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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DISCIPLINA: TÉCNICAS AVAÇADAS DE ENTREVISTA E REPORTAGEM -CONHECIMENTO ANTERIOR E PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA; -RESPEITO AO ENTREVISTADO: A ARTE DE SABER ESCUTAR E PERGUNTAR; -TIPOS DE ENTREVISTA. PROFESSORA: Ms. SANDRA PAULA AMORIM CONHECIMENTO ANTERIOR E PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA • Tudo parte da pesquisa sobre o assunto que será abordado e do perfil do entrevistado; • Assim, o repórter terá ideia do que vai perguntar. •Mas o conhecimento prévio do assunto e do entrevistado não viabiliza uma boa entrevista; •De que depende uma boa entrevista? RESPEITO AO ENTREVISTADO: A ARTE DE SABER ESCUTAR E PERGUNTAR • Uma boa entrevista depende da forma como ela vai ser conduzida; É importante conquistar a confiança e a simpatia do entrevistado, tentar quebrar o gelo; • O repórter deve saber ouvir e perguntar sobre a resposta; • Lembre-se: Nenhuma personalidade recebe um repórter para ouvi-lo falar; • As pessoas discorrem com fluência sobre aquilo que conhecem. • Silêncios, respostas vagas, desvios de olhar, certos movimentos nas mãos, demonstram questões sensíveis; • Alguns entrevistados têm respostas prontas, e, em alguns casos, respondem superficialmente. Cabe ao repórter insistir na pergunta de maneira inteligente sem ser invasivo. Mas, lembre-se, repórter não é delegado; • Preste atenção nas respostas do seu entrevistado para não repetir o que já foi dito. •O repórter deve manter o comando da conversa para evitar que o entrevistado fuja do tema; •Como fazer isso? • Estratégia: Apresentar nova pergunta, mudando o assunto e depois retomar o ponto problemático (LAGE, 2012); • Sugestão: Insistir na pergunta, mas sem deixar o entrevistado constrangido. Se ainda assim não conseguir a reposta, não questionar mais. •Numa entrevista, quem é a estrela? Repórter x Entrevistado •Como o repórter deve se comportar numa entrevista? Como o repórter deve se comportar durante entrevista: • Discrição; • Coadjuvante e, ao mesmo tempo, diretor de cena; • Atitude de compreensão e respeito ao entrevistado e nunca de superioridade; SEM O ENTREVISTADO NÃO TEM REPORTAGEM, DELE DEPENDE O TRABALHO DO REPÓRTER. Comportamento • Não deixar transparecer impaciência; • Simpatia entusiasmada; • Não se deixe irritar ou intimidar. Tempo da entrevista • Entrevistas podem ter tempo marcado (rádio e TV) ou não, mas há um momento certo para encerrá-las (procure não exagerar, o seu entrevistado não tem tempo a perder); • Entrevistas podem esgotar o assunto antes do tempo previsto. O que fazer? • Segundo Gordon Pask (teórico moderno da conversação humana), toda conversa parte de um desacordo, ou bifurcação: os conceitos e ideias vão sendo esclarecidos em seu curso, e, quando esse processo chega ao fim, isto é, quando há consenso - não quanto ao assunto, mas quanto ao que o interlocutor está dizendo -, é hora de parar. • Pask observa que: as pessoas têm duas possibilidades de expor uma ideia ou narrar uma história e optam por uma delas, ou são HOLÍSTICAS (consideram o todo e partem para analisar um ponto) ou DETALHISTAS (agem analiticamente, item por item). • Problemas: primeiro caso, pode-se ter um relato muito geral, amplo, ou interpretativo; no segundo, sequência tediosa de detalhes insignificantes; • Como tentar contornar por intervenções de rumo: pedindo ao detalhista um abordagem mais geral e ao generalista, que especifique algum aspecto. • É importante para o entrevistado perceber que o repórter está compreendendo o que está sendo dito. • Ex.: Entrevistado declara que a economia vai bem... • Entrevistador enfatiza “o senhor é otimista quanto aos acontecimentos futuros...” • Pode-se apresentar durante a entrevista um dado de contestação para obter maior espontaneidade, expansão ou aprofundamento. • Entrevistados com discursos prontos: professores, intelectuais (desenvolvem com maior fluência); • Políticos e militantes de causas políticas ou sociais (conhecendo os métodos de edição em rádio e TV procuram encadear palavras e sentenças para dificultar o corte; • Homens de negócio condensam as informações em frases de efeito. Dois aspectos importantes numa entrevista • 1 - Conteúdo • 2 - A personalidade (simpática ou antipática) do entrevistado. • EM QUAL DELES O REPÓRTER DEVE INTERFERIR? IMPORTANTE: FAÇA UMA PERGUNTA DE CADA VEZ Tipos de entrevistas • Classificação das entrevistas (ERBOLATO, 2002) • Tipos de entrevista (LAGE, 2012) • AMARAL (1978) – Tipos de entrevistas: • Noticiosa – Quando o entrevistado tem informação importante a dar e é interrogado exclusivamente sobre ela (UEPB / caso prova). • Opinativa: Geralmente solicitada a especialistas sobre tema em debate; • Atualidade: É aquela em que o entrevistado se dispõe a abrir um pouco de sua alma e a exteriorizar os seus gostos, anseios, preferências e opiniões. • Ex.: entrevista com celebridades da política, literatura, esporte, sobre sua especialidade ou assuntos gerais, e destinada a mostrar algo da sua personalidade. A entrevista deve ter sempre uma ligação com a atualidade. Referências • AMARAL, Luís. Jornalismo: matéria de primeira página. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro; Brasília, INL, 1978. • ERBOLATO, Mário L. Técnicas de codificação em jornalismo. São Paulo: Ática, 2002. • LAGE, Nilson. A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2012. spaula.va@gmail.com
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