Buscar

8 SISTEMA RESPIRATÓRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

76 
 
CAPÍTULO 8: SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 A respiração foi definida como o processo ou processos químicos e osmóticos pelos quais 
um animal absorve oxigênio e elimina os produtos formados (principalmente CO2) pelas atividades 
oxidativas dos tecidos. 
 Anatomicamente o sistema respiratório consiste de uma parte condutora, uma parte 
respiratória e um mecanismo de bombeamento pelo qual o ar alternativamente é puxado para 
dentro (inspiração) e expelido (expiração) do sistema. (1) porção condutora: o nariz, a cavidade 
nasal, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios e os bronquíolos até aos bronquíolos 
terminais. (2) porção respiratória, que compreende bronquíolos respiratórios (inclusive), ductos 
alveolares e sacos alveolares, é nesta segunda porção ocorre a troca gasosa. (3) os componentes 
do aparelho de bombeamento são: (a) os sacos pleurais que abarcam os pulmões e formam 
câmaras de vácuo ao redor deles, (b) o esqueleto do tórax e seus músculos e (c) o diafragma. Os 
movimentos da caixa torácica e diafragma resultam numa alteração no volume torácico. Este, por 
sua vez, afeta a pressão negativa dentro dos sacos pleurais, e como resultado o ar é conduzido 
ou expelidos dos pulmões. 
A porção condutora conduz o ar para os pulmões, inicia-se no nariz que serve para filtrar, 
aquecer e umidificar o ar, que será conduzido para a traquéia, divide–se nos brônquios fonte 
direito e esquerdo até chegar à porção respiratória bronquíolo respiratório, ducto alveolar e saco 
alveolar. 
 
Seios paranasais: são cavidades encontradas no interior dos ossos da maxila, frontal, 
esfenóide e etmóide. Eles são revestidos por uma túnica mucosa respiratória e comunicam-se 
direta ou indiretamente com a cavidade nasal. 
Além da função respiratória, o sistema respiratório está relacionado com a produção da 
voz (laringe) Este sistema também está relacionado ao sistema olfatório, pois a túnica da mucosa 
nasal contém células sensoriais olfatórias e é conhecida como região olfatória. 
A primeira parte do verdadeiro percurso respiratório é a cavidade nasal, que está contida 
em grande parte dentro do nariz e é dividida em duas metades laterais, direita e esquerda, por um 
septo mediano. Ocupando o espaço dentro das cavidades nasais (ossos turbinais), e abrindo-se 
para fora das cavidades nasais estão os seios paranasais. As cavidades nasais comunicam-se 
com o exterior por meio das narinas e com a faringe através das coanas (narinas caudais). 
 
NARIZ 
Um nariz proeminente, que se projeta do restante da face, tal como se observa no homem, 
não é observado nos animais domésticos. Nos animais domésticos, o nariz está incorporado ao 
esqueleto da face e estende-se do nível transverso dos olhos até a extremidade rostral da cabeça. 
Partes do nariz: dorsalmente – dorso do nariz 
 Lateralmente – regiões laterais do nariz 
 Rostralmente – extremidade do nariz ou ápice, que sustenta as duas 
narinas. 
A pele do nariz, exceto aquela da extremidade, apresenta pêlos curtos ou lamugem. Os 
ossos que formam a parede dorsal do nariz são os ossos nasal e frontal, os que formam a 
parede lateral são os ossos incisivos, maxilar, lacrimal e zigomático. 
A margem óssea formada pela borda rostral dos ossos incisivo e nasal é conhecida como 
a abertura óssea do nariz. Rostralmente à abertura óssea, a parede do nariz é sustentada por 
extensões cartilaginosas, dorsal e ventral, do septo nasal. 
A extremidade ou ápice do nariz apresenta as duas narinas que formam as entradas para 
a cavidade nasal. O formato das narinas varia muito entre as diferentes espécies, como o faz a 
estrutura cartilaginosa ou óssea que as sustenta e as mantém abertas. No suíno o septo 
cartilaginoso é substituído pelo osso rostral no formato de uma cunha. 
As narinas quando não dilatadas são do formato de uma vírgula no eqüino, bovina, cão e 
gato, de fenda no ovino e caprino e redonda no suíno. 
Em todas as espécies (exceto eqüino) a pele ao redor e entre as narinas aparece 
notavelmente diferente daquela que cobre o restante do órgão, e em algumas espécies ela se 
estende para dentro do lábio superior. No ovino e caprino a pele que forma a parte brilhosa do 
77 
 
nariz é conhecida como plano nasal (sem pêlos). No suíno, a pele cobre a superfície e uma 
estreita faixa ao redor da borda do focinho e é conhecida como plano rostral (possui alguns pêlos 
curtos e finos ao redor da borda, pêlos com seios). No bovino a pele se estende dentro do lábio 
superior e forma o plano nasolabial. No eqüino, a pele ao redor e entre as narinas é coberta por 
finos pêlos curtos intercalados com alguns pêlos com seios. Nos ruminantes e suínos, a pele é 
mantida úmida pela secreção das glândulas serosas que se abre nas profundezas de sulcos da 
pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano nasal dos animais domésticos 
 
 
CAVIDADE NASAL (fossas nasais) 
Estende-se das narinas até as coanas. Está separada da boca pelos palatos duro e mole e 
dividida em duas metades pelo septo nasal mediano. Cada lado da cavidade nasal comunica-se 
com a narina do mesmo lado e posteriormente com a faringe e coanas. 
CONCHAS NASAIS: uma grande parte de cada cavidade nasal (direita e esquerda) é ocupada 
pelas conchas nasais (ossos turbinais). 
Na parte rostral da cavidade nasal, imediatamente dentro das narinas, é denominada de 
vestíbulo. A parte caudal é conhecida como meato nasofaríngeo. 
A cavidade nasal, o septo nasal e ambas as superfícies das conchas nasais são forradas 
por uma túnica mucosa. A mucosa do vestíbulo é constituída por epitélio estratificado 
pavimentoso. O restante da cavidade nasal está dividida em regiões respiratória e olfatória, de 
acordo com o tipo de epitélio que a cobre. 
Funções: uma função da cavidade nasal é a olfação. Os animais dependem do sentido do 
olfato em uma extensão bem maior que o homem, e alguns animais são bem mais dependente do 
sentido do olfato do que outros para sobreviver. Os animais com bom sentido do olfato são 
chamados macrosmáticos, os com fraco sentido do olfato são chamado microsmático, e os sem 
sentido de olfato são anosmáticos. Para maiores informações leia o Getty pg 113. 
Duas outras funções da cavidade nasal são: preparo e a filtração do ar inspirado. O ar 
deve ser umedecido e aquecido antes de atingir os bronquíolos terminais. E a filtração do ar é 
conseguida pela captação das partículas de poeira e bactérias (remoção ciliar e ação de 
lisoenzimas, respectivamente). 
 
FARINGE: 
Será descrito no tubo digestivo. 
 
O philtrum, ou 
sulco mediano, que 
divide o lábio superior, é 
bem desenvolvido no 
ovino e, caprino e 
estende-se dorsalmente 
dentro do plano nasal. 
As narinas e o 
vestíbulo da cavidade 
nasal podem ser 
dilatadas pela ação de 
músculos dilatadores do 
nariz. Esta dilatação 
ocorre durante a 
inspiração, a fim de 
reduzir as chances de 
obstrução do fluxo de 
ar. A contração das 
narinas ocorre no final 
da expiração e é 
particularmente 
observável no eqüino 
durante a respiração 
forçada. 
78 
 
 
LARINGE 
É o órgão que liga a parte caudal da faringe com a traquéia. Nos mamíferos a laringe foi 
grandemente modificada. Ela ainda serve como valva para impedir que materiais estranhos 
penetrem na traquéia. Além disso, ela foi modificada para permitir mudanças no tamanho da glote 
para a livre entrada de ar, para o controle da respiração e, em algumas espécies para a regulação 
da pressão intratorácica. A laringe também é usada como um mecanismo de fonação. A 
passagem da laringe, ou cavidade, é mantida viável pelo esqueleto cartilaginoso da laringe, que 
consiste de algumas cartilagens, pares ou simples, que se articulam umas com as outras. Elas 
são movimentadas por determinados músculos laríngeose, desta forma, o tamanho da glote, uma 
parte da cavidade, pode ser alterado. Também se encontram associadas às cartilagens laríngeas 
ligamentos que podem ser tensionados ou relaxados pelas ações dos músculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartilagens da laringe: cricóide, tireóide, epiglótica, aritenóide, corniculada e cuneiforme. 
As três primeiras são simples e as últimas três são pares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A laringe dos ruminantes é relativamente curta e larga. No suíno é relativamente longa. 
Funções: 
Papel na olfação: auxilia na olfação ao ajudar a segurar o ar inspirado, com seus odores, 
atingirá as terminações nervosas olfatórias da mucosa nasal. 
Papel na deglutição: nos mamíferos serve como uma valva para impedir a entrada de 
material estranho dentro da traquéia durante a deglutição. 
Papel na respiração: a laringe deve promover, quando necessário, um caminho livre para 
o ar que entra nos pulmões. 
Papel na regulação da pressão intratorácica: Em determinados mamíferos, a laringe é 
projetada como uma valva de entrada ou saída ou ambas para impedir a entrada ou saída ou 
ambas de ar nos pulmões. Desse modo, os animais com valva de entrada de ar eficiente são 
aqueles que usam os membros anteriores para subir. A fim de obter a contração máxima dos 
músculos que contraem os membros anteriores, a caixa torácica terá que estar fixa na posição 
expiratória (exemplo: gato). Valva de saída: nenhuma espécie doméstica. 
Papel na fonação: há animais que não possuem voz, mas mesmo assim possuem laringe. 
Há animais que produzem sons por outros meios. O som é produzido por vibração das cordas 
vocais. 
 
TRAQUÉIA 
 
Fonte: Getty, Anatomia dos Animais Domésticos 
 
Cartilagem tireóidea da 
Laringe 
Traquéia 
Músculos Laríngeos 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Vista Ventral e Lateral da laringe e traquéia 
Cricóide 
79 
 
 
A traquéia é um tubo flexível, cartilaginoso e membranoso que se estende da laringe, pelo 
pescoço abaixo, através da cavidade mediastinal cranial até o mediastino médio. Ele bifurca-se 
imediatamente dorsal à base do coração, ao nível da 5a vértebra torácica, nos brônquios principais 
direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para fins descritivos a traquéia é dividida em duas partes, a cervical e a torácica. A 
traquéia é essencialmente uma estrutura mediana, mas próximo a sua bifurcação ela é empurrada 
ligeiramente para a direita do plano mediano pelo arco aórtico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No pescoço, a traquéia está circundada pela fáscia cervical profunda; no tórax ela é 
circundada pela fáscia mediastinal. A parede da traquéia é composta de quatro lâminas principais. 
De dentro para fora são: mucosa, submucosa, lâmina musculocartilaginosa e adventícia. 
A mucosa é revestida de epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, contendo 
abundantes glândulas secretoras de muco e células caliciformes. Os cílios batem cranialmente e 
movimentam as secreções mucosas e as partículas estranhas em direção à laringe. Nódulos 
linfáticos podem ser encontrados na lâmina própria. A submucosa é rica em fibras elástica. 
Glândulas seromucosas estão presentes. A lâmina musculocartilaginosa é composta de placas 
cartilaginosas (hialina). O formato exato varia com a espécie, e em determinadas espécies com a 
região traqueal. Ela provavelmente, também difere no animal vivo e embalsamado. Embora a 
maioria das placas esteja separada uma da outra, este nem sempre é o caso, e é possível 
 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Cartilagem Cricóide 
da laringe 
Placas traqueais 
Entrada do 
Tórax 
Tireóide Esôfago 
 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Entroncamento lateral 
direito da traquéia 
Mucosa da traquéia 
Abertura realizada pelo corte do músculo traqueal 
Bifurcação da traquéia 
(brônquios) 
80 
 
encontrar placas adjacentes fundidas. A abertura dorsal de cada placa cartilaginosa é preenchida 
por tecido conjuntivo e pelo músculo traqueal. A adventícia é uma lâmina de tecido conjuntivo, 
que une a lâmina musculocartilaginosa com o tecido conjuntivo que circunda a traquéia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas aves, cada anel cartilaginoso é um círculo completo. 
O comprimento da traquéia e o número de placas cartilaginosa no órgão variam com a 
espécie e dentro da mesma espécie. No eqüino e no ruminante há de 48 a 60 placas; no suíno, de 
32 a 36 placas; nas aves de 108 a 126 placas. 
A traquéia possui determinadas exigências que foram muito sutilmente satisfeitas em sua 
estrutura. Primeiro, a traquéia tem que funcionar como um tubo rígido ou entraria em colapso 
quando os pulmões se expandissem; a rigidez é suprida pelas placas cartilaginosas. Segundo, a 
traquéia tem que ser capaz de expansão para que possa acomodar qualquer aumento no volume 
de ar que passa para os pulmões. Ela é capaz de expansão porque (1) a cartilagem hialina possui 
uma flexibilidade inerente; (2) as placas cartilaginosas são incompletas dorsalmente; (3) a túnica 
mucosa forma pregas longitudinais; e (4) há considerável quantidade de tecido elástico na 
mucosa. Terceiro, a traquéia tem que capturar e remover partículas finas de matérias estranhas 
admitidas com o ar inspirado. As partículas são captadas no muco pegajoso secretado pelas 
glândulas traqueais e células caliciformes e depois removidas pelo batimento dos cílios. Quarto, 
toda a traquéia precisa ser tanto flexível quanto extensível para dar margens aos movimentos da 
cabeça e do pescoço e da laringe. A flexibilidade é conseguida porque a cartilagem que fornece a 
rigidez está presente na forma de placas mantidas juntas por ligamentos fibroelásticos, ao invés 
de na forma de uma lâmina contínua, deste modo permitindo o dobramento do tubo. A disposição 
das placas cartilaginosas ligadas por ligamentos elásticos também permite que o tubo seja 
estendido pelo estiramento dos ligamentos. 
 
Vasos e Nervos 
A traquéia é suprida por ramos das artérias carótidas comum e a artéria bronco-esofágica. 
O sangue é drenado por tributários das veias jugulares e veias bronco-esofágicas. O sistema 
nervoso autônomo. O nervo vago emite fibras parassimpáticas pré-ganglionares tanto diretamente 
como indiretamente (nervo laríngeo recorrente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Getty, Anatomia dos Animais Domésticos 
 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Bifurcação da traquéia 
Brônquios 
Traquéia 
 
Laringe 
Tireóide 
Anéis 
Traqueais 
Vista ventro-lateral da laringe e traquéia 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
81 
 
PULMÂO 
 
Os pulmões direito e esquerdo são os órgãos da respiração em que o sangue é oxigenado 
e deles são removidos os produtos gasosos do metabolismo tecidual, essencialmente o dióxido de 
carbono. Os pulmões estão localizados na cavidade torácica, e cada pulmão está livre para se 
movimentar, pois está invaginado num saco pleural e inserido apenas por sua raiz e pelo 
ligamento pulmonar. 
Os pulmões normais são órgãos elásticos, mas eles sempre contem uma quantidade 
considerável de ar. Conseqüentemente, eles são muito leves e flutuam na água. Eles são macios 
e esponjosos ao tato e crepitam ao serem apertados. Os pulmões de um feto ou de um animal 
recém nascido, que ainda não respirou, são mais firmes ao tato e não flutuam na água. Pulmões 
cheios de fluidos também não flutuam na água. 
Os pulmões sadios de animais vivos em áreas rurais são de coloração cor- de –rosa claro, 
enquanto que os de animais que vivem em áreas urbanas são acinzentados na coloração e 
muitas vezes aparecem com manchas cinza-escuras; esta diferença é devida a impregnação do 
tecido pulmonar pela poeira atmosférica. 
Em determinadas espécies a superfíciedos pulmões pode estar subdividida em várias 
áreas poligonais irregulares. Elas representam os lobos pulmonares que serão descritos mais 
adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pulmões são moldados ao formato da cavidade torácica e os demais conteúdos 
torácicos. Conseqüentemente, quando um pulmão é endurecido in situ pelo embalsamento, ele 
retém as impressões e marcações das estruturas adjacentes. Por exemplo, há impressões das 
costelas, coração, esôfago e vários vasos sanguíneos e nervos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulmão Direito Ovino 
 
Lobo Caudal 
Lobo Médio 
Lobo Cranial 
Incisura 
Cardíaca 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Pulmão Ovino 
 
Pulmão Direito 
Pulmão Esquerdo 
Traquéia aberta 
Esôfago Mediastino 
Saco pericárdio e 
coração 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caracteristicamente, os pulmões são subdivididos em partes relativamente grandes 
chamadas de lobos pulmonares por fissuras ou denteações na borda ventral. Um lobo pulmonar 
pode ser definido como uma grande parte do tecido pulmonar que é ventilado por um grande 
brônquio surgido ou de um brônquio principal ou da traquéia e que está separado dos lobos 
adjacentes por fissuras interlobulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É provável que a finalidade da disposição lobar dos pulmões seja a de permitir que os 
mesmos se expandam eficazmente durante a inspiração e assim ocupem o espaço tornado 
disponível pelas alterações do tamanho e no formato da cavidade torácica. 
 
 
CAVIDADE TORÁCICA 
A cavidade torácica é uma das três principais cavidades do corpo. Ela contém dois 
pulmões, cada um com um saco pleural e outros órgãos. A cavidade torácica varia de formato, 
dependendo da espécie e raça. O formato da cavidade torácica é alterado durante cada ciclo 
respiratório, pois durante a inspiração o volume da cavidade precisa aumentar para permitir que o 
ar seja levado para dentro dos pulmões. Essa alteração do formato ocorre essencialmente pelo 
movimento do diafragma, e me menor grau pelos movimentos das articulações do esqueleto 
torácico. 
 
Pulmão Direito Ovino com lobos caudal e médio levantados 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC 
Lobo Acessório 
Em todas as espécies domésticas 
(exceto nos eqüinos) o pulmão direito 
possui quatro lobos: um cranial, um lobo 
médio, um acessório e um lobo caudal. 
No eqüino, a fissura entre os lobos médio 
e intermediário, normalmente não é 
desenvolvida, de modo que externamente 
o pulmão direito possui apenas três 
lobos: cranial, acessório e caudal. 
Em todas as espécies domésticas 
o pulmão esquerdo possui três lobos: 
um cranial, um médio e um caudal. 
 
Pulmão esquerdo 
 
Lobo Caudal 
Lobo Cranial 
Lobo Médio 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ -UFC 
83 
 
O diafragma é o músculo mais importante na respiração. Quando ele se contrai, a 
curvatura de seu domo é reduzida e sua parte central movimenta-se caudalmente. Como 
resultado, o volume da cavidade torácica é aumentado e o ar é levado para dentro dos pulmões. 
Nos animais não Eqüídeos, o esforço respiratório é só de uma fase (inspiração e 
expiração), nos eqüinos, o esforço é duas fases. 
A gama de movimentos de qualquer uma das articulações torácicas é pequena. Durante a 
respiração quiescente, os movimentos são mais ou menos confinados às articulações associadas 
às costelas caudais; entretanto, durante a respiração forçada ou expiração forçada, os 
movimentos podem envolver todas as articulações torácicas. 
 
 
Arquitetura interna 
 
Os pulmões podem ser considerados como sendo construídos na estrutura de uma árvore 
bronquial. O termo árvore bronquial é usado por causa da aparência arborescente dada pela 
ramificação dos brônquios e bronquíolos. 
Os brônquios principais originam os brônquios relativamente grandes que ventilam os 
lobos pulmonares e são denominados brônquios lobares. Histologicamente, os brônquios 
possuem cartilagem abundante até a sua quinta geração, porém da quinta até a décima quinta 
geração há pequenas placas cartilaginosas nas paredes, também são revestidas por epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado, glândulas de muco e células caliciformes. À medida que vão 
diminuindo de diâmetro e os bronquíolos o epitélio torna-se cilíndrico simples á cúbico baixo. Os 
bronquíolos são tubos de 1 mm, com paredes compostas de fibras musculares lisas circulares e 
revestidas de epitélio, contendo poucas glândulas mucosas e caliciformes. Os bronquíolos 
terminais não contêm cílios e nem glândulas secretoras e caliciformes e nem cartilagem. Estes 
bronquíolos demarcam o fim da parte condutora. 
Cada bronquíolo terminal divide-se em dois bronquíolos respiratórios que é 
caracterizado pela presença de alvéolos simples e semelhantes a sacos que se abrem em suas 
paredes e por um epitélio de revestimento que é formado por células cúbicas e parcialmente 
pavimentosas. Os alvéolos são sacos de ar com uma única camada de células achatadas com 
fibras elásticas finas, envolvidas por uma rede de capilares, nos alvéolos há poros que permitem a 
passagem de ar de um alvéolo para o outro. 
Esta passagem ocorre por meio dos poros de Kohn e Lambert, produzindo o fenômeno de 
corrente colateral de ar. A difusão de oxigênio e dióxido de carbono ocorre através do liquido 
alveolar, epitélio alveolar, da membrana basal do epitélio alveolar, liquido intersticial, membrana 
basal do endotélio capilar e do endotélio capilar. Estas seis camadas são citadas como barreira 
respiratória. 
 
 
 
 
84 
 
 
 
 
Suprimento sanguíneo e nervoso 
 O suprimento sanguíneo é derivado da artéria aorta, através das artérias bronquiais e o 
suprimento nervoso é feito pelo sistema nervoso autônomo. 
 PLEURA 
A pleura consiste de duas camadas que são contínuas uma com a outra. O pulmão é 
envolvido por uma camada denominada pleura visceral (pulmonar), que entra nas fissuras e 
faces interlobulares. A camada externa da pleura envolve a cavidade torácica e é denominada 
pleura parietal. O espaço entre as duas pleuras forma a cavidade pleural e são lubrificadas pelo 
líquido pleural, permitindo que elas deslizem facilmente uma contra a outra durante a respiração. 
A pleura parietal é denominada de acordo com a região que passa: pleura costal (costelas), pleura 
diafragmática (diafragma), pleura mediastinal (mediastino). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pleura Visceral 
diafragmática 
Centro 
Tendíneo do 
diafragma 
Veia Cava 
Caudal 
Pulmão 
direito 
Esôfago Pericardio + 
coração 
Acúmulo de 
gordura 
Pleura Visceral 
diafragmática 
Músculo 
diafragmático 
Profª Ana Cláudia Campos 
DZ - UFC

Continue navegando