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21/04/2018 AVA UNINOVE
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Descrição
A descrição pode ser física (de como uma pessoa é externamente), 
psicológica (de como uma pessoa é psicologicamente, suas características 
e comportamentos), técnica (de como é um espaço ou objeto e seu funcionamento). 
A descrição exige uma organização para ser clara. É importante seguir uma ordem, 
se física ou técnica, é preciso seguir uma ordem espacial mesmo, evitando que o leitor 
se perca; por exemplo, descreva tudo a ser mostrado da esquerda para a direita ou vice 
e versa, de cima para baixo ou vice-eversa.
Raramente temos um texto que seja somente descritivo, a não ser que seja, 
por exemplo, um manual de um equipamento, cujo único objetivo seja mostrar 
suas características e permitir que alguém o manipule. Na literatura e n os relatos, 
é comum que a descrição venha como enriquecimento de um texto narrativo.
 
Veja um exemplo de como a descrição enriquece a
narração
José de Alencar é um grande escritor brasileiro que fez muito sucesso na metade 
do século XIX. Cearense, deixou suas marcas em Fortaleza, onde se pode visitar a praia 
de Iracema; há ali uma bela escultura da índia Iracema e do português por ela apaixonado – a relação entre
ambos demonstra a mistura das diferentes origens étnicas de que 
se beneficia o Brasil. O belíssimo teatro municipal chama-se José de Alencar e há, 
assim, várias lembranças desse autor que valoriza muito o Brasil que, no tempo dele, 
estava formando sua identidade.
Agora você vai ler um trecho do livro Crônicas escolhidas.
"Um dia a fada Beleza desceu à terra, resolvida a distribuir por todas as moças 
os tesouros de graça e mimos que possuía.
Mandou que seu irmão, o anãozinho Amor, chamasse uma mulher de cada nação 
para receber o dom que lhe coubesse.
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A descrição pode ser física (de como uma pessoa é externamente), 
psicológica (de como uma pessoa é psicologicamente, suas características 
e comportamentos), técnica (de como é um espaço ou objeto e seu funcionamento). 
A descrição exige uma organização para ser clara. É importante seguir uma ordem, 
se física ou técnica, é preciso seguir uma ordem espacial mesmo, evitando que o leitor 
se perca; por exemplo, descreva tudo a ser mostrado da esquerda para a direita ou vice 
e versa, de cima para baixo ou vice-eversa.
Raramente temos um texto que seja somente descritivo, a não ser que seja, 
por exemplo, um manual de um equipamento, cujo único objetivo seja mostrar 
suas características e permitir que alguém o manipule. Na literatura e n os relatos, 
é comum que a descrição venha como enriquecimento de um texto narrativo.
 
Veja um exemplo de como a descrição enriquece a
narração
José de Alencar é um grande escritor brasileiro que fez muito sucesso na metade 
do século XIX. Cearense, deixou suas marcas em Fortaleza, onde se pode visitar a praia 
de Iracema; há ali uma bela escultura da índia Iracema e do português por ela apaixonado – a relação entre
ambos demonstra a mistura das diferentes origens étnicas de que 
se beneficia o Brasil. O belíssimo teatro municipal chama-se José de Alencar e há, 
assim, várias lembranças desse autor que valoriza muito o Brasil que, no tempo dele, 
estava formando sua identidade.
Agora você vai ler um trecho do livro Crônicas escolhidas.
"Um dia a fada Beleza desceu à terra, resolvida a distribuir por todas as moças 
os tesouros de graça e mimos que possuía.
Mandou que seu irmão, o anãozinho Amor, chamasse uma mulher de cada nação 
para receber o dom que lhe coubesse.
Quando todas estavam reunidas, a fada começou a distribuição dos seus presentes. Deu à Andaluza cabelos
negros e tão longos que lhe podiam servir de mantilha.
À Italiana, olhos brilhantes e ardentes como as estrelas do céu de Nápoles.
À Árabe, um moreno excitante e uma pele doce e macia como as penas do marabu.
À Inglesa, uma aurora boreal para tingir as faces, os lábios e as espáduas. 
À Alemã, pérolas para os dentes e miosótis para os olhos suaves.
À Russa, a distinção de uma princesa e a nobreza necessária para trazer um nome 
de sete sílabas terminado por ?off?.
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À Francesa, a delicadeza do lírio com a graça e o mimo das rosas.
Depois, passando aos detalhes, deitou a alegria nos lábios da Siciliana, 
o espírito na cabecinha loira da Irlandesa, o bom senso no coração da Holandesa.
Então a Brasileira que, por modéstia e por timidez, estivera retirada a um canto, 
puxou docemente a ponta da túnica azul da fada.
E eu? – disse ela.
Ah! Tinha te esquecido.
É verdade.
E agora como há de ser? Já dei tudo que trazia.
Mas eu fico sem nada?
A fada refletiu um momento; depois, chamando as outras 
com um sinal, disselhes:..."
Na aula seguinte, você descobrirá como José de Aencar "resolveu" o problema, 
ou seja, o desfecho dado ao texto.
Quando todas estavam reunidas, a fada começou a distribuição dos seus presentes. Deu à Andaluza cabelos
negros e tão longos que lhe podiam servir de mantilha.
À Italiana, olhos brilhantes e ardentes como as estrelas do céu de Nápoles.
À Árabe, um moreno excitante e uma pele doce e macia como as penas do marabu.
À Inglesa, uma aurora boreal para tingir as faces, os lábios e as espáduas. 
À Alemã, pérolas para os dentes e miosótis para os olhos suaves.
À Russa, a distinção de uma princesa e a nobreza necessária para trazer um nome 
de sete sílabas terminado por ?off?.
À Francesa, a delicadeza do lírio com a graça e o mimo das rosas.
Depois, passando aos detalhes, deitou a alegria nos lábios da Siciliana, 
o espírito na cabecinha loira da Irlandesa, o bom senso no coração da Holandesa.
Então a Brasileira que, por modéstia e por timidez, estivera retirada a um canto, 
puxou docemente a ponta da túnica azul da fada.
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E eu? – disse ela.
Ah! Tinha te esquecido.
É verdade.
E agora como há de ser? Já dei tudo que trazia.
Mas eu fico sem nada?
A fada refletiu um momento; depois, chamando as outras 
com um sinal, disselhes:..."
Na aula seguinte, você descobrirá como José de Aencar "resolveu" o problema, 
ou seja, o desfecho dado ao texto.
REFERÊNCIA
ALENCAR, José. Crônicas escolhidas. São Paulo: Publifolha.
AMADO, Jorge. Tenda dos milagres. São Paulo: Círculo do Livro, 1986.
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1996.
FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Para gostar de escrever. São Paulo: Editora Ática, 1990.
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