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Dir Const - Ponto - Vicente Paulo - exercícios 12 - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - PARTE 2

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CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSOR VICENTE PAULO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA Nº 12: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 2 
Continuaremos, hoje, com os comentários aos exercícios sobre controle 
de constitucionalidade. 
22) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Com relação ao papel constitucional 
do recurso extraordinário como instrumento do controle de 
constitucionalidade, assinale a única proposição incorreta. 
a) É possível em recurso extraordinário julgado na vigência da 
Constituição de 1988 declarar a inconstitucionalidade de lei anterior a 
essa Carta por incompatibilidade material ou formal com a Constituição 
pretérita. 
b) Nas causas relativas a direitos subjetivos, a decisão definitiva em 
recurso extraordinário comunicada ao Senado Federal gera para essa 
Casa legislativa a faculdade de suspender a execução, no todo ou em 
parte, de lei declarada inconstitucional pela maioria absoluta dos 
membros do Supremo Tribunal Federal no julgamento daquele recurso, 
exceto se essa lei for municipal ou distrital, quando aprovada, neste 
último caso, pelo Distrito Federal no exercício de competência municipal. 
c) A decisão definitiva em recurso extraordinário que modifica a 
conclusão de acórdão proferido por Tribunal de Justiça em ação direta 
de inconstitucionalidade julgada improcedente pela Corte estadual para 
julga-la procedente, com a declaração de inconstitucionalidade da lei, no 
Plenário do Supremo Tribunal Federal, goza de eficácia contra todos 
(erga omnes), sendo dispensada a sua comunicação ao Senado Federal. 
d) O Supremo Tribunal Federal poderá atribuir efeito retroativo (ex 
tunc) às decisões proferidas em recurso extraordinário. 
e) O Supremo Tribunal Federal poderá atribuir efeito prospectivo (ex 
nunc) às decisões proferidas em recurso extraordinário. 
Gabarito: “B” 
Questão de altíssimo nível! Só acertou quem conhece muito de controle 
de constitucionalidade! Nem acredito que seja cobrada uma questão 
desse nível num concurso da área fiscal, mas, na dúvida, vamos lá! 
O primeiro ponto a chamar a atenção é que o enunciado pede a 
identificação da assertiva incorreta, e não da correta. 
A assertiva “A” está correta porque é possível que o STF aprecie, hoje, 
em recurso extraordinário (controle concreto), a validade de uma lei 
antiga em confronto com a Constituição de sua época. 
Vimos em aula pretérita que a validade do direito pré-constitucional 
pode ser examinada em confronto com a Constituição de sua época, ou 
em confronto com a Constituição futura. Enfim, a validade de uma lei de 
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1980 pode ser examinada pelo Poder Judiciário, hoje, tanto em 
confronto com a Constituição de sua época (CF/1969), quanto em 
confronto com a Constituição futura (CF/1988). 
No confronto com a Constituição de sua época (CF/1969), o Poder 
Judiciário examinará as compatibilidades material e formal, decidindo 
pela constitucionalidade ou pela inconstitucionalidade da lei. Esse 
controle judicial só ocorre na via difusa, diante de casos concretos, 
podendo a controvérsia chegar ao STF mediante recurso extraordinário. 
No confronto com a Constituição futura (CF/1988), o Poder Judiciário 
examinará somente a compatibilidade material, decidindo se a lei foi 
recepcionada ou se foi revogada pelo novo texto constitucional. Esse 
controle pode se dar pela via difusa, diante de casos concretos, ou pela 
via concentrada, diretamente perante o STF, mediante argüição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
O enunciado está correto porque fala da possibilidade de, hoje, na 
vigência da CF/88, ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei, em 
recurso extraordinário, por incompatibilidade material ou formal com a 
CF/69, o que, conforme vimos no penúltimo parágrafo destes 
comentários, ser plenamente possível. 
A assertiva “B” está errada. O seu enunciado trata da comunicação ao 
Senado Federal das decisões definitivas do STF em recurso 
extraordinário, para o fim de suspensão da execução da lei, nos termos 
do art. 52, X, da Constituição. 
A parte inicial do enunciado está perfeita, até o momento em que fala 
sobre a faculdade de que dispõe o Senado Federal para suspender a 
execução da lei declarada definitivamente inconstitucional pelo STF em 
recurso extraordinário. Onde está o erro, então? 
O erro está na parte final, quando o enunciado afirma que não haverá 
comunicação ao Senado Federal se a lei declarada inconstitucional pelo 
STF em recurso extraordinário for municipal ou distrital, neste último 
caso, aprovada no exercício de competência municipal. Ora, a 
competência do Senado Federal para suspender a execução de lei 
declarada definitivamente inconstitucional pelo STF alcança lei federal, 
estadual, distrital e municipal. Enfim, o Senado Federal também 
suspende a execução de lei municipal e do Distrito Federal, não 
importando se aprovada no exercício de competência estadual ou 
municipal. Quem não admite lei municipal e distrital, neste caso editada 
no exercício de competência municipal, é a ADIN perante o STF! 
Portanto, essa assertiva “B” é a que responde ao enunciado da questão, 
pois nele se requer a identificação da incorreta. 
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A assertiva “C” está certa porque a decisão do STF em recurso 
extraordinário interposto contra decisão do TJ em ADIN é dotada de 
eficácia geral (erga omnes), sendo, por isso, dispensada a sua 
comunicação do Senado Federal. 
Vimos em aula pretérita que as decisões do TJ no controle abstrato são, 
em regra, irrecorríveis frente a outros tribunais do Poder Judiciário. Isso 
porque o controle abstrato realizado pelo TJ é sempre em face da 
Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º). Ora, se o controle abstrato é 
realizado em face da Constituição Estadual, e se o TJ é o órgão máximo 
da justiça estadual, obviamente a regra é a palavra do TJ ser a última, 
sem possibilidade de recurso frente a outros tribunais do Poder 
Judiciário. 
Entretanto, vimos que há uma situação excepcional na qual caberá 
recurso extraordinário contra a decisão do TJ no controle abstrato: 
quando o dispositivo da Constituição Estadual eleito como parâmetro de 
controle é norma de reprodução obrigatória da Constituição Federal. 
E daí, como nessa hipótese o recurso extraordinário é utilizado no 
âmbito do controle abstrato, a decisão do STF nele firmada é dotada de 
eficácia contra todos (erga omnes), sendo dispensada, por isso, a sua 
comunicação ao Senado Federal.´ 
As assertivas “D” e “E” estão certas porque a decisão do STF que 
declarara a inconstitucionalidade em recurso extraordinário é dotada, 
em regra, de efeito retroativo (ex tunc). Entretanto, poderá o STF, 
desde que o faça expressamente, outorgar efeito meramente 
prospectivo (ex nunc) à sua decisão. 
Aliás, diga-se de passagem, essa orientação não é válida somente para 
as decisões que declaram a inconstitucionalidade no controle concreto, 
em recurso extraordinário. As decisões do controle abstrato também 
podem ser retroativas (ex tunc) ou meramente prospectivas (ex nunc). 
Em resumo: as decisões do STF que proclamam a inconstitucionalidade 
das leis – tanto no controle concreto, quanto no controle abstrato –
produzem, em regra, efeitos retroativos (ex tunc); porém, 
excepcionalmente, poderão produzir efeitos meramente prospectivos (ex 
nunc). 
23) (ESAF/AFRE/RN/2005) Sobre controle de constitucionalidade das 
leis e dos atos normativos, no direito brasileiro, julgue os itens a seguir 
e assinale a opção correta. 
a) O controle concentrado pelo Supremo Tribunal da constitucionalidade 
de leis federais foi introduzido no ordenamento jurídico brasileiro, em 
sede dedireito constitucional, a partir da Constituição Federal de 1988. 
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b) A medida cautelar, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, 
tem eficácia erga omnes e, regra geral, será concedida com efeito ex 
tunc. 
c) Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em sede 
de ação direta de inconstitucionalidade, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria qualificada de seus membros, restringir os efeitos 
daquela declaração ou fixar data para que a declaração tenha eficácia. 
d) A decisão que julga procedente ou improcedente a ação direta de 
inconstitucionalidade é irrecorrível, não cabendo contra ela nenhum 
recurso ou mesmo a propositura de ação rescisória. 
e) Por ser uma ação objetiva, a declaração de constitucionalidade, em 
sede de ação declaratória de constitucionalidade, tem eficácia contra 
todos e efeito vinculante em relação aos Poderes Legislativo e Judiciário 
e à Administração Pública federal, estadual e municipal. 
Gabarito: “C” 
A assertiva “A” está errada porque afirma que o controle concentrado de 
constitucionalidade de leis federais pelo STF só foi introduzido no Brasil 
a partir da Constituição de 1988. Na verdade, o controle concentrado de 
constitucionalidade foi introduzido no Brasil no ano de 1965, com a 
criação da ADIN, por meio de emenda constitucional à Constituição de 
1946 (EC nº 16, de 26/11/1965). 
Como o histórico do controle de constitucionalidade no Brasil tem sido 
muito cobrado em recentes concursos, memorize esse breve resumo: 
I) Constituição de 1824: não consagrava nenhuma espécie de controle 
de constitucionalidade; 
II) Constituição de 1891: criou o controle difuso de constitucionalidade, 
exercido incidentalmente diante de casos concretos; 
III) Constituição de 1934: manteve o controle difuso e criou a 
representação interventiva, a reserva de plenário e a competência do 
Senado Federal para suspender a execução da lei definitivamente 
declarada inconstitucional pelo STF no controle difuso; 
IV) Constituição de 1937: significou um retrocesso em termos de 
controle de constitucionalidade, pois embora tenha mantido o controle 
difuso de constitucionalidade, criou a possibilidade de o Presidente da 
República submeter ao reexame do Parlamento a decisão do Poder 
Judiciário que havia declarado a inconstitucionalidade da lei; com isso, o 
Legislativo poderia, por deliberação de dois terços dos seus membros, 
tornar sem efeito a decisão do Poder Judiciário que havia declarado a 
inconstitucionalidade da lei; 
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V) Constituição de 1946: manteve o controle difuso e criou a ADIN de 
leis federais e estaduais, a ser proposta exclusivamente pelo 
Procurador-Geral da República perante o STF (EC nº 16, de 26/11/1965) 
e estabeleceu a possibilidade de controle concentrado nos Estados-
membros; 
VI) Constituições de 1967/1969: não trouxeram modificações 
significativas no controle de constitucionalidade, exceto no tocante à 
supressão da possibilidade de controle concentrado nos Estados-
membros e criação da representação interventiva estadual, para fins de 
intervenção do Estado em Município. 
VII) Constituição de 1988: manteve os controles concreto e abstrato, 
ampliando significativamente a legitimação ativa deste último, antes 
exclusivo do Procurador-Geral da República (art. 103, I ao IX); criou a 
figura da inconstitucionalidade por omissão, estabelecendo duas ações 
para a sua repressão, o mandado de injunção (art. 5º, LXXI) e a ADIN 
por omissão (art. 103, § 2º); criou a ADPF (art. 102, § 1º); manteve a 
possibilidade de controle abstrato nos Estados-membros (art. 125, § 
2º), a competência do Senado Federal para suspender a execução de lei 
declarada definitivamente inconstitucional pelo STF no controle difuso 
(art. 52, X) e a necessidade de observância da reserva de plenário para 
a declaração da inconstitucionalidade pelos tribunais (art. 97); em 1993, 
por meio da EC nº 3/1993, criou a ADECON (art. 102, I, a), com 
legitimação restrita ao Presidente da República, Procurador-Geral da 
República e Mesas da Câmara dos Deputados e Senado Federal; em 
2004, por meio da EC nº 45/2004, criou a figura da súmula vinculante 
para as decisões do STF no controle concreto (art. 103-A) e ampliou a 
legitimação ativa da ADECON, igualando-a à legitimação em ADIN (art. 
103, I ao IX). 
VIII) Lei nº 9.868/1999: ao regular o processo e julgamento da ADIN e 
ADECON, criou a possibilidade da chamada declaração de 
inconstitucionalidade pro futuro, isto é, de o STF declarar a 
inconstitucionalidade com efeitos prospectivos (ex nunc) ou com efeitos 
a partir de outro momento por ele fixado. 
Pois é, eu também concordo que são muitas informações para um pobre 
cérebro estressado de concursando! Mas, fazer o quê, se uma 
informação dessas pode ser a diferença fatal na hora da prova! Então, 
deixe a preguiça de lado e estude esse histórico, que tem sido muito 
cobrado pela Esaf nos recentes concursos! 
A assertiva “B” está errada porque a concessão de medida cautelar nas 
ações do controle abstrato pelo STF produz, em regra, efeitos 
prospectivos (ex nunc). Excepcionalmente, os efeitos da medida 
cautelar poderão ser retroativos (ex tunc), desde que o STF o faça 
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expressamente. Mas, repita-se, a regra geral é a produção de efeitos 
prospectivos, daí por diante (ex nunc). 
A assertiva “C” está certa porque, como vimos em aula pretérita, ao 
declarar a inconstitucionalidade em ADIN, poderá o STF, desde que por 
deliberação de dois terços dos seus membros, restringir os efeitos da 
sua decisão, conceder eficácia prospectiva à sua decisão (ex nunc) ou 
fixar um outro momento para que a sua decisão tenha eficácia. 
A assertiva “D” está errada porque contra a decisão do STF em ADIN é 
cabível uma espécie de recurso: embargos declaratórios. 
Por meio da interposição dos embargos declaratórios, pede-se ao 
Ministro Relator da ADIN que esclareça um ponto da decisão do STF 
considerado obscuro, contraditório, omisso ou duvidoso. O prazo para 
interpor esse tipo de recurso é de cinco dias. O pedido será dirigido ao 
Ministro relator, que o levará para julgamento na primeira sessão do 
plenário. 
Temos, então, o seguinte: proferida a decisão de mérito na ADIN, é 
possível a interposição de embargos declaratórios no prazo de cinco 
dias; caso haja a expiração desse prazo sem a interposição dos 
embargos declaratórios, a decisão transita em julgado; caso sejam 
interpostos os embargos declaratórios, com o seu julgamento pelo STF, 
considerados procedentes ou não, a decisão transita em julgado; nas 
duas hipóteses, com o trânsito em julgado da decisão, contra ela não 
cabe mais nenhum outro recurso, nem mesmo ação rescisória. 
A assertiva “E” está errada porque o efeito vinculante das decisões do 
STF em ADIN e ADECON não alcança o Poder Legislativo, mas somente 
os demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (CF, art. 102, § 2º). 
24) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) O Supremo Tribunal Federal, julgando 
uma ação direta de inconstitucionalidade, pode declarar 
inconstitucionais apenas algumas expressões do caput de um artigo de 
lei. 
Item CERTO. 
Não há vedação a que o Poder Judiciário proclame a 
inconstitucionalidade de apenas uma ou algumas palavras do caput de 
um artigo de lei. A vedação constitucional nesse sentido diz respeito ao 
veto do chefe do Executivo, que só poderá abranger texto integral de 
artigo, parágrafo, inciso ou alínea (art. 66, § 2º). 
25) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004)Em virtude de sua subordinação ao 
princípio da legalidade da administração, o chefe do Poder Executivo não 
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está autorizado a determinar que seus subordinados deixem de aplicar 
leis, mesmo as que entender flagrantemente inconstitucionais. 
Item ERRADO. 
Segundo a jurisprudência do STF, o chefe do Executivo – Presidente da 
República, Governadores e Prefeitos – não está obrigado a dar aplicação 
à lei por ele considerada inconstitucional. Se o chefe do Executivo 
entende que a lei – federal, estadual ou municipal – é inconstitucional, 
poderá baixar ato determinando a seus órgãos e entidades subordinados 
que afastem a sua aplicação. 
Significa dizer que o chefe do Executivo não precisa, previamente, 
recorrer ao Poder Judiciário para afastar a aplicação de uma lei por ele 
considerada inconstitucional. Entendendo que a lei é inconstitucional, ele 
poderá baixar um decreto determinando aos seus órgãos e entidades 
que afastem a sua aplicação e, se for o caso, a parte prejudicada por 
essa decisão é que poderá recorrer ao Poder Judiciário. 
Veja que a decisão do chefe do Executivo não é definitiva. A parte que 
se sentir prejudicada com o afastamento da aplicação da lei poderá 
recorrer ao Poder Judiciário que, então, firmará posição sobre a validade 
ou não da lei, mantendo ou anulando o decreto suspensivo do chefe do 
Executivo. 
Também é bom que fique claro que o chefe do Executivo não poderá 
determinar o afastamento da aplicação de determinada lei se já existe 
decisão definitiva do Poder Judiciário reconhecendo a sua 
constitucionalidade. Se já existir decisão do Poder Judiciário 
reconhecendo a validade da lei, os governadores e prefeitos não 
poderão negar-lhe aplicação, sob pena de sujeitar-se o respectivo ente 
federado à intervenção, federal ou estadual, conforme o caso (CF, arts. 
34, VI, e 35, IV). 
26) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) O Poder Legislativo está autorizado 
a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma 
eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria. 
Item ERRADO. 
Segundo a jurisprudência do STF, o Poder Legislativo não dispõe de 
competência para, mediante lei, declarar a inconstitucionalidade de lei 
pretérita de sua autoria. Eventual texto de lei nesse sentido há que ser 
entendido como mera revogação, daí por diante (ex nunc), da lei 
pretérita. 
27) (ESAF/FISCAL/PA/2002) Assinale a opção correta. 
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a) Não somente leis estaduais, mas também certos atos do Executivo e 
do Judiciário estaduais podem ser objeto de ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) Todo partido político tem legitimidade constitucional para ajuizar ação 
direta de inconstitucionalidade perante o STF. 
c) O STF não pode declarar a inconstitucionalidade de lei municipal em 
sede de controle de constitucionalidade em concreto. 
d) Lei estadual declarada inconstitucional pelo STF em ação direta de 
inconstitucionalidade somente perde eficácia depois de revogada por ato 
da Assembléia Legislativa estadual. 
e) Leis federais e estaduais podem ser objeto de ação declaratória de 
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
Gabarito: “A” 
A assertiva “A” está certa porque não só leis estaduais, mas também 
atos do Executivo e do Judiciário podem ser objeto de ADIN perante o 
STF. Por exemplo: decreto do Governador (desde que não seja 
regulamentar) e norma regimental do Tribunal de Justiça podem ser 
objeto de ADIN perante o STF. 
A assertiva “B” está errada porque somente os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional poderão propor ADIN perante o 
STF (art. 103, VIII). 
Vale lembrar que a representação no Congresso Nacional deverá ser 
comprovada no momento do ajuizamento da ação. Caso o partido 
político perca a representação no Congresso Nacional antes do 
julgamento da ADIN, essa perda não prejudicará o julgamento da ação. 
A assertiva “C” está errada porque o Supremo Tribunal Federal pode 
declarar a inconstitucionalidade do direito municipal no controle 
concreto de constitucionalidade, quando controvérsias concretas, 
instauradas nos juízos inferiores, chegam ao Tribunal mediante recurso 
extraordinário. 
Não se esqueça de que atualmente o STF também pode declarar a 
inconstitucionalidade do direito municipal no controle abstrato, desde 
que na argüição de descumprimento fundamental – ADPF. 
O STF não aprecia o direito municipal na ADIN (que só admite como 
objeto leis e atos normativos federais e estaduais, e do DF no uso de 
competência estadual) e ADECON (que só admite como objeto leis e 
atos normativos federais). 
A assertiva “D” está errada porque o Senado Federal só dispõe de 
competência para suspender a execução de lei declarada 
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definitivamente inconstitucional pelo STF no controle concreto (CF, art. 
52, X). O Senado Federal não atua no controle abstrato, haja vista que 
neste controle a própria decisão do STF já é dotada, por si, de eficácia 
geral (erga omnes). 
A assertiva “E” está errada porque leis estaduais não podem ser objeto 
de ADECON perante o STF. Essa ação só admite como objeto leis e atos 
normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
28) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) A lei orgânica do Município, 
por ter natureza constitucional, não pode ser objeto de representação 
por inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Estado em 
que situado o Município. 
Item ERRADO. 
A lei orgânica do Município é norma municipal que deve obediência à 
Constituição do Estado e, como tal, pode ser objeto de ADIN perante o 
Tribunal de Justiça do Estado em que situado o Município (CF, art. 125, 
§ 2º). 
29) (ESAF/PFN/2004) Assinale qual dos instrumentos abaixo não pode 
ser meio de controle de constitucionalidade em abstrato no Supremo 
Tribunal Federal: 
a) Recurso extraordinário 
b) Ação declaratória de constitucionalidade 
c) Argüição de descumprimento de preceito fundamental 
d) Ação rescisória 
e) Ação direta de inconstitucionalidade proposta por Confederação 
Sindical 
Gabarito: “D” 
Questão aparentemente fácil, mas que exige um bom conhecimento 
sobre controle de constitucionalidade. 
As assertivas “B”, “C” e “E” apresentam as ações típicas do controle 
abstrato perante o STF, e todas podem ser propostas por confederação 
sindical (art. 103, IX). 
A assertiva “A” apresenta o recurso extraordinário, que é o recurso 
típico do controle concreto, para se levar ao conhecimento do STF 
controvérsia constitucional concreta instaurada nos tribunais inferiores 
(art. 102, III). Porém, há uma hipótese em que o recurso extraordinário 
é utilizado no controle abstrato perante o STF: quando uma lei municipal 
ou estadual é impugnada no controle abstrato perante o Tribunal de 
Justiça em face de dispositivo da Constituição Estadual que é norma de 
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reprodução obrigatória da Constituição Federal, situação em que 
será cabível recurso extraordinário contra a decisão do Tribunal de 
Justiça. 
A assertiva “D” é a que responde a questão, porque não cabe ação 
rescisória contra as decisões do STF no controle abstrato. 
Sabe-se que a ação rescisória é uma ação que tem por fim o 
desfazimento de uma decisão judicial transitada em julgado. Entretanto, 
não cabe ação rescisória contra as decisões do STF no controle 
abstrato. 
30) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Assinale a assertiva 
correta. 
a) O Tribunal deJustiça é competente para efetuar o controle abstrato 
de constitucionalidade de lei municipal em face da Constituição Federal. 
b) Mesmo já tendo transitado em julgado a decisão do Tribunal de 
Justiça que, em controle abstrato, declarou constitucional certa lei 
estadual, a mesma lei pode, mais tarde, vir a ser declarada 
inconstitucional, pelo Supremo Tribunal Federal, em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
c) Órgãos jurisdicionais de primeiro grau não têm legitimidade para 
exercer o controle incidental de constitucionalidade de leis e atos 
normativos. 
d) No controle incidental, a declaração de inconstitucionalidade pelo 
órgão jurisdicional competente depende necessariamente de provocação 
específica de qualquer das partes ou do Ministério Público. 
e) A declaração, pelo Tribunal de Justiça, no exercício do controle 
incidental, da inconstitucionalidade de uma lei municipal em face da 
Constituição Estadual, produz eficácia contra todos e efeito vinculante 
para os demais órgãos do Judiciário Estadual. 
Gabarito: “B” 
A assertiva “A” está errada porque os tribunais de justiça somente 
dispõem de competência para realizar controle abstrato de normas 
estaduais e municipais em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 
2º). 
A assertiva “B” está certa porque uma lei estadual pode ser objeto de 
ADIN perante o Tribunal de Justiça, em face da Constituição Estadual 
(CF, art. 125, § 2º), e perante o STF, em face da Constituição Federal 
(CF, art. 102, I, a). 
Logo, podemos ter o seguinte: (a) num primeiro momento, um dos 
legitimados perante o Tribunal de Justiça propõe uma ADIN contra a lei, 
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e esse tribunal declarara a sua constitucionalidade em face da 
Constituição Estadual; (b) ulteriormente, um dos legitimados do art. 103 
da Constituição Federal propõe uma ADIN perante o STF contra a 
mesma lei, e este tribunal declara a sua inconstitucionalidade em face 
da Constituição Federal. 
Evidentemente, nessa situação prevalecerá a decisão do STF, que é 
dotada de eficácia geral (erga omnes) e retira a lei do ordenamento 
jurídico. 
A assertiva “C” está errada porque os juízos de primeiro grau têm 
competência para exercer controle de constitucionalidade das leis, desde 
que incidentalmente, nos casos concretos submetidos à sua apreciação. 
A assertiva “D” está errada porque no controle incidental, em casos 
concretos submetidos à apreciação do Poder Judiciário, a declaração da 
inconstitucionalidade da lei não depende necessariamente de 
provocação. Ainda que não haja provocação das partes ou do Ministério 
Público, o juiz poderá, de ofício, declarar a inconstitucionalidade da lei, 
afastando a sua aplicação ao caso concreto. 
A assertiva “E” está errada porque a decisão do Poder Judiciário que 
reconhece incidentalmente a inconstitucionalidade das leis (controle 
concreto) produz eficácia somente para as partes do processo (inter 
partes), seja qual for o juízo ou tribunal prolator dessa decisão. 
31) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Assinale a opção correta. 
a) Não é possível a declaração de inconstitucionalidade de lei em sede 
de ação civil pública. 
b) Uma emenda à Constituição Federal não pode ser objeto de ação 
direta de inconstitucionalidade. 
c) Qualquer lei federal pode ser argüida de inconstitucional em sede de 
ação direta de inconstitucionalidade perante o STF. 
d) O julgamento de mérito dando pela improcedência da ação direta de 
inconstitucionalidade equivale a uma declaração de constitucionalidade 
da lei, objeto da ação. 
e) Uma súmula de jurisprudência de tribunal superior pode ser objeto de 
ação direta de inconstitucionalidade no STF. 
Gabarito: “D” 
A assertiva “A” está errada porque é possível a declaração de 
inconstitucionalidade das leis e atos normativos em ação civil pública, 
sejam esses atos federais, estaduais, distritais ou municipais. 
Sabe-se que a ação civil pública é ação quem tem o Ministério Público 
como principal legitimado, para a proteção do patrimônio público e 
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social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (CF, 
art. 129, III). 
Nada impede seja realizado o controle de constitucionalidade difuso em 
ação civil pública, diante de um caso concreto submetido à apreciação 
do Poder Judiciário. Por exemplo: poderá ser declarada a 
inconstitucionalidade de uma lei em uma ação civil pública ajuizada pelo 
Ministério Público na defesa do patrimônio público, visando à anulação 
de uma licitação pública realizada com base nessa lei. 
O que a jurisprudência do STF não admite é a utilização da ação civil 
pública como sucedâneo da ADIN, de forma a outorgar eficácia geral 
(erga omnes) à decisão. Assim, o que não se admite é a obtenção de 
eficácia erga omnes nas declarações de inconstitucionalidade em ação 
civil pública, pois isso representaria usurpação da competência do STF 
pelos juízos e tribunais inferiores. 
Em resumo: (a) a ação civil pública pode ser utilizada como meio de 
controle de constitucionalidade das leis, desde que no controle difuso, 
com eficácia restrita à controvérsia submetida à apreciação do Poder 
Judiciário; (b) o que não se admite é a utilização da ação civil pública 
como sucedâneo da ADIN, com eficácia erga omnes, pois isso implicaria 
usurpação da competência do STF para realizar o controle de 
constitucionalidade abstrato. 
A assertiva “B” está errada porque emenda à Constituição Federal pode 
ser objeto de ADIN perante o STF, por suposta ofensa ao regramento e 
limitações estabelecidos no art. 60 da Constituição Federal. 
A assertiva “C” está errada porque não é toda lei federal que pode ser 
impugnada em ADIN perante o STF. É necessário que a lei federal (ou 
estadual, ou do DF no desempenho de atribuição estadual) tenha sido 
editada na vigência da Constituição Federal de 1988, possua conteúdo 
normativo e esteja em vigor. Logo, não é qualquer lei federal que pode 
ser impugnada em ADIN perante o STF. Por que? Porque leis federais 
pré-constitucionais, ou que não possuam conteúdo normativo, ou que 
tenham sido revogadas não podem ser objeto de ADIN perante o STF. 
A assertiva “D” está certa, pois a ADIN é ação de natureza dúplice ou 
ambivalente, isto é, cuja decisão produz eficácia nos dois sentidos, tanto 
na procedência, quanto na improcedência. 
Assim, se a ADIN é julgada procedente, proclamar-se-á a 
inconstitucionalidade da lei; se a ADIN for julgada improcedente, 
proclamar-se-á a constitucionalidade da lei. 
A assertiva “E” está errada porque as súmulas dos tribunais não podem 
ser objeto de ADIN perante o STF. Por que não? Porque segundo a 
jurisprudência do STF, as súmulas não possuem conteúdo normativo, 
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não possuem força obrigatória. Como se sabe, as súmulas dos tribunais 
do Poder Judiciário não são dotadas de força obrigatória (vinculante), 
mas tão-somente de caráter informativo (o único tribunal do país que 
dispõe de competência para a aprovação de súmula vinculante é o 
próprio STF, na forma do art. 103-A da Constituição). 
32) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/ADAPTADA) Suponha que o 
Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma 
ação declaratória de constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa 
lei. A partir desses dados, assinale a opção em que se formula afirmação 
incorreta. 
a) A lei, objeto da ação, não era municipal. 
b) A ação pode ter sido proposta por governador de Estado. 
c) Nenhum outro tribunal no país poderá declarar a inconstitucionalidade 
da mesma lei. 
d) Não será possível a propositurade ação rescisória contra tal julgado. 
e) Essa lei não poderá ser revogada por lei posterior de mesma 
hierarquia. 
Gabarito: “E” 
A assertiva “A” está certa porque a ADECON só admite como objeto leis 
e atos normativos federais (CF, art. 102, I, a). Portanto, certamente a 
lei não era municipal. 
A assertiva “B” está certa porque o Governador de Estado é legitimado 
para a propositura de todas as ações do controle abstrato (CF, art. 103, 
V). 
A assertiva “C” está certa porque se a ADECON foi julgada procedente 
significa que a lei foi declarada constitucional, haja vista que o pedido 
nessa ação é a declaração da constitucionalidade da norma. E, como se 
sabe, a decisão do STF em ADECON é dotada de efeito vinculante 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração 
Pública direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal (CF, 
art. 102, § 2º). 
A assertiva “D” está certa porque não cabe ação rescisória contra as 
decisões do STF no controle abstrato. 
A assertiva “E” está errada porque o fato de o STF declarar a 
constitucionalidade de uma lei não significa que essa lei não possa ser 
ulteriormente revogada pelo Poder Legislativo que a editou. Como se 
sabe, a revogação de uma norma não tem por pressuposto a sua 
invalidade, mas sim a sua inconveniência ou inoportunidade. 
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33) (ESAF/TCE/RN/2000) A respeito do controle de constitucionalidade 
de atos normativos, assinale a opção correta. 
a) O Presidente do Tribunal de Contas da União tem legitimidade 
ativa para propor ação direta de inconstitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal contra leis que afetem a competência 
constitucionalmente estabelecida da Corte de Contas. 
b) O Presidente da República não pode propor ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, atacando lei 
estadual. 
c) A decisão que proclama a invalidade de uma lei federal em sede 
de ação direta de inconstitucionalidade somente produz efeitos erga 
omnes (para todos) depois de suspensa a mesma lei pelo Senado 
Federal. 
d) Leis municipais, estaduais e federais podem ser objeto de ação 
direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
e) Um Governador de Estado pode, em princípio, ajuizar, perante o 
Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade contra lei 
estadual, mas não pode ajuizar uma ação declaratória de 
constitucionalidade perante o mesmo tribunal tendo por objeto a mesma 
lei. 
Gabarito: “E” 
A assertiva “A” está errada porque o Presidente do Tribunal de Contas 
da União não é legitimado para propor ADIN perante o STF. Os 
legitimados estão enumerados taxativamente no art. 103, I ao IX, da 
Constituição Federal. 
A assertiva “B” está errada porque o Presidente da República pode 
impugnar lei estadual em ADIN perante o STF, sem necessidade, 
sequer, de comprovar pertinência temática, haja vista ser ele legitimado 
especial. 
A assertiva “C” está errada porque a decisão do STF em ADIN é dotada, 
por si só, de eficácia contra todos (erga omnes). O Senado Federal só 
suspende a execução de lei declarada inconstitucional definitivamente 
pelo STF no controle concreto (CF, art. 52, X). 
A assertiva “D” está errada porque leis municipais não podem ser objeto 
de ADIN perante o STF, mas somente leis federais, estaduais ou do DF, 
neste último caso quando editadas no desempenho de atribuição 
estadual (CF, art. 102, I, a). 
A assertiva “E” está certa porque o Governador pode propor ADIN 
contra lei estadual perante o STF, exigindo-se, apenas, a comprovação 
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de pertinência temática, no caso de impugnação de lei de outro Estado 
(CF, art. 103, V). 
Entretanto, não poderá o Governador propor ADECON contra a mesma 
lei estadual, haja vista que esta ação só admite como objeto leis e atos 
normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
34) (ESAF/PFN/2004) Assinale a opção correta. 
a) A decisão de invalidade de uma lei, proferida em ação direta de 
inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, não impede que o 
Congresso Nacional edite outra lei idêntica, mesmo depois do trânsito 
em julgado da decisão da Suprema Corte. 
b) A argüição de descumprimento de preceito fundamental somente 
pode ser empregada para questionar atos federais ou estaduais, sendo 
imprópria para questionar atos municipais. 
c) A argüição de descumprimento de preceito fundamental somente 
pode ser ajuizada na hipótese em que, contra o ato lesivo, não caiba 
mandado de segurança, dada a natureza subsidiária da ação. 
d) Todo indivíduo que tenha um direito previsto em preceito 
fundamental da Constituição violado por ato de poder público, tem 
legitimidade para propor a argüição de descumprimento de preceito 
fundamental perante o Supremo Tribunal Federal, que será admitida se 
a Corte entender relevante a discussão para a ordem jurídica em geral. 
e) Somente pode ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade 
perante o STF lei ou ato normativo federal ou estadual, jamais ato 
normativo municipal. 
Gabarito: “A” 
A assertiva “A” está certa porque o efeito vinculante das decisões do 
STF não alcança o Poder Legislativo, no tocante ao desempenho de sua 
função legislativa. O efeito vinculante alcança somente os demais órgãos 
do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal (CF, art. 102, § 2º). 
Cuidado! Vale lembrar que o efeito vinculante não alcança também o 
próprio STF. Então, quem não é alcançado pelo efeito vinculante das 
decisões do STF? Resposta: o próprio STF (que, em tese, poderá mudar 
de orientação no futuro) e o Poder Legislativo (que, em tese, poderá 
ulteriormente editar lei de conteúdo idêntico à que foi declarada 
inconstitucional pelo STF). 
A assertiva “B” está errada porque a ADPF poderá ser proposta quando 
for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou 
ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à 
Constituição Federal de 1988. 
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Cuidado! Este ponto tem sido muito cobrado em concurso: o fato de a 
ADPF admitir como objeto leis e atos normativos federais, estaduais e 
municipais, inclusive pré-constitucionais, isto é, editados em data 
anterior à promulgação da Constituição Federal de 1988. 
A assertiva “C” está errada porque o entendimento atual do STF é no 
sentido de que o cabimento de mandado de segurança não impede a 
propositura de ADPF para o mesmo fim. Vamos entender bem essa nova 
orientação do STF, nos parágrafos seguintes. 
A ADPF, de fato, é ação de natureza supletiva, subsidiária. Esse caráter 
de subsidiariedade está previsto na própria lei, nestes termos: “Não será 
admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando 
houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade” (Lei nº 
9.882/1999, art. 4º, § 1º). 
Inicialmente, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que esse 
“qualquer outro meio” englobava não só as ações do controle abstrato, 
mas também as ações do controle concreto. Assim, não seria cabível 
ADPF enquanto houvesse qualquer outra ação, abstrata ou concreta, 
capaz de sanar a lesividade. Com fundamento nessa jurisprudência 
inicial, o STF deixou de conhecer várias ADPF propostas por entender 
que a lesão poderia ser reparada por mandado de segurança, por ação 
popular etc. 
Entretanto, houve mudança na jurisprudência do STF, o entendimento 
acima exposto não prevalece mais hoje no Tribunal. O último 
entendimento do STF é de que a expressão “qualqueroutro meio” deve 
ser entendida como alcançando somente as ações do controle 
abstrato. Significa dizer que a existência de ação concreta capaz de 
sanar a lesividade – mandado de segurança, ação popular etc. - não 
impede a propositura de ADPF. Enfim, o caráter de subsidiariedade diz 
respeito somente às demais ações do controle abstrato, a saber: ADIN, 
ADIN por omissão e ADECON. Portanto, se a lesão puder ser sanada por 
uma dessas ações abstratas, não será admitida ADPF. 
Cuidado! Valorize esse ponto, pois se trata de novíssima mudança na 
jurisprudência do STF, coisa que as bancas examinadoras gostam de 
cobrar em prova! 
A assertiva “D” está errada porque a ADPF não pode ser proposta por 
qualquer indivíduo, mas somente pelos legitimados do art. 103, I ao IX, 
da Constituição. De fato, o projeto de lei aprovado pelo Legislativo 
outorgava legitimação a qualquer cidadão para a propositura da ADPF 
perante o STF, mas essa prerrogativa foi vetada pelo Presidente da 
República. 
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A assertiva “E” está errada porque a ADECON só admite como objeto 
leis e atos normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
Olha, será uma vergonha nacional você fazer confusão e errar o objeto 
das diferentes ações do controle abstrato. Para você não pagar esse 
mico, vamos fazer uma última revisão: 
i) no STF, o controle abstrato é sempre em face da Constituição 
Federal, mediante ADECON (leis e atos normativos federais), ADIN (leis 
e atos normativos federais e estaduais, ou do DF, no desempenho de 
atribuição estadual), ADIN por omissão (omissões federais e estaduais, 
ou do DF, em relação ao desempenho de atribuição estadual) e ADPF 
(leis e atos normativos federais, estaduais e municipais, inclusive 
anteriores à Constituição Federal de 1988). 
ii) no TJ, o controle abstrato é sempre em face da Constituição 
Estadual, mediante as ações abstratas que o Estado instituir (embora 
só exista autorização expressa para a instituição de ADIN, os Estados 
poderão também instituir as outras ações do controle abstrato), para 
aferição de leis e atos normativos estaduais e municipais. 
35) (ESAF/PFN/2004) Assinale a assertiva correta. 
a) Governador de Estado não pode ajuizar ação direta de 
inconstitucionalidade contra ato normativo federal. 
b) Em matéria tributária de interesse nacional, o Procurador-Geral da 
Fazenda Nacional tem legitimidade para propor argüição de 
descumprimento de preceito fundamental, perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
c) A suspensão liminar da eficácia de lei ou de ato normativo, em ação 
direta de inconstitucionalidade, pelo Supremo Tribunal Federal, acarreta 
a suspensão dos julgamentos que envolvam a aplicação da disposição 
que teve sua vigência suspensa. 
d) A lei que houver sido editada antes de 1988, não é objeto passível de 
controle abstrato no âmbito do Supremo Tribunal Federal. 
e) Nenhuma associação de classe que tenha entre os seus membros 
outras associações possui legitimidade para propor ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
Gabarito: “C” 
A assertiva “A” está errada porque o Governador de Estado pode ajuizar 
ADIN perante o STF contra ato normativo federal, desde que comprove 
pertinência temática (haja vista ser ele legitimado especial), isto é, 
desde que comprove que o ato normativo federal tem repercussão nos 
interesses do Estado que ele representa. 
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A assertiva “B” está errada porque o Procurador-Geral da Fazenda 
Nacional não é legitimado para propor nenhuma ação do controle 
abstrato perante o STF. Os legitimados para a propositura de todas as 
ações abstratas perante o STF estão enumerados taxativamente no art. 
103, I ao IX, da Constituição. 
A assertiva “C” está certa porque a concessão de medida liminar 
(medida cautelar) em ADIN pelo STF produz eficácia contra todos (erga 
omnes) e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. Em resumo, são os seguintes os efeitos da 
concessão de medida cautelar em ADIN: 
I) eficácia erga omnes; 
II) efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal; 
III) em regra, a medida cautelar produz efeitos ex nunc (daí por diante), 
mas poderão ser concedidos efeitos ex tunc (retroativos), desde que o 
STF o faça expressamente; 
IV) suspende a eficácia da norma impugnada até o julgamento do 
mérito da ação; 
V) suspende o julgamento de todos os processos que envolvam a 
aplicação da norma até o julgamento do mérito da ação; 
VI) torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo 
manifestação expressa do STF em sentido contrário. 
Cuidado! Leve para a prova, na ponta da língua, essas cinco 
informações sobre a concessão de medida cautelar, pois elas são muito 
cobradas! 
A assertiva “D” está errada porque o direito pré-constitucional (editado 
na vigência de Constituições pretéritas) pode ser objeto de controle 
abstrato perante o STF, desde que em argüição de descumprimento de 
preceito fundamental – ADPF. 
A assertiva “E” está errada porque as associações de classe que têm 
como membros outras associações possuem legitimidade para propor 
ADIN perante o STF. Essas associações – que têm como membros 
outras pessoas jurídicas – são chamadas pelo STF de “associações de 
associações”. A jurisprudência do STF era no sentido de que as 
“associações de associações” não possuíam legitimidade para instaurar o 
controle abstrato. Entretanto, essa jurisprudência foi modificada, e o 
entendimento atual é de que elas também podem propor as ações do 
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controle abstrato perante o STF, com fundamento no art. 103, IX, da 
Constituição. 
36) (ESAF/AFRF/2000) A respeito do controle abstrato de 
constitucionalidade de atos normativos é correto afirmar: 
a) Os Tribunais de Justiça dos Estados têm legitimidade para 
declarar, por meio do controle abstrato, a nulidade de leis e atos 
normativos estaduais e municipais, por afronta à Constituição Federal. 
b) A declaração de inconstitucionalidade de uma lei federal pelo STF, 
em sede de ação direta de inconstitucionalidade, somente produz efeitos 
para todos depois de suspensa a execução do diploma legal pelo Senado 
Federal. 
c) Como regra geral, declarada a nulidade de uma lei numa ação 
direta de inconstitucionalidade, o diploma deixa de produzir efeitos a 
partir da data do julgamento da ação. 
d) No exame de constitucionalidade de uma lei, não é dado ao 
Supremo Tribunal Federal formular juízo sobre a razoabilidade do 
diploma. 
e) A decisão de mérito do Supremo Tribunal Federal julgando 
improcedente uma ação direta de inconstitucionalidade equivale a 
declarar constitucional o ato impugnado. 
Gabarito: “E” 
A assertiva “A” está errada porque os tribunais de justiça só dispõem de 
competência para realizar controle abstrato de leis e atos normativos 
estaduais e municipais em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 
2º). 
A assertiva “B” está errada porque as decisões do STF no controle 
abstrato produzem, por si sós, eficácia contra todos (erga omnes). O 
Senado Federal não atua no controle abstrato. Cabe a ele suspender a 
execução de lei declarada definitivamente inconstitucional pelo STF no 
controle concreto (CF, art. 52, X). 
A assertiva “C” está errada porque, em regra, a decisão em ADIN 
produz efeitos retroativos, retirando a lei do ordenamento jurídico desde 
o seu nascimento(ex tunc). 
É verdade que, excepcionalmente, por razões de segurança jurídica ou 
diante de relevante interesse social, poderá o STF, desde que por 
decisão de dois terços dos seus membros, outorgar eficácia ex nunc à 
sua decisão, ou mesmo fixar outro momento para o início da eficácia da 
sua decisão. Mas, repita-se, trata-se de medida excepcional. A regra 
continua sendo a decisão produzir efeitos retroativos (ex tunc). 
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A assertiva “D” está errada porque o princípio da razoabilidade é 
parâmetro para a declaração da inconstitucionalidade das leis pelo 
Supremo Tribunal Federal. Significa dizer que na realização do controle 
de constitucionalidade o Poder Judiciário examina sim a razoabilidade 
das leis, para o fim de declarar a inconstitucionalidade daquelas 
desarrazoadas. 
Qual a relevância do princípio da razoabilidade no controle de 
constitucionalidade das leis? Bem, o princípio da razoabilidade (ou da 
proporcionalidade) atua como limite à imposição de restrição a direito 
constitucional, exigindo das leis restritivas de direito a observância dos 
requisitos (a) necessidade, (b) adequação e (c) medida certa 
(proporcionalidade estrita). Significa dizer que se a lei restritiva de 
direito desatender a um desses requisitos, será ela desarrazoada, 
devendo ser declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário. 
A assertiva “E” está certa porque a ADIN é ação de natureza dúplice ou 
ambivalente, isto é, cuja decisão produz eficácia jurídica tanto na 
procedência, quanto na improcedência. Logo, temos o seguinte: (i) 
quando a ADIN é julgada procedente, proclama-se a 
inconstitucionalidade da norma impugnada; (ii) quando a ADIN é 
julgada improcedente, proclama-se a constitucionalidade da norma 
impugnada. 
37) (ESAF/MPOG/GESTOR/2000) A respeito do controle de 
constitucionalidade das leis pelo Supremo Tribunal Federal - STF, 
assinale a opção correta. 
a) A lei declarada inconstitucional em ação direta de 
inconstitucionalidade não precisa ser suspensa pelo Senado Federal para 
produzir efeitos contra todos (efeitos erga omnes). 
b) Qualquer cidadão brasileiro pode provocar o STF a declarar a 
inconstitucionalidade de uma lei, por via de ação direta de 
inconstitucionalidade. 
c) A lei declarada inconstitucional pelo STF em ação direta de 
inconstitucionalidade é, em princípio, tida como inválida apenas a partir 
do julgamento. 
d) A declaração de inconstitucionalidade num recurso extraordinário 
produz sempre os mesmos efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade em ação direta de inconstitucionalidade. 
e) O STF somente pode declarar a inconstitucionalidade de leis 
federais. 
Gabarito: “A” 
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A assertiva “A” está certa porque a decisão do STF em ADIN produz, por 
si, eficácia contra todos (erga omnes), sem necessidade de suspensão 
da execução da lei pelo Senado Federal. O Senado Federal não atua no 
controle abstrato, mas somente no controle concreto, suspendendo a 
execução das leis declaradas definitivamente inconstitucionais pelo STF 
na via difusa (CF, art. 52, X). 
A assertiva “B” está errada porque somente os legitimados pela 
Constituição Federal (CF, art. 103, I ao IX) podem dar início ao controle 
abstrato perante o STF. Portanto, não é qualquer brasileiro que pode 
provocar o STF para declarar a inconstitucionalidade de uma lei no 
controle abstrato. 
A assertiva “C” está errada porque, em regra, a lei declarada 
inconstitucional pelo STF em ADIN é tida como inválida desde o seu 
nascimento, retroativamente (ex tunc), e não somente a partir da data 
do julgamento (ex nunc). 
A assertiva “D” está errada porque a declaração da inconstitucionalidade 
em recurso extraordinário somente produz efeitos para as partes do 
processo (eficácia inter partes), ao passo que a decisão em ação direta 
de inconstitucionalidade produz eficácia geral (contra todos). 
Cuidado! Vale lembrar que existe uma hipótese em que a decisão do 
STF em recurso extraordinário é dotada de eficácia erga omnes: no 
recurso extraordinário contra decisão do Tribunal de Justiça no controle 
abstrato, quando a lei municipal ou estadual é impugnada perante o 
Tribunal de Justiça em face de dispositivo da Constituição Estadual que 
é norma de reprodução obrigatória da Constituição Federal. 
Mas, ressalvada essa situação excepcional, o recurso extraordinário é 
utilizado na via difusa, em casos concretos submetidos à apreciação do 
Poder Judiciário, sempre com a eficácia da decisão restrita às partes do 
processo (eficácia inter partes). 
A assertiva “E” está errada porque o STF pode declarar a 
inconstitucionalidade de leis federais, estaduais, distritais e municipais. 
Vejamos a competência do STF para examinar a validade das leis nas 
diferentes ações do controle de constitucionalidade: 
(1) em ADECON o STF só aprecia a constitucionalidade de normas 
federais; 
(2) em ADIN o STF aprecia a constitucionalidade de normas federais, 
estaduais ou do DF, neste caso desde que expedidas no exercício de 
atribuições estadual; 
(3) em ADPF o STF aprecia a constitucionalidade de normas federais, 
estaduais, distritais e municipais; 
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(4) nas ações do controle concreto, o STF aprecia a 
constitucionalidade de normas federais, estaduais, distritais e municipais 
Atenção! A única ação em que o STF somente pode declarar a 
inconstitucionalidade de normas federais é a ação declaratória de 
constitucionalidade – ADECON, pois essa ação só admite como objeto 
leis e atos normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
38) (ESAF/AFC/STN/2000) Sobre o controle de constitucionalidade no 
Brasil, assinale a opção correta. 
a) O controle abstrato de constitucionalidade é realizado no Brasil 
apenas pelo Supremo Tribunal Federal, mediante a provocação de 
cidadão que tenha um direito fundamental seu violado pelos poderes 
públicos. 
b) A decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, ao decidir 
questão de inconstitucionalidade por meio do controle de 
constitucionalidade em tese, produz efeitos apenas entre as partes, 
podendo, entretanto, produzir também efeitos contra todos (erga 
omnes), se a lei invalidada vier a ser suspensa pelo Senado Federal. 
c) Uma lei de um Município, mesmo que claramente contrária à 
Constituição Federal, não pode ser declarada inválida pelo Supremo 
Tribunal Federal numa ação direta de inconstitucionalidade. 
d) A decisão do Supremo Tribunal Federal numa ação declaratória de 
constitucionalidade somente produz eficácia contra todos e efeito 
vinculante, quando julgada procedente no seu mérito. 
e) Um tribunal de justiça estadual não pode declarar a 
inconstitucionalidade de uma lei federal. 
Gabarito: “C” 
A assertiva “A” está errada porque o controle de constitucionalidade 
abstrato não é realizado apenas pelo Supremo Tribunal Federal, haja 
vista que os tribunais de justiça também realizam controle abstrato de 
normas estaduais e municipais em face da Constituição Estadual (CF, 
art. 125, § 2º). Ademais, não é qualquer cidadão que pode provocar o 
STF para dar início ao controle abstrato, mas somente os legitimados 
pela Constituição (CF, art. 103, I ao IX). 
A assertiva “B” está errada porque a decisão que declara a 
inconstitucionalidade em tese (controle abstrato) produz eficácia geral 
(erga omnes) por si só. Não há participação do Senado Federal nesse 
controle, haja vista que o Senado Federal só suspende a execução das 
leis declaradas definitivamente inconstitucionais no controle concreto 
(CF, art. 52, X). 
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A assertiva “C” está certa, pois leis e atos normativos municipais não 
podem ser objeto de ADIN perante o STF, haja vista que essa ação só 
admite a aferição de leis e atos normativos federais, estaduais ou do 
Distrito Federal, neste último caso se editados no uso de competência 
estadual (CF, art. 102, I, a). O STF só aprecia a validade do direito 
municipal no controle concreto de constitucionalidade, ou no controle 
abstrato por meio de argüição de descumprimento de preceito 
fundamental – ADPF. 
Vale lembrar que o direito municipal pode ser objeto de ADIN perante o 
Tribunal de Justiça, em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 
2º). 
A assertiva “D” está errada porque a ação declaratória de 
constitucionalidade – ADECON é ação de natureza dúplice ou 
ambivalente, isto é, a decisão nela proferida produz eficácia jurídica 
tanto na procedência, quanto na improcedência do pedido. Assim, temos 
o seguinte: (i) se a ADECON for julgada procedente, será declarada a 
constitucionalidade da norma; (ii) se a ADECON for julgada 
improcedente, será declarada a inconstitucionalidade da norma. 
Num ou noutro sentido, a decisão do STF será dotada de eficácia contra 
todos (erga omnes) e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos 
do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal direta e indireta, 
nas esferas federal, estadual e municipal (CF, art. 102, § 2º). 
A assertiva “E” está errada porque os tribunais de justiça têm 
competência para declarar a inconstitucionalidade de leis e atos 
normativos federais, desde que diante de casos concretos, na via difusa. 
Os tribunais de justiça só não têm competência para declarar a 
inconstitucionalidade de leis e atos normativos federais no controle 
abstrato, haja vista que o objeto deste só poderá ser leis e atos 
normativos estaduais e municipais (CF, art. 125, § 2º). 
39) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Suponha que um 
dispositivo de uma Constituição Estadual reproduza, literalmente, um 
outro dispositivo da Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar 
esse mesmo dispositivo, comum às duas constituições. A partir desses 
dados, assinale a opção correta. 
a) Se a lei suspeita for estadual, não poderá ser objeto de controle 
abstrato de constitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, mas 
apenas perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) Se a lei suspeita for municipal, somente poderá ser objeto de ação 
direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) Se a lei suspeita for estadual, e se tiver sido objeto tanto de ação 
direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal como de 
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representação por inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça, haverá a 
conexão e o Supremo Tribunal Federal deverá julgar ambas as ações. 
d) Se a lei suspeita for estadual e tiver sido julgada, pelo Tribunal de 
Justiça, em decisão transitada em julgado, como inconstitucional, ainda 
assim poderá ser objeto de controle abstrato perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
e) Se a lei suspeita for julgada inconstitucional pelo Tribunal de 
Justiça, em sede de controle abstrato, poderá haver recurso 
extraordinário dessa decisão para o Supremo Tribunal Federal. 
Gabarito: “E” 
A assertiva “A” está errada porque lei estadual também pode ser objeto 
de controle abstrato perante o Tribunal de Justiça, em face da 
Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º). 
A assertiva “B” está errada porque lei municipal não pode ser objeto de 
ADIN perante o STF, haja vista que essa ação só admite a aferição de 
leis e atos normativos federais, estaduais ou do Distrito Federal, neste 
último caso quando editados no uso de competência estadual (CF, art. 
102, I, a). 
A assertiva “C” está errada porque quando há simultaneidade de ações 
diretas contra a mesma lei (isto é, quando são propostas 
simultaneamente duas ações diretas contra a mesma lei estadual, uma 
ADIN no STF e outra no TJ), suspende-se o julgamento da ADIN perante 
o TJ e aguarda-se o julgamento da ADIN perante o STF. 
Ao final, quando a ADIN for julgada pelo STF, teremos o seguinte: (i) se 
a ADIN for julgada procedente, a lei será retirada do ordenamento 
jurídico, restando prejudicada a ADIN perante o TJ; (ii) se a ADIN for 
julgada improcedente, prossegue-se no julgamento da ADIN perante o 
TJ (porque, embora o STF tenha decidido que a lei não contraria a 
Constituição Federal, pode acontecer de o TJ decidir que a lei 
desrespeita a Constituição Estadual). 
A assertiva “D” está errada porque se a lei estadual for julgada 
inconstitucional em ADIN pelo TJ, por ofensa à Constituição Estadual, a 
decisão do TJ será dotada de eficácia contra todos (erga omnes), 
retirando a lei do ordenamento jurídico, não fazendo sentido falar-se em 
ulterior controle abstrato da mesma lei perante o STF. 
A assertiva “E” está certa porque se lei municipal ou estadual for 
impugnada no controle abstrato perante o Tribunal de Justiça por ofensa 
a dispositivo da Constituição Estadual que seja reprodução da 
Constituição Federal, o Tribunal de Justiça apreciará a ação, mas 
contra a sua decisão será cabível recurso extraordinário para o STF. 
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40) (ESAF/AFRE/MG/2005) Sobre o controle de constitucionalidade no 
Brasil, é correto afirmar: 
a) Somente o Supremo Tribunal Federal pode exercer o controle 
abstrato da legitimidade de leis em face da Constituição Federal. 
b) Os Tribunais de Justiça podem declarar, incidentalmente, a 
inconstitucionalidade de leis em face da Constituição do Estado, mas 
não em face da Constituição Federal. 
c) Um juiz estadual, confrontado com uma questão de 
inconstitucionalidade de lei estadual, deve suspender o processo e 
submeter a questão ao Plenário ou ao órgão especial do Tribunal de 
Justiça a que se vincula. 
d) Somente juízes federais têm autorização constitucional para declarar, 
incidentalmente, a inconstitucionalidade de leis federais. 
e) O Congresso Nacional está expressamente autorizado pela 
Constituição a declarar a inconstitucionalidade de leis que ele próprio 
editou. 
Gabarito: “A” 
A assertiva “A” está certa, pois somente o STF dispõe de competência 
para realizar controle abstrato em face da Constituição Federal. Os 
tribunais de justiça também realizam controle abstrato, mas somente 
em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º). 
A assertiva “B” está errada porque os tribunais de justiça podem 
declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade de leis em face da 
Constituição Federal. Em verdade, no controle concreto qualquer juiz 
ou tribunal do Poder Judiciário tem competência para declarar a 
inconstitucionalidade em face da Constituição Federal. 
A restrição que existe, comentada na assertiva “A”, acima, diz respeito 
ao controle abstrato. No controle abstrato, aí sim, somente o STF tem 
competência para declarar a inconstitucionalidade de uma lei em face da 
Constituição Federal, haja vista que os tribunais de justiça só realizam 
controle abstrato em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º). 
A assertiva “C” está errada porque os juízos de primeiro grau têm 
competência para declarar a inconstitucionalidade das leis, sem 
necessidade de submissão da questão ao tribunal a que se vincula, 
desde que diante de casos concretos, na via difusa. Qualquer juiz de 
primeiro grau – da justiça estadual, federal, trabalhista, eleitoral ou 
militar - pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei, afastando a 
sua aplicação ao caso concreto. 
A assertiva “D” está errada porque juízes estaduais também têm 
competência para declarar a inconstitucionalidadede leis federais, desde 
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que diante de casos concretos submetidos à sua apreciação, na via 
difusa. Ora, são os juízes estaduais, da chamada justiça estadual 
comum, que examinam a maioria de processos cíveis, criminais etc., 
ramos do Direito em que somente a União pode legislar (CF, art. 22, I). 
Logo, ao julgarem esses processos - envolvendo a aplicação de leis 
federais sobre direito civil, penal etc. -, poderão declarar a 
inconstitucionalidade dessas leis federais, afastando a sua aplicação aos 
casos concretos. 
A assertiva “E” está errada porque, segundo a jurisprudência do STF, o 
Poder Legislativo não dispõe de competência para, mediante lei, 
declarar a inconstitucionalidade de lei pretérita de sua autoria. Eventual 
texto de lei nesse sentido há que ser entendido como mera revogação, 
daí por diante (ex nunc), da lei pretérita. Enfim, o Poder Legislativo 
pode revogar lei por ele anteriormente editada, mas não pode editar 
uma Lei 2 declarando a inconstitucionalidade de uma Lei 1, por ele 
anteriormente editada. 
41) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) A respeito do controle de 
constitucionalidade, assinale a opção correta. 
a) Medidas provisórias não podem ser objeto de ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) Leis estaduais não podem ser objeto de ação declaratória de 
constitucionalidade. 
c) Pelo voto da maioria absoluta dos membros do STF, pode ser 
declarada, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, a 
inconstitucionalidade de lei orgânica de município. 
d) Declarada a inconstitucionalidade de lei pelo STF, em sede de 
controle abstrato, o Senado deverá suspender a execução da mesma lei, 
para que a decisão da Suprema Corte produza efeitos erga omnes. 
e) Não cabe medida liminar em ação declaratória de constitucionalidade. 
Gabarito: “B” 
A assertiva “A” está errada porque medidas provisórias – federais ou 
estaduais – podem ser objeto de ADIN perante o STF, mesmo antes de 
sua conversão em lei. Afinal, medida provisória é espécie normativa 
primária, adotada pelo chefe do Executivo, com força de lei desde a sua 
edição. 
A assertiva “B” está certa porque a ação declaratória de 
constitucionalidade – ADECON só admite como objeto leis e atos 
normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
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A assertiva “C” está errada porque lei orgânica de Município é norma 
municipal, e leis e atos normativos municipais não podem ser objeto de 
ADIN perante o STF. 
A assertiva “D” está errada porque as decisões do STF no controle 
abstrato são dotadas, por si, de eficácia contra todos (erga omnes), não 
havendo participação do Senado Federal nesse tipo de controle. A 
atuação do Senado Federal, com a finalidade de suspender a execução 
de lei declarada definitivamente inconstitucional pelo STF, somente 
ocorre no controle concreto. 
A assertiva “E” está errada porque é cabível a concessão de medida 
cautelar em ADECON, consistindo numa determinação para que os 
juízes e tribunais suspendam o julgamento de processos que envolvam 
a aplicação da lei até o julgamento de mérito da ação. 
A decisão que concede a medida cautelar em ADECON é dotada de 
eficácia erga omnes e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos 
do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal. 
Em regra, a medida cautelar é concedida com efeitos ex nunc (não 
retroativos), mas o STF poderá conceder-lhe efeitos ex tunc 
(retroativos), desde que o faça expressamente. 
Vale lembrar que a medida cautelar em ADECON tem uma eficácia 
máxima de 180 (cento e oitenta) dias, devendo o STF apreciar o mérito 
da ação nesse período, sob pena da perda da eficácia da medida 
cautelar concedida. 
42) (ESAF/AFCE/TCU/2000) Com relação ao controle de 
constitucionalidade de ato normativo pelo Supremo Tribunal Federal - 
STF, é correto afirmar: 
a) Se o STF, apreciando o mérito de uma ação declaratória de 
constitucionalidade, julga a demanda improcedente, a lei deve ser 
considerada inconstitucional e esta decisão terá eficácia contra todos e 
efeito vinculante para os demais órgãos do Poder Judiciário e para a 
Administração Pública direta e indireta. 
b) A declaração de inconstitucionalidade feita em um recurso 
extraordinário terá sempre eficácia contra todos e produzirá efeito 
vinculante, tão logo o acórdão transite em julgado. 
c) O STF tem competência para apreciar a constitucionalidade de leis 
editadas em qualquer Estado da Federação, por via de ação direta de 
inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. 
d) A decisão do STF pela inconstitucionalidade de uma lei federal, 
quando proferida em sede de controle abstrato, começa a produzir 
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eficácia contra todos depois de o Senado Federal suspender a execução 
da lei. 
e) Uma lei municipal pode ser declarada inconstitucional pelo STF, 
quer por meio de ação direta de inconstitucionalidade, quer por recurso 
extraordinário. 
Gabarito: “A” 
A assertiva “A” está certa porque a ADECON é ação de natureza dúplice 
ou ambivalente, cuja decisão produz eficácia jurídica tanto na 
procedência, quanto na improcedência. 
Logo, como o pedido na ADECON é a declaração da constitucionalidade 
da norma, se a demanda foi julgada improcedente significa dizer que o 
STF declarou a inconstitucionalidade da norma. 
A parte final do enunciado apenas afirma a eficácia contra todos (erga 
omnes) e o efeito vinculante da decisão do STF em ADECON 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração 
Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (CF, 
art. 102, § 2º). 
A assertiva “B” está errada porque a decisão do STF em recurso 
extraordinário produz, em regra, eficácia restrita às partes do processo 
(inter partes). Por que? Porque o recurso extraordinário é utilizado em 
casos concretos, como meio de, na via difusa, levar ao conhecimento do 
STF essas controvérsias instauradas nos juízos inferiores, nas hipóteses 
permitidas pela Constituição Federal (art. 102, III). 
Há alguma hipótese em que a decisão do STF em recurso extraordinário 
é dotada de eficácia erga omnes? Sim, há uma hipótese: a decisão do 
STF no recurso extraordinário contra decisão do Tribunal de Justiça no 
controle abstrato, quando uma lei estadual ou municipal é impugnada 
em face da Constituição Estadual, com alegação de ofensa a dispositivo 
desta que seja reprodução da Constituição Federal. 
Lembra-se dessa hipótese? Já vimos isso neste curso, em algumas 
questões diferentes! Se não lembrou, está na hora de começar a 
revisão! 
A assertiva “C” está errada porque a ADECON perante o STF não admite 
a aferição da constitucionalidade de leis estaduais, mas somente de leis 
e atos normativos federais (CF, art. 102, I, a). 
A assertiva “D” está errada porque as decisões do STF no controle 
abstrato são dotadas, por si, de eficácia contra todos (erga omnes), não 
havendo atuação do Senado Federal nesse tipo de controle. O Senado 
Federal só dispõe de competência para suspender a execução de lei 
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declarada definitivamente inconstitucional pelo STF no controle concreto 
(CF, art. 52, X). 
A assertiva “E” está errada porque leis e atos normativos municipais não 
podem ser objeto de ADIN perante o STF. A ADIN perante o STF só 
admite como objeto normas federais, estaduais ou do Distrito Federal, 
neste caso se editadasno uso da competência estadual (CF, art. 102, I, 
a). 
43) (CESPE/TJDFT/2002) Determinado estado da Federação editou 
emenda à constituição estadual, por meio da qual outorgou 
prerrogativas de caráter processual penal ao governador de estado, 
consistentes na imunidade a prisão cautelar e na imunidade a qualquer 
processo penal por delitos estranhos à função governamental. Nessa 
situação, a emenda constitucional estadual mencionada, apesar de 
contrariar princípios e dispositivos constantes da Constituição da 
República, por se tratar de norma de natureza constitucional, não está 
sujeita ao controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal 
Federal, por meio de ação direta. 
Item ERRADO. 
As emendas à Constituição Federal podem ser objeto de ADIN perante o 
STF, haja vista que essas espécies poderão, em tese, desrespeitar as 
regras e limitações estabelecidas pelo art. 60 da Constituição. 
44) (CESPE/PROCURADOR/TCPE/2004) Tempos atrás, o presidente da 
República promulgou lei federal que alterou o nome do Aeroporto do 
Recife para Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre. 
Essa lei, como resultado do processo legislativo, pode, em princípio, ser 
objeto válido de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
Item ERRADO. 
Leis e atos normativos desprovidos de caráter normativo, abstração e 
generalidade não se sujeitam à ADIN perante o STF, ainda que 
formalmente elaborados pelo Legislativo na forma de lei. 
Entenda-se. Para que uma lei possa ser impugnada em ADIN perante o 
STF é necessário que ela seja dotada de caráter normativo, que possua 
os atributos da generalidade e abstração, isto é, é necessário que a lei 
possua destinatários indeterminados, atingindo a sociedade como um 
todo. 
Então, se a norma não tem caráter normativo, se versa situação 
concreta, se tem destinatário certo e determinado, não poderá ser 
impugnada em ADIN perante o STF. Exemplos: leis que dão nome a 
pontes e aeroportos; decreto do Presidente da República que nomeia, 
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exonera ou destitui Ministro de Estado; decreto do Presidente da 
República que demite servidor público etc. 
45) (CESPE/PROCURADOR/TCPE/2004) Embora se reconheça aos 
tribunais de contas o poder de apreciar a constitucionalidade das 
normas que hajam de aplicar em seus julgamentos, a doutrina 
majoritária entende que isso não impede o reexame dessa questão por 
parte do Poder Judiciário. 
Item CERTO. 
A competência dos tribunais de contas para apreciar a 
constitucionalidade das leis está consagrada na Súmula nº 347 do STF, 
nestes termos: 
“O tribunal de contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.” 
Entretanto, essa competência dos tribunais de contas não afasta a 
possibilidade de ulterior submissão da matéria à apreciação do Poder 
Judiciário. Assim, se ao apreciar determinado processo de sua 
competência o tribunal de contas entender que certa lei a ele aplicável é 
inconstitucional, poderá o tribunal afastar essa aplicação, reconhecendo 
a inconstitucionalidade da lei. Porém, a parte prejudicada por essa 
decisão poderá recorrer ao Poder Judiciário, para que este reexamine a 
decisão da Corte de Contas. 
46) (CESPE/ANALISTA/TST/2003) Ao prever o controle abstrato de 
constitucionalidade perante os respectivos tribunais de justiça, as 
constituições estaduais podem considerar legitimados à propositura de 
representação de inconstitucionalidade outros entes não-arrolados na 
Constituição da República como aptos a ajuizarem a ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
Item CERTO. 
Ao prever o controle abstrato perante o STF, a própria Constituição 
Federal enumerou os legitimados para dar início a esse controle no art. 
103, I ao IX, do seu texto. 
Entretanto, ao prever a possibilidade de os estados-membros instituírem 
o controle abstrato, a Constituição Federal não enumerou taxativamente 
os legitimados para dar início a esse controle no âmbito estadual. A 
Constituição Federal dispôs, apenas, que é “vedada a atribuição para 
agir a um único órgão” (CF, art. 125, § 2º). 
Significa dizer que será a Constituição Estadual que enumerará os 
legitimados à propositura das ações do controle abstrato perante o 
Tribunal de Justiça. Os estados são absolutamente livres para eleger 
esses legitimados? Não. Por que? Porque a Constituição Federal veda a 
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atribuição da legitimação para agir a um único órgão, isto é, a 
Constituição Estadual não poderá estabelecer um monopólio, não poderá 
estabelecer um só legitimado para dar início ao controle abstrato 
perante o Tribunal de Justiça. 
Portanto, as constituições estaduais certamente considerarão 
legitimados para a instauração do controle abstrato perante o Tribunal 
de Justiça outros entes não-enumerados no art. 103 da Constituição 
Federal, que apresenta os legitimados para dar início ao controle 
abstrato perante o STF. Afinal, não faria o menor sentido a Constituição 
Estadual repetir os mesmos legitimados do art. 103 para a propositura 
das ações abstratas perante o Tribunal de Justiça. Imaginem a Mesa da 
Câmara dos Deputados (legitimado perante o STF) propondo uma ADIN 
perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, para impugnar uma lei 
estadual ou municipal em face da Constituição Estadual! 
Um breve histórico. Por que essa preocupação da Constituição Federal 
em vedar o monopólio no controle abstrato estadual? Porque até a 
vigência da Constituição Federal pretérita (CF/69) havia um monopólio 
no controle abstrato perante o STF em favor do Procurador-Geral da 
República, isto é, só o Procurador-Geral da República podia propor ADIN 
perante o STF. A Constituição Federal de 1988 quebrou esse monopólio 
no controle abstrato perante o STF, ampliando significativamente a 
legitimação (CF, art. 103, I ao IX), e fez questão de deixar expressa a 
vedação ao estabelecimento do monopólio no controle abstrato perante 
o Tribunal de Justiça. 
47) (CESPE/AGU/2004) Deve haver a manifestação do Advogado-Geral 
da União nas ações declaratórias de constitucionalidade, em virtude da 
possibilidade de declaração, nessas ações, da inconstitucionalidade da 
lei ou do ato normativo federal. 
Item ERRADO. 
Segundo a jurisprudência do STF, o Advogado-Geral da União não atua 
no processo de ADIN por omissão e ADECON. 
Em relação à ADIN por omissão, a questão não apresenta maiores 
controvérsias, haja vista que a função do Advogado-Geral da União é 
defender a norma impugnada (CF, art. 103, § 3º) e nessa ação não há 
norma a ser defendida, pois a ação é proposta exatamente em face da 
existência de uma norma regulamentadora de direito constitucional (CF, 
art. 103, § 2º). 
No tocante à ADECON, a questão não é tão simples assim. É certo que o 
pedido nessa ação é pela constitucionalidade da norma e, portanto, a 
princípio, não haveria motivo para a defesa do Advogado-Geral da 
União. Entretanto, não podemos esquecer que a ADECON é ação de 
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natureza dúplice ou ambivalente, na qual será declarada a 
inconstitucionalidade da norma quando a ação é julgada improcedente. 
Por isso, defendem alguns constitucionalistas que o Advogado-Geral da 
União deveria atuar também nessa ação, pois, sendo ela dotada de 
caráter dúplice ou ambivalente, a inconstitucionalidade da norma poderá 
ser proclamada pelo STF, e nessa hipótese a declaração de 
inconstitucionalidade estaria ocorrendo sem a defesa da norma. 
Mas, a posição firmada pelo STF

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