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Proteção Solar

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21/04/2018 AVA UNINOVE
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Proteção Solar
APRESENTAR AO ALUNO A IMPORTÂNCIA DOS FOTOPROTETORES, COSMÉTICOS INDISPENSÁVEIS
QUANDO SE TRATA DE PROTEÇÃO DA PELE.
AUTOR(A): PROF. DENILTON SILVA COSTA
Sol
O sol é fonte de energia renovável, o aproveitamento desta energia tanto como fonte de calor quanto de luz,
é uma das melhores alternativas energéticas. Essa energia é fundamental para todos os seres vivos, pois é
fonte de calor e luz, sem a qual seria impossível a origem e manutenção da vida na Terra.
Na natureza processos biológicos como a fotossíntese realizados pelas plantas é condicionado pela luz solar
trazendo consequências positivas as próprias plantas, e aos animais, incluindo o homem. A energia do Sol é
também responsável pelo movimento dos oceanos, pela formação dos ventos (aquecimento do ar) e pelo
ciclo da água, responsável pelas chuvas que garantem o fornecimento de água na natureza. É o calor do Sol
que transporta a água do mar e da Terra para grandes altitudes, de onde volta na forma de chuva e de neve,
para os continentes.
Na vida fatores como tempo e frequência de exposição ao Sol, condições climáticas, tipo de pele
determinam as consequências desta exposição para o ser humano. Sol é importante em processos
bioquímicos da saúde. A metabolização de cálcio e fósforo só é possível a partir da vitamina D, importante
para fixação de cálcio nos ossos. A falta desta vitamina pode estar relacionada com déficit cognitivo e
demência em idosos, e pode também acarretar em fraqueza nos dentes e ossos e raquitismo como mostra
Figura 1.
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Legenda: PERNAS DE CRIANçA COM RAQUITISMO.
A vitamina D também atua no cérebro e está associada à expressão de diferentes proteínas e células
essenciais para sua função, e sua deficiência pode estar associada a disfunções cerebrais inflamatórias e
vasculares que podem culminar em processos degenerativos. Ainda no cérebro os efeitos do Sol trazem o
benefício do bem estar físico e mental e em países em que a incidência do Sol ao longo do dia é baixa
muitas pessoas desenvolvem a Doença Sazonal Afetiva (DAS).
Sol e radiação
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O espectro solar apresenta constituição conforme a Figura 2, no entanto a pele é atingida pelas radiações
ultravioletas (menor que 400 nm / 1nm = 10-9m), visíveis (400–700 nm) e infravermelhas (acima de 700
nm). Sua principal fonte é o Sol (a porção UV é menos de 10% do total de sua energia). Algumas soldas e
lâmpadas também emitem radiação UV.
A radiação ultravioleta (UV) é uma pequena porção da radiação total recebida do Sol. Foi descoberta em
1801 pelo físico alemão Johann Wilhelm Ritter e passou a ser preocupação crescente nos anos 70, quando a
diminuição da camada de ozônio foi observada. 
A radiação infravermelha (IV) é percebida sob a forma de calor, a radiação visível (Vis) através das
diferentes cores detectadas pelo sistema óptico e a radiação ultravioleta (UV) através de reações
fotoquímicas. A nossa percepção para essas radiações são por meio de bronzeamento da pele (estimulo da
produção de melanina), queimaduras, ardência entre outros.
Em função da reflexão e absorção dos raios solares na camada de ozônio estratosférica, considerando toda a
radiação solar que atinge a atmosfera, apenas a luz visível, os raios infravermelhos e 5% da radiação
ultravioleta atingem a superfície terrestre.
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A intensidade dessa radiação que varia em função de localização geográfica (latitude), hora do dia, estação
do ano e condição climática. O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida dessa intensidade, apresentado para
uma condição de céu claro na ausência de nuvens, representando máxima intensidade de radiação. A OMS
(Organização Mundial da Saúde) classifica este índice em 5 categorias, de acordo com a intensidade e
estabelece as respectivas medidas de proteção conforme o Quadro 1.
Quadro 1. Categorias de intensidades de IUV segundo recomendação da OMS
Termo Intensidade
Baixo                  ≤ 2
Moderado                  3-5
Alto                  6-7
Muito Alto                 8-10
Extremo                 ≥ 11
 
De acordo com a Comissão Internacional de Iluminação (CIE) a radiação ultravioleta é dividida em 3
intervalos: UV-C (entre 100 e 280 nm), UV-B (entre 280 e 320 nm) e a UV-A (entre 320 e 400 nm).
A medida que o comprimento de onda diminui a energia da radiação solar aumenta e assim é mais propensa
a induzir reações fotoquímicas. Outra consideração importante diz respeito à capacidade desta radiação
permear a estrutura da pele. A radiação UV de energia menor penetra mais profundamente na pele.
Radiação Ultravioleta
Radiação Ultravioleta A (320 a 400 nm)
A radiação UVA constitui aproximadamente 90% a 95% da radiação ultravioleta que atinge a superfície
terrestre, além de representar a maior parte do espectro ultravioleta. A intensidade da radiação UVA
mantém-se constante durante todo o ano, mas ao longo do dia há um ligeiro aumento na intensidade com
que esta radiação atinge a superfície da terra, com pico de irradiação compreendido entre 10 e 16 h. Dentro
do espectro UVA evidencia-se ainda, dois grupos de radiação com comprimento de onda distinto: UVA 1
compreendida entre 340 e 400 nm, e UVA 2, entre 320 e 340 nm.
A radiação ultravioleta do tipo A apresentar maior comprimento de onda que as radiações UVB e UVC, de
forma que consegue penetrar mais profundamente na pele, conforme pode ser observado na Figura 3. É bom
lembrar que mesmo na sombra pode–se estar exposto a essa radiação. Frequentemente a radiação UVA não
causa eritema, e quando comparada à radiação UVB, sua capacidade em induzir eritema na pele humana é
aproximadamente mil vezes menor.
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Legenda: INCIDêNCIA DA RADIAçãO NA PELE.
A radiação UVA induz pigmentação da pele promovendo o bronzeamento por meio do escurecimento da
melanina pela fotoxidação da leucomelanina, localizada nas células das camadas externas da epiderme.O
bronzeamento tardio, com pico em 72 horas após a irradiação é causado pelo aumento da atividade
datirosinase com consequente aumento na formação de melanina.
Histologicamente, causa danos ao sistema vascular periférico e induz o câncer de pele, dependendo do tipo
de pele e do tempo, frequência e intensidade de exposição. Além de contribuir para a formação de radicais
livres que refletem no envelhecimento e na redução da elasticidade da pele. Atualmente acredita-se que a
radiação UVA é a principal causadora do fotoenvelhecimento e fotocarcinogênese, sendo mais eficaz em
produzir danos peroxidativos que a radiação UVB.
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Radiação Ultravioleta B (280 a 320 nm)
Sobre a radiação UVB parte dos maiores comprimentos é espalhada e atenuada, ou seja, é absorvida pelo
ozônio, mas mesmo assim cerca de 5 a 10% dos raios chega à biosfera.
Provoca eritema cerca de 4 horas após a exposição a essa radiação com pico em torno de 8 a 24 horas e
desaparecimento após um dia ou mais também induz o bronzeamento da pele, sendo responsável pela
transformação do ergosterol epidérmico em vitamina D, e causa o envelhecimento precoce das células. A
intensa exposição à radiação UVB pode causar lesões no DNA, além de comprometer a resposta
imunológica da pele. No verão a incidência desta radiação é maior.
A radiação UVB possuir alta energia e mesmoapresentando menor penetração na pele causa queimaduras
solares. Como resposta aguda da pele à irradiação UVB, há desenvolvimento de eritema, edema,
escurecimento do pigmento, espessamento da derme e epiderme.
Radiação Ultravioleta C (100 a 280 nm)
A radiação UVC possui elevada energia (germicida), característica que a torna extremamente lesiva aos
seres vivos. Devido à absorção pelo oxigênio e pelo ozônio na estratosfera, nenhuma radiação UVC chega à
superfície da Terra. A UVC tem efeitos carcinogênicos e mutagênicos.
Fotoproteção
A pele é o principal meio de comunicação entre o meio corporal interno e meio ambiente; por isso é um
órgão tão suscetível as lesões causadas pelas forças ambientais como luz solar, gases, má alimentação,
estresse, microorganismos, poluição, entre outros fatores.
A pele é o primeiro órgão a denunciar a idade cronológica do ser humano apresentando dois tipos de
envelhecimento: o cronológico ou intrínseco comum a todos os outros órgãos, relacionados com a idade; e
o envelhecimento causado por fatores ambientais, principalmente pelo Sol, chamado de foto
envelhecimento. Devido sua grande evidencia em tempos de extrema vaidade, os produtos para cuidados
com a pele multiplicam-se assustadoramente nas prateleiras de supermercados, perfumarias e lojas
especializadas bem como os produtos para uso profissional em clínicas de tratamentos estéticos.
Um dos principais, e talvez mais graves, danos causados a pele é a excessiva exposição ao Sol; além de
envelhecimento precoce, surgimento de manchas, perda da elasticidade a exposição excessiva ao Sol é um
dos principais agentes causadores de câncer de pele. A faixa de raios solares que atingem a superfície da
Terra compreende as radiações ultravioletas (UV) que se subdividem em: ultravioleta C (UVC), ultravioleta
B (UVB) e ultravioleta A (UVA). A UVA penetra profundamente na camada dérmica da pele e causa danos
nas fibras da pele, colágeno e elastina e ainda pode ser um auxiliador na formação de radicais livres.
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Para se diminuir os efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta, além de se evitar a exposição ao Sol
durante o horário de pico de radiação (10 às 16 h), devem-se ter outros cuidados como usar roupas
apropriadas, chapéus de abas largas, óculos de Sol e principalmente filtros solares de amplo espectro, visto
que a diminuição da camada de ozônio associada ao aumento das atividades ao ar livre requer filtros solares
com fator de proteção solar cada vez maior.
Os gregos antigos usavam óleo de oliva como um tipo de filtro solar. Entretanto, o óleo não era muito
efetivo. Ao longo do início do século XX, H.A. Milton Blake, um químico australiano, assim como muitos
outros inventores, tentaram criar um filtro solar efetivo, mas não conseguiram.
Foi assim até 1944, quando o primeiro protetor solar foi inventado. Naquela época, a Segunda Guerra
Mundial movimentava os campos de batalha e muitos soldados sofriam de sérias queimaduras solares. Um
farmacêutico chamado Benjamin Greene decidiu criar algo que pudesse proteger os soldados dos maléficos
raios solares. No forno de sua esposa, ele criou uma substância vermelha e viscosa, a qual chamou de "red
vet pet" (red veterinary petrolatum - petrolato veterinário vermelho), que funcionava principalmente
através do bloqueio físico dos raios solares por meio de um espesso produto originado do petróleo, similar à
Vaselina. Greene então testou-o em sua própria cabeça careca. Não funcionou tão bem como os modernos
protetores, mas foi um começo.
A solução para os problemas causados pela exposição à radiação ultravioleta pode ser amenizada de forma
simples com o uso regular de filtros solares adequados. A maioria dos produtos para cuidados com o rosto já
é enriquecida com substâncias protetoras aos efeitos nocivos dos raios solares, entretanto as pessoas ainda
não se habituaram a usar tais produtos bem como o filtro solar nas cidades, durante o dia-a-dia.
O filtro solar é um produto de uso externo, capaz de refletir ou absorver as radiações ultravioletas
(UVA/UVB) que atingem a pele e são classificados conforme o FPS – Fator de Proteção Solar.
Antigamente os filtros solares apresentavam algumas limitações: os bloqueadores (que formam uma
barreira física a penetração da radiação solar) e os protetores (que formam uma barreira química a
penetração da radiação solar); protegiam apenas contra um tipo de radiação UVA ou UVB. Os protetores
solares modernos oferecem maior proteção contra ambos os raios e ao mesmo tempo, ou seja, em um
mesmo produto tem-se a proteção contra UVA e UVB de longa duração.
Os protetores solares estão no mercado há mais de 60 anos. Inicialmente, eles foram desenvolvidos para
proteger a pele contra queimaduras do Sol, isto é, preferencialmente contra a radiação UVB, permitindo
bronzeamento por meio de UVA. Com o crescente conhecimento a respeito de UVA, ficou evidente que a
pele precisaria ser protegida de toda faixa UVA/UVB.
A escolha do produto mais adequado a cada tipo de pele também deve ser levada em consideração, uma vez
que a composição do filtro solar pode apresentar alguns componentes potencialmente alergênicos ou
comedogênicos, por exemplo, no caso de produtos infantis, é importante que se tenha maior cautela, pois a
pele das crianças tem uma capacidade maior de absorver produtos químicos e menor capacidade de
eliminá-los.
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Inúmeras técnicas estão sendo aperfeiçoadas para obter um produto final de alta qualidade; ou seja, de fácil
aplicação, de agradável sensorial e odor, e de eficácia contra os danos proporcionados pela exposição à
radiação ultravioleta. Além disso, as matérias primas têm sido desenvolvidas no intuito de promover
proteção por mais tempo e atuar amplamente nas radiações UVA e UVB.
Inicialmente, os filtros solares apresentam-se como uma importante estratégia para a prevenção ou
redução benignas e malignas de pele, envelhecimento precoce e imunossupressão causada pelos raios UV.
Podem ser classificados de acordo com o tipo de proteção que oferecem: bloqueio físico ou absorção
química da radiação UVA/UVB.
A capacidade de penetração dos filtros solares depende principalmente da afinidade entre a molécula e o
estrato córneo; os filtros químicos têm grande afinidade pelo estrato córneo, por isso apresenta uma
distribuição mais homogênea do produto sobre a pele e consequentemente, maior proteção. Já os filtros
físicos permanecem dispersos na formulação, não sendo capazes de penetrar na pele.
O FPS é um número inteiro (baseado num cálculo) que indica o número de vezes, em unidade de tempo, que
o indivíduo poderá se expor ao Sol, utilizando o protetor, sem apresentar o eritema solar (vermelhidão da
pele), tendo como referencial a dose eritematógena mínima (DEM) individual.
O FPS de um produto é determinado pela razão do cálculo da DEM da pele não protegida e da pele
protegida com a aplicação de 2mg/cm2 do fotoprotetor:
                                                                                     
                                          FPS =   DEM na pele protegida 
                                                      DEM na pele não protegida
  Esse número varia de acordo com a cor da pele. O protetor solar deve ser aplicado 20 minutos antes da
exposição solar, em quantidades generosas (2 a 3g na face e mãos e 30g para todo o corpo) devendo ser
reaplicado após contato com água e transpiração excessiva. Mesmo os "resistentes à água" devem ser
reaplicados após transpiração ou atividade na água a cada 2 horas.
A DEM é o tempo necessário para produzir um mínimo sinal de eritema perceptível na pele após irradiação
solar,sem filtro solar. Em 1975 um médico americano Dr. Fitzpatrick criou uma classificação para os tipos
de pele baseada na cor, relacionando-se com a DEM, como mostra a Tabela 1.
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Tabela 1. Classificação de Fitzpatrick em relação à DEM.
Tipo de
pele Descrição
DEM (mJ/
cm2)
I Pele muito clara, sempre queima, nunca bronzeia       15 -30
II Pele muito clara, sempre queima, algumas vezes
bronzeia
       25-35
III Pele menos clara, algumas vezes queima e sempre
bronzeia
       30-50
IV Pele morena clara, raramente queima e sempre
bronzeia
       45-60
V Pele morena escura, nunca queima e sempre bronzeia       60-100
VI Pele negra, nunca queima e sempre bronzeia      100-200
                                                                                    
 
 
Filtro solar e ação protetora
Os filtros solares que exercem função protetora podem ser classificados em inorgânicos e orgânicos,
correspondendo ao que se chama de filtro físico e filtro químico respectivamente.
Filtro físico
Quando se fala em filtro inorgânico / físico tem-se como ação a formação de uma película sobre a pele
aplicada de forma a refletir / dispersar a radiação que nela incide sem que ocorra uma reação química.e são
compostos por óxidos metálicos.
Apesar da eficiente ação protetora deste tipo de filtro o mesmo apresenta como fator indesejável a
aparência esbranquiçada de difícil mascaramento sobre a pele. Os principais exemplos deste tipo de filtro
são o dióxido de titânio, óxido de zinco, silicato de magnésio, óxido de magnésio, óxido de ferro entre
outros.
Filtro químico
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Os filtros orgânicos, químicos são representados por moléculas orgânicas capazes de absorver a radiação UV
(alta energia) e transformá-la em radiações com energias menores e inofensivas ao ser humano. Estas
moléculas são, essencialmente, compostos aromáticos com grupos carboxílicos. No geral, apresentam um
grupo doador de elétrons, como uma amina ou um grupo metoxila, na posição orto ou para do anel
aromático. Esta configuração química permite a molécula absorver comprimentos de ondas curtos (mais
energéticos) correspondentes ao UV (250-340 nm), convertendo a energia resultante em radiações de baixa
energia (geralmente superiores a 380 nm). Portanto, quando a molécula do filtro e atingida por um fóton de
luz com determinado nível de energia ela vai para um estado eletrônico excitado e como a molécula
entra em ressonância ela dissipa esta energia, retornando ao seu estado fundamental, emitindo outro fóton
com menor energia do que aquele que foi absorvido para promover a excitação. A energia emitida pelo filtro
solar pode ser na região do infravermelho (na forma de calor) ou ainda na região do visível.
Proteção Infantil e Câncer de pele
Crianças e homens merecem grande atenção quanto à exposição solar. No caso das crianças o FDA (Food
and Drug Administration) recomenda o uso de protetor solar somente para crianças acima dos 6 meses de
idade, pois antes desta idade há uma maior absorção percutânea e o sistema excretório da pele não está
ainda totalmente desenvolvido, podendo haver maior toxicidade.
A prática da proteção solar através do uso de filtros solares nos primeiros 18 anos de vida, diminui em até
85% o risco de desenvolvimento do câncer de pele na idade adulta. Com relação aos homens, fazem menos
uso de protetor solar que as mulheres e apesar da pele do homem ser mais grossa que a da mulher, a ação
dos raios solares é a mesma e são eles os que mais morrem de câncer de pele, um número maior do que os
atingidos pelo tumor de próstata.
Filtros solares permitidos pelo FDA
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Ácido p-aminobenzóico (PABA) até 15 %.
Avobenzona até 3%.
Cinoxato até 3%.
Dioxibenzona até 3%.
Homosalato até 15%.
Mentil antranilato até 5%.
Octocrylene até 10%.
Octyl methoxycinnamate (Octinoxate) até 7.5%.
Octyl salicylate até 5%.
Oxybenzone até 6%.
Padimate O até 8%.
Ácido fenilbenzimidazol sulfônico (Ensulizol) até 4%.
Sulisobenzona até 10%.
Dióxido de titânio até 25%.
Salicilato de trolamina até 12 %.
Óxido de Zinco até 25%.
Outros incluem:
4-Methylbenzylidene camphor (USAN Enzacamene).
Tinosorb® M (USAN Bisoctrizole, INCI Methylene Bis-Benzotriazolyl Tetramethylbutylphenol).
Tinosorb® S (USAN Bemotrizinol, INCI Bis-Ethylhexyloxyphenol Methoxyphenyl Triazine).
Mexoryl® SX (USAN Ecamsule, INCI Terephthalylidene Dicamphor Sulfonic Acid).
Mexoryl® XL (INCI Drometrizole Trisiloxane).
Neo Heliopan® AP (INCI Disodium Phenyl Dibenzimidazole Tetrasulfonate).
Uvinul® A Plus (INCI Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl Benzoate).
Uvinul® T 150 (INCI Octyl Triazone).
Uvasorb® HEB (INCI Diethylhexyl Butamido Triazone).
Parsol® SLX (INCI Polysilicone-15).
Muitos destes ingredientes não são aprovados pela FDA, mas todos são aprovados na União Européia. E
alguns são permitidos em outras partes do mundo também. Muitos desses ingredientes relativamente novos
absorvem a UVA, tornando mais fácil para os fabricantes de filtros solares fazer fórmulas para a demanda
crescente de filtros solares com melhor proteção contra UVA.
Produtos cosméticos relacionados
Conforme a legislação os protetores solares disponíveis comercialmente são divididos em quatro
categorias:
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baixa proteção no qual o FPS varia de 2 a 6);
moderada proteção (FPS 6 a 12);
alta proteção (FPS 12 a 20);
muito alta, no qual o FPS é igual ou superior a 20.
As preparações de baixa proteção são chamadas também de bronzeadores e não apresentam em sua
composição filtros de raios UVA, apenas UVB e, portanto, o FPS obtido e muito baixo. Já os protetores
solares de alta proteção são associações de filtros UVB com filtros UVA e/ou filtros físicos cujo índice de
proteção fica na faixa de 12-30.
Autobronzeadores
A dihidroxiacetona (DHA) é um açúcar simples de três carbonos, o qual não apresenta toxicidade.
Especificamente, esse açúcar é um produto fisiológico do organismo, formado e utilizado durante a
glicólise.
A dihidroxiacetona usada em autobronzeadores é preparada, principalmente, pela fermentação do glicerol,
utilizando-se Gluconobacter oxydans. O sítio de ação da dihidroxiacetona na pele é o estrato córneo. O
processo de autobronzeamento ocorre nas camadas mais externas da epiderme, através da reação de
Maillard, responsável pelo bronzeamento que ocorre entre o grupo amino da queratina da pele e o
grupamento hidroxila da DHA, formando um produto de cor marrom, conhecido como melanoidina.
A vantagem da pigmentação cutânea induzida pela diidroxiacetona e que ela não pode ser removida por
transpiração, mergulhos ou banho. O “bronzeamento” proporcionado pela DHA somente sofre remoção
através da descamação da pele.
Com relação ao efeito protetor, este e bastante limitado. Evidencias clinicas e experimentais mostraram que
a solução tópica a base de diidroxiacetona a 3% apresentou FPS correspondente a 3, enquanto que uma
solução contendo DHA a 15% demonstrou proteção UVA equivalente a 10.
A diidroxiacetona não aumenta a resistência da pele ao Sol. Os usuários de produtos contendo DHA devem
manter os cuidados normais em relação a exposição solar, através do uso regular e correto de protetores
solares com FPS adequadamente definido, segundo o tipo de pele, óculos de sol, chapéus e roupas
protetoras.
A eritrulose e um ceto-acucar natural que também reage com grupamentos amino primários e secundários,
pela reação de Maillard.A eritrulose foi desenvolvida para reduzir ou eliminar as desvantagens dos
autobronzeadores atualmente disponíveis no mercado, como bronzeamento “manchado” e irregular e
ressecamento cutâneo intenso. As propriedades da eritrulose foram documentadas em complexos estudos,
realizados in vivo. Uma importante aplicação do conceito de “novo produto autobronzeador” consiste em se
fazer uso das vantagens complementares da combinação eritrulose e diidroxiacetona. Em comparação com
a formulação contendo apenas DHA, a combinação produz um bronzeamento mais homogêneo e duradouro
e isento de manchas.
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A eritrulose reage mais lentamente com os aminoácidos livres da camada córnea do que a diidroxiacetona.
E somando este fato a distribuição mais uniforme da eritrulose no estrato córneo, acredita-se que a
combinação eritrulose/ DHA seja responsável pelo bronzeamento mais uniforme e duradouro.
Cosméticos pós-sol
Em função a exposição a radiação ultravioleta em dias de Sol e mesmo nublados, a pele pode apresentar
ardência, prurido, vermelhidão e inchaço. Os cosméticos pós-sol normalmente contêm substâncias que
acalmam a pele, como camomila, azuleno, Aloe Vera e calamina; ativos anti-inflamatórios, como
alfa bisabolol e nicotinamida; anti radicais livres como flavonoides; cicatrizantes como alantoína, óxido de
zinco, refrescante como mentol. Devem ser passado constantemente, da prática do uso de hidratantes e
banhos menos quentes.
 
 
ATIVIDADE
Sobre os cosméticos relacionados a proteção solar é correto o que se
afirma em:
A. A radiação UVA apresentar menor comprimento de onda que as radiações UVB e UVC.
B. O filtro solar é um produto de uso interno, capaz de refletir ou absorver as radiações ultravioletas 
C. Os filtros orgânicos são representados por moléculas orgânicas capazes de absorver a radiação.
D. Filtro químico forma uma película sobre a pele de forma a refletir / dispersar a radiação.
E. A diidroxiacetona é um autobronzeador que aumenta a resistência da pele ao Sol 
REFERÊNCIA
1- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução n° 237, de 22 de agosto de2002.
Regulamento técnico sobre protetores solares em cosméticos. Disponível em:
<http://elegis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=267>. Acesso em: 19 de setembro de 2014.
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– acessado no dia 19 de setembro de 2014.
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