Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
76 CAPÍTULO 8: SISTEMA RESPIRATÓRIO A respiração foi definida como o processo ou processos químicos e osmóticos pelos quais um animal absorve oxigênio e elimina os produtos formados (principalmente CO2) pelas atividades oxidativas dos tecidos. Anatomicamente o sistema respiratório consiste de uma parte condutora, uma parte respiratória e um mecanismo de bombeamento pelo qual o ar alternativamente é puxado para dentro (inspiração) e expelido (expiração) do sistema. (1) porção condutora: o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios e os bronquíolos até aos bronquíolos terminais. (2) porção respiratória, que compreende bronquíolos respiratórios (inclusive), ductos alveolares e sacos alveolares, é nesta segunda porção ocorre a troca gasosa. (3) os componentes do aparelho de bombeamento são: (a) os sacos pleurais que abarcam os pulmões e formam câmaras de vácuo ao redor deles, (b) o esqueleto do tórax e seus músculos e (c) o diafragma. Os movimentos da caixa torácica e diafragma resultam numa alteração no volume torácico. Este, por sua vez, afeta a pressão negativa dentro dos sacos pleurais, e como resultado o ar é conduzido ou expelidos dos pulmões. A porção condutora conduz o ar para os pulmões, inicia-se no nariz que serve para filtrar, aquecer e umidificar o ar, que será conduzido para a traquéia, divide–se nos brônquios fonte direito e esquerdo até chegar à porção respiratória bronquíolo respiratório, ducto alveolar e saco alveolar. Seios paranasais: são cavidades encontradas no interior dos ossos da maxila, frontal, esfenóide e etmóide. Eles são revestidos por uma túnica mucosa respiratória e comunicam-se direta ou indiretamente com a cavidade nasal. Além da função respiratória, o sistema respiratório está relacionado com a produção da voz (laringe) Este sistema também está relacionado ao sistema olfatório, pois a túnica da mucosa nasal contém células sensoriais olfatórias e é conhecida como região olfatória. A primeira parte do verdadeiro percurso respiratório é a cavidade nasal, que está contida em grande parte dentro do nariz e é dividida em duas metades laterais, direita e esquerda, por um septo mediano. Ocupando o espaço dentro das cavidades nasais (ossos turbinais), e abrindo-se para fora das cavidades nasais estão os seios paranasais. As cavidades nasais comunicam-se com o exterior por meio das narinas e com a faringe através das coanas (narinas caudais). NARIZ Um nariz proeminente, que se projeta do restante da face, tal como se observa no homem, não é observado nos animais domésticos. Nos animais domésticos, o nariz está incorporado ao esqueleto da face e estende-se do nível transverso dos olhos até a extremidade rostral da cabeça. Partes do nariz: dorsalmente – dorso do nariz Lateralmente – regiões laterais do nariz Rostralmente – extremidade do nariz ou ápice, que sustenta as duas narinas. A pele do nariz, exceto aquela da extremidade, apresenta pêlos curtos ou lamugem. Os ossos que formam a parede dorsal do nariz são os ossos nasal e frontal, os que formam a parede lateral são os ossos incisivos, maxilar, lacrimal e zigomático. A margem óssea formada pela borda rostral dos ossos incisivo e nasal é conhecida como a abertura óssea do nariz. Rostralmente à abertura óssea, a parede do nariz é sustentada por extensões cartilaginosas, dorsal e ventral, do septo nasal. A extremidade ou ápice do nariz apresenta as duas narinas que formam as entradas para a cavidade nasal. O formato das narinas varia muito entre as diferentes espécies, como o faz a estrutura cartilaginosa ou óssea que as sustenta e as mantém abertas. No suíno o septo cartilaginoso é substituído pelo osso rostral no formato de uma cunha. As narinas quando não dilatadas são do formato de uma vírgula no eqüino, bovina, cão e gato, de fenda no ovino e caprino e redonda no suíno. Em todas as espécies (exceto eqüino) a pele ao redor e entre as narinas aparece notavelmente diferente daquela que cobre o restante do órgão, e em algumas espécies ela se estende para dentro do lábio superior. No ovino e caprino a pele que forma a parte brilhosa do 77 nariz é conhecida como plano nasal (sem pêlos). No suíno, a pele cobre a superfície e uma estreita faixa ao redor da borda do focinho e é conhecida como plano rostral (possui alguns pêlos curtos e finos ao redor da borda, pêlos com seios). No bovino a pele se estende dentro do lábio superior e forma o plano nasolabial. No eqüino, a pele ao redor e entre as narinas é coberta por finos pêlos curtos intercalados com alguns pêlos com seios. Nos ruminantes e suínos, a pele é mantida úmida pela secreção das glândulas serosas que se abre nas profundezas de sulcos da pele. Plano nasal dos animais domésticos CAVIDADE NASAL (fossas nasais) Estende-se das narinas até as coanas. Está separada da boca pelos palatos duro e mole e dividida em duas metades pelo septo nasal mediano. Cada lado da cavidade nasal comunica-se com a narina do mesmo lado e posteriormente com a faringe e coanas. CONCHAS NASAIS: uma grande parte de cada cavidade nasal (direita e esquerda) é ocupada pelas conchas nasais (ossos turbinais). Na parte rostral da cavidade nasal, imediatamente dentro das narinas, é denominada de vestíbulo. A parte caudal é conhecida como meato nasofaríngeo. A cavidade nasal, o septo nasal e ambas as superfícies das conchas nasais são forradas por uma túnica mucosa. A mucosa do vestíbulo é constituída por epitélio estratificado pavimentoso. O restante da cavidade nasal está dividida em regiões respiratória e olfatória, de acordo com o tipo de epitélio que a cobre. Funções: uma função da cavidade nasal é a olfação. Os animais dependem do sentido do olfato em uma extensão bem maior que o homem, e alguns animais são bem mais dependente do sentido do olfato do que outros para sobreviver. Os animais com bom sentido do olfato são chamados macrosmáticos, os com fraco sentido do olfato são chamado microsmático, e os sem sentido de olfato são anosmáticos. Para maiores informações leia o Getty pg 113. Duas outras funções da cavidade nasal são: preparo e a filtração do ar inspirado. O ar deve ser umedecido e aquecido antes de atingir os bronquíolos terminais. E a filtração do ar é conseguida pela captação das partículas de poeira e bactérias (remoção ciliar e ação de lisoenzimas, respectivamente). FARINGE: Será descrito no tubo digestivo. O philtrum, ou sulco mediano, que divide o lábio superior, é bem desenvolvido no ovino e, caprino e estende-se dorsalmente dentro do plano nasal. As narinas e o vestíbulo da cavidade nasal podem ser dilatadas pela ação de músculos dilatadores do nariz. Esta dilatação ocorre durante a inspiração, a fim de reduzir as chances de obstrução do fluxo de ar. A contração das narinas ocorre no final da expiração e é particularmente observável no eqüino durante a respiração forçada. 78 LARINGE É o órgão que liga a parte caudal da faringe com a traquéia. Nos mamíferos a laringe foi grandemente modificada. Ela ainda serve como valva para impedir que materiais estranhos penetrem na traquéia. Além disso, ela foi modificada para permitir mudanças no tamanho da glote para a livre entrada de ar, para o controle da respiração e, em algumas espécies para a regulação da pressão intratorácica. A laringe também é usada como um mecanismo de fonação. A passagem da laringe, ou cavidade, é mantida viável pelo esqueleto cartilaginoso da laringe, que consiste de algumas cartilagens, pares ou simples, que se articulam umas com as outras. Elas são movimentadas por determinados músculos laríngeose, desta forma, o tamanho da glote, uma parte da cavidade, pode ser alterado. Também se encontram associadas às cartilagens laríngeas ligamentos que podem ser tensionados ou relaxados pelas ações dos músculos. Cartilagens da laringe: cricóide, tireóide, epiglótica, aritenóide, corniculada e cuneiforme. As três primeiras são simples e as últimas três são pares. A laringe dos ruminantes é relativamente curta e larga. No suíno é relativamente longa. Funções: Papel na olfação: auxilia na olfação ao ajudar a segurar o ar inspirado, com seus odores, atingirá as terminações nervosas olfatórias da mucosa nasal. Papel na deglutição: nos mamíferos serve como uma valva para impedir a entrada de material estranho dentro da traquéia durante a deglutição. Papel na respiração: a laringe deve promover, quando necessário, um caminho livre para o ar que entra nos pulmões. Papel na regulação da pressão intratorácica: Em determinados mamíferos, a laringe é projetada como uma valva de entrada ou saída ou ambas para impedir a entrada ou saída ou ambas de ar nos pulmões. Desse modo, os animais com valva de entrada de ar eficiente são aqueles que usam os membros anteriores para subir. A fim de obter a contração máxima dos músculos que contraem os membros anteriores, a caixa torácica terá que estar fixa na posição expiratória (exemplo: gato). Valva de saída: nenhuma espécie doméstica. Papel na fonação: há animais que não possuem voz, mas mesmo assim possuem laringe. Há animais que produzem sons por outros meios. O som é produzido por vibração das cordas vocais. TRAQUÉIA Fonte: Getty, Anatomia dos Animais Domésticos Cartilagem tireóidea da Laringe Traquéia Músculos Laríngeos Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Vista Ventral e Lateral da laringe e traquéia Cricóide 79 A traquéia é um tubo flexível, cartilaginoso e membranoso que se estende da laringe, pelo pescoço abaixo, através da cavidade mediastinal cranial até o mediastino médio. Ele bifurca-se imediatamente dorsal à base do coração, ao nível da 5a vértebra torácica, nos brônquios principais direito e esquerdo. Para fins descritivos a traquéia é dividida em duas partes, a cervical e a torácica. A traquéia é essencialmente uma estrutura mediana, mas próximo a sua bifurcação ela é empurrada ligeiramente para a direita do plano mediano pelo arco aórtico. No pescoço, a traquéia está circundada pela fáscia cervical profunda; no tórax ela é circundada pela fáscia mediastinal. A parede da traquéia é composta de quatro lâminas principais. De dentro para fora são: mucosa, submucosa, lâmina musculocartilaginosa e adventícia. A mucosa é revestida de epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, contendo abundantes glândulas secretoras de muco e células caliciformes. Os cílios batem cranialmente e movimentam as secreções mucosas e as partículas estranhas em direção à laringe. Nódulos linfáticos podem ser encontrados na lâmina própria. A submucosa é rica em fibras elástica. Glândulas seromucosas estão presentes. A lâmina musculocartilaginosa é composta de placas cartilaginosas (hialina). O formato exato varia com a espécie, e em determinadas espécies com a região traqueal. Ela provavelmente, também difere no animal vivo e embalsamado. Embora a maioria das placas esteja separada uma da outra, este nem sempre é o caso, e é possível Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Cartilagem Cricóide da laringe Placas traqueais Entrada do Tórax Tireóide Esôfago Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Entroncamento lateral direito da traquéia Mucosa da traquéia Abertura realizada pelo corte do músculo traqueal Bifurcação da traquéia (brônquios) 80 encontrar placas adjacentes fundidas. A abertura dorsal de cada placa cartilaginosa é preenchida por tecido conjuntivo e pelo músculo traqueal. A adventícia é uma lâmina de tecido conjuntivo, que une a lâmina musculocartilaginosa com o tecido conjuntivo que circunda a traquéia. Nas aves, cada anel cartilaginoso é um círculo completo. O comprimento da traquéia e o número de placas cartilaginosa no órgão variam com a espécie e dentro da mesma espécie. No eqüino e no ruminante há de 48 a 60 placas; no suíno, de 32 a 36 placas; nas aves de 108 a 126 placas. A traquéia possui determinadas exigências que foram muito sutilmente satisfeitas em sua estrutura. Primeiro, a traquéia tem que funcionar como um tubo rígido ou entraria em colapso quando os pulmões se expandissem; a rigidez é suprida pelas placas cartilaginosas. Segundo, a traquéia tem que ser capaz de expansão para que possa acomodar qualquer aumento no volume de ar que passa para os pulmões. Ela é capaz de expansão porque (1) a cartilagem hialina possui uma flexibilidade inerente; (2) as placas cartilaginosas são incompletas dorsalmente; (3) a túnica mucosa forma pregas longitudinais; e (4) há considerável quantidade de tecido elástico na mucosa. Terceiro, a traquéia tem que capturar e remover partículas finas de matérias estranhas admitidas com o ar inspirado. As partículas são captadas no muco pegajoso secretado pelas glândulas traqueais e células caliciformes e depois removidas pelo batimento dos cílios. Quarto, toda a traquéia precisa ser tanto flexível quanto extensível para dar margens aos movimentos da cabeça e do pescoço e da laringe. A flexibilidade é conseguida porque a cartilagem que fornece a rigidez está presente na forma de placas mantidas juntas por ligamentos fibroelásticos, ao invés de na forma de uma lâmina contínua, deste modo permitindo o dobramento do tubo. A disposição das placas cartilaginosas ligadas por ligamentos elásticos também permite que o tubo seja estendido pelo estiramento dos ligamentos. Vasos e Nervos A traquéia é suprida por ramos das artérias carótidas comum e a artéria bronco-esofágica. O sangue é drenado por tributários das veias jugulares e veias bronco-esofágicas. O sistema nervoso autônomo. O nervo vago emite fibras parassimpáticas pré-ganglionares tanto diretamente como indiretamente (nervo laríngeo recorrente). Fonte: Getty, Anatomia dos Animais Domésticos Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Bifurcação da traquéia Brônquios Traquéia Laringe Tireóide Anéis Traqueais Vista ventro-lateral da laringe e traquéia Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC 81 PULMÂO Os pulmões direito e esquerdo são os órgãos da respiração em que o sangue é oxigenado e deles são removidos os produtos gasosos do metabolismo tecidual, essencialmente o dióxido de carbono. Os pulmões estão localizados na cavidade torácica, e cada pulmão está livre para se movimentar, pois está invaginado num saco pleural e inserido apenas por sua raiz e pelo ligamento pulmonar. Os pulmões normais são órgãos elásticos, mas eles sempre contem uma quantidade considerável de ar. Conseqüentemente, eles são muito leves e flutuam na água. Eles são macios e esponjosos ao tato e crepitam ao serem apertados. Os pulmões de um feto ou de um animal recém nascido, que ainda não respirou, são mais firmes ao tato e não flutuam na água. Pulmões cheios de fluidos também não flutuam na água. Os pulmões sadios de animais vivos em áreas rurais são de coloração cor- de –rosa claro, enquanto que os de animais que vivem em áreas urbanas são acinzentados na coloração e muitas vezes aparecem com manchas cinza-escuras; esta diferença é devida a impregnação do tecido pulmonar pela poeira atmosférica. Em determinadas espécies a superfíciedos pulmões pode estar subdividida em várias áreas poligonais irregulares. Elas representam os lobos pulmonares que serão descritos mais adiante. Os pulmões são moldados ao formato da cavidade torácica e os demais conteúdos torácicos. Conseqüentemente, quando um pulmão é endurecido in situ pelo embalsamento, ele retém as impressões e marcações das estruturas adjacentes. Por exemplo, há impressões das costelas, coração, esôfago e vários vasos sanguíneos e nervos. Pulmão Direito Ovino Lobo Caudal Lobo Médio Lobo Cranial Incisura Cardíaca Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Pulmão Ovino Pulmão Direito Pulmão Esquerdo Traquéia aberta Esôfago Mediastino Saco pericárdio e coração Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC 82 Caracteristicamente, os pulmões são subdivididos em partes relativamente grandes chamadas de lobos pulmonares por fissuras ou denteações na borda ventral. Um lobo pulmonar pode ser definido como uma grande parte do tecido pulmonar que é ventilado por um grande brônquio surgido ou de um brônquio principal ou da traquéia e que está separado dos lobos adjacentes por fissuras interlobulares. É provável que a finalidade da disposição lobar dos pulmões seja a de permitir que os mesmos se expandam eficazmente durante a inspiração e assim ocupem o espaço tornado disponível pelas alterações do tamanho e no formato da cavidade torácica. CAVIDADE TORÁCICA A cavidade torácica é uma das três principais cavidades do corpo. Ela contém dois pulmões, cada um com um saco pleural e outros órgãos. A cavidade torácica varia de formato, dependendo da espécie e raça. O formato da cavidade torácica é alterado durante cada ciclo respiratório, pois durante a inspiração o volume da cavidade precisa aumentar para permitir que o ar seja levado para dentro dos pulmões. Essa alteração do formato ocorre essencialmente pelo movimento do diafragma, e me menor grau pelos movimentos das articulações do esqueleto torácico. Pulmão Direito Ovino com lobos caudal e médio levantados Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC Lobo Acessório Em todas as espécies domésticas (exceto nos eqüinos) o pulmão direito possui quatro lobos: um cranial, um lobo médio, um acessório e um lobo caudal. No eqüino, a fissura entre os lobos médio e intermediário, normalmente não é desenvolvida, de modo que externamente o pulmão direito possui apenas três lobos: cranial, acessório e caudal. Em todas as espécies domésticas o pulmão esquerdo possui três lobos: um cranial, um médio e um caudal. Pulmão esquerdo Lobo Caudal Lobo Cranial Lobo Médio Profª Ana Cláudia Campos DZ -UFC 83 O diafragma é o músculo mais importante na respiração. Quando ele se contrai, a curvatura de seu domo é reduzida e sua parte central movimenta-se caudalmente. Como resultado, o volume da cavidade torácica é aumentado e o ar é levado para dentro dos pulmões. Nos animais não Eqüídeos, o esforço respiratório é só de uma fase (inspiração e expiração), nos eqüinos, o esforço é duas fases. A gama de movimentos de qualquer uma das articulações torácicas é pequena. Durante a respiração quiescente, os movimentos são mais ou menos confinados às articulações associadas às costelas caudais; entretanto, durante a respiração forçada ou expiração forçada, os movimentos podem envolver todas as articulações torácicas. Arquitetura interna Os pulmões podem ser considerados como sendo construídos na estrutura de uma árvore bronquial. O termo árvore bronquial é usado por causa da aparência arborescente dada pela ramificação dos brônquios e bronquíolos. Os brônquios principais originam os brônquios relativamente grandes que ventilam os lobos pulmonares e são denominados brônquios lobares. Histologicamente, os brônquios possuem cartilagem abundante até a sua quinta geração, porém da quinta até a décima quinta geração há pequenas placas cartilaginosas nas paredes, também são revestidas por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, glândulas de muco e células caliciformes. À medida que vão diminuindo de diâmetro e os bronquíolos o epitélio torna-se cilíndrico simples á cúbico baixo. Os bronquíolos são tubos de 1 mm, com paredes compostas de fibras musculares lisas circulares e revestidas de epitélio, contendo poucas glândulas mucosas e caliciformes. Os bronquíolos terminais não contêm cílios e nem glândulas secretoras e caliciformes e nem cartilagem. Estes bronquíolos demarcam o fim da parte condutora. Cada bronquíolo terminal divide-se em dois bronquíolos respiratórios que é caracterizado pela presença de alvéolos simples e semelhantes a sacos que se abrem em suas paredes e por um epitélio de revestimento que é formado por células cúbicas e parcialmente pavimentosas. Os alvéolos são sacos de ar com uma única camada de células achatadas com fibras elásticas finas, envolvidas por uma rede de capilares, nos alvéolos há poros que permitem a passagem de ar de um alvéolo para o outro. Esta passagem ocorre por meio dos poros de Kohn e Lambert, produzindo o fenômeno de corrente colateral de ar. A difusão de oxigênio e dióxido de carbono ocorre através do liquido alveolar, epitélio alveolar, da membrana basal do epitélio alveolar, liquido intersticial, membrana basal do endotélio capilar e do endotélio capilar. Estas seis camadas são citadas como barreira respiratória. 84 Suprimento sanguíneo e nervoso O suprimento sanguíneo é derivado da artéria aorta, através das artérias bronquiais e o suprimento nervoso é feito pelo sistema nervoso autônomo. PLEURA A pleura consiste de duas camadas que são contínuas uma com a outra. O pulmão é envolvido por uma camada denominada pleura visceral (pulmonar), que entra nas fissuras e faces interlobulares. A camada externa da pleura envolve a cavidade torácica e é denominada pleura parietal. O espaço entre as duas pleuras forma a cavidade pleural e são lubrificadas pelo líquido pleural, permitindo que elas deslizem facilmente uma contra a outra durante a respiração. A pleura parietal é denominada de acordo com a região que passa: pleura costal (costelas), pleura diafragmática (diafragma), pleura mediastinal (mediastino). Pleura Visceral diafragmática Centro Tendíneo do diafragma Veia Cava Caudal Pulmão direito Esôfago Pericardio + coração Acúmulo de gordura Pleura Visceral diafragmática Músculo diafragmático Profª Ana Cláudia Campos DZ - UFC
Compartilhar