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Processo de Secagem - Spray Drying e Leito Fluidizado Como tudo evolui, as estufas também evoluíram para novos formatos. Essas variações levaram a processos de secagem mais eficientes e adequados a certos tipos de materiais. Entre os avanços, encontramos dois principais: spray drying e leito fluidizado Spray drying ou secagem por pulverização é um processo de secagem que consiste em pulverizar o produto (que pode ser uma solução, emulsão ou uma suspensão) dentro de uma câmara submetida a uma corrente de gás quente promovendo a evaporação dos solventes, geralmente água, obtendo-se separação ultra- rápida dos materiais sólidos (solubilizados ou não) contidos no meio líquido. O material seco é coletado na forma final em pó, evitando processos posteriores de moagem e separação granulométrica. A degradação aos materiais durante o processo é pequena, porém existe e deve-se evitar esse método para produtos termolábeis, exceto no caso em que a temperatura do ar interno seja inferior ao limite de resistência térmica do material. Inicialmente foi utilizado na secagem de ovos, evoluindo posteriormente para secagem de leite e sabão em pó. Atualmente são infinitas as opções e a cada dia surgem novos produtos com secagem que utilize esse método. Uma grande vantagem desse método é que pode-se obter partículas de dimensões micrométricas (são encontradas comercialmente partículas de até 5 microns de diâmetro médio) sem a necessidade de moagem, com grande regularidade de diâmetro médio. Também podemos utilizar esse método na fabricação de microcápsulas e microesferas, materiais de última geração. Leito fluidizado (ou leito fluido) é gerado pela passagem de um gás através de uma camada contendo um determinado produto a secar. Esse produto, geralmente granulado, é mantido em suspensão (“flutuando no ar”) pela velocidade do gás, sendo intensamente misturado. Verifica-se que é um método muito parecido com o spray drying, diferindo quanto ao material a secar, o qual deve ser uma suspensão, e quanto à velocidade do fluxo gasoso, onde no caso do spray driyng a velocidade é inferior ao leito fluidizado. 01 / 02 Nesse processo não são obtidas partículas tão pequenas quanto pelo spray driyng, sendo que seu produto final é virtualmente isento de pó. É um equipamento de grande produtividade, de alimentação contínua. Ao lado vocês podem ver uma imagem representando o esquema básico de um secador de leito fluidizado. É um equipamento simples, que, segundo alguns profissionais da área, trata-se de um grande “secador de cabelos”, ou uma “pipoqueira de ar quente”. Eles não deixam de estar certos, pois o equipamento apresenta a mesma configuração básica. Utilizando canos de PVC, telas de arame e um secador de cabelos para fornecer o ar quente, é possível montar um equipamento desses em casa para a secagem de ervas aromáticas ou condimentos. Como nesse caso a intenção não é alta produção, recomenda-se montar um equipamento descontínuo, onde a entrada de alimentação e a saída do produto seco não são necessárias. Sugere-se também instalar outra grade na parte superior, na saída de ar úmido para evitar a perda do produto. REFERÊNCIA Bibliografia Básica: BARUFFALDI, Renato; OLIVEIRA, Maricê Nogueira de. Fundamentos de tecnologia de alimentos. São Paulo: Atheneu. 1998. CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2009. FLORENCE, Alexander Taylor; ATTWOD, David. Princípios físico-químicos em farmácia. São Paulo: EDUSP, 2003. ATKINS, Peter William. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. GONCALVES, Estela Vidal; LANNES, Suzana Caetano da Silva. Reologia de chocolate. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas, v. 30, n. 4, 2010. Disponível em: www.scielo.br (http://www.scielo.br/pdf/cta/v30n4/v30n4a02.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011. LACHMAN, Leon. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 2 v. RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2005. 2 v. PARIKH, Ashish; PATEL, Kamlesh; PATEL, Chetan. Flow injection: a new approach in analysis. Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, Índia, v. 2, n. 2, 2010. Disponível em: www.jocpr.com (http://jocpr.com/vol2-iss2-2010/JOCPR-2-2-118-125.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011. 02 / 02
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