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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENDO DE CIÊNCIA EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PÊNDULO SIMPLES JOADSON DE JESUS OLIVEIRA (201410796) THALINE SILVA DE OLIVEIRA (201320148) YAN ÁLLEFE MIRANDA RIBEIRO (201410792) ILHÉUS-BAHIA 2015 JOADSON DE JESUS OLIVEIRA (201410796) THALINE SILVA DE OLIVEIRA (201320148) YAN ÁLLEFE MIRANDA RIBEIRO (201410792) PÊNDULO SIMPLES Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET833 – FÍSICA EXPERIMENTAL II. Turma P03. Dia da Execução do experimento: 27 de fevereiro de 2015. Professora: Fabiane de Jesus ILHÉUS-BAHIA 2015 SUMÁRIO 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 1 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 12 USER Nota numeração? 1 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente, pegou-se um pêndulo simples, já montado em um suporte universal, composto por um corpo de prova, de massa m, com volume pequeno, suspenso por um fio inextensível desprovido de massa, como visto na Figura 1 abaixo. Figura 1 – Determinação de um pêndulo simples em pequenas oscilações. O corpo de prova escolhido foi um cilindro, porém o ideal seria uma esfera homogênea que pudesse ser conhecido o centro de massa. Todavia graças ao método de Bessel (eq. 19) foi possível contornar esse problema já que não são levados em consideração os centros de massa envolvidos no processo. No estado inicial, o pêndulo se encontra na vertical, em repouso. Primeiramente, ajustou-se o fio ao seu maior comprimento, e mediu-o cinco vezes consecutivas, com o auxílio de uma fita métrica. Escolhido um ângulo de pequena amplitude (𝜃 = 5°), medido por um transferidor, afastou-se o fio do repouso até esse ângulo, para começo dos movimentos oscilatórios. Dessa forma, marcou-se, com o auxílio de um cronômetro, 10 vezes o tempo das 10 oscilações determinadas, para a estimativa da incerteza. Posteriormente, encurtou-se o comprimento do fio em aproximadamente 50% do inicial e repetiu-se o processo de medição. "Analisando a proposta do experimento do Pêndulo Simples tem-se que qualquer sistema real constituído por uma pequena esfera suspensa por um fio não é um “pêndulo simples”, mas um pêndulo físico. Isso é explicado, pois a massa do pêndulo está distribuída e não localizada em um ponto. Ainda que a USER Nota itálico USER Realce 2 massa do fio seja desprezível e que a esfera possua densidade constante demonstra-se que o comprimento do pêndulo simples equivalente (o comprimento do pêndulo simples que tem o mesmo período do pêndulo físico) é maior do que a distância do ponto de suspensão ao centro de gravidade da esfera." O período T caracteriza o movimento oscilatório, sendo o tempo necessário para se executar uma oscilação completa. Figura 2 - Determinação de um pêndulo simples. Ao analisar a Figura 2, vemos que as grandezas físicas que estão atuando sobre a partícula são a força peso, P, a qual é exercida através da Terra, a tensão T, que por sua vez é gerada através do fio. Para melhor desenvolver os cálculos seguintes, pode-se trocar a força peso pelas duas componentes ortogonais, a P1 que tem a sua posição paralela a direção definida pelo fio e a componente P2, que por outro lado é perpendicular a essa direção. Deste modo obteve-se as eqs. (1) e (2). 𝑃1 = 𝑚𝑔. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (1) E 𝑃2 = 𝑚𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃 (2) Portanto, pode-se afirmar que as forças que agem sobre a partícula que compõem o pêndulo simples são P1, P2 e T. Ao analisar o procedimento, notou-se que como a partícula descreve um arco de circunferência, a resultante das forças atua como força centrípeta e se USER Nota praticamente repetiu a figura anterior 3 mantém na direção definida ao longo do fio, e consequentemente deve ter o mesmo sentido que a tensão T. Observando através de outra perspectiva, nota-se que na direção perpendicular, à qual é definida pelo fio, ou seja, no decorrer do percurso da partícula, atua somente a força P2. Especificamente falando, ao longo desta direção interage também a força de araste, a qual é exercida pelo ar. Todavia, como o módulo da força de araste é muito inferior em relação à força de P2, pode então ser desconsiderada. Como já foi mencionado acima, a partícula de massa m descreve um arco de circunferência. Por outro lado, se a amplitude do movimento é muito inferior do que o comprimento do fio, isto é, se A << L, qualquer que seja o ângulo θ, ele sempre será pequeno, como pode ser observado na Figura 3 abaixo. Figura 3 - Determinação de um pêndulo simples em pequenas oscilações. Nesta nova montagem, fica claro que o arco da circunferência que compõem o percurso da partícula pode ser aproximado através de um seguimento de reta horizontal, que sobre o mesmo fixou-se o eixo X, com a sua origem O onde a vertical tirada do ponto de suspensão Q corta esse eixo. Portanto, dentro dessa aproximação a posição da partícula e com os pontos O e Q que regam um triangulo retângulo, o qual possui um ângulo reto na origem O, pode-se então ser como demonstrado na eq. (3). sin 𝜃 = 𝑥 𝐿 (3) 4 Desta forma, o módulo e o sentido de P2, que por sua vez é a força resultante que age sobre a partícula ao decorrer de toda a trajetória, podem ser expressos pela eq. (4). 𝑃2(𝑥) = − ( 𝑚𝑔 𝐿 ̅̅ ̅ ) . 𝑥 (4) O uso do sinal negativo na força de P2 se fez necessário, pois a força possui a mesma direção daquele que foi escolhido como positivo para o eixo X quando o crescimento é negativo, e tem sentido oposto quando o crescimento é positivo. A fórmula descrita anteriormente demonstra que, quanto menor for a amplitude do movimento da partícula, a mesma acontece sobre uma linha contínua no eixo X, sob a consequência de uma força que possui o módulo proporcional à distância da partícula quando observada a partir de um ponto fixo sobre a linha reta, que neste caso seria o ponto O. Por fim, se a amplitude é pequena, o movimento da partícula que faz parte do pêndulo simples é um MHS, Movimento Harmônico Simples. Partindo da priori que o módulo e o sentido da força que age sobre uma partícula em MHS são dados, genericamente, pela eq. (5) e (6). 𝐹(𝑥) = −𝐶𝑥 (5) Com 𝐶 = 𝑚. 𝜔2 (6) E sabendo-se que o período e a frequência do movimento são dados, respectivamente, através das eqs. (7) e (8). T = 2π ω (7) E 𝑓 = 𝜔 2𝜋 (8) Deste modo, analisando a expressão de P2(x) com a expressão F(X), pode-se escrever as eqs. (9) e (10). 5 C = mg L (9)E 𝜔2 = 𝑔 𝐿 (10) Desta forma, tem-se a eq. (11). 𝑇 = 2𝜋. √ 𝐿 𝑔 (11) Com a obtenção dos valores de L que representa o comprimento do pêndulo e g que por sua vez representa o módulo da aceleração gravitacional local, mediante a tudo que foi observado, notou-se que se não houver nenhuma outra força externa atuando sobre o pêndulo, o mesmo só pode oscilar com a frequência obtida por meio da equação descrita acima. Observou-se também que para pequenas oscilações, o período independe do ângulo (eq. 11). A frequência em questão é denominada frequência própria ou natural de oscilação. Dando continuidade aos procedimentos, temos que na Tabela 1 encontram-se as medidas (L1) e (L2), associada a sua incerteza instrumental (𝜎𝑓𝑖𝑡𝑎 𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎), esta obtida a partir da divisão da menor medida do instrumento dividido por dois, eq. (12). 𝜎𝑓𝑖𝑡𝑎 𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 0,001 2 = 0,05 × 10−2𝑚 (12) Tabela 1 – 5 medidas do maior e menor comprimento do fio, no SI. N (𝑳𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟓)𝒎 (𝑳𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟓)𝒎 1 1, 4201 0, 7099 2 1, 4253 0, 7067 3 1, 4259 0, 7071 4 1, 4265 0, 7083 5 1, 4257 0, 7075 USER Nota índice 6 A análise da incerteza é adotada devido à alta necessidade de precisão nos resultados finais. Logo, cada fórmula utilizada possui um valor final e tal valor precisa ter uma incerteza, seja, instrumental, padrão ou propagada. Como também adotou-se a escolha de dois algarismos significativos e a conservação da quantidade de casas decimais obtidas nos valores das incertezas, com o intuito de tornar o mesmo mais claro e objetivo. A partir dos dados acima pôde-se obter, na Tabela 4, a média das cinco medidas (�̅�1) e (�̅�2) obtidas por meio da eq. (13), associadas as suas incertezas (𝜎�̅�), calculadas por meio da eq. (16). x̅ = 1 𝑁 ∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 (13) Sendo N o número total de medidas e xi o valor da i-ésima medida. Para o desvio padrão a seguinte fórmula foi utilizada: 𝜎 = √ 1 𝑁−1 ∑ (𝑥𝑖 − 𝑥 ̅ 𝑁 𝑖=1 )² (14) Sendo N o número total de medidas, xi o valor da i-ésima medida e x̅ a média. Para o desvio padrão do valor médio a seguinte fórmula foi utilizada: σ̅ = 𝜎 √𝑁 (15) Sendo N o número total de medidas e 𝜎 o desvio padrão. Para a incerteza padrão tem-se a fórmula: 𝜎�̅� = √𝜎𝑚2 + 𝜎𝑖𝑛𝑠𝑡 2 (16) Sendo "𝜎𝑚" o desvio padrão do valor médio e "𝜎𝑖𝑛𝑠𝑡" a incerteza instrumental. 7 Na Tabela 3, encontram-se os tempos das 10 oscilações medidas (t1) e (t2) associados as suas incertezas, estas obtidas a partir da medição de 10 tempos de reação, vista na Tabela 2, e obtenção de sua média final, eq. (13). Tabela 2 – 10 tempos de reação, no SI. N (𝒕𝟏 ± 𝟎, 𝟐𝟔)𝒔 1 0,34 2 0,33 3 0,24 4 0,33 5 0,23 6 0,25 7 0,25 8 0,22 9 0,21 10 0,18 Tabela 3 – 10 medidas do tempo de 10 oscilações, no SI. N (𝒕𝟏 ± 𝟎, 𝟐𝟔)𝒔 (𝒕𝟐 ± 𝟎, 𝟐𝟔)𝒔 1 24,66 17,22 2 24,51 17,30 3 24,29 17,45 4 24,37 17,20 5 24,03 17,12 6 23,65 17,10 7 24,29 17,13 8 24,78 17,50 9 24,34 17,13 10 24,19 17,12 Ao se efetuar qualquer tipo de medição é comum encontrar erros de diversos tipos, quer seja do instrumento utilizado, do operador ou do processo USER Nota índice USER Nota o tempo de reação não tem incerteza. você usa essa tabela para calcular a média e essa média é a incerteza do dados medidos - tempo de oscilação. 8 de medida, o ponto em questão é que sempre haverá erros que fazem com que a medida real seja diferente da medida obtida. Sendo assim uma das formas de minimizar tais erros é repetir o processo várias vezes, pois quanto maior o número de medidas obtidas mais o valor médio se aproximará do valor real. Observou-se que com o comprimento original, as oscilações foram mais lentas comparadas com as oscilações do fio de comprimento menor. Essa diferença pode ser notada ao observar a equação do período (eq. 11) onde o valor do comprimento (L) é diretamente proporcional ao período (T). A partir dos dados acima, pôde-se obter, na Tabela 4, as médias dos 10 tempos medidos de 10 oscilações cada (𝑡1̅) e (𝑡2̅) por meio da eq. (13), associadas as suas incertezas, também determinada pela eq. (13) juntamente com a Tabela 2. Tabela 4 – Médias e incertezas padrão de L1, L2, t1 e t2. (�̅�1 ± 𝜎�̅�1) (1,4242 ± 0,0005)𝑚 (�̅�2 ± 𝜎�̅�2) (0,7074 ± 0,0005)𝑚 (𝑡1̅ ± 𝜎�̅�1) (24,31 ± 0,26)𝑠 (𝑡2̅ ± 𝜎�̅�2) (17,23 ± 0,26)𝑠 Após obter o valor da média dos 10 tempos medidos pôde-se determinar o período T de uma única oscilação, por meio da eq. (17), sendo ela a divisão da média pela quantidade de tempo medido. 𝑇 = 𝑡̅ 10 (17) Na eq. (18) encontra-se a incerteza propagada, σT, para o período T. 𝜎𝑇 = √( 1 10 . 𝜎�̅�) 2 (18) Na Tabela 5, é visto os valores dos períodos T1 e T2 juntamente com suas respectivas incertezas. USER Nota notação científica USER Nota dois algarismos significativosnullacho que aqui você colocou a incerteza instrumental ao invés da incerteza padrão. USER Nota você já pode simplificar a equação cancelando o quadrado com a raiz quadrada. 9 Tabela 5 – Períodos T1 e T2 e suas incertezas padrão, no SI. (�̅�1 ± 𝜎�̅�1) (2,431 ± 0,028)𝑠 (�̅�2 ± 𝜎�̅�2) (1,723 ± 0,026)𝑠 Determinados os valores médios dos comprimentos (L1) e (L2), juntamente com os valores dos períodos (T1) e (T2), pôde-se determinar o g, aceleração da gravidade, através do método de Bessel, que determina g sem a localização do centro de gravidade da esfera, sendo obtido através da eq. (19). 𝑔 = 4𝜋2 𝑑 (𝑇1 2 − 𝑇2 2) (19) Para o cálculo de d, temos na eq. (20) que: 𝑑 = 𝐿1̅̅̅ − 𝐿2̅̅ ̅ (20) Na eq. (21) encontra-se a incerteza propagada de 𝑑. 𝜎𝑑 = √𝜎�̅�1 2 + 𝜎�̅�2 2 (21) De tal modo que o valor de d resultou em: (d ± 𝜎d) = (7,168 ± 0,014)𝑥10 − ¹𝑚 Na eq. (22) a seguir encontra-se a incerteza propagada, σg. σg = √( 4π2 (T1 2 − T2 2) σd) 2 + (− 8π2𝑑𝑇1 (T1 2 − T2 2) σT1) 2 + ( 8π2𝑑𝑇2 (T1 2 − T2 2) σT2) 2 (22) Dessa forma, o valor da aceleração da gravidade resultou em: (g ± 𝜎g) = (9,62 ± 0,53)𝑚/𝑠² Ao comparar o valor alcançado de g com o valor de referência tem-se que o valor de g ficou muito próximo do esperado, porém no valor da incerteza houve uma diferença significativa, devido à falta de precisão dos instrumentos utilizados em laboratório, além dos próprios fatores externos (como o USER Nota o sinal de menos pode ir embora USER Nota todos os dados em tabelas. 10 manipulador dos instrumentos) que acabaram influenciando na obtenção de medidas mais precisas. A depender das grandezas envolvidas, o erro absoluto pode não ser muito significativo, portanto usa-se o erro relativo, como visto na eq. (23). 𝑒 = |𝑉𝑇 − 𝑉𝐸 | 𝑉𝑇× 100% (23) De tal modo que o erro relativo dado em porcentagem resultou em: 𝑒 = 1,97 % 11 CONCLUSÃO Sobre tudo notou-se que os objetivos iniciais foram devidamente alcançados. Os valores de aceleração da gravidade calculados foram diferentes, porém todos se apresentaram próximos do valor teórico, estando este último dentro da faixa de incerteza dos demais. Os valores obtidos nas equações de propagação de incerteza são modificados de forma significativa conforme as quantidades de variáveis envolvidas aumentam no decorrer do experimento. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JESUS, F.; SOARES, J.; REMBOLD, S. B. Laboratório de Física II: Material de apoio à disciplina de Laboratório de Física II e Experimental II. (DCET/UESC); ABNT/INMETRO. Guia para a Expressão da Incerteza de Medição. (GUM). Terceira Edição brasileira em língua portuguesa. Rio de Janeiro: ABNT/INMETRO, 2003. 120 p.; Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/GRAVIDADE.pdf Acesso em: 11março2015; CAMPOS, AGOSTINH. Física Experimental Básica na Universidade. 2ª edição revista; Disponível em: <http://coral.ufsm.br/gef/MHS/mhs05.pdf> Acesso em: 10março2015; USER Nota nullCRITÉRIOS NOTA null nullResultados 2,4 null nullDiscussão 4,0 null nullConclusão 1,0 null nullOrganização 1,8 null nullTotal 9,2 null
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