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Destilação Pressão Reduzida e Arraste a Vapor

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Destilação - Pressão Reduzida e
Arraste a Vapor
Destilação sob pressão reduzida (à vácuo)
Por vezes, temos misturas onde a temperatura de ebulição de dois componentes é igual ou muito próxima
na pressão ambiente. Quando isso ocorre, mesmo a destilação fracionada apresenta baixa eficiência. Nesse
caso pode-se utilizar a pressão reduzida, que nada mais é que acoplar uma bomba de vácuo ao equipamento
de destilação, reduzindo a pressão do sistema de destilação. A redução da pressão acelera ou mesmo
viabiliza separações desses tipos de mistura por destilação.
Todas as substâncias apresentam seu próprio diagrama de fases.
Destilação por arraste de vapor
Trata-se de uma destilação de mistura de substâncias imiscíveis, composta por compostos orgânicos e água.
A destilação por arraste a vapor pode ser utilizada nos seguintes casos:
Quando o intuito é separar ou purificar uma substância que apresente ponto de ebulição alto e/ou risco de
decomposição;
Na separação ou purificação de substâncias contaminadas com impurezas resinosas;
Para retirar solventes com elevado ponto de ebulição, quando em solução existe uma substância não
volátil;
Para separar substâncias pouco miscíveis em água cuja pressão de vapor seja próxima a da água a 100°C, o
que é muito importante para as substâncias que se decompõem nestas temperaturas.
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Nesse tipo de destilação, a água é aquecida num recipiente e o vapor produzido é direcionado para um
outro recipiente, onde se encontra o material vegetal que contem o componente que se quer obter. O calor
do vapor faz com que as paredes celulares que retém esse componente volátil se abram, liberando-o. Ao
receber o calor proveniente do vapor de água, o componente aquece e atinge energia suficiente para
evaporar, acompanhando o vapor de água em direção ao condensador. Após a condensação, os condensados
formados, de água e do outro componente, são conduzidos a um recipiente. Se o componente não for
miscível em água, inicialmente a mistura apresenta-se leitosa, pois é uma emulsão instável, porém, com o
tempo, a água se separa do outro componente, apresentando duas fases bem definidas, sendo agora possível
separar os dois com facilidade.
Um exemplo de uso desse tipo de destilação é a extração de óleo essencial de cravo da índia. Como
curiosidade, esse óleo além de aromático apresenta propriedades bactericidas, fungicidas e também é um
anestésico, que ainda é utilizado por dentistas, mesmo com todo o avanço de novas tecnologias de
produção de anestésicos.
REFERÊNCIA
Bibliografia Básica:
BARUFFALDI, Renato; OLIVEIRA, Maricê Nogueira de. Fundamentos de tecnologia de alimentos. São Paulo:
Atheneu. 1998.
CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
FLORENCE, Alexander Taylor; ATTWOD, David. Princípios físico-químicos em farmácia. São Paulo: EDUSP,
2003.
 
Bibliografia Complementar:
ATKINS, Peter William. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
GONCALVES, Estela Vidal; LANNES, Suzana Caetano da Silva. Reologia de chocolate. Ciência e Tecnologia
de Alimentos. Campinas, v. 30, n. 4, 2010. Disponível em:  www.scielo.br
(http://www.scielo.br/pdf/cta/v30n4/v30n4a02.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011. 
LACHMAN, Leon. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
2 v.
RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2005. 2 v.
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PARIKH, Ashish; PATEL, Kamlesh; PATEL, Chetan. Flow injection: a new approach in analysis.  Journal of
Chemical and Pharmaceutical Research, Índia, v. 2, n. 2, 2010. Disponível em: www.jocpr.com
(http://jocpr.com/vol2-iss2-2010/JOCPR-2-2-118-125.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011.
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