da avaliação 
 
Com os resultados deste teste podemos avaliar o efeito do programa de treinamento. 
 
Teste Yo – Yo Intermittent Recovery – Nível 2 
 
O Yo – Yo Intermittent Recovery Test – nível 2 (YY2) (BANGSBO, 1996) é teste 
máximo com duração de 2 a 15 minutos e é realizado da seguinte maneira: duas marcas 
(cones) foram alocados a uma distância de 20 m uma da outra, com uma terceira marca 
colocada a 5 m atrás da marca onde se inicia o teste. O indivíduo inicia a corrida ao 
primeiro sinal sonoro. A velocidade da corrida é ajustada pelo atleta para que ele se 
desloque na distância determinada de acordo com o sinal emitido. Após os 20 m é 
emitido outro sinal, quando o atleta toca o pé na linha do cone e retornando à marca 
inicial. Depois desta marca inicial ele tem outra marca posicionada 5 m atrás, para onde 
desloca-se trotando, de forma que se posicione novamente na marca inicial para o 
próximo sinal. Este espaço de 2 x 5 m após a marca inicial foi percorrida em exatamente 
10 s. Este procedimento é mantido até que o atleta não seja capaz de manter a 
velocidade indicada pelo sinal sonoro por duas vezes. 
A velocidade inicial é de 13 km/h o 2º estágio vai para 15 km/h, o 3º estágio 16 km/h e 
depois cresce de 0,5 km/h a cada estágio (ida e volta 2 x 20 m) e, consequentemente, o 
tempo entre cada sinal sonoro é diminuído. O resultado do teste deve incluir até o 
último deslocamento iniciado, mesmo que este não tenha sido concluído sendo 
interrompido quando o atleta não for capaz de manter a velocidade por duas vezes 
seguidas. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
 
Este teste fornece valores de VO2máx e distância percorrida no teste. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
 
Com os resultados deste teste podemos avaliar o efeito do programa de treinamento, 
além de possui forte correlação com a distância percorrida em jogos oficiais de futebol 
de campo. 
Avaliação da Resistência Anaeróbia 
RAST (Zacharogiannis e Paradisis, 2004). 
Universidade de Wolverhamptom (Reino Unido) 
O Teste de Resistência Anaeróbia em Sprints (RAST) é similar ao teste de Wingate, 
oferecendo ao treinador as medidas de potência e índice de fadiga. 
O teste é realizado com 6 tiros máximos de 35 m com 10 segundos de pausa passiva 
(parada no lugar). Ou seja, o início do tiro subsequente será realizado na marca final do 
primeiro tiro, sendo 3 tiros em um sentido e os outros 3 no outro sentido. 
O desempenho em cada tiro deverá ser cronometrado, para em seguida realizaros 
cálculos: 
Tempo do melhor tiro 
Tempo do pior tiro 
Σ sprints = somatória dos tempos (ou velocidade) dos 6 sprints 
 
Dados fornecidos pelo teste 
 
O teste fornece o tempo do melhor tiro, média e tempo do pior tiro. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
 
 Permite realizar analises ao longo da periodização de treinamento, bem como comparar 
tais parâmetros entre atletas. 
Teste de 40 segundos 
(Matsudo, 1979) 
O avaliado deverá percorrer a maior distância possível no tempo de 40 segundos. 
O avaliador se posicionará na linha de partida e deverá dar o sinal de largada. Nesse 
momento, o sujeito deverá correr no sentido contrário ao avaliador, entre 200 e 300 m 
na pista. 
Ao completar o tempo de 40 segundos o avaliador deverá observar o local exato onde o 
avaliado estava para poder marcar a quantidade de metros percorridos. 
A pista pode ser demarcada de 50 em 50 metros tanto para facilitar a mensuração final 
da distância percorrida quanto para poder calcular o índice de fadiga (perda de 
performance) do avaliado ao longo do próprio teste. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
 
O teste fornece a distância e velocidade média ao longo de 40 segundos. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite realizar analises ao longo da periodização de treinamento, bem como comparar 
tais parâmetros entre atletas. 
Teste de Wingate 
 (Bar-Or, 1987) 
O avaliado deverá pedalar a bicicleta ergométrica o mais rápido possível durante 30 
segundos. 
Deverá ser feito aquecimento com carga leve durante 3-5 minutos com 2-3 sprints a 
cada minuto. 
O ajuste da carga de trabalho deverá ser de 0,075 kp/Kg de peso corporal total do 
avaliado ou ainda ajustando a carga segundo o gênero: 
0,08 kp/Kg peso corporal total para HOMENS e 
0,06 kp/Kg peso corporal total para MULHERES. 
Importante considerar que estes valores podem atingir até 0,12 kp/Kg peso corporal 
total para ATLETAS. 
Os avaliadores devem contar a quantidade de revoluções do pedal a cada 5 segundos, 
totalizando 6 contagens durante os 30 segundos de teste. Em seguida, a potência (em 
kg.m) deverá ser calculada através da seguinte equação: 
Potência (kg.m) = carga (kp) x número de revoluções do pedal 
Deverá ser calculado um valor de potência para cada 5 segundos do teste, totalizando 6 
valores de potência. Teremos então o pico de potência (geralmente encontrado nos 
primeiros 5 segundos de teste), a potência média (somatório das potências a cada 5 
segundos dividido por 6) e o índice de fadiga (IF). 
IF = (Potência máxima – Potência mínima) x 100 / Potência Máxima 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a potência média, máxima e índice de fadiga. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite fazer comparações do próprio atleta e entre atletas nos diferentes momentos da 
periodização. 
Line Drill 
 (Hoffman et al., 1999) 
Muito comum para avaliar a capacidade anaeróbia de jogadores de basquetebol. 
Consiste em tentativas continuas de 143,4m de mudanças de direção. É realizado dentro 
das linhas demarcatórias da quadra de basquetebol. O avaliado inicia de uma posição 
inicial na linha abaixo do “garrafão”, e corre para diferentes pontos da quadra: na linha 
de lance livre (5,8m), no meio da quadra (14,3m), na outra linha de lance livre (22,9m) 
e na linha debaixo do outro garrafão. A cada sprint realizado o avaliado deverá retornar 
a linha inicial (abaixo do “garrafão”). O teste é realizado 3 vezes, com pausa passiva de 
2 minutos. Os resultados são extraídos de um índice de fadiga calculado através da 
divisão do pior resultado pelo melhor resultado dos 3 tiros. 
IF (%) = [(Pior tempo em seg. x 100) / Melhor tempo em seg.] – 100 
Ainda é possível obter deste teste a Potência Máxima e Mínima alcançadas se 
considerados o menor e o maior tempo, respectivamente. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a distância percorrida e a velocidade média do teste. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite analisar a resistência anaeróbia lática durante o programa de treinamento. 
 
Avaliação da Força e Potência 
Teste de 1RM concêntrico (1RMcon) ou Ação Muscular Voluntária Máxima 
concêntrica (Brown e Weir,2001) 
É o sistema mais utilizado para medir a força, sendo simples, barato e rápido na sua 
mensuração. Embora possa proporcionar somente informações parciais sobre valores de 
força máxima. (Brown e Weir, 2001). 
O teste consiste em avaliar a força máxima dinâmica de membros superiores e 
inferiores, utilizando na maioria das vezes os pesos livres ou máquinas. São fornecidos 
níveis de força máxima dos membros superiores e inferiores, podendo ser avaliados de 
forma unilateral. Os dados deste teste são de grande valor, tanto para a programação do 
treinamento como para controle do mesmo. 
O protocolo para determinar o 1RMcon consiste de 3 tentativas para levantar a maior 
carga possível nas ações concêntricas. Pausas de 3 a 5 minutos são empregadas entre as 
tentativas, assim como incrementos ou decréscimos progressivos das cargas até que 
uma ação muscular completa seja configurada. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece informações da força máxima bilateral e unilateral dos membros 
avaliados. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite verificar a eficiência do treinamento de força. 
 
Teste de 60%1RM 
 
O teste consiste em avaliar a resistência de força dinâmica de membros superiores e 
inferiores. 
Uma vez determinada a carga de 1RMcon, 60% desse valor será calculado pra o teste. 
Após um suficiente período de recuperação (4 a 5 min), os sujeitos realizarão o máximo 
de repetições possíveis com tal carga até a falência voluntária. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
São fornecidos níveis de resistência de força dos membros analisados; os membros 
podem ser avaliados de forma unilateral. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite verificar a eficiência do treinamento de força. 
 
Avaliações da Potência de membros inferiores e superiores 
Salto Horizontal (Maulder e Cronin,2005) 
O teste consiste em avaliar a potência de membros inferiores. A distância é aferida pela 
distância entre o ponto de partida até a marca do calcanhar do atleta. O avaliado parte de 
uma posição estática, com semi-flexão (90˚) dos joelhos e auxílio dos braços. 
Utilizamos para análise a média dos três saltos executados. Logo abaixo apresentamos 
resultados do teste de salto horizontal em atletas de futebol da categoria Junior. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a distância saltada no salto horizontal. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite fazer analises da performance de membros inferiores ao longo do programa de 
treinamento. 
 
 Squat Jump (SJ) (Bosco,1992) 
O teste consiste em avaliar a potência de membros inferiores. O protocolo consiste em 
realizar 3 saltos aonde o atleta deve primeiramente estar com os joelhos em semi-flexão, 
e com as mãos na cintura. A atividade consiste no sujeito, a partir desta posição, saltar 
utilizando apenas a extensão dos joelhos. Utilizamos para análise o melhor salto dos três 
executados. 
 
Contra movimento sem auxílio dos braços (CMJ) (Bosco,1992) 
Para este salto, a atleta deve primeiramente posicionar as mãos na cintura, e realizar o 
salto a partir dos movimentos de flexão e extensão dos joelhos. 
 
Contra movimento com auxílio dos braços (CMJB) (Bosco,1992) 
Nesse salto, a atleta, agora com os braços livres, deve realizar os movimentos de flexão 
e extensão dos joelhos. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a altura alcançada no salto vertical sem contra movimento. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite realizar comparações do atletaem diferentes momentos do planejamento, bem 
como comparações entre diferentes. 
 
 Drop Jump (Altura ideal de queda); (Bosco,1992) 
 
O teste é realizado sobre plintos de diferentes alturas (20, 40, 60, 80 e 100 cm). O atleta 
realiza três saltos horizontais, partindo de uma altura de 20 cm, descansa de 2 a 5 
minutos e logo após esta pausa, continua o teste partindo de outras alturas subsequentes. 
Através dos resultados de testes em diferentes alturas de salto, podemos traçar uma 
altura ideal de queda. O atleta deve realizar três saltos em cada uma das alturas e será 
considerado para análise a média das três tentativas de cada altura. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a altura alcançada em cada uma das tentativas. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
 Com os dados fornecidos pelo teste é possível prescrever intensidades de treinamento 
de potência de membros inferiores. 
 É muito difícil chegar a uma conclusão quanto ao número de saltos que devem ser 
feitos em uma seção devido à dificuldade de se comparar os estudos que utilizam 
protocolos diversos. Sugere-se: 
- Grande pausa entre as séries para que ocorra recuperação do SNC, fibras brancas 
e fosfocreatina. 
- Pequeno volume de saltos por série 4 a 8 no máximo. 
- Não realizar mais que 3 sessões na semana. 
- Pausa entre as séries de 2 a 5 minutos. 
- Sugere-se um bom aquecimento neuromuscular para execução deste tipo de 
treino. 
 
Exemplo de protocolo de treinamento para potência utilizando os dados do Drop Jump. 
 
Tabela 2:Exemplo de treinamento Pliométrico 
Séries Repetições Pausa 
Ações 
musculares 
Altura do salto Velocidade de 
execução 
10 8 3’ 
Concêntricas e 
excêntricas 
60 cm (valor 
encontrado no 
teste) 
Rápida na fase 
concêntrica e 
excêntrica 
 
Avaliação de Sprints e Agilidade 
A velocidade é uma das capacidades físicas mais importantes a serem desenvolvidas no 
treinamento desportivo. Ela deve ser vista como componente parcial das exigências 
complexas necessárias para várias modalidades. Para o desenvolvimento completo desta 
capacidade, é necessária uma combinação de fatores técnicos, coordenativos e 
fisiológicos, levando em consideração a especificidade da modalidade escolhida, e as 
diferentes formas de manifestação da velocidade manifestadas nas mesmas. A 
importância da velocidade em cada modalidade pode variar muito de acordo com a 
modalidade. Em modalidades de fundo, como as provas de 5000 metros, 10000 metros, 
meia maratona, maratona e também em provas longas na natação e no ciclismo, seu 
grau de importância é menor em relação às provas de 100, 200 e 400m. Logo abaixo 
seguem alguns protocolos de avaliação da velocidade e agilidade. 
 
Teste de velocidade de 10, 20,30 e 50 metros, (Dintiman et al., 1999) 
O avaliado deve percorrer os 10, 20, 30 ou 50 metros no menor tempo possível, em 
linha reta, por 3 tentativas separadas por 2-5 minutos de pausa passiva (parado), 
sendo que o menor tempo alcançado deve ser considerado válido. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece o tempo médio na distância avaliada. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite analisar o rendimento do atleta ao longo do programa de treinamento. 
 
Teste de agilidade (Shuttle-Run) (Johnson e Nelson, 1986) 
Este teste consiste na execução em máxima intensidade de um trajeto “ida-e-volta” de 
9,14 metros de extensão, sempre correndo de frente, onde o tempo (em segundos) para o 
cumprimento do percurso deve ser anotado. 
O teste deve ser executado por 3 vezes, com pausa passiva (parado) de 1 minuto entre as 
tentativas. Caso sejam utilizadas fotocélulas, o teste permite que seja investigada com 
maior precisão a variável mudança de direção, além do tempo total e a aceleração. 
 
Dados fornecidos pelo teste 
Fornece a distância e velocidade média no teste. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
Permite analisar o rendimento do atleta ao longo do programa de treinamento. 
 
Passos para determinar intensidade da velocidade cíclica: 
1° passo: Determinar intensidade do estímulo pelo teste de velocidade 
Exemplo: tiro de 50 metros em 6’45’’ = 100% 
2° passo: Determinar a intensidade de treinamento 
Exemplo: intensidade de 95% 
3° passo: Calcular a carga de treinamento 
Exemplo: executar os tiros de velocidade em intensidade não inferior a 95% do tempo 
do teste (intensidade alta para alcance de limiar de excitabilidade das fibras IIA e IIX). 
Tabela 3: Modelo de planilha para uma sessão de treinamento de velocidade. 
 
Distância do 
tiro (metros) 
Número de 
estímulos na série 
Intervalo entre 
estímulos 
 
Intensidade 
Intervalo entre 
séries 
Número de séries 
na sessão 
Número total de 
estímulos na sessão 
50 6 a 10 30s a 120s 
90% do melhor 
tempo para a 
distância 
8 a 10min 2 a 4 30 a 40 
 
Teste de Flexibilidade 
 
Dados fornecidos pelo teste 
O teste fornece a altura alcançada em cada uma das tentativas. 
 
Aplicabilidade da avaliação 
 
Logo abaixo apresentamos algumas propostas de avaliações para modalidade 
coletivas, individuais de curta e longa duração. 
 
 
Tabela 4.1: Avaliações de controle para modalidades coletivas. 
 
Capacidade Física Protocolo Autor (Ano) 
Res. Aeróbia Talk Teste Beverly (2000) 
Res. Anaeróbia Rast Teste Zacharogiannis e 
Paradisis (2004) 
Velocidade 10, 20 e 30m (Dintiman,1999) 
Força Máxima 1RM (Brown e Weir,2001) 
Res. Força 60%1RM (Ide e Lopes,2008) 
Potência Drop Jump (Bosco, 1992) 
Flexibilidade Sentar e Alcançar (Bertolla et al., 2007) 
Agilidade Suttle Run (Johnson e Nelson, 1986) 
 
 
Tabela 4.2: Avaliações de controle para modalidades individuais de endurance. 
 
Capacidade Física Protocolo Autor (Ano) 
Res. Aeróbia Talk Teste Beverly (2000) 
Res. Anaeróbia 40 segundos (Matsudo,1979) 
Força Máxima 1RM (Brown e Weir,2001) 
Res. Força 60%1RM (Ide e Lopes,2008) 
Potência SJ e CMJ (Bosco, 1993) 
Flexibilidade Sentar e Alcançar (Bertolla et al., 2007) 
 
Tabela 4.3: Avaliações de controle para modalidades individuais de velocidade. 
 
Capacidade Física Protocolo Autor (Ano) 
Res. Anaeróbia 40 segundos (Matsudo,1979) 
Velocidade 20, 30 e 50m (Dintiman,1999) 
Força Máxima 1RM (Brown e Weir,2001) 
Potência Drop Jump (Bosco, 1992) 
Flexibilidade Sentar e Alcançar (Bertolla et al., 2007)

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