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Relatório eletricidade aterramento

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1 - Generalidades
 As características e a eficácia dos aterramentos devem satisfazer às prescrições de segurança das pessoas e funcionais da instalação.
 O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da instalação elétrica.
 
2 - Ligações à terra
  Aterramento
 Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento deve ser único em cada local da instalação.
 NOTA: 
Para casos específicos de acordo com as prescrições da instalação, podem ser usados separadamente, desde que sejam tomadas as devidas precauções.
 A seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que:
 a) o valor da resistência de aterramento obtida não se modifique consideravelmente ao longo do tempo;
b) resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas;
c) sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica apropriada para fazer face às condições de influências externas.
 Devem ser tomadas precauções para impedir danos aos eletrodos e a outras partes metálicas por efeitos de eletrólise.
  Eletrodos de aterramento
  O eletrodo de aterramento preferencial numa edificação é o constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações.
 NOTAS 
1- A experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das vigas baldrames, interligadas nas condições correntes de execução, constituem um eletrodo de aterramento de excelentes características elétricas.
2- As armaduras de aço das fundações, juntamente com as demais armaduras do concreto da edificação, podem constituir, nas condições prescritas pela NBR 5419, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (aterramento e gaiola de Faraday, completado por um sistema captor).
3- Em geral os elementos em concreto protendido não devem integrar o sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
 No caso de fundações em alvenaria, o eletrodo de aterramento pode ser constituído por uma fita de aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto das fundações, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A fita deve ter, no mínimo, 100 mm2 de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição vertical. A barra deve ter o mínimo 95 mm2 de seção. A barra ou a fita deve ser envolvida por uma camada de concreto com espessura mínima de 5 cm.
 Quando o aterramento pelas fundações não for praticável, podem ser utilizados os eletrodos de aterramento convencionais, indicados na tabela 1, observando-se que:
 a) o tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser tais que as mudanças nas condições do solo (por exemplo, secagem) não aumentem a resistência do aterramento dos eletrodos acima do valor exigido;
 b) o projeto do aterramento deve considerar o possível aumento da resistência de aterramento dos eletrodos devido à corrosão.
  NOTA
 1- Preferencialmente o eletrodo de aterramento deve constituir um anel circundando o perímetro da edificação.
2- A eficiência de qualquer eletrodo de aterramento depende das condições locais do solo; devem ser selecionados um ou mais eletrodos adequados às condições do solo e ao valor da resistência de aterramento exigida pelo esquema de aterramento adotado. O valor da resistência de aterramento do eletrodo de aterramento pode ser calculado ou medido (ver 7.3.6.2).
 
Tabela 1 - Eletrodos de aterramento convencionais
 
	Tipo de eletrodo
	Dimensões mínimas
	Observações
	Tubo de aço zincado
	2,40 m de comprimento e diâmetro nominal de 25 mm
	Enterramento totalmente vertical
	Perfil de aço zincado
	Cantoneira de (20mmx20mmx3mm) com 2,40 m de comprimento
	Enterramento totalmente vertical
	Haste de aço zincado
	Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de comprimento
	Enterramento totalmente vertical
	Haste de aço revestida de cobre
	Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de comprimento
	Enterramento totalmente vertical
	Haste de cobre
	Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de comprimento
	Enterramento totalmente vertical
	Fita de cobre
	25 mm² de seção, 2 mm de espessura e 10 m de comprimento
	Profundidade mínima de 0,60 m. Largura na posição vertical
	Fita de aço galvanizado
	100 mm² de seção, 3 mm de espessura e 10 m de comprimento
	Profundidade mínima de 0,60 m. Largura na posição vertical
	Cabo de cobre
	25 mm² de seção e 10 m de comprimento
	Profundidade mínima de 0,60 m. Posição horizontal
	Cabo de aço zincado
	95 mm² de seção e 10 m de comprimento
	Profundidade mínima de 0,60 m. Posição horizontal
	Cabo de aço cobreado
	50 mm² de seção e 10 m de comprimento
	Profundidade mínima de 0,60 m. Posição horizontal
  Não devem ser usados como eletrodo de aterramento canalizações metálicas de fornecimento de água e outros serviços, o que não exclui a ligação equipotencial de que trata . 
- Condutores de aterramento
 Os condutores de aterramento devem atender às prescrições gerais.
Quando o condutor de aterramento estiver enterrado no solo, sua seção mínima deve estar de acordo com a tabela 2
 
Tabela 2 - Seções mínimas convencionais de condutores de aterramento
 
	 
	Protegido mecanicamente
	Não protegido mecanicamente
	 
Protegido contra corrosão
	 
De acordo com 6.4.3.1
	Cobre: 16 mm²
 
Aço: 16 mm²
	 
Não protegido contra corrosão
 
	Cobre: 16 mm² (solos ácidos)
 25 mm² (solos alcalinos)
 Aço: 50 mm²
Quando o eletrodo de aterramento estiver embutido nas fundações a ligação ao eletrodo deve ser realizada diretamente, por solda elétrica, à armadura do concreto mais próxima, com seção não inferior a 50 mm2, preferencialmente com diâmetro não inferior a 12 mm, ou ao ponto mais próximo do anel (fitas ou barra) embutido nas fundações. Em ambos os casos, deve ser utilizado um condutor de aço com diâmetro mínimo de 12 mm, ou uma fita de aço de 25 mm x 4 mm. Com o condutor de aço citado, acessível fora do concreto, a ligação à barra ou condutor de cobre para utilização, deve ser feita por solda exotérmica ou por processo equivalente do ponto de vista elétrico e da corrosão.
Em alternativa podem usar-se acessórios específicos de aperto mecânico para derivar o condutor de tomada de terra diretamente da armadura do concreto, ou da barra de aço embutida nas fundações, ou ainda do condutor de aço derivado para o exterior do concreto.
 
NOTA - O condutor de aço derivando para exterior do concreto deve ser adequadamente protegida contra corrosão.
 
Na execução da ligação de um condutor de aterramento a um eletrodo de aterramento deve-se garantir a continuidade elétrica e a integridade do conjunto.
 
- Terminal de aterramento principal
 
Em qualquer instalação deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento principal e os seguintes condutores devem ser a ele ligados:
 
a) condutor de aterramento;
b) condutores de proteção principais;
c) condutores de equipotencialidade principais;
d) condutor neutro, se disponível;
e) barramento de equipotencialidade funcional (ver 6.4.8.5), se necessário;
f) condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros sistemas (por exemplo, SPDA).
 
NOTAS 
 
1 - O terminal de aterramento principal realiza a ligação equipotencial principal .
2 - Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em baixa tensão, que utilizem o esquema TN, o condutor neutro deve ser ligado ao terminal ou barra de aterramento principal, diretamente ou através de terminal ou barramento de aterramento local;
3 - Nas instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em baixa tensão, que utilizem o esquema TT, devem ser previstos dois terminais ou barras de aterramento separados, ligados a eletrodos de aterramento eletricamente independentes, quando possível, um para o aterramento do condutorneutro e o outro constituindo o terminal de aterramento principal propriamente dito.
4 - Os condutores de equipotencialidade destinados à ligação de eletrodos de aterramento de SPDA devem ser dimensionados segundo a NBR 5419.
 
Quando forem utilizados eletrodos de aterramento convencionais, deve ser previsto, em local acessível, um dispositivo para desligar o condutor de aterramento. Tal dispositivo deve ser combinado ao terminal ou barra de aterramento principal, de modo a permitir a medição da resistência de aterramento do eletrodo, ser somente desmontável com o auxílio de ferramenta, ser mecanicamente resistente e garantir a continuidade elétrica.
 
 3 - Condutores de proteção
 
- Seções mínimas
 
A seção não deve ser inferior ao valor determinado pela expressão seguinte (aplicável apenas para tempos de atuação dos dispositivos de proteção que não excedam 5 s):
 
 
Onde:
S é a seção do condutor, em milímetros quadrados;
I é o valor (eficaz) da corrente de falta que pode circular pelo dispositivo de proteção, para uma falta direta, em ampères;
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, em segundos;
 
NOTA - Deve ser levado em conta o efeito de limitação de corrente das impedâncias do circuito, bem como a capacidade limitadora (integral de Joule) do dispositivo de proteção.
 
k é o fator que depende do material do condutor de proteção, de sua isolação e outras partes e das temperaturas inicial e final.
 
As tabelas 3, 4, 5 e 6 dão os valores de k para condutores de proteção em diferentes condições de uso ou serviço. Se, ao ser aplicada a expressão, forem obtidos valores não padronizados, devem ser utilizados condutores com a seção normalizada imediatamente superior.
 
 
NOTAS
 
	1 - É necessário que a seção calculada seja compatível com as condições impostas pela impedância do percurso da corrente de falta.
2 - Para limitações de temperatura em atmosferas explosivas, ver IEC-79-0.
3 - Devem ser levadas em conta as temperaturas máximas admissíveis para as ligações.
 
Tabela 3 - Valores de k para condutores de proteção providos de isolação não incorporados em cabos multipolares ou condutores de proteção nus em contato com a cobertura de cabos
 
	 
	Isolação ou cobertura protetora
	Material do condutor
	PVC
	EPR ou XLPC
	Cobre
Alumínio
Aço
	143
 95
 52
	176
116
 64
 
NOTAS 
1 - A temperatura inicial considerada é de 30º C.
2 - A temperatura final do condutor é considerada igual a 160º C para o PVC e a 250º C para o EPR e o XLPE.
 
Tabela 4 - Valores de k para condutores de proteção que sejam veia de cabos multipolares
 
	 
	Isolação ou cobertura protetora
	Material do condutor
	PVC
	EPR ou XLPC
	Cobre
Alumínio
	115
 76
	143
 94
 
NOTAS 
1 - A temperatura inicial do condutor é considerada igual a 70º C para o PVC e a 90º C para o EPR e o XLPE.
2 - A temperatura final do condutor é considerada igual a 160º C para o PVC e a 250º C para o EPR e o XLPE.
 
 
 
Tabela 5 - Valores de k para condutores de proteção que sejam capa ou armação de cabo
 
	 
	Isolação ou cobertura protetora
	Material do condutor
	PVC
	EPR ou XLPC
	Aço
Aço/Cobre
Alumínio
Chumbo
	 
(Ainda não normalizados)
 
 
Tabela 6 - Valores de k para condutores de proteção nus onde não haja risco de dano em qualquer material vizinho pelas temperaturas indicadas
 
	 
	Condições
	Material do condutor
	Visível e em áreas restritas 1)
	Condições normais
	Risco de incêndio
	Temperatura máxima
Cobre
k
	500º C
 
228
	200º C
 
159
	150º C
 
138
	Temperatura máxima
Alumínio
k
	300º C
 
125
	200º C
 
105
	150º C
 
 91
	Temperatura máxima
Aço
k
	500º C
 
 82
	200º C
 
 58
	150º C
 
 50
 
 As temperaturas indicadas são válidas apenas quando não puderem prejudicar a qualidade das ligações.
 
NOTA - A temperatura inicial considerada é de 30º C.
 
A seção do condutor de proteção pode, opcionalmente ao método de cálculo, ser determinada através da tabela 7. Se a aplicação da tabela conduzir a valores não padronizados, devem ser usados condutores com a seção normalizada mais próxima. Os valores da tabela 7 são validos apenas se o condutor de proteção for constituído do mesmo metal que os condutores fase. Caso não seja, sua seção deve ser determinada de modo que sua condutância seja equivalente à da seção obtida pela tabela.
 
Tabela 7 - Seção mínima do condutor de proteção
 
	Seção dos condutores fase da instalação
S (mm²)
	Seção mínima do condutor de proteção
 correspondente Sp (mm²)
	S 16
16 S 35
S 35
	S
16
 
A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou do mesmo invólucro que os condutores vivos deve ser, em qualquer caso, não inferior a:
 
a) 	2,5 mm² se possuir proteção mecânica;
b) 	4 mm² se não possuir proteção mecânica.
 
NOTA - Ver também item 2, no que se refere à escolha e instalação dos condutores em função das influências externas.
 
 
- Tipos de condutores de proteção
 
Podem ser usados como condutores de proteção:
 
a) veias de cabos multipolares;
b) condutores isolados, cabos unipolares ou condutores nus num conduto comum aos condutores vivos;
c) condutores isolados, cabos unipolares ou condutores nus independentes;
d) proteções metálicas ou blindagens de cabos;
 e) eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos;
 f) certos elementos condutores estranhos à instalação.
 
Quando a instalação contiver linhas pré-fabricadas (barramentos blindados) com invólucros metálicos, tais invólucros podem ser usados como condutores de proteção se satisfazerem simultaneamente às três prescrições seguintes:
 
a) sua continuidade elétrica deve estar assegurada e de forma a estar protegida contra deteriorações mecânicas, químicas ou eletroquímicas;
b) sua condutância seja, pelo menos, igual à resultante da aplicação.
c) devem permitir a ligação de outros condutores de proteção em todos os pontos de derivação predeterminados.
 
As proteções metálicas ou blindagens de cabos, bem como os eletrodutos e outros condutos metálicos, podem ser usados como condutores de proteção dos respectivos circuitos se satisfizerem às prescrições a) e b).
 Elementos condutores estranhos à instalação podem ser usados como condutores de proteção se satisfizerem a todas as prescrições seguintes:
 
a) sua continuidade elétrica deve estar assegurada, por construção ou por ligações adequadas, e de forma a estar protegida contra deteriorações mecânicas, químicas e eletroquímicas;
b) sua condutância seja, pelo menos, igual à resultante da aplicação de 3.
c) seu traçado seja o mesmo dos circuitos correspondentes;
d) só devem poder ser desmontados se forem previstas medidas compensadoras;
e) sua aplicação a esse uso seja analisada e, se necessário, sejam feitas adaptações adequadas.
 
NOTA - As canalizações metálicas de água e gás não devem ser usadas como condutores de proteção.
 
	Elementos condutores estranhos à instalação não devem ser usados como condutores PEN.
 
- Preservação da continuidade elétrica dos condutores de proteção
 
 Os condutores de proteção devem estar convenientemente protegidos contra as deteriorações mecânicas, químicas e eletroquímicas e forças eletrodinâmicas.
	As ligações devem estar acessíveis para verificações e ensaios, com exceção das executados dentro de caixas moldadas ou juntas encapsuladas.
 Nenhum dispositivo de comando ou proteção deve ser inserido no condutor de proteção, porém podem ser utilizadas ligações desmontáveis por meio de ferramentas, para fins de ensaio.
Quando for utilizado um dispositivo de monitoração de continuidade de aterramento, asbobinas de operação não devem ser inseridas no condutor de proteção.
As partes condutoras expostas de equipamentos não devem ser utilizadas como partes de condutores de proteção de outros equipamentos, exceto nas condições de 6.4.3.2.2.
 
 4 - Aterramento por razões de proteção
 - Condutores de proteção usados com dispositivos de proteção a sobrecorrentes
 
Quando forem utilizados dispositivos de proteção a sobrecorrentes para a proteção contra contatos indiretos, o condutor de proteção deve estar contido na mesma linha elétrica dos condutores vivos ou em sua proximidade imediata.
 
- Aterramento de mastro de antenas e do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação
 
 Mastros de antenas devem ser incorporados ao SPDA, devendo ser atendidas as prescrições da NBR 5419.
 
5 - Aterramento por razões combinadas de proteção e funcionais
 
- Generalidades
 
Quando for exigido um aterramento por razões combinadas de proteção e funcionais, as prescrições relativas às medidas de proteção devem prevalecer.
 
- Condutor PEN
 
Nos esquemas TN, quando o condutor de proteção tiver uma seção maior ou igual a 10 mm² em cobre ou a 16 mm² em alumínio, nas instalações fixas, as funções de condutor de proteção e de condutor neutro podem ser combinadas, desde que a parte da instalação em referência não seja protegida por um dispositivo a corrente diferencial-residual. No entanto, a seção mínima de um condutor PEN pode ser de 4 mm², desde que o cabo seja do tipo concêntrico e que as conexões que garantem a continuidade sejam duplicadas em todos os pontos de conexão ao longo do percurso do condutor periférico. O condutor PEN concêntrico deve ser utilizado desde o transformador e limitado a uma instalação que utilize acessórios adequados.
O condutor PEN deve ser isolado para as tensões a que possa ser submetido, a fim de evitar fugas de corrente.
 Se, a partir de um ponto qualquer da instalação, o neutro e o condutor de proteção forem separados, não é permitido religá-los após esse ponto. No ponto de separação, devem ser previstos terminais ou barras separadas para o condutor de proteção e o neutro. O condutor PEN deve ser ligado ao terminal ou barra previsto para o condutor de proteção.
 
 
6 - Condutores de equipotencialidade
 
- Seções mínimas
 
a) Condutores da ligação equipotencial principal
 
Os condutores de equipotencialidade da ligação equipotencial principal devem possuir seções que não sejam inferiores à metade da seção do condutor de proteção de maior seção da instalação, com um mínimo de 6 mm². 
 
b) Condutores das ligações equipotenciais suplementares
 
Um condutor de equipotencialidade de uma ligação equipotencial suplementar ligando duas massas deve possuir uma seção equivalente igual ou superior à seção condutor de proteção de menor seção ligado a essas massa.
Um condutor de equipotencialidade de uma ligação equipotencial suplementar ligando uma massa a um elemento condutor estranho à instalação deve possuir uma seção equivalente igual ou superior à metade da seção do condutor de proteção ligado a essa massa .
Uma ligação equipotencial suplementar pode ser assegurada por elementos condutores estranhos à instalação não desmontáveis, tais como estruturas metálicas, ou por condutores suplementares ou por uma combinação dos dois tipos.
 
7 - Aterramento e equipotencialização de equipamentos de tecnologia da informação
 
- Generalidades
 
	As prescrições aqui contidas tratam do aterramento e das ligações equipotenciais dos equipamentos de tecnologia da informação e de equipamentos similares que necessitam de interligações para intercâmbio de dados. Podem também ser utilizadas para outros equipamentos eletrônicos suscetíveis a interferências.
 
NOTAS
 
1 - O termo “equipamento de tecnologia da informação” é usado pela IEC para designar todos os tipos de equipamentos elétricos e eletrônicos de escritório e equipamentos de telecomunicação.
2 - São exemplos de equipamentos aos quais prescrições podem ser aplicáveis:
- equipamentos de telecomunicação e de transmissão de dados, equipamentos de processamentos de dados ou instalações que utilizam transmissão de sinais com retorno à terra, interna ou externamente ligadas a uma edificação;
- fontes de corrente contínua que alimentam equipamentos de tecnologia da informação no interior de uma edificação;
- equipamentos e instalações de CPCT- Central Privada de Comutação Telefônica (PABX);
- redes locais;
- sistemas de alarme contra incêndio e contra roubo;
- sistemas de automação predial;
- sistemas CAM (Computer Aided Manufacturing) e outros que utilizam computadores.
 3 - As prescrições aqui contidas não consideram a possível influência de descargas atmosféricas.
4 - Não são consideradas as ligações de equipamentos com correntes de fuga elevadas.
 
As prescrições aqui contidas tratam:
 
a) da proteção contra corrosão eletrolítica;
b) da proteção contra correntes contínuas de retorno elevadas nos condutores de aterramento funcional, nos condutores de proteção e nos condutores de proteção e aterramento funcional;
c) da compatibilidade eletromagnética.
 
 O aterramento dos equipamentos de tecnologia da informação objetivando a proteção contra choques elétricos. No entanto, prescrições adicionais podem ser necessárias para garantir o funcionamento confiável e seguro dos equipamentos e da instalação.
 
- Uso do terminal de aterramento principal 
 
NOTA
1 - O terminal de aterramento principal da edificação pode ser geralmente utilizado para fins de aterramento funcional. Nesse caso, ele é considerado, sob o ponto de vista da tecnologia da informação, como o ponto de ligação ao sistema de aterramento da edificação.
 
Quando circuitos PELV e massas de equipamentos classe II e classe III forem aterrados por razões funcionais, eles devem ser ligados ao terminal de aterramento principal da instalação (ver 6.4.2.4), integrando a ligação equipotencial principal (ver 5.1.3.1.1).
 
- Compatibilidade com condutores PEN da edificação
 
Em edificações que abriguem ou estejam previstas para abrigar instalações de tecnologia da informação de porte significativo, deve-se considerar o uso de condutor de proteção (PE) e condutor neutro (N) separados, desde o ponto de entrada da alimentação.
 
NOTA - Esta prescrição tem por objetivo reduzir ao mínimo a possibilidade de ocorrência de problemas de compatibilidade eletromagnética e, em casos extremos de sobrecorrente, devidos à passagem de correntes de neutro nos cabos de transmissão de sinais.
 
Se a instalação elétrica de uma edificação possuir um transformador, grupo gerador, sistemas UPS (uninterruptible power systems) ou fonte análoga responsável pela alimentação de equipamentos de tecnologia da informação e se essa fonte for, ela própria, alimentada em esquema TN-C, deve adotar o esquema TN-S em sua saída.
 
- Proteção contra corrosão eletrolítica
 
Quando os condutores de aterramento funcional, ou os condutores de proteção e aterramento funcional, forem percorridos por corrente contínua, devem ser tomadas precauções para impedir danos aos condutores e a partes metálicas próximas por efeitos de eletrólise.
 
- Barramento de equipotencialidade funcional
 
O terminal de aterramento principal de uma edificação pode, quando necessário, ser prolongado emendando-se-lhe um barramento de equipotencialidade funcional, de forma que os equipamentos de tecnologia da informação possam ser ligados e/ou aterrados pelo caminho mais curto possível, de qualquer ponto da edificação.
 
Ao barramento de equipotencialidade funcional podem ser ligados:
 
a) quaisquer dos elementos normalmente ligados ao terminal de aterramento principal da edificação (ver 6.4.2.4);
b) blindagens e proteções metálicas dos cabos e equipamentos de sinais;
c) condutores de equipotencialidadedos sistemas de trilho;
d) condutores de aterramento dos dispositivos de proteção contra sobretensões;
e) condutores de aterramento de antenas de radiocomunicação;
f) condutor de aterramento do polo “terra” de alimentações em corrente contínua para equipamentos de tecnologia da informação;
g) condutores de aterramento funcional;
h) condutores de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas;
i) condutores de ligações equipotenciais suplementares (ver 6.4.7.1.2).
 
O barramento de equipotencialidade funcional, de preferência em cobre, pode ser nu ou isolado e deve ser acessível em toda sua extensão, por exemplo, sobre a superfície das paredes ou em eletrocalha. Condutores nus devem ser isolados nos suportes e na travessia de paredes, para evitar corrosão.
Quando for necessário instalar um barramento de equipotencialidade funcional numa edificação com presença extensiva de equipamentos de tecnologia da informação, este deve constituir um anel fechado.
O barramento de equipotencialidade funcional deve ser dimensionado como em condutor de equipotencialidade principal.
 
NOTA - A confiabilidade da ligação equipotencial entre dois pontos do barramento de equipotencialidade funcional depende da impedância do condutor utilizado, determinada pela seção e pelo percurso. Para freqüências de 50 Hz ou de 60 Hz, caso mais comum, um condutor de cobre de 50 mm2 de seção nominal constitui um bom compromisso entre custo e impedância.
 
- Ligação equipotencial
 
NOTAS
1 - A ligação equipotencial pode incluir condutores, capas metálicas de cabos e partes metálicas da edificação, tais como tubulações de água e eletrodutos ou uma malha instalada em cada pavimento ou em parte de um pavimento. É conveniente incluir as armaduras do concreto da edificação na ligação equipotencial.
2 - As características das ligações equipotenciais por razões funcionais (por exemplo, seção, forma e posição dos condutores) dependem da gama de freqüência dos sistemas de tecnologia da informação das condições presumidas para o ambiente eletromagnético e das características de imunidade/freqüência dos equipamentos.
 
A seção de um condutor de equipotencialidade entre dois equipamentos ou duas partes de um equipamento.
 
NOTA - No caso de curtos-circuitos envolvendo partes condutoras aterradas, pode surgir uma sobrecorrente nas ligações de sinal entre os equipamentos.
 
Os condutores de equipotencialidade funcional que satisfazem às prescrições de proteção contra choques elétricos, devem ser identificados como condutores de proteção.
Se for utilizada uma malha de equipotencialidade para o aterramento funcional de equipamentos de tecnologia da informação.
 
- Condutores de aterramento funcional
 
A determinação da seção dos condutores de aterramento funcional deve considerar as possíveis correntes de falta que possam circular e, quando o condutor de aterramento funcional for também usado como condutor de retorno, a corrente de funcionamento normal e a queda de tensão. Quando os dados necessários não forem disponíveis, deve ser consultado o fabricante do equipamento.
Os condutores de aterramento funcional que ligam os dispositivos de proteção contra surtos ao barramento de equipotencialidade funcional devem seguir o percurso mais reto e mais curto possível, a fim de reduzir ao mínimo a impedância.
 
- Condutores de proteção e aterramento funcional
 
Um condutor de proteção e aterramento funcional deve, no mínimo, obedecer às prescrições relativas ao condutor de proteção, em todo o seu comprimento (ver 3). Sua seção deve atender, além das prescrições relativas ao condutor de proteção.
Um condutor de retorno de corrente contínua da alimentação de um equipamento de tecnologia da informação, pode ser usado como condutor de proteção e aterramento funcional, com a condição de que, na eventualidade de abertura do circuito, a tensão entre duas partes simultaneamente acessíveis não exceda os valores das tensões de contato limite.
 Se as correntes contínuas e de sinal puderem produzir, no condutor de proteção e aterramento funcional, uma queda de tensão que possa vir a resultar numa diferença de potencial permanente na instalação da edificação, a seção do condutor deve ser tal que a queda de tensão seja limitada a 1 V.
 
NOTAS
1 - O principal objetivo desta prescrição é restringir a corrosão.
2 - No cálculo da queda de tensão deve ser ignorado o efeito devido aos percursos paralelos.
 
Podem ser usados como condutores de proteção e aterramento funcional. 
Partes condutoras estruturais de equipamentos de tecnologia da informação podem ser usadas como condutores de proteção e aterramento funcional, desde que sejam atendidas, simultaneamente, as seguintes condições:
 
a) a continuidade elétrica do percurso seja garantida pelo tipo de construção ou pela utilização de técnicas de conexão que impeçam a degradação devido aos efeitos mecânicos, químicos e eletroquímicos;
 
NOTA - Como exemplos de métodos de conexão adequadas, podem ser citados solda, rebitagem ou fixação por parafusos.
 
b) quando uma parte de um equipamento for destinada a ser removida, a ligação equipotencial entre as partes restantes do equipamento não deve ser interrompida, a menos que a alimentação elétrica dessas partes seja previamente removida.
c) no caso de painel ou conjunto de painéis com 10 m ou mais de comprimento, os condutores de proteção e aterramento funcional devem ser ligados em ambas as extremidades à malha de equipotencialidade ou ao barramento de equipotencialidade funcional.
http://www.idealengenharia.com.br/calculo/artigotc.htm
http://www.martins-internacional.com.br/aterramento.htm
http://www.coelba.com.br/orientacao_ao_cliente/baixa_tensao/uso_efici_energia/instalacoes.asp?c=75
PROJETANDO UM ATERRAMENTO ELÉTRICO.
Aterramento é a arte de se fazer uma conexão com toda a "terra". A conexão terra é na realidade a interface entre o sistema de aterramento e toda a terra, e é por esta interface que é feito o contato elétrico entre ambos ("terra" e sistema de aterramento). Através desta interface passarão os eventos elétricos de e para o mencionado sistema. Estes eventos elétricos incluem energia (surtos e transientes) das companhias de eletricidade, telefone, comunicações diversas, radio e outras formas de dados. Entre estes eventos, encontram-se também a energia proveniente das descargas atmosféricas.
As características desta interface irá determinar a efetividade de sua função, ou seja, se existirá uma conexão efetiva e duradoura do sistema com toda a terra. A efetividade de uma conexão normalmente é determinada em termos de resistência DC com relação a terra. Entretanto, existe um outro fator que normalmente é desprezado pelos projetista: a indutância. Em se tratando de fenômenos de alta freqüência (curtos-circuitos, RF, descargas atmosféricas, surtos e transientes de tensão), este fator começa a preponderar sobre o valor da resistência DC normalmente considerada. A indutância desta interface irá determinar a efetividade do funcionamento como disperssor de raios, terras de RF, terras de segurança e outros destinados ao sistema de eletricidade ou de processamento/controle de dados.Os eletrodos quimicamente ativos CHEM-ROD® proporcionam excelente desempenho perante os eventos de alta freqüência.
Pelo acima citado, nós vemos que o sistema de interface com a terra é um importante subsistema, que não pode ser tratado com superficialidade ou sem conhecimento de seu funcionamento. A aplicação pura e simples das normalizações sem consideração das características do local ou o impacto das mudanças causadas pela estações (seca, chuva, frio ou calor) irá resultar em um sistema inseguro e ineficaz.
Temos observado que quando um sistema de interface (aterramento) é dimensionado e instalado sem critérios e cuidados especiais, os danos aos equipamentos persistem, a segurança que se deseja não é conseguida ea performance do sistema tem ficado abaixo do ideal. Em se tratando de sistemas destinados a drenar elevada energia, no caso dos sistemas de pára-raios, os riscos são óbvios (elevadas tensão de passo junto aos dispersores). Outro problema presente, quando os vários "terras" não são interligados entre si, são as elevações desbalanceadas dos potenciais e os conseqüentes riscos.
Finalmente, a tendência do uso da microeletrônica tem feito os sistemas elétricos e eletrônicos cada vez mais sensíveis às anomalias e transientes de eletricidade. O aterramento elétrico, o sistema de interface com a terra, é considerado agora de vital importância e necessita ser projetado para cada lugar e/ou sistema individualmente. No caso específico dos prédios que são dotados de aterramentos específicos para equipamentos elétricos e eletrônicos, a presença de aterramentos independentes terão resultados catastróficos quando da ocorrência de uma descarga atmosférica.
 
OS OBJETIVOS DO ATERRAMENTO ELÉTRICO.
Os sistemas de aterramento podem atender cada uma das funções abaixo relacionadas:
1. O "Terra" ou Ponto Referência de Terra. Todo sistema elétrico ou eletrônico deve ser referenciado à terra. Este tipo de aterramento é chamado normalmente de "Terra". O ponto de "terra" neste caso, providencia uma referencia comum para os circuitos dos sistemas. Em muitos casos, o valor de resistência dos pontos de referência é de pequena importância. Para estes pontos, a referência de terra irá satisfazer apenas os requisitos funcionais. Estes sistemas são normalmente independentes não requerendo interconexões com a terra, exceto quando necessário proporcionar segurança às pessoas, não permitindo a presença de potenciais perigosos. Um exemplo típico é um terminal de computador, onde o fio verde (terceiro pino da tomada) é o ponto de referência.
2. O aterramento de neutralização de um sistema de pára-raios. Normalmente o aterramento de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas é tratado como mencionado no item acima, mas na realidade ele é bem diferente. Na realidade este "terra" deveria ser chamado de "sistema de neutralização de cargas", devido a natureza da eletricidade atmosférica e ao mecanismo das descargas atmosféricas. As nuvens de tempestade induzem na superfície do solo, uma sombra de cargas elétricas de igual, porem opostos potenciais. Quando uma descarga elétrica atinge um ponto ou estrutura na terra, o canal ionizado (condutor de eletricidade) então formado entre estes dois corpos (terra e nuvem), permitirá a equalização das cargas opostas. Neste momento, toda a carga elétrica induzida pela nuvem de tempestade (na superfície da terra, nas estruturas das edificações, nos sistema elétricos e eletrônicos, e em tudo que estiver abaixo da nuvem), deverá se mover em direção ao ponto de contato da descarga, e a neutralização deverá ser processada em 20 microsegundos ou menos. 
Desta forma, os sistemas elétrico, eletrônico, ou qualquer outra parte do local sob influência da nuvem, deverão ter um caminho de baixa resistência e baixa impedância em direção ao ponto de contato de uma descarga atmosférica. Desta forma, os requisitos de funcionamento de um aterramento de pára-raios não devem se restringir apenas nos baixos valores de resistência ôhmica (CC- Corrente Contínua), mas sim nas interligações de todos os sistemas vulneráveis através de um caminho de baixa impedância.
3. O aterramento de interface com o solo. Deverá proporcionar um contato efetivo com o solo ao redor. Isto é, quanto menor a resistência ôhmica entre os componentes do sistema e o solo em volta, melhor, mais eficiente e seguro o aterramento será. Estes requerimentos estão normalmente associados com sistemas que tem varias interfaces com outros sistemas ou a terra como um todo. Exemplos típicos incluem: as empresas de eletricidade, as centrais telefônicas, grandes plantas industriais, etc.
Estes sistemas normalmente necessitam também de um ponto de referência ao terra, uma capacidade de neutralização das cargas elétricas induzidas pelas nuvens de tempestade e uma interface de baixa impedância com a terra.
Pelo exposto acima, e em particular no item 2, podemos entender a necessidade de critérios ao se projetar e instalar um sistema de proteção contra as descargas atmosféricas. A interligação dos diferentes aterramentos e condutores de descidas dos sistemas tem fundamental importância para a efetividade e segurança desejada. Outro aspecto relevante e de fundamental importância diz respeito ao distanciamento regular dos condutores de descidas ("terras") dos sistemas de proteção (não concentrar condutores de descidas, pois assim irá se criar caminhos longos e de alta impedância para as correntes de alta freqüência dos raios). O correto é manter distanciamentos entre 20 a 30 metros entre os condutores de descida.
Entretanto, alicerçadas na aleatoriedade de ocorrência de raios e nos períodos longos que podem ocorrer entre um evento e outro, muitas empresas prestadoras de serviços da área insistem em direcionar seus objetivos para alternativas de baixo custo e confiabilidade duvidosa. Voltamos a afirmar, uma proteção efetiva não dispensa os requisitos fundamentais: materiais de qualidade e apropriados para o uso e em quantidade necessária a atender os conceitos da boa técnica e da evolução da tecnologia. Logicamente, os custos estão diretamente relacionados a estes parâmetros, ou seja, recebemos pelo que pagamos.
IDEAL ENGENHARIA ao longo de seus 13 anos de atividade, tem procurado desenvolver produtos e serviços dentro do maior rigor e conformidade com as tecnologias mais contemporâneas empregada pela comunidade técnica internacional. Nossa associação, em 1.992, com a empresa norte-americana Lightning Eliminators & Consultants, Inc., líder mundial no setor de proteção, e busca pela certificação nas normas ISO 9000 vem reforçar esta afirmação. Mais uma vez, temos tecnologia que garante efetividade na proteção e podemos garantir resultados, nossos concorrentes? .... talvez.
ATERRAMENTO :     O QUE É E COMO FAZER 
	Aterramento é a arte de se fazer uma conexão com toda a terra.  
A conexão terra é na realidade a interface entre o sistema de aterramento e toda a terra, e é por esta interface que é feito o contato elétrico entre ambos ("terra" e sistema de aterramento).  
Através desta interface passarão os eventos elétricos de e para o mencionado sistema. Estes eventos elétricos incluem energia (surtos e transientes).  
Entre estes eventos, encontram-se também a energia proveniente das descargas atmosféricas. 
O aterramento é obrigatório; a baixa qualidade ou a falta do mesmo invariavelmente provoca queima de equipamentos.
Suas características e eficácia devem satisfazer às prescrições de segurança das pessoas e funcionais da instalação. 
O valor da resistência deve atender as condições de proteção e de funcionamento da instalação elétrica. Conforme orientação da ABNT a resistência deve atingir no máximo 10 Ohms.     Fazer medição de resistência com terrômetro. 
Utilizar haste de cobre com 2,40 ou 3 metros de comprimento e diâmetro de 16 mm. 
IMPORTANTE: 
NUNCA UTILIZE O NEUTRO DA REDE ELÉTRICA COMO TERRA,  
ALÉM DE MUITO PERIGOSO É PROIBIDO POR LEI !
 
OS OBJETIVOS DO ATERRAMENTO ELÉTRICO.
 
Os sistemas de aterramento podem atender cada uma das funções abaixo relacionadas:
1. O "Terra" ou Ponto Referência de Terra.     Todo sistema elétrico ou eletrônico deve ser referenciado à terra. Este tipo de aterramento é chamado normalmente de "Terra".     O ponto de "terra" neste caso, providencia uma referencia comum para os circuitos dos sistemas.       Em muitos casos, o valor de resistência dos pontos de referência é de pequena importância.     Para estes pontos, a referência de terra irá satisfazer apenas os requisitos funcionais.    Estes sistemas são normalmente independentes não requerendo interconexões com a terra, exceto quando necessário proporcionar segurança às pessoas, não permitindo a presença de potenciais perigosos.Um exemplo típico é um terminal de computador, onde o fio verde (terceiro pino da tomada) é o ponto de referência.
2. O aterramento de neutralização de um sistema de pára-raios. Normalmente o aterramento de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas é tratado como mencionado no item acima, mas na realidade ele é bem diferente. Na realidade este "terra" deveria ser chamado de "sistema de neutralização de cargas", devido a natureza da eletricidade atmosférica e ao mecanismo das descargas atmosféricas. As nuvens de tempestade induzem na superfície do solo, uma sombra de cargas elétricas de igual, porem opostos potenciais. Quando uma descarga elétrica atinge um ponto ou estrutura na terra, o canal ionizado (condutor de eletricidade) então formado entre estes dois corpos (terra e nuvem), permitirá a equalização das cargas opostas. Neste momento, toda a carga elétrica induzida pela nuvem de tempestade (na superfície da terra, nas estruturas das edificações, nos sistema elétricos e eletrônicos, e em tudo que estiver abaixo da nuvem), deverá se mover em direção ao ponto de contato da descarga, e a neutralização deverá ser processada em 20 microsegundos ou menos. 
Desta forma, os sistemas elétrico, eletrônico, ou qualquer outra parte do local sob influência da nuvem, deverão ter um caminho de baixa resistência e baixa impedância em direção ao ponto de contato de uma descarga atmosférica.   Desta forma, os requisitos de funcionamento de um aterramento de pára-raios não devem se restringir apenas nos baixos valores de resistência ôhmica (CC- Corrente Contínua), mas também no caminho de baixa impedância.
3. O aterramento de interface com o solo.  Deverá proporcionar um contato efetivo com o solo ao redor. Isto é, quanto menor a resistência ôhmica entre os componentes do sistema e o solo em volta, melhor, mais eficiente e seguro o aterramento será. Estes sistemas normalmente necessitam também de um ponto de referência ao terra, uma capacidade de neutralização das cargas elétricas induzidas pelas nuvens de tempestade e uma interface de baixa impedância com a terra.
Pelo exposto acima, e em particular no item 2, podemos entender a necessidade de critérios ao se projetar e instalar um sistema de proteção contra as descargas atmosféricas. A interligação dos diferentes aterramentos e condutores de descidas dos sistemas tem fundamental importância para a efetividade e segurança desejada. Entretanto, alicerçadas na aleatoriedade de ocorrência de raios e nos períodos longos que podem ocorrer entre um evento e outro, muitas empresas prestadoras de serviços da área insistem em direcionar seus objetivos para alternativas de baixo custo e confiabilidade duvidosa. Voltamos a afirmar, uma proteção efetiva não dispensa os requisitos fundamentais: materiais de qualidade e apropriados para o uso e em quantidade necessária a atender os conceitos da boa técnica e da evolução da tecnologia. Logicamente, os custos estão diretamente relacionados a estes parâmetros, ou seja, recebemos pelo que pagamos.
PELO QUE PODEMOS OBSERVAR EM TUDO QUE ESTÁ EXPLICADO ACIMA, TEMOS QUE NOS PREOCUPAR COM 4 ÍTENS EM QUALQUER SISTEMA DE ATERRAMENTO.
1. BAIXA INDUTÂNCIA - CONSEGUIDO COM ELETRODOS OU HASTES DE ATERRAMENTO DE EXCELENTE QUALIDADE.
2. BAIXA IMPEDÂNCIA - CONSEGUIDO COM TRATAMENTO DE SOLO, O QUE PORPORCIONARÁ BOA RESESTIVIDADE E CONSEQUENTEMENTE GARANTIA DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA ENTRE A HASTE E O SOLO.
3. CONECTORES QUE NÃO PERMITAM FUGA DE TENSÃO.
4. E FINALMENTE SISTEMA DE ATERRAMENTO MANTIDO SEMPRE ÚMIDO, CONSEGUIDO DESDE QUE DEIXE-SE UMA MANEIRA DE RECEBER ÀGUA SEMPRE QUE NECESSÁRIO.
DICAS PARA FAZER O ATERRAMENTO :
Fazer perfuração no solo com um trado de 100 mm, variando de 1,5 a 2 metros de profundidade. 
Enterrar a haste neste buraco. 
Adicionar solução condutora, misturar terra com um talco vegetal + água, ela atuará de duas formas: -1ª) vai conservar a umidade do solo -2ª) vai garantir a condutividade elétrica entre a haste e o solo. 
Fazer uma caixa de inspeção usando cano de esgoto de 100 mm com tampa, a fim de dar proteção às conexões e permitir revisões periódicas da resistência elétrica. 
OBS.: molhar a cada 90 dias o sistema de aterramento.
O que é Aterramento Elétrico?
O que é Fio Terra?
A palavra aterramento refere-se à terra propriamente dita. O aterramento é o fio ou a barra de cobre enterrado, onde passa a corrente elétrica para o solo. Quando se diz que algum aparelho está aterrado(ou eletricamente aterrado) significa que um dois fios de seu cabo de ligação está propositalmente ligado à terra. Ao fio que faz essa ligação denominamos "fio terra".
É obrigatório que todas as tomadas tenham o seu fio terra. Normalmente elas já vêm com o fio terra instalado, seja no próprio cabo de ligação do aparelho à tomada, seja separado dele. No primeiro caso é preciso utilizar uma tomada com três polos onde será ligado o cabo do
aparelho.
 
No segundo caso, uma tomada com dois pólos é suficiente. O fio terra do aparelho (que obrigatoriamente deve ser verde ou verde-amarelo e que fica normalmente no fundo do equipamento) deve ser ligado diretamente ao fio terra da rede.
 
Alguns aparelhos elétricos não precisam de fio terra, Eles são construídos de tal forma que a corrente "fugitiva" não cause risco às pessoas. Para a sua ligação é usada uma tomada com apenas dois pólos, um para o fio fase e outro para o fio neutro.
O fio fase e o neutro são aqueles que levam a energia para os aparelhos. Por norma, a cor do fio neutro é obrigatoriamente azul. O fio fase pode ser vermelho, branco ou marrom.
Em caso de dúvidas, consulte o manual do aparelho preparado pelo fabricante.
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Como Fazer Aterramento?
O fio terra tem a função de capturar a corrente elétrica que algumas vezes quer "fugir" do interior dos aparelhos defeituosos e conduzi-la para a terra, desviando-a do corpo das pessoas. Ele é fundamental para a proteção das pessoas contra os choques elétricos, absorvendo e encaminhando para a terra as correntes que "fugiram" dos aparelhos, e para a proteção dos parelhos elétricos contra picos de energia. Ele descarregará para a terra as correntes "fugitivas" e estabilizará as tensões quando ocorrer defeitos nas instalações.
Podemos compará-lo ao cinto de segurança de um automóvel. Como o automóvel funciona e transporta pessoas que não estão utilizando o cinto de segurança, os aparelhos também funcionam sem possuir o fio terra. Por isso, muitas vezes as pessoas não se lembram de colocar o fio terra, fazendo com que os riscos à segurança das pessoas e dos aparelhos aumentem bastante, da mesma forma que no automóvel que se envolve em um acidente e seus ocupantes não estão usando o cinto de segurança.
 
�Topo�
Como Dimensionar o Fio Terra de suas Instalações Elétricas?
É obrigatório que os fio neutro e terra sejam separados desde o quadro de distribuição e instalados no mesmo eletroduto em que está o fio fase. O fio terra das tomadas deve ser ligado ao terminal de aterramento do quadro de distribuição. Esses procedimentos são fundamentais para evitar danos aos aparelhos elétricos.
�Topo�
 
O que é Resistência de Aterramento?
Outro ponto de dúvida é o valor da resistência de aterramento. Ela mede a capacidade do aterramento de descarregar a energia para a terra. Quanto menor essa resistência, melhor para a instalação, pois mais rápida será a atuação das proteções.
Embora alguns fornecedores cheguem a exigir 1 ohm (é a Unidade de Resistência), a norma de instalações elétricas (NBR 5410/97) não define diretamente nenhum valor, enquanto a norma americana de instalação elétrica exige um valor máximo de 25 ohms.
A norma brasileira de proteção contra descargas atmosféricas (NBR 5419/93) recomenda um valor máximo de 10 ohms. Sempre que possível, esse valor deve ser adotado para todas as instalações.
�Topo�
 
Como Instalar um Fio Terra?
A conexão dos equipamentos elétricos ao sistema de aterramento deve permitir que, caso ocorra uma falha na isolaçãodos equipamentos, a corrente de falta (corrente "fugitiva") passe através do fio de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que eventualmente esteja tocando o equipamento (o que provocaria choque, lesões e até mesmo morte - dependendo de cada situação e da intensidade da corrente de fuga). 
Dentro de uma instalação elétrica existem diversos tipos de proteção: contra choques elétricos, contra descargas atmosféricas, contra sobretensões, etc. Para uma melhor compreensão e busca da solução mais conveniente, deve-se estudar separadamente cada uma delas. Porém ao executar a instalação, deve ser feito um único aterramento. As normas técnicas não permitem aterramentos isolados ou indepedentes, para que não apareça diferença de tensão, que é a principal causa de "queima" dos equipamentos e colocam em riscos os usuários das instalações elétricas. Um único ponto de aterramento é que irá garantir a proteção adequada.
O procedimento muito comum de utilizar aterramentos isolados, exclusivos ou indepedentes, cosntitui um grande equívoco. Esse procedimento não está de acordo com as regras das Normas Técnicas Brasileiras, de uso obrigatório, e coloca em risco as pessoas e aparelhos elétricos 
Todo o quadro de distribuição deve ter um terminal de aterramento, para onde irão convergir os fios terra da instalação. Isto significa que todos os fios terra, de cada aparelho, devem ser ligados ao mesmo ponto de aterramento.
O terminal, por sua vez, deve ser ligado ao eletrodo de aterramento, de uso obrigatório em todo padrão de entrada de energia. Essas ligações devem ser feitas da forma mais direta e curta possível.
�Topo�
Como se Proteger contra Picos de Energia?
As redes de distribuição de energia das empresas de eletricidade são projetadas para desligarem imediatamente no caso de risco à segurança das pessoas, o que pode acontecer quando ocorrem choques de carros em postes, contatos de árvores, chuvas, trovoadas, etc. A norma brasileira exige que os consumidores instalem protetores de surto contra os efeitos da falta e posterior retorno da energia.
 
Todos os aparelhos eletrônicos do imóvel e os fios que vêm da rua, como cabo de antenas e telefones, devem ter seu protetor. Esses protetores, a exemplo dos chamados filtros de linha, são facilmente encontrados no mercado e têm como função desviar o pico de energia para a terra, evitando danos ao aparelho. O aterramento é essencial para o funcionamento correto dos protetores. 
É recomendável a instalação de um protetor também no quadro de distribuição do imóvel, principalmente em regiões de grande incidência de descargas atmosféricas.
�Topo�
Recomendações para Grandes Instalações
Nas instslações de Centro de Processamento de Dados e redes de micros, a técnica de aterramento vista até agora não é suficiente.
Nesses cassos é recomendável utilizar para o aterramento a "malha de terra de referência".
Essa malha deve ficar sob o piso e permitirá que os terras lógicos dos aparelhos sejam aterrados através de ligações curtas e diretas, preferencialmente por condutores chatos ou fitas. Já existem malhas pré-frabicadas, mas recomendamos consultar um projetista para dimensioná-la. Essa malha também deve ser ligada ao sistema de aterramento de força da instalação para evitar variações das tensões.
Também devem ser utilizados protetores de surto contra picos de energia.
�Topo�
Dicas Fundamentais
	
	Nunca aumente o valor do disjuntor ou do fusível sem trocar a fiação.
	
	Devem ser previstos circuitos separados para iluminação e tomadas.
	
	Todas as tomadas devem ter um fio para o aterramento. 
	
	Disjuntor não deve ser utilizado como interruptor. 
	
	Não utilize o fio neutro como fio terra. 
	
	Apenas o aterramento não é suficiente para a proteção das pessoas contra choques elétricos. As Normas Técnicas Brasileiras exigem o uso de disjuntores DR (Diferencial-Residual), que podem ser adquiridos em casas de material elétrico. 
	
	Evite a utilização do chamado "T". O seu uso indevido causa sobrecarga nas instalações. Instale mais tomadas, respeitando o limite de condução de energia elétrica dos fios.
	
	Recorra sempre a serviços de um profissional bem qualificado. 
	
	Os chuveiros elétricos devem possuir circuitos exclusivos.

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