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MEDIDAS GERAIS NO PRONTO ATENDIMENTO AO PACIENTE INTOXICADO

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21/04/2018 AVA UNINOVE
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MEDIDAS GERAIS NO PRONTO-
ATENDIMENTO AO PACIENTE
INTOXICADO
DESCREVER DE FORMA GERAL PARA O ALUNO AS PRINCIPAIS DIRETRIZES DO ATENDIMENTO
EMERGENCIAL AO PACIENTE INTOXICADO.
AUTOR(A): PROF. MIRIAM PIMENTEL DE GODOY
Introdução
Em Toxicologia Clínica, conhecer a sintomatologia e o manejo das principais intoxicações agudas é
essencial àqueles que prestam assistência médica de emergência. O paciente intoxicado necessita de um
serviço especializado e requer profissionais experientes no reconhecimento e no manejo das diversas
síndromes tóxicas. Isso ocorre somente em hospitais que possuem um centro de assistência toxicológica,
onde o pronto-atendimento é diferenciado.
O exame físico detalhado é o melhor método para o diagnóstico e para a orientação do tratamento. Muitas
vezes, não se chega a um diagnóstico conclusivo e ocorre a perda do paciente devido à inexperiência dos
profissionais e a falta de antídotos em pronto-atendimentos emergenciais. Além disso, poder contar com o
auxílio do laboratório de análise toxicológica (LAT) na confirmação do diagnóstico, no acompanhamento
terapêutico e no prognóstico do paciente é fundamental para um atendimento eficaz.
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Em geral, o atendimento ao paciente intoxicado segue uma série de etapas, mas não necessariamente em
ordem sequencial. Tais etapas estão descritas a seguir:
1. Anamnese e avaliação clínica inicial do paciente
A anamnese é a pesquisa da história clínica do paciente, onde o maior número possível de informações deve
ser coletado a fim de facilitar o trabalho do LAT e agilizar as medidas necessárias para um diagnóstico
conclusivo e um tratamento adequado. Os principais parâmetros que devem ser estabelecidos durante a
anamnese são:
Quem (Quem é o paciente?)
O que (Qual o provável agente tóxico envolvido?)
Quando (Há quanto tempo ocorreu a exposição?)
Onde (O local em que foi encontrado o paciente?)
Por que (Foi intoxicação acidental ou intencional?)
Nos casos em que o paciente é uma criança pequena, a hipótese considerada é de uma intoxicação acidental
causada por medicamentos ou por produtos de uso doméstico. Se o paciente é um trabalhador rural que foi
encontrado no meio da lavoura durante a aplicação do agrotóxico, tudo indica que ele tenha sofrido um
acidente ocupacional, ou até mesmo, tentado suicídio com a ingestão do produto.Jovens que chegam ao
pronto-atendimento acompanhados de amigos durante noites de fins de semana, geralmente apresentam
quadros de abuso e overdose de drogas.
A estimativa do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento auxilia na escolha da melhor amostra
biológica para a investigação laboratorial e na instituição das medidas terapêuticas e conduta mais
adequada.
Estabelecer a circunstância em que ocorreu a intoxicação também é crucial, pois em casos de tentativa de
suicídio, por exemplo, deve-se sempre considerar a hipótese de intoxicação mista, ou seja, é comum a
ingestão de vários medicamentos e muitas vezes, associada à ingestão de álcool.
Outro aspecto importante que pode ocorrer é a dificuldade encontrada na anamnese de crianças pequenas
que chegam acompanhadas dos pais. Muitas vezes, são casos de intoxicação medicamentosa provocados por
erro na administração, mas os pais sentem-se culpados e costumam omitir as informações.
O objetivo principal da avaliação clínica inicial é o de verificar se o paciente apresenta algum distúrbio que
represente risco iminente de vida. Para tanto é indispensável um exame físico rápido, porém rigoroso, para
avaliar as condições respiratórias, circulatórias e neurológicas do paciente.
2. Reanimação e estabilização do paciente
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Desobstrução e manutenção das vias aéreas;
Assegurar ventilação e oxigenação eficaz;
Manter circulação e perfusão tecidual adequada;
3.Exame físico e reconhecimento da síndrome tóxica
O exame físico do paciente não é diferente do exame clínico habitual. Os sinais e sintomas observados
podem ser extremamente úteis no direcionamento de alguma síndrome tóxica e de quais agentes são
capazes de produzir tais sintomas.  O reconhecimento da síndrome tóxica permite a identificação mais
rápida do agente causal e consequentemente, a realização do tratamento adequado. O exame físico deve
detalhar:
Características da pele e mucosas (temperatura, coloração, odor, hidratação), do hálito e da boca (lesões
corrosivas, odor, hidratação) e dos olhos (conjuntiva, pupila, movimentos extraoculares);
Características do sistema nervoso central (nível de consciência, escala do coma, estado neuromuscular);
Características do sistema cardiopulmonar e circulatório (ritmo cardíaco, pressão arterial e perfusão
tecidual);
Características do sistema respiratório (frequência e movimentos respiratórios, ausculta pulmonar).
Além disso, o clínico deve ater-se a sinais que possam indicar uma situação específica, por exemplo, sinais
de picadas de agulhas nos braços do paciente.
4. Identificação do agente tóxico
A triagem toxicológica, baseada na anamnese e exame físico do paciente, deve ser realizada o mais rápido
possível.
Deve-se ter cuidado com os resultados falsos positivos, por exemplo, a detecção de anfetaminas devido ao
uso recreacional de “êxtase”, ou mesmo, uso terapêutico pela presença de anfetaminas em fórmulas de
emagrecimento.
Nem sempre o resultado da análise é positivo, mas mesmo resultados negativos são importantes, pois são
específicos, ou seja, o clínico irá descartar a hipótese de intoxicação por inúmeras substâncias pesquisadas
e não detectadas.
5. Administração de fármacos e antídotos
Além das medidas gerais de suporte, o paciente intoxicado deve receber o tratamento farmacológico
adequado.O tratamento das intoxicações pode ser dividido em tratamento específico e inespecífico.
O tratamento específico envolve o emprego  dos antídotos disponíveis para reversão do quadro clínico. Por
exemplo, o uso de atropina como antídoto na síndrome colinérgica.
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A síndrome colinérgica é caracterizada pelo  acúmulo de acetilcolina nas terminações nervosas  e resulta
geralmente da exposição aguda aos praguicidas anticolinesterásicos e a atropina atua como um antagonista
colinérgico competitivo revertendo as manifestações clínicas.
No tratamento inespecífico ou sintomático, os fármacos são utilizados conforme os sintomas apresentados
pelo paciente. Porém, deve-se ter muito cuidado na utilização de fármacos e antídotos, pois podem
prejudicar o quadro se não forem administrados com cautela.
Por exemplo, em crises convulsivas, o anticonvulsivante é indicado, porém deve-se atentar ao fato de que
se trata de um potente depressor do sistema nervoso central podendo causar depressão cardiorrespiratória.
Para tanto, deve-se ter certeza de que todos os passos anteriores já foram tomados e que caso ocorra apneia
a equipe esteja preparada para a intubação e ventilação manual ou mecânica deste paciente.
Portanto, antes da administração de fármacos e antídotos, deve-se ter certeza de que se trata realmente de
uma intoxicação, onde o agente tóxico é conhecido e o uso de drogas será favorável à evolução do paciente.
6. Medidas de suporte
O manejo básico do paciente intoxicado deve ser realizado através das medidas gerais de suporte que
incluem a manutenção dos sinais vitais e a remoção do agente tóxico do organismo.Para isso, são
realizados processos de descontaminação gastrintestinal e de aumento da eliminação do agente tóxico.
Processos dedescontaminação gastrintestinal:
Lavagem gástrica: lavagem do conteúdo estomacal com soro fisiológico
Carvão ativado: partículas porosas (resinas) que se complexam ao agente tóxico por adsorção e impedem
sua absorção.
Catárticos salinos ou osmóticos: laxantes que ajudam a acelerar a eliminação do complexo (carvão-
toxicante).
Medidas para aumentar a eliminação do agente tóxico:
Diurese forçada: hiper-hidratação e administração de potentes diuréticos.
Alcalinização do pH urinário bicarbonato de sódio (NaHCO3) por via endovenosa para aumentar a
ionização de compostos de caráter ácido e acelerar sua excreção renal.
Hemodiálise e Hemoperfusão: procedimentos mais invasivos de remoção extracorpórea do agente tóxico e
indicado em casos mais graves.
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ATIVIDADE FINAL
Qual é a finalidade correta da alcalinização urinária como uma medida
do pronto -atendimento ao paciente intoxicado?
A. Acelerar a excreção do agente tóxico.
B. Hiperhidratação do paciente.
C. Evitar a absorção do agente tóxico.
D. Retardar a excreção do agente tóxico.
REFERÊNCIA
LOPES, Antônio Carlos; GRAFF, Sérgio. Fundamentos de Toxicologia Clínica. São Paulo, Atheneu, 2006.
OLIVEIRA, Renê Donizeti Ribeiro; MENEZES, João Batista. Intoxicações exógenas em clínica
médica. Medicina, Ribeirão Preto, n. 36, p. 472-479, abr./dez, 2003.
SCHVARTSMAN, Cláudio; SCHVARTSMAN, Samuel. Intoxicações exógenas agudas. Jornal de Pediatria, v.81,
n.5, 2005.
 
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