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1 BIOSSEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE Natal, 2018 2 BIOSSEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE Natal, 2018 Trabalho técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Biossegurança, no curso de Enfermagem 1° MA, faculdade Uninassau - Capim Macio. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. OBJETIVO GERAL 5 3. DESENVOLVIMENTO 6 3.1 CLASSIFICAÇÃO DO MAPA DE RISCOS 9 3.2 MAPA DE RISCOS 9 4. REFERÊNCIAS 10 4 1. INTRODUÇÃO O ambiente hospitalar envolve a exposição dos profissionais de saúde e demais trabalhadores a uma diversidade de riscos, especialmente os biológicos. As doenças infectocontagiosas se destacam como as principais fontes de transmissão de microrganismos para pacientes e para profissionais. Outra importante fonte de contaminação refere-se ao contato direto com fluidos corpóreos durante a realização de procedimentos invasivos ou através da manipulação de artigos, roupas, lixo e até mesmo as superfícies contaminadas, sem que medidas de biossegurança sejam utilizadas. Daí a importância da biossegurança que, aplicada nos hospitais, corresponde à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes. Historicamente, tais medidas tornaram-se alvo de preocupações a partir da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), cuja transmissão por via ocupacional tomou maior dimensão para os profissionais de saúde desde o primeiro caso comprovado de sua contaminação ocorrido em hospital da Inglaterra. O reconhecimento dos riscos desse e de outros patógenos transmitidos pelo sangue, foram fundamentais para as mudanças comportamentais necessárias ao exercício das diversas atividades profissionais no ambiente hospitalar. Entre as mudanças ocorridas nos últimos anos e acompanhadas pelo Controle das Infecções Hospitalares, podemos citar: a introdução do uso de equipamento de proteção individual (EPI) na assistência aos pacientes, independente do diagnóstico ou presumível estado de infecção; a simplificação das medidas de isolamento, que passaram a duas categorias: precauções padrão e precauções por rota de transmissão (aérea, gotícula e contato) bem como o estímulo à imunização dos profissionais contra hepatite, tétano e outras infecções, dependendo dos riscos institucionais5. Pode-se também ressaltar o fortalecimento de medidas de contenção biológica de microrganismos nas superfícies e artigos hospitalares por meio de adequado processamento que envolve a limpeza/desinfecção e/ou esterilização quando indicado. Nos últimos anos, destacaram-se os riscos envolvidos na manipulação de resíduos sólidos (lixo), de produtos químicos (desinfetantes) e as preocupações com riscos físicos e ergonômicos através de legislação específica. A obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) nos hospitais do país, independente da entidade mantenedora, foi estabelecida pela Lei Federal 6.4318 e mantida através da Portaria MS Nº2616/989. Essa legislação determina que a CCIH é responsável pela implementação da política de prevenção e controle de agravos infecciosos à saúde de pacientes e profissionais no ambiente hospitalar. 5 2. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é sinalizar as ações de biossegurança praticadas nos hospitais e todos os outros serviços de saúde. 6 3. DESENVOLVIMENTO o Biossegurança no ambiente Hospitalar A Biossegurança hospitalar, é um conjunto de medidas que procuram reduzir ao máximo, ou mesmo erradicar, os riscos característicos de determinadas atividades. Esses riscos podem afetar tanto a saúde do profissional quanto do paciente e causar danos ao meio ambiente. Áreas críticas: São as que apresentam alto risco de transmissão de doenças devido a execução de processos com material biológicos e a realização de procedimentos invasivos. São exemplos de áreas críticas nos hospitais a CME (Central de Material de Esterilização), banco de sangue, lavanderia entre outros. Áreas semicríticas: Demonstram riscos de moderados a baixo para a transmissão de doenças. As enfermarias e consultórios são classificados como áreas semicríticas. As Áreas não críticas são locais de baixo risco, devido não ser ocupado por clientes. o Segurança e saúde no trabalho em serviços Foram estabelecidos na norma regulamentadora (NR 32) os requisitos mínimos e os critérios básicos para a adoção de medidas de proteção aos funcionários dos serviços de saúde em seu ambiente profissional. Além disso, a norma também se aplica a profissionais que atuam nas atividades de promoção e recuperação, ensino e pesquisas em qualquer nível da área da saúde. A biossegurança vai muito além de ações básicas como os sistemas de esterilização do ar ou câmaras de desinfecção das roupas de segurança. Ela engloba medidas que devem atuar prevenindo a contaminação do profissional, que é, atualmente, uma das principais causas de acidentes dentro do ambiente hospitalar. Os funcionários tendem a sofrer acidentes que podem ter a saúde seriamente prejudicada por condições erradas de trabalho. São algumas delas: • Erro no uso de equipamentos; • Problemas estruturais; • Contato desprotegido com agentes contaminantes. Por isso, a higienização frequente, o descarte correto de resíduos e outras normas, tem grande impacto positivo na segurança e na rotina dos profissionais de uma instituição de saúde. 7 o Precauções Padrão As precauções padrão interferem na tomada de decisão por todo trabalhado de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos. Principalmente aqueles transmitidos por sangue e fluidos corpóreos (líquor, líquido pleural, peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou contidos em lesões de pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos. Para o cumprimento das precauções padrão, faz-se necessário o uso simultâneo de vários equipamentos que servem como bloqueio para a contaminação. Atividades de Risco Segundo a NR 32, são atividades de risco afazeres profissionais capazes de proporcionar dano, doença ou morte aos indivíduos. Risco ambiental São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos que existem nos ambientes de trabalho e que, por conta de sua natureza, concentração ou intensidade,podem causar danos à saúde do profissional. Risco à saúde O risco à saúde são as possibilidades de acontecerem efeitos adversos relacionados à exposição do indivíduo aos agentes físicos, químicos ou biológicos citados acima, em que uma pessoa exposta apresente doença, agravo ou até mesmo a morte dentro de um período determinado de tempo ou idade. o Classificação dos riscos Para que os riscos fossem melhor organizados, eles foram mapeados em cinco categorias com cores distintas. Os riscos foram classificados da seguinte maneira: Riscos físicos: grupo 1 (cor verde) • Equipamentos que geram calor, frio ou que operam sob pressão; • Radiações; • Campos elétricos; • Umidade, etc. Como exemplos, podemos citar: aparelhos de raio-X, radionuclídeos, autoclaves, nitrogênio líquido, câmaras frias, centrífugas, estufas, etc. 8 Riscos químicos: grupo 2 (cor vermelha) Produtos químicos, em geral, sob as diferentes formas e apresentações (líquida, sólida, vapor, fumaça, etc.) Alguns exemplos: • Ácidos; • Bases; • Reagentes oxidantes; • Reagentes redutores; • Colas; • Tintas; • Gases; • Pesticidas; • Formol; • Medicamentos; • Metais presentes em lâmpadas; • Pilhas; • Baterias; E uma infinidade de outros produtos químicos. Riscos biológicos: grupo 3 (cor marrom) Agentes biológicos tais como: • Microrganismos geneticamente modificados ou não; • Culturas de células; • Parasitas; • Toxinas e príons. Riscos ergonômicos: grupo 4 (cor amarela) • Esforços repetitivos; • Postura inadequada; • Levantamento de peso; • Rotina intensa de trabalho; • Jornadas prolongadas; • Situações causadoras de estresse físico e psíquico, etc. Riscos de acidentes: Grupo 5 (cor azul) • Arranjo físico inadequado; • Máquinas e equipamentos desprotegidos; • Iluminação inapropriada; • Eletricidade; • Probabilidade de incêndio e explosão; • Animais peçonhentos; • Circunstâncias que podem provocar acidentes, etc. 9 3.1 CLASSIFICAÇÃO DO MAPA DE RISCOS 3.2 MAPA DE RISCOS – UBS PORTE 2 • Recepção: Riscos biológicos, acidentais e ergonômicos; • Wc: Riscos biológicos e acidentais; • Sala de Acolhimento: Riscos biológicos e ergonômicos; • Triagem: Riscos biológicos e ergonômicos; • Consultórios: Riscos biológicos, acidentais e ergonômicos; • Sala de vacina: Riscos biológicos, acidentais e químicos; • Farmácia: Riscos biológicos e químicos; • Ambulatório: Riscos biológicos, químicos, físicos e acidentais; • Enfermaria: Riscos biológicos, acidentais, químicos e ergonômicos; • Atendimento múltiplo: Riscos biológicos, e ergonômicos; • Sala de curativos: Riscos biológicos e químicos; • Consultório Odontológico: Riscos biológicos,acidentais,físicos e ergonômicos; • Lavanderia: Riscos biológicos,acidentais,físicos e ergonômicos; • Área de serviço: Riscos biológicos, acidentais e ergonômicos; • Esterilização: Riscos biológicos, físicos e acidentais. 10 4. REFERÊNCIAS Arca Repositório Institucional da Fiocruz, https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/11363 Manual de Segurança no ambiente hospitalar, http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf Segurança e Saúde no Trabalho em Ambientes da Saúde – Ministério do Trabalho (Portaria n° 485, de 11 de novembro de 2005).
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