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SOL E PELE - Cosmetologia

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Maria Beatriz @biawtiful 
 
Cosmetologia 
RADIAÇÃO SOLAR 
A radiação emitida pelo sol é de natureza 
corpuscular (prótons, partículas alfa, elétrons) e 
eletromagnética. É complexa e pode decompor-se, 
isolando várias radiações que normalmente estão 
sobrepostas. 
O espectro solar é o conjunto de radiações 
eletromagnéticas emanadas do sol. O comprimento de 
onda dessas radiações é definido na unidade chamada 
nan6ometro (nm) que equivale a 1/1.000.000 mm. 
As radiações do espectro solar que atingem a 
terra estão compreendidas entre 290 a 2000 nm 
(teoricamente). 
 Se um raio atravessar um prisma, gerando um 
espectro eletromagnético, obtemos várias cores 
(radiações visíveis), além das U.V. e I.V., de acordo com seu 
comprimento de onda (nm): 
- radiações I.V. → responsáveis pelo calor; 
- radiações visíveis → responsáveis pela luz; 
- radiações U.V. → apresentam ação química e biológica; 
- Raios cósmicos → retido pela camada de ozônio; 
- Raios gama → retido pela camada de ozônio; 
- Raios X → retido pela camada de ozônio; 
- Microondas; 
 
ESPECTRO SOLAR 
Estas radiações possuem mesma natureza, a 
diferença está no fato de que o olho receptor seletivo 
só capta as visíveis, e as outras não. 
Radiações luminosas U.V. – ação importante 
sobre a pele, pois fornecem muita energia, e divide-se 
em 3 faixas: 
- U.V.C. – de comprimentos de onda entre 100 e 290 nm; 
- U.V.B. – de 290 a 320 nm; 
- U.V.A. – de 320 a 400 nm; 
As radiações da faixa UVA acompanham a luz 
visível e atravessam as camadas de nuvens enquanto que 
as radiações da faixa UVB não atravessam as nuvens 
espessas e estão presentes (em maior concentração) 
por poucas horas do dia atingindo o máximo às 12 horas 
quando o sol está a zênite (perpendicular ao solo). 
A luz visível compreende comprimentos de onda 
entre 400 e 700 nm, e os infravermelhos atingem 
comprimentos de onda superiores a 700 nm. 
 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
 
 O princípio que se aplica a todas as ondas 
eletromagnéticas, no qual a energia é inversamente 
proporcional ao comprimento de onda, também se aplica 
à radiação U.V. À medida que diminui o comprimento de 
onda, aumenta a energia potencial da radiação U.V. e 
aumentam, também, seus efeitos. 
FUNÇÃO MELANOGÊNICA 
A pele pode ser considerada como uma glândula 
pigmentar por produzir a melanina, pigmento de 
constituição proteica complexa, componente da coloração 
cutânea e dos anexos. 
 A melanina é produzida por células específicas 
chamadas melanócitos, localizados entre os 
queratinócitos, na camada basal da epiderme. 
 
Os melanócitos são células dendríticas e 
alcançam (com seus dendritos) não somente as células 
basais como também as células espinhosas da epiderme. 
 O conjunto formado por um melanócito com 12 
a 36 células ao seu redor (basais ou espinhosas) é 
chamado de unidade melanocitária. 
 No interior dos melanócitos, na sua porção 
mediana encontram-se os orgânulos chamados 
melanossomas, que produzem a melanina e se 
encaminham para a extremidade dos dendritos, para 
serem transferidos às células vizinhas. 
 
 
Podemos diferenciar dois tipos de melanina: 
1 – FEOMELANINAS – pigmentos amarelados e marrons 
avermelhados que contém enxofre; 
2 – EUMELANINAS – pigmentos negros ou marrons 
insolúveis, originados da oxidação da tirosina; 
 As eumelaninas formam uma camada protetora 
em relação às radiações UVB enquanto que as 
feomelaninas não possuem esta propriedade. 
 Os melanossomas carregados de eumelaninas, 
conforme a influência genética, são destruídos ou 
eliminados de modo diferente. 
 Nas raças brancas e mongolóides eles são quase 
todos eliminados na camada espinhosa e muito poucos 
atingem a camada córnea, ao passo que na raça negra 
eles chegam intactos às camadas superficiais da 
epiderme, escurecendo deste modo a totalidade da sua 
espessura. 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
 No fototipo de pele clara e cabelos ruivos, as 
faeomelaninas sofrem desagregação quase que imediata 
e não chegam a modificar a cor da pele e não 
desempenham função de proteção contra radiações UVB. 
 A diferença de cor entre a pele do branco, por 
mais bronzeada que esteja e a pele do negro, é devida 
em parte ao volume dos melanossomas, mas 
principalmente ao fato de que na pele branca, mesmo 
com uma forte melanogênese não se obtém nada além 
de uma certa quantidade de pigmento limitada e 
geneticamente pré-determinada, que não atinge todas as 
camadas da epiderme, enquanto que a pele negra 
conserva uma concentração densa de melanina em todos 
os níveis da epiderme, desde a camada basal até a 
camada córnea. 
 Os distintos componentes dos melanossomas não 
elaborados sob controle genético, suas características 
estão codificadas por genes da pigmentação e 
especificadas na seqüência nucleotídica do melanócito. 
 No ser humano é desconhecido ainda o controle 
genético da pigmentação cutânea, e é possível que as 
variações de cor se devam à ação de 3 ou 4 genes, 
provavelmente alélicos. 
 A radiação ultravioleta induz a uma reação rápida 
que começa aos 5 ou 10 minutos após a exposição e dura 
aproximadamente 36 horas. Este bronzeado deve-se à 
foto-oxidação da melanina preexistente, reordenação dos 
melanossomas nos queratinócitos, estímulo à migração 
dos melanossomas até as extremidades dos dendritos e 
à sua transferência aos queratinócitos vizinhos. 
 Os hormônios influenciam a pigmentação cutânea 
no homem e nos mamíferos. O NSH (hormônio melano-
estimulante) induz a uma melanização cutânea devido ao 
aumento do número de melanossomas nos queratinócitos. 
 Parece que este hormônio provoca o 
alargamento dos dendritos dos melanócitos, estimulam a 
produção de melanossomas, sua migração e sua 
transferência aos queratinócitos. 
 
COR DA PELE 
Existem 3 fatores principais: 
1 – As células da derme e epiderme tem um fundo 
natural de cor amarelada; predomínio = espessura; 
2 – Vasos sanguíneos superficiais – tom vermelho a 
azulado; a intensidade depende do número e estado de 
dilatação dos vasos e sua proximidade com a superfície; 
3 – Pigmentos carotenos e as melaninas marrons e 
pretas são responsáveis pela cor das diferentes raças. 
 
DIFERENÇA NA COR DA PELE 
Pele negra e pele branca – número de melanócitos é 
similar 
Pele negra – se produz por incremento da atividade dos 
melanócitos associado com a produção de melanossomas 
que são em maior quantidade que na pele branca; 
Melanossomas – dispostos individualmente nos 
melanócitos; 
Melanina – está no estrato córneo; 
Pele branca – melanossomas estão complexados nos 
melanócitos; Melanina está por cima da capa basal 
epidérmica. 
AÇÃO DO SOL SOBRE A PELE 
O efeito da radiação solar sobre a pele pode 
variar desde o simples eritema seguido de pigmentação, 
até a produção de lesões bolhosas, degenerativas ou 
neoplásicas, dependendo da intensidade e frequência da 
radiação do tempo de exposição e também do tipo de 
pele. 
As radiações eritematosas (causa vermelhidão 
devido a vasodilatação) são as chamadas UVB. Já as 
radiações responsáveis pela pigmentação (ativação da 
melanogênese) pertencem em parte ao UVB, mas, 
sobretudo ao UVA e nela, a faixa mais ativa está entre 
350 e 365 nm, sendo classificada como “raios do 
bronzeamento”. 
As radiações da faixa UVA são as mais 
penetrantes, são pouco absorvidas pelas melaninas, por 
isto 50% podem atingir as células germinativas da 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
camada basal e 35% a derme, exercendo ação perniciosa 
sobre as fibras de colágeno, elastina e reticulina. 
As radiações da faixa UVB são menos 
penetrantes e são absorvidas em grande parte pelas 
melaninas, sendo que somente uma pequena parte delas 
atinge a derme papilar. 
 Estação do ano, latitude, altitude e inclinação do 
sol (hora do dia) são fatores que modificam a espessura 
da camada atmosférica que é atravessada pelos raios 
U.V., alternando, portanto, a quantidade de radiação U.V. 
transmitida. 
 A reflexão da radiação sobre o solo e ambiente 
modificam as quantidades de radiaçãosobre a superfície 
terrestre. Mesmo nos dias sombrios e quantidade de 
radiação U.V. refletida pelo meio pode assumir valores 
significativos. 
 Poluentes da atmosfera, bem como a água em 
suspensão, podem absorver determinados comprimentos 
de onda. 
 
 Sabe-se que a intensidade máxima das radiações 
solares sobre a superfície terrestre ocorre entre às 11 
e 13 horas. A radiação U.V.B. é menos intensa antes das 
10 horas e depois das 15 horas, porém isto não ocorre 
com a radiação U.V.A., já que a sua intensidade não sofre 
alteração significativa. 
 
O ângulo de incidência das radiações diminui com 
o aumento da latitude. A maior intensidade ocorre no 
Equador. 
A cada aumento de 300 m na altitude, ocorre 
um aumento de 4% na intensidade da radiação. 
A reflexão da luz no terreno também pode 
provocar variações apreciáveis. Ex.: reflexão na areia – 
aumento de 25% na intensidade de reflexão; reflexão na 
neve – aumento de 80%. 
O bronzeamento (mecanismo de proteção 
desenvolvido pela pele) se dá através da ativação da 
produção de melaninas pelos melanócitos e ao 
espessamento da camada córnea da epiderme, pois sob 
a incidência das radiações ultravioletas, o ritmo de 
mitoses na camada basal é acelerado. 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO U.V 
- U.V.C. (100-290 nm) 
A radiação U.V.C. não atinge a superfície 
terrestre, pois comprimentos de onda inferiores a 290 
nm ficam retidos na camada de ozônio. Por serem muito 
energéticos, são altamente lesivos aos seres vivos. 
 
- U.V.B. (290-320 nm) 
 A radiação U.V.B. atinge totalmente a epiderme e 
parcialmente a derme. Os raios U.V.B. são responsáveis 
pela formação de eritema e pelo bronzeamento indireto 
da pele (o comprimento de onda de 297 nm mostra um 
pico na formação de eritema). 
 Também são responsabilizados pelo 
espessamento da camada córnea. Longas e repetidas 
exposições da pele à radiação U.V.B. agravam os efeitos 
adversos dos raios U.V.A., provocando, nas células da 
derme, profundas modificações que podem levar a 
carcinomas cutâneos. 
 
- U.V.A. (320-400 nm) 
 U.V.A.1 (curtos) – 320-340 nm 
 U.V.A.2 (longos) – 340-400 nm 
 Os raios U.V.A. causam o bronzeamento direto da 
pele, com eritema fraco. A reação máxima de eritema é 
atingida em 72 horas. 
 Podem atingir a derme e provocar a degradação 
das fibras elásticas, dando origem à elastose. Também se 
relaciona a esta radiação o espessamento da camada 
córnea. Assim, como ocorre com a luz visível, podem 
causar fenômenos de fotossensibilização. Seus efeitos 
cumulativos induzem ao fotoenvelhecimento, podendo 
haver implicação carcinogênica. 
 
BRONZEAMENTO (PIGMENTAÇÃO CUTÂNEA) 
Reação de defesa do organismo; Os raios solares 
penetram até a camada germinativa da epiderme e 
transformam os pigmentos melânicos claros em melanina 
corada. Capacidade individual pré-determinada 
(geneticamente). 
Atuação: 
- por pigmentação direta ou bronzeamento direto, obtido 
por radiações U.V.A. (a pele escurece progressivamente 
a melanina, por foto-oxidação da leucomelanina localizada 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
nas células das camadas externas da epiderme – 
bronzeamento duradouro); 
- por pigmentação indireta ou bronzeamento indireto, 
obtido pelas radiações U.V.B., provocado pelo aumento na 
produção de melanina, através da melanogênese, com o 
aparecimento de eritema após exposição solar – é tanto 
mais intensa e permanente quanto maior for a exposição 
aos raios U.V.B., mas paralelamente o eritema cresce na 
mesma proporção. 
 
EFEITOS CAUSADOS PELA EXPOSIÇÃO SOLAR 
EFEITOS BENÉFICOS 
- estímulo da circulação sanguínea periférica (ação vaso 
dilatadora); 
- incremento na produção de vitamina D3 (por irradiação 
do 7-dehidrocolesterol) → aumento da absorção de 
cálcio pelo intestino; 
- atuam na prevenção de certas infecções cutâneas; 
- colaboram no tratamento de algumas dermatoses (ex.: 
psoríase); 
- intensificam a síntese de melanina gerando um 
mecanismo de defesa à radiação; 
- proteção natural contra queimaduras; 
- levam a sensação geral de bem estar, sossego e saúde, 
diminuindo índices de depressão; 
 
DANOS CAUSADOS À PELE 
- Em curto prazo: 
- queimadura solar (dose excessiva de U.V.B); 
- desprendimento da pele lesada (descamação); 
- Exposição crônica: 
- espessamento da pele; 
- perda da elasticidade natural; 
- aumento na formação de manchas escuras; 
- dermatites transitórias; 
- reações de fotossensibilização; 
- fotoenvelhecimento; 
- lesão celular e câncer de pele; 
DANOS CAUSADOS AOS CABELOS 
 Difícil dimensionar os danos causados pelas 
irradiações U.V. nos cabelos através de MED (dose 
eritematógena mínima), mas são perceptíveis através 
dos seguintes fatores: 
- perda de resistência; 
- toque áspero; 
- aspecto ressecado; 
- coloração mais clara; 
- dificuldade ao pentear; 
- pontas difurcadas; 
Quimicamente: 
- cisão homolítica das pontes de dissulfeto da cutícula; 
- degradação do aminoácido triptofânico pela radiação 
U.V.B. 
DEFESAS DO ORGANISMO A RADIAÇÃO SOLAR 
BRONZEAMENTO 
 Resultante da foto-oxidação da leuco-melanina 
(pela radiação U.V.A.) e pelo aumento da síntese de 
melanina (melanogênese). 
AUMENTO DA QUERATINIZAÇÃO DA CAMADA CÓRNEA 
“A radiação solar aumenta a velocidade mitótica das 
células epidérmicas, originando o engrossamento do 
extrato córneo no transcurso de 4 a 7 dias, dificultando 
a penetração das radiações eritematogênicas na 
epiderme.” (Harry) 
 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
O PAPEL DO ÁCIDO UROCÂNICO 
Presente no suor, o ácido urocânico absorve no U.V. 
(entre 300 e 325 nm). 
PROTEÇÃO ADICIONAL 
- bloqueio dos raios U.V.B. e liberação da passagem dos 
raios U.V.A., essenciais para um bronzeamento duradouro; 
- é necessário preparar convenientemente a pele 
algumas semanas antes da exposição solar (pele seca, 
por exemplo); 
Critérios que condicionam a eficácia de um protetor solar: 
- Natureza do filtro e sua concentração → 1 a 4% da 
formulação; derivados cinâmicos, benzofenonas, 
benzalazinas, além dos bloqueadores físicos (óxido de 
zinco, dióxido de titânio); 
- Natureza do excipiente →hidrocarbonetos (vaselina, 
parafina, óleos minerais)– sem poder protetor; óleos 
vegetais (oliva, coco, gergelim) – poder protetor de cerca 
de 23%; Emulsões A/O são mais utilizados, pois 
permanecem mais tempo no corpo, prolongando o tempo 
de proteção; 
- Eficácia → Como avaliar o grau de proteção de um 
agente filtrante, ou o grau de proteção oferecido por um 
produto? 
- mediante processo físico (espectrofotometria) 
- fisiológicos (método de Schulze e termométrico) 
 
ÍNDICE DE PROTEÇÃO 
DOSE ERITEMATÓGENA MÍNIMA (MED ou DEM) 
 Pode ser definida como a quantidade mínima de 
radiação emitida por uma fonte de energia (sol ou 
lâmpada) que, em determinado período de tempo 
(segundos), é capaz de provocar eritema cutâneo 
perceptível. 
 
 
FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR 
“A relação entre o tempo necessário para se obter o 
eritema, numa pele protegida e o tempo necessário para 
se obter um eritema idêntico, na referida pele sem 
proteção (ou dose eritematógena mínima), representa o 
valor de F.P.S.” 
F.P.S. = D.E.M.da pele protegida 
 D.E.M da pele desprotegida 
 
DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO F.P.S. (U.V.B.) 
SEGUNDO SHULZE 
Consiste em determinar dois valores de tempo: 
T1 – tempo de exposição até aparecimento do eritema, 
sem protetor; 
T2 – tempo de exposição que a mesma pessoa suporta, 
até aparecimento dos mesmos sintomas (eritema), mas 
desta vez com protetor; 
Dividindo T2 por T1, teremos um valor, denominado F.P.S. 
Exemplo: pessoa protegida com um produto F.P.S. 25, 
esta pessoa poderá permanecer exposta ao sol 25 
vezes mais tempo do que se não tivesse utilizado 
protetor. 
F.P.S. → noção teórica – outros fatores podem 
influenciar este grau de proteção: banhos de mar, 
transpiração excessiva, contato com a toalha, etc. 
 
MÉTODO TERMOMÉTRICO 
 Fornece valor que vai até 10, e que está em 
relação direta com o valor eritematogênicointerpretado, 
sendo o valor máximo equivalente à proteção total. 
Consiste na aplicação do produto sobre as pele 
(costas), em seguida são colocadas faixas oclusivas, de 
maneira a permitir a incidência da radiação UV num 
conjunto de aberturas, que são fechadas a intervalos 
regulares. Após este procedimento é feita a leitura da 
reação eritematogênica. 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
 Para produtos diferentes, os valores podem não 
ser equivalentes. 
 
MEDIDAS OBTIDAS POR ESPECTROFOTOMETRIA 
- FPS estimado; 
- avalia o filtro de acordo com a altura, largura e 
localização de sua curva dentro do espectro de U.V.; 
- não funciona nas formulações que contém aditivos 
refletores (TiO2, ZnO); 
- pode ser utilizado como teste preliminar para seleção 
de produtos para posterior teste “in vivo”. 
 
MÉTODO DE TESTE U.V.A. 
- Medição de eritema induzido por U.V.A em pele 
sensibilizada (por 8-metoxi-psoraleno, antraceno, ou 
similar)de voluntários (método PUVA); 
- Medição de reação de eritema recente em pele de 
pessoas não sensibilizada, após dose muito alta de 
irradiação U.V.A; 
- Medição colorimétrica do escurecimento direto do 
pigmento, induzido pela U.V.A, em voluntários (Método IPD 
de escurecimento imediato de pigmento); 
- Medição colorimétrica de reação de bronzeamento 
recente em peles humanas não-sensitivas, após alta dose 
de irradiação U.V.A (Método PPD – escurecimento 
prolongado de pigmento). 
IMPERMEABILIDADE ÀS RADIAÇÕES U.V 
FPS 15 = 93,6% 
FPS 30 = 96,4% 
Tipo Característica 
I Queima e não bronzeia 
II Queima sempre e bronzeia ligeiramente (FPS 6-7) 
III Queima ocasionalmente e bronzeia sempre (FPS 4-
5) 
IV Queima minimamente e bronzeia fácil (FPS 2-3) 
V Peles escuras, bronzeia-se facilmente (FPS 2) 
VI Peles fortemente pigmentadas, nunca se queimam 
 
PROTETORES SOLARES 
Tem como função principal manter os raios UVB e deixar 
passar os raios UVA, essenciais ao bronzeamento. 
- anti-solares; protetores solares e bronzeadores → FF 
de óleos, cremes, loções, aerossóis e espuma; 
- primeiras formulações contendo filtros solares 
(chamados “bronzeadores”) continham apenas filtros 
UVB; 
- hoje contém também filtros UVA, radiação 
infravermelha e até filtros para luz visível; 
- existem também diferenças entre legislações gerando 
dificuldades entre formuladores e confusão para os 
formuladores. As principais diferenças são: método de 
determinação do FPS (FDA dos EUA; NOVA DIN da Europa; 
SAA da Austrália e COLIPA); metodologia para resistência 
de água; filtros permitidos e suas concentrações. 
 Sua faixa de proteção deve ser duradoura, deve 
ter boa espalhabilidade e manter-se o maior tempo 
possível quando em contato com a água (mar, piscina, 
etc.) 
 A função protetora está ligada ao teor de filtro 
incluído no excipiente e não propriamente a este, exceto 
quando são acrescentados produtos minerais (ZnO, 
Dióxido de titânio) que fornecem uma proteção física, 
passando a ser um bloqueador solar. 
 É importante que mesmo protegida a pele tenha 
tratamento com produtos pós-sol, que são preparações 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
com muita água (cremes e loções O/A), que contenham 
azuleno, alantoína, Vitamina A, associados a extratos 
vegetais que tenham propriedades descongestivas, 
cicatrizantes e emolientes, amenizando a irritação 
provocada pelo sol e outros agentes (vento, umidade, 
etc.). 
 
ÓLEOS PROTETORES SOLARES (ANTI-SOLARES) E 
BRONZEADORES 
- protetores ou anti-solares sem água → permanecer 
mais tempo na pele, mesmo com muito suor ou após o 
banho; 
- óleos vegetais – melhores solventes para substâncias 
filtrantes do que os minerais; mas tem o inconveniente 
de serem mais viscosos, por isto adicionam-se outros 
solventes como oleato de decila, óleo de silicone, 
miristrato ou palmitato de isopropila, esqualeno, álcool 
oléico; 
 
LEITES E CREMES PROTETORES SOLARES E 
BRONZEADORES 
 Emulsões O/A e A/O cujo conteúdo é idêntico 
ao dos cremes de dia e de noite, acrescentando 
componentes anti-solares específicos para cada tipo de 
emulsão. 
 Vantagem sobre os óleos – aspecto mais 
agradável, melhor consistência, maior facilidade de 
aplicação, sensação de frescor. 
 Emulsões aniônicas são instáveis em pH menor 
que 7, possuem alta concentração de água livre (evapora 
quando aplicado sobre a pele), podem produzir 
monômeros livres (que produzem reações alérgicas). 
Benzofenona é incompatível com creme lanette. 
 Emulsões não iônicas – menor quantidade de 
água livre (hidrata mais e mantém o produto mais estável). 
Produto cosmético solar uniforme, fino, não 
transparente, mínimo de interação com os filtros (mais 
usados). 
 Emulsões poliméricas – polímeros emulsionantes, 
resistentes à água, menor potencial irritante, não forma 
água livre, é muito estável otimizando o FPS. 
 
LOÇÕES E GÉIS 
Preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas 
contendo bases filtrantes e substâncias oleosas 
(miristrato de isopropila, Cetiol HE). 
Permitem espalhamento mais fácil e constituem 
bom protetor para peles já sensibilizadas por exposição 
anterior ao sol, ou pelas condições agressivas do vento, 
umidade e água do mar. 
Géis – carbopol ou derivados de celulose, 
também são add. Substâncias viscosas como mucilagens, 
glicerol, sorbitol, propilenoglicol, etc. 
 
AEROSSÓIS E FORMADORES DE ESPUMA 
FF moderna, mas que não traz vantagens às demais. 
Cuidado em não pulverizar o produto na região dos olhos. 
Espuma – marketing 
 
AGENTES SENSIBILIZANTES 
Acetazolamina, digitoxina, eritromicina, 
cromoglicato dissódico, fluoracil, glissofulvina, piroxican, 
ibuprofeno, tetraciclina, captopril. 
O FPS químico pode potencializar a ação destes 
agentes sensibilizantes. Deve-se recomendar um filtro 
solar físico (dióxido de titânio e óxido de zinco). 
 
FILTROS SOLARES QUÍMICOS 
São moléculas, na maioria dos casos, sintéticas, 
que garantem proteção por absorção seletiva da 
radiação. Sua proteção se situa em uma faixa bem 
definida do espectro (U.V.A curtos, longos ou U.V.B.). 
A maioria dos filtros químicos é lipossolúvel e são, 
geralmente, pouco coloridos. Alguns deles, apesar de 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
constarem nas listas positivas, podem apresentar 
inconvenientes que limita o seu emprego, principalmente 
quanto à tolerância cutânea e estabilidade fotoquímica. 
 
PRINCIPAIS CLASSES DE FILTROS QUÍMICOS (U.V.B.) 
PABA E DERIVADOS 
O PABA (ácido para-aminobenzóico) é uma das 
moléculas mais antigas utilizadas como filtro solar UVB. 
Apesar da sua excelente substantividade, seu emprego 
foi progressivamente abandonado por diversos 
inconvenientes: 
- facilmente oxidável e mancha os tecidos; 
- pode recristalizar no produto acabado; 
- tendência em formar ligações de hidrogênio 
com certos solventes pode acarretar diminuição da 
atividade; 
capaz de induzir a eczema de contato e 
sensibilização cruzada com outros derivados para-
aminados, como anestésicos locais (benzocaína, procaína), 
sulfamidas, anti-histamínicos, tinturas capilares. 
 
CINAMATOS 
A presença de ligações duplas conjugadas nesta 
série permite maior deslocamento eletrônico. O máximo 
de absorção se situa próximo a 308 nm. Quando utilizados 
sozinhos não permitem que seja atingido um coeficiente 
de proteção elevado porque são pouco estáveis 
fotoquimicamente. O octil metoxicinamato (Parsol MCX), 
sob efeito da radiação ultravioleta, transforma-se no 
isômero CIS, cujo pico de absorção é mais baixo (265 nm), 
diminuído sua eficácia. Por isto, geralmente são 
associados a filtros com espectro mais amplo ou aos 
filtros físicos, quando se deseja maior proteção. 
 
SALICILATOS 
 São compostos ortodisubstituídos lipossolúveis. 
São considerados “medíocres” por alguns autores, pois 
possuem coeficiente de extinção baixo. Devem ser 
utilizados em quantidades elevadas para atingir um certa 
eficácia. Absorvem na zona de 300 nm. São muito 
estáveis não interagem com os solventes e são bem 
tolerados. São bons em associação com outros filtros. 
 
DERIVADOSDO BENZILIDENO CÂNFORA 
Compostos de estrutura bicíclica. São excelentes 
filtros U.V.B. cujo máximo de absorção situa-se perto de 
300 nm. Permitem a obtenção de F.P.S. elevado com 
baixas concentrações. Reações negativas são raras. 
 
BENZIMIDAZÓIS 
O representante mais importante deste grupo, 
por sua grande utilização e hidrossolubilidade é o ácido-2-
fenil-benzimidazol 5-sulfônico (Eusolex 232). É um dos 
poucos hidrossolúveis eficazes para U.V.B.. Adicionado à 
fase aquosa das formulações, pode completar a atividade 
dos filtros lipossolúveis. Seu uso necessita neutralização 
a pH 7,0. Esta Roma salina pode interferir na viscosidade 
da formulação. 
 
OCTIL TRIAZONE 
É um filtro novo, lipossolúvel, de inocuidade, com 
alto coeficiente de extinção molecular, que permite seu 
emprego em baixas concentrações. Apresenta boa 
afinidade com a queratina, permitindo maior resistência à 
água. 
 
FILTROS DE AMPLO ESPECTRO (UVA e UVB) 
Os mais eficazes e mais utilizados pertencem ao grupo 
das benzofenonas, que são cetonas aromáticas e 
absorvem os U.V.B. longos e U.V.A. curtos. Geralmente são 
associadas aos filtros U.V.B. por serem pouco eficientes 
nesta faixa. A oxibenzona (benzofenona-3) apresenta 
excelente estabilidade fotoquímica. São mal toleradas e 
responsáveis por inúmeras reações alérgicas ou 
dermatite de contato. 
Maria Beatriz @biawtiful 
 
A tendência é deixar de usar as benzofenonas, 
podendo-se utilizar a avobenzona, que tem amplo 
espectro no U.V.A. 
 
FILTROS SOLARES FÍSICOS 
São protetores U.V.A. e U.V.B. e atuam refletindo os raios. 
A capacidade que uma substância apresenta de dispersar 
ondas de luz de comprimento de onda definido, depende 
do seu índice de refração e do tamanho da partícula. A 
tenuidade do pó é fundamental para a eficiência do 
produto final e, também para a sua estabilidade. 
 Se as partículas estiverem na ordem de 200nm, 
originam produtos opacos, que, embora possam atenuar 
a radiação U.V, conferem opacidade à pele. A redução do 
tamanho das partículas (< 60nm no TiO2 e 60-80nm no 
ZnO) impede a reflexão na região do visível e pode-se 
obter excelente transparência em fórmulas de 
fotoproteção. 
 Além de apresentarem dimensões reduzidas, as 
partículas devem ser homogêneas para haver a 
eficiência do produto. A redução do tamanho das 
partículas aumenta os problemas com sua dispersão, 
facilitando a formação de aglomerados que alteram a 
estabilidade das emulsões e a eficiência da reflexão. 
 Casos onde só utiliza-se o filtro físico: área dos 
olhos, produtos infantis e pele sensível. 
 
DIÓXIDO DE TITÂNIO MICRONIZADO 
 Pode ser utilizado sozinho, porém é mais utilizado 
em associação com filtros químicos, podendo-se obter 
F.P.S. elevado. 
ÓXIDO DE ZINCO ULTRAFINO 
 É mais eficiente para U.V.A. e maior eficiência 
pode ser obtida pela associação com TiO2 
 
Maria Beatriz @biawtiful

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