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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG
PROCESSO N° 
ISABELA PIMENTA, brasileira, solteira, médica, portadora da CI n°, expedida por, inscrito no CPF/MF sob o n°, residente e domiciliada na Rua, n°, bairro, Juiz de Fora/MG, CEP, endereço eletrônico, nos autos da AÇÃO DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo rito comum que lhe move REGINA SILVA , vem por seu advogado legalmente constituído que, para fins do art. 106, I do Código de Processo Civil, indica o endereço profissional na Rua, n°, bairro, cidade, CEP, vem perante Vossa Excelência, apresentar sua:
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DAS PRELIMINARES
1 - DA PEREMPÇÃO:
 A autora propôs, pela quarta vez, a mesma ação em face da ré. Das outras três vezes os processos foram julgados extintos, uma vez que a autora abandonou a causa, dando azo a estas extinções.
 A norma processual civil é clara ao afirmar que se o autor der causa, por três vezes, fundamentado em abandono, não poderá propor ação contra o réu sob o mesmo objeto.
“Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação
§ 3°. Se o autor der causa, por (3) três vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu".
Pelo exposto, resta evidenciada a figura jurídica da perempção, devendo o processo ser julgado extinto sem análise de mérito, com fulcro no artigo 485, V, do Código de Processo Civil.
2- DA AUSENCIA DE LEGITIMIDADE PASSIVA:
 A ação proposta pela autora reclama nulidade de contrato de compra e venda de um imóvel que pertencia ao seu ex-companheiro sr. André das Neves.
 Importante salientar que a ré sozinha figurando no polo passivo é parte ilegítima já que, no caso em tela, está presente a figura processual do litisconsórcio necessário e unitário devendo, portanto, figurar no polo passivo além da ré, o Sr. André das Neves ex-companheiro da autora.
 O artigo 114 do Código de Processo Penal, nos diz que:
“Art. 114: O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes”
 O Código de Processo Civil, afirma em seu artigo 339 que quando o réu alegar em sua defesa ausência de legitimidade, deverá indicar qual é a parte legítima a compor a ação.
“Art. 339: Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação”.
 Pelas tais razões, requer a Vossa Excelência a citação do senhor ANDRÉ DAS NEVES, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, portador da CI n°, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, n°, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico.
DO MÉRITO
DOS FATOS:
 A autora propôs ação de nulidade do negócio jurídico em face da ré alegando, em síntese, que houve simulação na compra e venda do imóvel realizada entre a ré e seu ex-companheiro.
 Alega ainda que a ré mantinha com seu ex-companheiro, senhor André das Neves, um caso extraconjugal, razão pela qual entende que o negócio jurídico foi simulado devendo, portanto, ser declarado nulo.
 Não obstante os argumentos trazidos pela autora serem frágeis, cumpre a ré trazer em sua defesa o fato de que não conhecia o vendedor do imóvel, passando a conhecê-lo somente no ato de assinatura da escritura.
 O vendedor, senhor André das Neves, viveu em união estável com a autora por 08 (oito) anos tendo a união estável dissolvida por sentença judicial em 23/08/2016. Na sentença os bens foram partilhados e o imóvel adquirido pela ré arrolado como bem pertencente somente ao ex-companheiro da autora.
 A ré afirma que o negócio jurídico foi perfeito e que pagou pelo imóvel o preço justo de R$ 95.000,00 (Noventa e Cinco Mil Reais), cujo valor encontra-se descrito na escritura de compra e venda lavrada em cartório.
 Por derradeiro cumpre esclarecer que esta foi a quarta demanda proposta pela autora em face da ré, sendo que as três anteriores foram por ela abandonadas, levando a sua extinção .
 Pelo exposto assiste razão a ré ao requerer a improcedência dos pedidos formulados pela autora por ser medida da mais salutar justiça.
DOS FUNDAMENTOS
 No presente caso, importante ressaltar que foram observados todos os requisitos essemciais para a realização de um negócio jurídico. As partes são capazes, o objeto negociado é lícito, possível, e determinado, e ainda, não há qualquer proibição legal para a sua realização.
 O legislador no art. 104 do Código Civil prevê que:
"Art. 114: A validade do negócio jurídico requer:
I -  agente capaz;
II — objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III — forma prescrita ou não defesa em lei."
 A lei civil determina a forma como se realizará a negociação de que trata os autos afirmando em seu artigo 108 que a compra e venda, deverá ser realizada por escritura pública, o que fora respeitado pela ré e pelo vendedor.
 Portanto, nobre julgador, não há que se falar em simulação do negócio jurídico no caso em tela, já que a simulação constitui um vício tão grave capaz de tornar o negócio nulo já que constitui um vício social, atingindo terceiros.
"Art. 167: É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.”
 Para o ilustre doutrinador Carlos Roberto Gonçalves em sua não menos ilustre obra de Direito Civil- Parte Geral aduz, sobre a simulação que:
"É uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar um negócio diverso do efetivamente desejado. Consiste num desacordo intencional entre a vontade interna e a declarada para criar um ato negocial que inexiste. A simulação é produto de um conluio visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta ter".
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
1- Seja acolhida a primeira preliminar arguida de Perempção, extinguindo-se o processo sem análise do mérito, com fulcro no art. 485, V, do Código de Processo Civil.
2- Seja acolhida a segunda preliminar arguida de Ausência de Legitimidade, citando o senhor André das Neves, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, portador da CI n°, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, n°, bairro, cidade, estado, CEP, endereço eletrônico, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito, com fulcro no art. 485, VI do Código de Processo Civil.
3- Seja acolhida a terceira preliminar arguida de Ausência de Legitimidade, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito, com fulcro no art. 337, XI do Código de Processo Civil.
4- Sejam julgados IMPROCEDENTES todos os pedidos formulados pela autora e declarados por sentença.
5- Seja a autora condenada ao pagamento de honorários advocatícios e despesas processuais na base de 20% sobre o valor da causa.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e seguintes do CPC, em especial documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Petrópolis, 05 de junho de 2017.
Advogado
OAB

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