Especificação da Tese

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Especificação da Tese
Todo texto gira em torno de uma idéia central e é importante percebê-la em nossas leituras, pois isso já
melhora nossa compreensão sobre o texto lido e, ao produzirmos nossas redações, também temos que
especificar qual é a nossa idéia central.
Ao fazermos um texto argumentativo, sempre estamos argumentando em torno de uma idéia: contra ou
favoravelmente a ela, e podemos dizer que a posição que temos em relação à idéia é a tese que iremos
defender.
É natural que, para se defender uma opinião, é preciso aprender a formá-la; 
tratando desse assunto, Moura (1992: 14) nos apresenta uma série de posições sobre 
o tema "ensino religioso nas escolas públicas"; para ilustrar o assunto, ele nos apresenta uma série de
opiniões sobre essa questão polêmica. Transcrevemos alguns desses trechos (retirados da Revista Nova
Escola, nº 22); como exercício; tente entender qual é a idéia central de cada opinião:
Leia agora a opinião de outras pessoas:
?As religiões são importantes como cultura geral. Através delas, podemos entender diferenças entre os
povos. De certa maneira, o espiritismo explica o Brasil; o budismo, 
a China; o candomblé, a África. Com esse enfoque, poderia até ser uma matéria obrigatória. Além disso, a
religião é um conforto para a alma. Mas para acreditar é preciso conhecer. 
E só se conhece o que é aberto, debatido e esclarecido?. (Carla Camuratti, atriz).
?Não concordo, porque sempre é discriminatório. Tenho certeza de que quando se fala em aula de religião
pensa-se no catolicismo, mas na escola pública existem crianças 
de todas as formações religiosas. A formação religiosa deve ser dada no lar. 
E, se os pais quiserem algo mais profundo, devem procurar uma escola religiosa privada.? (Roger, líder do
grupo Ultraje a Rigor).
?É perda de tempo. A escola pública deve ensinar como sobreviver no Brasil. 
Isso sim é necessário. Não que eu seja ateu, mas considero uma perda de tempo incluir aulas de religião em
qualquer escola.? (Agildo Ribeiro, humorista).
Anote em seu caderno o que você julga ser a idéia central dos trechos anteriores 
e depois compare com o que está colocado no próximo parágrafo.
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Todo texto gira em torno de uma idéia central e é importante percebê-la em nossas leituras, pois isso já
melhora nossa compreensão sobre o texto lido e, ao produzirmos nossas redações, também temos que
especificar qual é a nossa idéia central.
Ao fazermos um texto argumentativo, sempre estamos argumentando em torno de uma idéia: contra ou
favoravelmente a ela, e podemos dizer que a posição que temos em relação à idéia é a tese que iremos
defender.
É natural que, para se defender uma opinião, é preciso aprender a formá-la; 
tratando desse assunto, Moura (1992: 14) nos apresenta uma série de posições sobre 
o tema "ensino religioso nas escolas públicas"; para ilustrar o assunto, ele nos apresenta uma série de
opiniões sobre essa questão polêmica. Transcrevemos alguns desses trechos (retirados da Revista Nova
Escola, nº 22); como exercício; tente entender qual é a idéia central de cada opinião:
Leia agora a opinião de outras pessoas:
?As religiões são importantes como cultura geral. Através delas, podemos entender diferenças entre os
povos. De certa maneira, o espiritismo explica o Brasil; o budismo, 
a China; o candomblé, a África. Com esse enfoque, poderia até ser uma matéria obrigatória. Além disso, a
religião é um conforto para a alma. Mas para acreditar é preciso conhecer. 
E só se conhece o que é aberto, debatido e esclarecido?. (Carla Camuratti, atriz).
?Não concordo, porque sempre é discriminatório. Tenho certeza de que quando se fala em aula de religião
pensa-se no catolicismo, mas na escola pública existem crianças 
de todas as formações religiosas. A formação religiosa deve ser dada no lar. 
E, se os pais quiserem algo mais profundo, devem procurar uma escola religiosa privada.? (Roger, líder do
grupo Ultraje a Rigor).
?É perda de tempo. A escola pública deve ensinar como sobreviver no Brasil. 
Isso sim é necessário. Não que eu seja ateu, mas considero uma perda de tempo incluir aulas de religião em
qualquer escola.? (Agildo Ribeiro, humorista).
Anote em seu caderno o que você julga ser a idéia central dos trechos anteriores 
e depois compare com o que está colocado no próximo parágrafo.
Analisando os trechos acima, poderíamos dizer que, quanto ao ensino religioso 
nas escolas públicas brasileiras, a tese de Carla Camuratti é que o enfoque deveria ser 
os aspectos culturais percebidos no bojo das religiões. Roger defende a idéia de que melhor seria não haver
ensino religioso, pois esse seria tendencioso, o que cairia em um tipo 
de preconceito. Já Agildo Ribeiro acredita existirem outras prioridades para a escola cuidar.
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Ao terminar cada uma de suas próximas leituras, tente sempre se fazer essa pergunta: qual é a tese
defendida pelo autor desse texto? Automaticamente, você estará aprimorando sua capacidade de
compreender melhor o que leu e, ao escrever, acabará levando esse importante conceito para sua produção
textual. Lembre-se de que quanto mais bem informado você for, maior será sua capacidade crítica de
duvidar do mundo que o cerca 
para ampliar suas reflexões e enriquecer aquilo que escreve: esteja sempre atento, alerta, curioso,
pensando, e assim estará preparado para construir argumentos mais sólidos.
Considerando que o tema já tenha sido delimitado (como vimos na primeira aula desta disciplina), deve-se
ter em mente qual é o objetivo do texto (escrever para quê? 
o que pretendo despertar no leitor com meu texto?), depois deve-se pensar em uma frasenúcleo que vai
demonstrar qual é a tese do autor. Sobre esse assunto, 
temos a explicação de Soares e Campos (1992:63):
"A frase-núcleo freqüentemente abre o texto. Introduz o assunto no texto. É uma oração, ou conjunto de
orações, que apresenta um quadro geral daquilo que será desenvolvido. 
Em um texto sobre os parques do Rio de Janeiro, a oração inicial: ?O Rio é simplesmente pródigo em
parques, aqui se encontrando os mais diversos, nos mais variados estilos 
e tamanhos.? – fixa, concisa e genericamente, a direção para o desenvolvimento do assunto. A partir daí,
cabe a quem escreve apresentar os detalhes os aspectos que concretizam, especificam ou particularizam a
frase-núcleo."
Os autores usam o exemplo de um texto descritivo, mas fica evidente que o jogo 
de palavras é usado para apresentar uma idéia (tese) e sustentá-la (defendê-la). Os mesmos autores nos
oferecem outros exemplos; observe e veja como delimitar estes aspectos antes de começar a escrever nos
daria mais segurança na hora de produzir um texto:
Analisando os trechos acima, poderíamos dizer que, quanto ao ensino religioso 
nas escolas públicas brasileiras, a tese de Carla Camuratti é que o enfoque deveria ser 
os aspectos culturais percebidos no bojo das religiões. Roger defende a idéia de que melhor seria não haver
ensino religioso, pois esse seria tendencioso, o que cairia em um tipo 
de preconceito. Já Agildo Ribeiro acredita existirem outras prioridades para a escola cuidar.
Ao terminar cada uma de suas próximas leituras, tente sempre se fazer essa pergunta: qual é a tese
defendida pelo autor desse texto? Automaticamente, você estará aprimorando sua capacidade de
compreender melhor o que leu e, ao escrever, acabará levando esse importante conceito para sua produção
textual. Lembre-se de que quanto mais bem informado você for, maior será sua capacidade crítica de
duvidardo mundo que o cerca 
para ampliar suas reflexões e enriquecer aquilo que escreve: esteja sempre atento, alerta, curioso,
pensando, e assim estará preparado para construir argumentos mais sólidos.
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Considerando que o tema já tenha sido delimitado (como vimos na primeira aula desta disciplina), deve-se
ter em mente qual é o objetivo do texto (escrever para quê? 
o que pretendo despertar no leitor com meu texto?), depois deve-se pensar em uma frasenúcleo que vai
demonstrar qual é a tese do autor. Sobre esse assunto, 
temos a explicação de Soares e Campos (1992:63):
"A frase-núcleo freqüentemente abre o texto. Introduz o assunto no texto. É uma oração, ou conjunto de
orações, que apresenta um quadro geral daquilo que será desenvolvido. 
Em um texto sobre os parques do Rio de Janeiro, a oração inicial: ?O Rio é simplesmente pródigo em
parques, aqui se encontrando os mais diversos, nos mais variados estilos 
e tamanhos.? – fixa, concisa e genericamente, a direção para o desenvolvimento do assunto. A partir daí,
cabe a quem escreve apresentar os detalhes os aspectos que concretizam, especificam ou particularizam a
frase-núcleo."
Os autores usam o exemplo de um texto descritivo, mas fica evidente que o jogo 
de palavras é usado para apresentar uma idéia (tese) e sustentá-la (defendê-la). Os mesmos autores nos
oferecem outros exemplos; observe e veja como delimitar estes aspectos antes de começar a escrever nos
daria mais segurança na hora de produzir um texto:
"ASSUNTO: Publicidade. DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO: Aspectos negativos 
da publicidade. OBJETIVO: Apontar a publicidade como agente de poluição 
do meio-ambiente. DUAS FRASES-NÚCLEO POSSÍVEIS: a) Será que a publicidade 
que vemos nas paredes, lemos nos jornais, ouvimos no rádio, na televisão, 
quer queiramos ou não, constitui uma das formas de poluição de nosso meio ambiente? 
OU b) Os cartazes nos muros, os outdoors, os insistentes anúncios no rádio,os longos intervalos comerciais
na televisão,toda essa publicidade constitui poluição visual 
e sonora do nosso meio ambiente."
Os autores sugerem que decidamos qual das frases-núcleo seria a mais adequada.
Continue refletindo sobre a importância de se especificar a tese de cada texto 
que você ler ou escrever.
Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso
fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor.
EXERCÍCIOS (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/lptll40/a02ex01_lptll40.pdf)
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"ASSUNTO: Publicidade. DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO: Aspectos negativos 
da publicidade. OBJETIVO: Apontar a publicidade como agente de poluição 
do meio-ambiente. DUAS FRASES-NÚCLEO POSSÍVEIS: a) Será que a publicidade 
que vemos nas paredes, lemos nos jornais, ouvimos no rádio, na televisão, 
quer queiramos ou não, constitui uma das formas de poluição de nosso meio ambiente? 
OU b) Os cartazes nos muros, os outdoors, os insistentes anúncios no rádio,os longos intervalos comerciais
na televisão,toda essa publicidade constitui poluição visual 
e sonora do nosso meio ambiente."
Os autores sugerem que decidamos qual das frases-núcleo seria a mais adequada.
Continue refletindo sobre a importância de se especificar a tese de cada texto 
que você ler ou escrever.
Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso
fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor.
EXERCÍCIOS (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/lptll40/a02ex01_lptll40.pdf)
REFERÊNCIA
MOURA, Francisco. Trabalhando com dissertação. São Paulo: Ática, 1992.
SOARES, Magda Becker e CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de Redação. São Paulo: Ao Livro Técnico,
1992.
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as idéias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002..
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