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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2020.1 PRÁTICA 03 – PÊNDULO SIMPLES ALUNO: DOUGLAS SOUSA CAVALCANTE MATRÍCULA: 497631 CURSO: ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS TURMA: 26 PROFESSOR: THIAGO SANTIAGO Fortaleza - Ce 02 de agosto de 2020 2 SUMÁRIO 1.0 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 3 2.0 MATERIAIS ....................................................................................................................... 3 3.0 INTRUDUÇÃO TEÓRICA ................................................................................................ 4 4.0 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 6 4.1 Procedimento 1................................................................................ 6 4.2 Procedimento 2 .................. ............................................................. 6 4.3 Procedimento 3 ............................................................................... 6 4.4 Procedimento 4 .......................................................... ........... .......... 7 5.0 QUESTIONÁRIO ................................................................................... 9 6.0 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 11 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 12 3 1.0 OBJETIVOS - Verificar as leis do pêndulo; - Determinar a aceleração da gravidade local. 2.0 MATERIAIS - Prego fixado numa parede; - Desenho indicando 15 e 10 graus; - Massas m1 (uma pilha palito) e em 2 (três pilhas palito); - Cronômetro (alternativamente pode ser usado a função cronômetro de um celular); - Fita métrica; - Fio (linha comum); - Filme “Pêndulo Simples”. 4 3.0 INTRODUÇÃO TEÓRICA Infopédia [1] define pêndulo como qualquer corpo rígido que gira em torno de um ponto fixo. Foi o astrónomo, matemático e físico italiano Galileu Galilei o primeiro a observar que o período de oscilação de um pêndulo só depende do comprimento do referido pêndulo e é independente da sua massa. O pêndulo simples é um sistema mecânico que consiste em uma massa puntiforme, ou seja, um corpo de dimensões insignificantes, presa a um fio de massa desprezível e inextensível capaz de oscilar em torno de uma posição fixa, descrevendo sobre ela um movimento periódico em forma de arco de circunferência (trajetória em linha pontilhada na Figura 3.1 abaixo). [2] Figura 3.1: Pêndulo simples e as forças atuantes consideradas. Fonte: Scielo com modificações. No momento em que o pêndulo se desloca de sua posição mais baixa (θ = 0), passa a oscilar periodicamente perante a ação da gravidade. Em um ponto qualquer com θ ≠ 0 as forças atuantes sobre a massa (m) são: mg (peso) e T (tração no fio). A força peso pode ser decomposta em componentes tangencial e trajetória, de módulo mgsenθ que representa a força restauradora que é proporcional a senθ, e a componente radial de módulo mgcosθ que corresponde a aceleração centrípeta. Equação 3.1: Equação da força restauradora. F= -mgsenθ A fim de que o movimento seja harmônico simples (Oscilação periódica em um espaço limitado) é crucial que a força restauradora (Equação 3.1) seja proporcional ao deslocamento e orientada no sentido oposto. Aplicando-se uma regra de três simples para descobrir o comprimento do arco 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ temos: 5 Equação 3.2: regra de três simples. 𝜃 2𝜋 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ 2𝜋𝐿 Onde L representa o raio da circunferência (comprimento do fio). Resolvendo essa regra de três temos: Equação 3.3: Resolução da regra de três simples. 𝜃𝐿 = 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ 𝜃 = 𝐶𝐵 𝐿 ̅ E como, quando θ < 15º (em radianos), senθ = θ é possível reescrever a Equação 3.1 da seguinte forma: Equação 3.4: Equação da força restauradora reescrita. 𝐹 = −𝑚𝑔 ( 𝐶𝐵̅̅ ̅̅ 𝐿 ) Sendo massa(m), gravidade(g) e o comprimento do fio(L) constantes, é viável definir uma constante K tal que: Equação 1.5: Equação com as constantes escritas. 𝑘 = 𝑚𝑔 𝐿 Logo tem-se: Equação 2.6: Equação final da força restauradora. 𝐹 = −𝑘𝑥 Sabendo-se que o período T, de um movimento harmônico simples para pequenas amplitudes é dado por: Equação 3.7: Equação do período de um movimento harmônico simples. 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 Como o valor de K já é conhecido, pois obteve-se ele através da Equação 3.5, substitui o valor de K na equação acima pelo encontrado naquela. Então obtêm-se: Equação 3.8: Equação final do período de um movimento harmônico simples. 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 3.1 Determinação experimental da aceleração da gravidade (g) Elevando ao quadrado a Equação 3.8, surge: Equação 4.1.1: Equação 3.8 ao quadrado. 𝑇2 = 4𝜋2 𝐿 𝑔 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑇2 = ( 4𝜋2 𝑔 ) 𝐿 A equação acima é do tipo y = ax então confeccionado o gráfico de T²L obtêm-se uma reta cujo coeficiente angular é dado por: 6 Equação 5.1.2: Coeficiente angular de T²L. 𝜟(𝑻𝟐) 𝜟𝑳 = 𝟒𝝅𝟐 𝒈 𝒐𝒖: 𝒈 = 𝟒𝝅𝟐 ( 𝜟(𝑻𝟐) 𝜟𝑳 ) 4.0 PROCEDIMENTO O professor disponibilizou o vídeo da prática do pêndulo, e com ele, solicitou a cronometragem dos períodos de oscilações, eu, particularmente, optei por utilizar um software de edição de vídeos (Sony Vegas) a fim de obter uma maior exatidão na obtenção dos dados referentes a essas oscilações e por utilizar desse software os resultados da tabela Tabela 4.1.1 foram exatamente os mesmo. 4.1 Procedimento 1. 1- Anote a massa dos corpos: Tabela 4.2.1: Massa dos corpos. m1 (massa menor) = 12,5 m2 (massa maior) = 37,5 4.2 Procedimento 2 2- Determine o tempo necessário para o pêndulo executar 10 (dez) oscilações completas para os comprimentos 20 cm, 40 cm, 60 cm, 80 cm, 100 cm, 120 cm e 140 cm. Repita 3 (três) vezes e determine o T médio (em s). Use somente uma massa (m1), como indicado na tabela 4.1.2 abaixo. 4.3 Procedimento 3 3-Mantenha o comprimento em 100 cm e estude a influência da massa e da amplitude sobre o período. O aluno deve comparar com o resultado obtido na Tabela 3.1 quando foi usada uma amplitude de 15 graus e um comprimento de 100 cm. Proceda como indicado na Tabela 4.1.3 (próxima página). Tabela 4.1.3: Resultados experimentais para o pêndulo simples. L(cm) θ(graus) m(gramas) 10T(s) T(s) T²(s²) L1=20 θ1=15 m1= 12,5 10T1=9 10T1=9 10T1=9 T1=0.9 T1²=0.8 L2=40 θ2=15 m2= 12,5 10T2=12.9 10T2=12.9 10T2=12.9 T2=1.3 T2²=1.6 L3=60 θ3=15 m3= 12,5 10T3=15.9 10T3=15.9 10T3=15.9 T3=1.6 T3²=2.2 L4=80 θ4=15 m4= 12,5 10T4=17 10T4=18 10T4=18 T4=1.8 T4²=3.2 L5=100 θ5=15 m5= 12,5 10T5=20.1 10T5=20.1 10T5=20.1 T5=2 T5²=4 L6=120 θ6=15 m6= 12,5 10T6=22.1 10T6=22.1 10T6=22.1 T6=2.2 T6²=4.8 L7=140 θ7=15 m7= 12,5 10T7=23.8 10T7=23.8 10T7=23.8 T7=2.4 T7²=5.8 7 Tabela 4.1.3: Resultados experimentais para o estudo da influência da amplitude sobre o. L(cm) θ(graus) m(gramas) 10T(s) T(s) T²(s²) L1=100 θ1=15 m1= 20.1 10T8=20.1 10T8=20.1 10T8=20.1 T8=2 T8²=4 L2=100 θ2=10 m1= 12,5 10T9=20.1 10T9=20.1 10T9=20.1 T8=2 T9²=4 Tabela 4.1.4: Resultados experimentais para o estudo da influência da massa sobre o período do pêndulo simples. L(cm) θ(graus) m(gramas) 10T(s) T(s) T²(s²) L1=100 θ1=10 m1=12,5 10T8=20.1 10T8=20.1 10T8=20.1 T8=2 T8²=4 L2=100 θ2=10 m2=37,5 10T9=20.1 10T9=20.1 10T9=20.1 T9=2 T9²=4 4.4 Procedimento4 4-Trace o gráfico de T em função de L (para os dados experimentais da Tabela 4.1.4). [4] Gráfico 4.1.1: Relação do período(s) pelo comprimento(cm). Font [4]e: Qtiplot com dados do autor. 8 4-Trace o gráfico de T² em função de L (para os dados experimentais da Tabela 4.1.5). [4] Gráfico 4.1.2: Relação do período (s²) elevado ao quadrado pelo comprimento (cm). Fonte[4]: Qtiplot com dados do autor. 9 5.0 QUESTIONÁRIO 1- Dos resultados experimentais é possível concluir-se que os períodos independem das massas? Justifique. Sim, pois, como observado na tabela 4.3.1, mesmo tendo uma diferença de 25 gramas entre m1 e m2 a diferença de tempo foi i inexistente. Ratificando que o período independe da massa. 2- Dos resultados experimentais o que se pode concluir sobre os períodos quando a amplitude passa de 10º para 15? Justifique. O período se manteve inalterado como se pode comprovar na tabela 4.1.4, em que as massas e o comprimento do fio são iguais, e a amplitude é distinta, e mesmo assim o período foi o mesmo para ambas. Comprovando que ele independe da amplitude, se o ângulo de lançamento for θ tal que: θ ≤ 15º. 3- Qual a representação gráfica que se obtém quando se representa T x L? Explique. Como se pode verificar no gráfico 4.1.1 a trajetória descreve uma parábola horizontal, pois, como demonstrado na introdução, T = 2π√𝐿/𝑔 , logo: T = [2π√1/𝑔 ] x √𝐿 , então, fazendo- se T X L, a equação é do tipo y = a√𝑥 , onde a = 2π√1/𝑔 o que representa uma função de grau ½. 4- Idem para T²x L. Explique. Verificando-se o gráfico 4.1.2 é possível perceber que trata-se de um trajeto retilíneo , pois, como demonstrado na introdução, T² = (4π²/g)L, então, fazendo-se T² X L, a equação acima é do tipo y = ax, onde a = (4π²/g), o que representa uma função do primeiro grau. O gráfico não apresentou uma reta perfeitamente alinhada por quê o sistema considerado ocorre não em um cenário ideal e está sujeito a forças que não seriam considerados no cenário ideal. 5- Determine o valor de “g” a partir do gráfico T²x L (indique os valores numéricos utilizados nos cálculos). Utilizando da fórmula: 𝒈 = 𝟒𝝅𝟐 ( 𝜟(𝑻𝟐) 𝜟𝑳 ) No gráfico T² X L, a equação acima é do tipo y = ax, onde a = (4π²/g), só que a é o coeficiente angular da reta o qual é calculado por: a = (Δy/Δx), que no caso da função T² = (4π²/g)L é dado por: a = (ΔT²/ΔL), logo: (4π²/g) = (ΔT²/ΔL), desenvolvendo temos: g = 4π²(ΔL/ΔT²), usando dois pontos, (0,40 m ; 1,6 s) e (0,60 m ; 3,2 s), do gráfico T² X L para calcular g: g = 4x(3,142)²x(0,60 – 0,40/2,5 – 1,6) = 9, 86 m/s² 6- Qual o peso de uma pessoa de massa 72,00 kg no local onde foi realizada a experiência? Peso = massa x gravidade = Peso = 72 x 9.86 = 709.9 7- Qual o peso da pessoa da questão anterior na lua? Peso = massa x gravidade (g = 1,62) Peso = 72 x 1,62 Peso = 116,6 10 8- Compare o valor médio de T obtido experimentalmente para L = 100 cm com o seu valor calculado pela fórmula 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 (use g = 9,81m/s²). Comente T= (2.3,142).√ 1.0 9.81 T= 6,284 . √0.101936799 T= 6,284 . 0,319275428 T= 2,0006 s O valor encontrado foi muito próximo do encontrado na tabela pois como mencionei no procedimento, utilizei um software de edição de vídeos que aumentou significativamente a exatidão na cronometragem, por isso o valor encontrado na questão foi tão próximo da realidade. 9- Discuta as transformações de energia que ocorrem durante o período do pêndulo. Quando o pêndulo está situado na altura máxima, ele possui, momentaneamente, velocidade nula e apenas energia potencial gravitacional. Quando o pêndulo começa a descer, ele vai ganhando velocidade até situar-se no ponto mais baixo, onde a energia potencial gravitacional é mínima e sua velocidade e, consequentemente, sua energia cinética são máximas. E quando o pêndulo está subindo, sua velocidade vai diminuindo e sua energia potencial gravitacional aumentando até ele atingir a altura máxima 10- De acordo com o valor de g encontrado experimentalmente nesta prática, qual seria o comprimento para um período de 1,8 s? Utilizando a fórmula do período 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 temos:1,8=2x3.142x√ 𝐿 9.86 L≅ 0.8m ou 80 cm; 11 6.0 CONCLUSÃO Com a prática do pêndulo pôde-se perceber que o resultado que os dados reais foram muito próximos do esperado pela equação: T = 2π√L/g . com uma diferença irrelevante presente somente após a quarta casa dos algarismos depois da “,” (vírgula). De modo que essa diferença foi irrelevante, e ao utilizar a regras de algarismos significativos os resultados foram iguais. Esse grau elevado de exatidão foi devido, em grande parte, ao método que utilizei para cronometrar o tempo das oscilações, onde utilizei um software de edição de vídeos (Sony Vegas). Calculou-se ainda a aceleração da gravidade local por meio da equação: g = 4π²(ΔL/ΔT²), no qual mediu-se, experimentalmente, o período de dois pêndulos de mesma massa puntiforme (12,5 g), de deslocamento angular igual (15º) e comprimento do fio diferentes como pode ser observado na tabela 4.1.2 . O valor obtido foi muito pouco diferente do ideal, porque, o fator exatidão foi presente e todas as medições, de modo que todas as elas deram os mesmo valores, e ao dividi-la por 30 obteve-se o valor mais próximo do ideal, o mesmo aplica-se ao elevar o valor ao quadrado, onde a diferença deu-se apenas na hora do arredondamento. Pode-se comprovar ainda que, como o esperado, a mudança tanto na angulação par (θ ≥ 15º) quanto na massa, não interfere. 12 REFERÊNCIAS Apostila didática [ROTEIRO DE AULAS PRÁTIAS DE FÍSICA]: Laboratório de Física experimental, 2020. pêndulo in Infopédia [1]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$pendulo. Acesso em: 04 ago. 2020. Figura 3.1 [2]: Rev. Bras. Ensino Fís., São Paulo, v. 33, n. 4, p. 4311, Dez. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. Accesso em: 07 ago. 2020. Gráfico [4]4.2.1 e 4.3.2 Qtiplot ™. Disponível em https://www.qtiplot.com. Acesso em 07 ago. 2020.
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