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21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/12 Introdução a Histologia 1. DESCREVER AS ETAPAS DE PREPARAÇÃO DE UMA LÂMINA HISTOLÓGICA; 2. IDENTIFICAR OS COMPONENTES DE UM MICROSCÓPIO DE LUZ; 3. DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO TECIDO EPITELIAL, 4. DIFERENCIAR AS GLÂNDULAS EXÓCRINAS DAS ENDÓCRINAS. Histologia A morfologia é o estudo da forma dos animais e vegetais. Esta ciência tem uma abordagem macroscópica e microscópica. A macroscópica é denominada de anatomia é o estudo das estruturas com observação a olho nu, ou seja, não há necessidade de equipamentos tecnológicos. A abordagem microscópica é a histologia, estudo das células, tecidos e dos órgãos do corpo com a utilização de instrumentos para ampliação como microscópios de luz e eletrônicos. A histologia iniciou com a invenção do microscópio de luz e muito tempo depois o microscópio eletrônico. Além destes equipamentos a histologia utiliza métodos para preparação de lâminas histológicas e métodos de coloração para a realização dos estudos das células e tecidos. Para a preparação das lâminas histológicas deve-se seguir várias etapas, são elas: coleta, fixação, desidratação, inclusão e coloração. Coleta é a retirada de fragmentos de tecidos ou órgãos que serão estudados. Após a coleta, os fragmentos deverão passar pela fixação. A fixação é um método com função de evitar que os fragmentos se deteriorem. Geralmente, a fixação envolve uso de soluções de formol a 10% ou de um preparado chamado de líquido de Bouin. Estes tipos de soluções preservam as proteínas e outros componentes celulares como se ainda estivessem no organismo vivo. Os fragmentos serão cortados em equipamentos especiais chamados de micrótomos. Para a realização desses cortes é necessário que os fragmentos tenham uma consistência rígida e isso é obtido através da imersão de parafina. A parafina é o material mais utilizado na microscopia de luz. Mas, antes deste procedimento os fragmentos deverão ser desidratados, ou seja, a água presente nos fragmentos serão retirados com banhos de soluções crescentes de álcool. Após a desidratação, os fragmentos serão mergulhados em solventes orgânicos que podem ser misturados tanto com álcool quanto com a parafina, tornando o material biológico transparente. 01 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/12 Depois disso, os fragmentos serão colocados em parafina que será derretida em estufa a 60ºC, processo denominado de inclusão. O objetivo da inclusão é permitir com que a parafina derretida penetre nos espaços dos fragmentos. A parafina é retirada da estufa e formando o bloco de parafina. O bloco de parafina é cortado no micrótomo, resultando na obtenção de cortes histológicos. Os cortes histológicos são colocados sobre lâminas de vidro e posteriormente corados. Os cortes histológicos são transparentes e por essa razão, desenvolveram-se várias técnicas de coloração que permitem identificação dos componentes dos tecidos e células do nosso corpo. A coloração mais utilizada é a combinação do corante hematoxilina com a eosina. A hematoxilina se comporta como uma substância básica e reage com componentes ácidos das células, como por exemplo, os ácidos nucléicos presentes no núcleo celular. Os componentes celulares com afinidade com os corantes básicos recebem o nome de basófilos. A eosina é uma substância ácida e reage com os componentes básicos, como por exemplo, o citoplasma da célula e o colágeno presente no material extracelular. Os componentes com afinidade com os corantes ácidos são denominados de acidófilos. Depois da coloração, o corte histológico corado é coberto com uma lamínula de vidro para ser observada no microscópio de luz. Você conhece o laboratório de microscopia? Você já manuseou um microscópio de luz parecido com este? Microscópio de Luz O primeiro microscópio foi inventado em 1590 pelo holandês Hans Janssen e seu filho, Zacharias. A família Janssen fabricavam óculos e desenvolveram um experiência com a montagem de duas lentes dispostas em um tubo. Essa invenção permitiu a observação de pequenos objetos de difícil observação a olho nu. Entretanto, esta invenção não foi científica. A partir do modelo da família Janssen, outro holandês, Anton van Leeuwenhoek que trabalhava em uma loja de tecidos, construiu um microscópio com apenas uma lente. Leeuwenhoek utilizava o microscópio para observar os fios e depois começou a descrever as fibras musculares, as bactérias da boca e do intestino humano e os espermatozoides humano. Com a divulgação deste instrumento de observação, a biologia celular teve um grande avanço em suas pesquisas. No século XIX, Louis Pasteur foi o primeiro cientista a provar que micro-organismos, invisíveis a olho nu, foram os causadores de várias doenças. As descobertas de Pasteur permitiram um avanço na área da microbiologia e da imunologia. 02 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/12 No início dos anos 30, o alemão Ernest Ruska inventou o primeiro telescópio eletrônico com feixe de elétrons e lentes eletromagnéticas com a possibilidade de ampliação de milhões de vezes. Atualmente existem microscópios eletrônicos mais sofisticados como por exemplo, o microscópio de varredura com a visualização de partículas de até um nanômetro, ou seja, corresponde à milionésima parte do milímetro. O microscópico de luz é um instrumento utilizado para ampliar estruturas muito pequenas de difícil visualização através de uma série de lentes. O microscópio de luz utiliza uma fonte de iluminação (luz branca comum) que possibilita a observação de materiais. A imagem obtida é aumentada e invertida. O olho humano não pode distinguir dois pontos separados por menos de 0,1mm. A maior parte das células possui tamanho muito menor que a medida citada, devendo ser estudadas sob o poder de resolução total de um microscópio comum. É necessário lembrar que uma estrutura, para ser observada através de um microscópio de luz precisa ser muito fina, o suficiente para deixar que os raios luminosos a atravessem. Legenda: FIGURA 1 - MICROSCóPIO DE LUZ 03 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/12 Observe a figura do microscópio de luz. Cada componente deste tipo de microscópio está numerado, acompanhe as explicações abaixo que facilitará seu entendimento. O microscópio de luz é constituído de uma parte mecânica e uma óptica. A parte mecânica é formada por: tubo ou canhão (2), revólver ou tambor (3), braço ou coluna (5), platina ou mesa (6), lâmpada (8), pé ou base (9), parafuso macrométrico (10), parafuso micrométrico (11) e charriot (12). A parte óptica é constituída de: ocular (1), objetivas (4) e condensador com diafragma (7). Geralmente os microscópios de luz possuem quatro objetivas e cada uma delas apresenta um grau de ampliação. As objetivas podem ampliar o objeto em 4x, 10x, 40x e 100x e a ocular 10x. Para se obter o aumento total de uma imagem deve-se multiplicar a ocular pelo aumento das lentes objetivas. Portanto, se você utilizar a ocular de 10x com a objetiva de 4x, aumento final é de 40 vezes. A objetiva de 100x, chamada de objetiva de imersão, deve ser utilizada com o auxílio de uma gota de óleo de imersão sobre a lâmina permanente. Esta objetiva é usada quando se deseja maior aumento da preparação com maior nitidez de detalhes. A objetiva deverá ser abaixada sobre a lâmina, para que o óleo se interponha entre a objetiva e o objeto a ser examinado. Assim sendo, os raios luminosos não sofrem desvios, resultando numa imagem mais nítida. Após o uso, o óleo de imersão deve ser removido tanto da lâmina quanto da objetiva por meio de uma gaze umedecida em partes iguaisde álcool e éter. Em seguida use uma gaze seca para retirar o excesso da solução. Níveis de Organização do Corpo Humano O corpo humano é formado por células de formas variadas e tamanhos diferentes. O conjunto de células que desempenham a mesma função é denominado de tecido. Um ou mais tecidos resultam na formação de um órgão e uma reunião de órgãos formam os sistemas. Nosso corpo é formado por vários sistemas. O corpo humano apresenta quatro tipos tecidos: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. O tecido epitelial será explicado mais adiante. O tecido conjuntivo é subdividido em: tecido conjuntivo propriamente dito, tecido adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo. O tecido conjuntivo propriamente dito é explicado no Tópico Pele. O tecido adiposo é abordado no Tópico Hipoderme. O tecido ósseo e cartilaginoso estão nos tópicos de mesmo nome. O tecido sanguíneo está explicado como a denominação de células do sangue no Tópico de Sistema Circulatório. 04 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/12 Tecido Epitelial O tecido epitelial apresenta características específicas, como, por exemplo: 1) células epiteliais bem unidas umas às outras (dito como células justapostas, pois apresentam especializações na membrana plasmática – moléculas de adesão – que unem fortemente as células); 2) pouca matriz extracelular, pois as células epiteliais são justapostas e a quantidade de moléculas produzidas que ficam entre as células (substância intercelular ou matriz extracelular) é muito reduzida; 3) presença de lâmina basal (ou membrana basal) que regula a passagem de determinadas substâncias entre os tecidos epitelial e conjuntivo; 4) apoiado em tecido conjuntivo, ou seja, o tecido adjacente ao tecido epitelial sempre será o tecido conjuntivo; 5) tecido avascular já que vasos sanguíneos não penetram neste tecido. As células justapostas impedem a entrada de bactérias no seu corpo. Isso somente pode ocorrer quando há alguma ferida na pele no revestimento interno do corpo. O tecido epitelial recebe uma classificação segundo a função que desempenha: tecido epitelial de revestimento e tecido glandular. Epitélio de Revestimento O tecido epitelial de revestimento tem a função de revestir ou cobrir as partes externas e internas do nosso corpo. A epiderme é a camada mais externa da pele que protege o corpo contra a entrada de substâncias estranhas ou de micro-organismos invasores. O revestimento interno é explicado em cada sistema do corpo. O tecido epitelial de revestimento recebe outra classificação conforme a quantidade de camadas celulares e de suas formas. Este tipo de tecido recebe o nome de tecido epitelial simples quando apresenta somente uma camada de células e estratificado quando tem várias camadas celulares. A forma das células podem ser: pavimentosas, cúbicas ou colunares. As células pavimentosas são achatadas como por exemplo as lajotas do piso de uma casa. As células cúbicas têm a forma parecida com os dados numerados de um a seis utilizados nos jogos de azar. As células colunares se parecem com as colunas de um prédio. 05 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/12 Legenda: FIGURA 2 ? REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DO TECIDO EPITELIAL SIMPLES Observe a figura 2, onde estão representados os epitélios simples: A figura 2 A mostra o epitélio simples pavimentoso, formado por uma camada de células com formato achatado. Este tipo de epitélio está presente revestindo internamente os vasos sanguíneos, o coração e os alvéolos pulmonares. A figura 2 B representa o epitélio simples cúbico, formado por uma camada de células com formato cúbico. Ele reveste os túbulos presentes nos rins e nos ductos de secreção das glândulas exócrinas. A figura 2C mostra o epitélio simples colunar, formado por uma camada de células com formato colunar. Ele reveste internamente o estômago e intestinos. Legenda: FIGURA 3 - REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DO TECIDO EPITELIAL ESTRATIFICADO 06 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/12 A figura 3 A representa o epitélio estratificado pavimentoso, formado por várias camadas de células, sendo que a camada mais superficial é de células achatadas. Este tipo de epitélio está presente na epiderme que será explicada no Tópico Pele. Este tipo de epitélio também é encontrado na camada interna do esôfago e da vagina. A figura 3 B mostra o epitélio estratificado cúbico, formado por várias camadas de células e a camada superficial é de células cúbicas. Ele está presente revestindo outros tipos de ductos de secreção de glândulas exócrinas. A figura 3 C representa o epitélio estratificado de transição, formado de várias camadas de células e as células da camada superficial são arredondadas. Porém, elas alteram suas formas dependendo do estado fisiológico do órgão. Por exemplo, este tipo de epitélio reveste o ureter, a bexiga urinária e uma parte da uretra. Se um destes órgãos estiverem sem urina, as células apresentam uma forma arredondada e se houver urina, as células se acomodam e se transformam em células achatadas. Legenda: FIGURA 4 - REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DO TECIDO EPITELIAL PSEUDO-ESTRATIFICADO COLUNAR CILIADO. A figura 4 representa o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, formado de somente uma camada de células. Porém, existem células colunares ciliadas e células basais com núcleos em posição mais inferior que os das células colunares, dando a impressão de duas camadas celulares. Este tipo de epitélio reveste internamente a traquéia, brônquios, bronquíolos e a tuba uterina. Epitélio de Glandular O epitélio glandular forma um agregado de células responsáveis pela produção de substâncias com a composição química diferente do plasma sanguíneo. Este tipo epitelial recebe o nome de glândula. As glândulas são classificadas como glândulas exócrina, glândulas endócrinas e mistas. 07 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/12 Legenda: FIGURA 5 - REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DA GLâNDULA EXóCRINA (A) E DA GLâNDULA ENDóCRINA (B). Glândula Exócrina A glândula exócrina produz substâncias que são liberadas pelo ducto de secreção (figura 5A). A liberação das substâncias ocorre próxima ao local de produção. O corpo humano tem uma série de glândulas exócrinas, por exemplo, as glândulas salivares, lacrimais, sudoríparas, sebáceas e mamárias. Glândula Endócrina A glândula endócrina secreta substâncias denominadas de hormônios que libera sua secreção diretamente nos vasos sanguíneos (figura 5B). O sangue leva os hormônios para todo nosso corpo. As glândulas endócrinas são: hipófise, tireóide, suprarrenal, ovários e testículos. 08 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/12 Legenda: FIGURA 6 - REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DO PâNCREAS (GLâNDULA MISTA). Glândula Mista Observe a figura 6 representando o pâncreas. Esta figura mostra os ácinos pancreáticos, parte exócrina do pâncreas que produz enzimas digestivas liberadas por ductos secretores no momento em que o alimento passar pelo duodeno. A porção central da figura mostra a ilhota de Langerhans ou ilhota pancreática com dois tipos celulares, a célula alfa e a beta. A célula alfa produz o hormônio insulina e a célula beta, o hormônio glucagon que são liberados na corrente sanguínea para atuar em todas as células do nosso corpo. ATIVIDADE FINAL 09 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/12 Observe a figura abaixo e assinale a alternativa que corresponde a ordem correta dos componentes do microscópio de luz. Considere a ordem dos componentesnas alternativas em ordem numérica crescente. A. Parafuso do micrométrico, Platina ou mesa, Base ou pé, Braço ou coluna, Condensador, Lâmpada, Charriot, Objetivas, Revólver ou canhão, Ocular. B. Base ou pé, Lâmpada, Parafuso do micrométrico, Braço ou coluna, Condensador, Platina ou mesa, Charriot, Objetivas, Revólver ou canhão, Ocular. C. Condensador, Platina ou mesa, Charriot, Objetivas, Base ou pé, Lâmpada, Braço ou coluna, Parafuso do micrométrico, Revólver ou canhão, Ocular. D. Base ou pé, Parafuso do micrométrico, Ocular, Condensador, Lâmpada, Braço ou coluna, Platina ou mesa, Charriot, Objetivas, Revólver ou canhão. REFERÊNCIA JUNQUEIRA, L. C. U.; J. CARNEIRO. Histologia Básica. Rio de Janeiro, Editora Guanabara-Koogan, 2008. 10 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 11/12 GARTNER, L P. & J. L. HIATT. Tratado de Histologia em cores. Rio de Janeiro, Editora Guanabara-Koogan, 1999 426p. GARTNER, L P. & J. L. HIATT. Atlas de Histologia. Rio de Janeiro, Editora Guanabara-Koogan. STEVENS, A. & J. LOWE. Histologia. São Paulo. Ed. Manole 1998 378p SOBOTTA. Histologia – Atlas colorido. Rio de Janeiro, Editora Guanabara-Koogan, 1999. 11 / 11 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 12/12
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