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Embriologia Resumo Moore 12 Sistema Urogenital

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Embriologia – Sistema Urogenital
Resumo
Moore
O desenvolvimento dos sistemas urinário e genital está intimamente ligado.
O sistema urinário desenvolve-se antes do sistema genital.
Três sistemas renais sucessivos se desenvolvem: pronefro (não-funcional), mesonefro (órgãos excretores temporários) e metanefro (rins permanentes).
O metanefro desenvolve-se a partir de duas fontes: o divertículo metanéfrico (broto uretérico), que dá origem ao ureter, á pelve renal, aos cálices e aos túbulos coletores; e o blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de mesoderma intermediário), que dá origem aos néfrons.
No início, os rins estão localizados na pelve, mas, gradualmente, ascendem para o abdome. Esta migração aparente resulta do crescimento desproporcional das regiões lombar e sacra do feto.
As anormalidades do desenvolvimento dos rins e ureteres são comuns. A divisão incompleta do divertículo metanéfrico resulta em ureter duplo e em rim supra-numerário. A não-ascensão do rim de sua posição embrionária na pelve resulta em um rim ectópico, com rotação anormal.
A bexiga urinária desenvolve-se do seio urogenital e do mesênquima esplâncnico circundante. A uretra feminina e quase toda a uretra masculina têm origem semelhante.
A extrofia da bexiga resulta de um defeito raro da parede ventral do corpo, através do qual a parede posterior da bexiga urinária faz protrusão pela parede abdominal. Nos homens, a epispádia é uma anomalia associada comum; a uretra se abre no dorso do pênis.
O sistema genital desenvolve-se em íntima associação com o sistema urinário ou excretor. O sexo genético é estabelecido na fecundação, mas as gônadas só começam a ter características sexuais na sétima semana.
As células germinativas primordiais formam-se na parede do saco vitelino durante a 4ª semana e migram para as gônadas em desenvolvimento, onde se diferenciam em células germinativas próprias de cada sexo (ovogônios/espermatogônias).
A genitália externa não adquire características masculinas ou femininas distintas até a 12ª semana. Os órgãos reprodutores desenvolvem-se a partir de primórdios, que são idênticos em ambos os sexos.
O sexo gonadal é determinado pelo fator determinante do testículo (FDT) do cromossomo Y. O FDT localiza-se na região determinante do sexo (SRY) do braço curto do cromossomo Y e direciona a diferenciação testicular. As células intersticiais (células de Leydig) produzem testosterona, que estimula o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos em ductos genitais masculinos. A testosterona também estimula o desenvolvimento da genitália externa indiferenciada em pênis e escroto. A substância inibidora de Müller, produzida pelas células de Sertoli do testículo, inibe o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos (primórdios dos ductos genitais femininos).
Na ausência do cromossomo Y e na presença de dois cromossomos X, os ovários se desenvolvem, os ductos mesonéfricos regridem, os ductos paramesonéfricos se transformam no útero e nas tubas uterinas, a vagina se desenvolve a partir da placa vaginal, derivada do seio urogenital, e a genitália externa indiferenciada se diferencia em clitóris e lábios maiores e menores.
As pessoas com hermafroditismo verdadeiro têm tanto tecido ovariano quanto testicular, e genitália, externa e interna, variável. Erros na diferenciação sexual causam pseudo-hermafroditismo. O pseudo-hermafroditismo masculino resulta da falha na produção adequada de hormônios masculinizantes pelos testículos fetais, ou da insensibilidade tecidual das estruturas sexuais aos hormônios. O pseudo-hermafroditismo feminino usualmente resulta de hiperplasia adrenal congênita (HAC), um distúrbio das glândulas supra-renais (adrenais) do feto, que causa produção excessiva de androgênios e masculinização da genitália externa.
A maioria das anomalias do trato genital feminino, tais como útero duplo, resulta da fusão incompleta dos ductos paramesonéfricos. A criptorquidia e os testículos ectópicos resultam de anormalidades da descida dos testículos.
A hérnia inguinal congênita e a hidrocele resultam da persistência do processo vaginal. Nos homens, a ausência de fusão das pregas urogenitais resulta em vários tipos de hipospádia.

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