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Cultura da Macieira A árvore é originária da Ásia Ocidental, onde o seu ancestral é Malus sieversii. Classificação Científica Reino: Plantae Clado: angiospérmicas Clado: eudicotiledóneas Clado: rosídeas Ordem: Rosales Família: Rosaceae Subfamília: Maloideae Género: Malus Espécies Malus domestica Malus sieversii Entre outras. Consumo per capitade maçãs -Brasil Consumo Kg/hab/ano Em 1985: 2,21 Em 2000: 5,59 Principais municípios catarinenses produtores – safra 2002-2003 Fraiburgo – 5.940 ha São Joaquim – 3.860 ha Monte Carlo – 1.300 ha Lebon Régis – 1.130 ha Bom Retiro – 1.260 ha Bom J. da Serra – 976 ha Plantio Recomenda-se para o plantio da macieira solos areno-argilosos e o argilo-argiloso, com pH 6. A área deve ser protegida contra ventos fortes e não pode apresentar uma inclinação acentuada (menor que 20%). Preparar o terreno (até 60 cm de profundidade), 3 meses antes do plantio, aplicando-se 50% do calcário recomendado. Após é feita a aração profunda e a gradagem, introduzindo os outros 50% de calcário. Trinta a quarenta dias antes do plantio, as covas são abertas em 60 x 60 x 60 cm, para incorporação do adubo orgânico e mineral. Indução Floral A “indução floral”refere-se ao período quando uma gema indiferenciada percebe o estímulo fisiológico para tornar-se uma gema floral. A “diferenciação floral”e a formação morfológicas das estruturas da flor: (sépalas, pétalas, estames, anteras, ovário...) Formação das flores na macieira passa por 2 fases essenciais: I -a indução seguida da iniciação do processo floral; II -enfim, o crescimento das estruturas florais. Polinização Liberação do pólen da antera da flor; Transferência do pólen da antera para o estigma; Deposição do pólen na superfície estigmática seguida da germinação do grão de pólen. Podem ser reconhecidos dois processos de polinização: Abiótica: vento e água Biótica: animais Poda: É a técnica e a arte de modificar o crescimento natural das plantas frutíferas, com o objetivo de estabelecer o equilíbrio entre a vegetação e a frutificação. Condução É formá-la ou adaptá-la a uma forma específica de tal maneira que ela possa ter uma função mais efetiva ou eficiente. Objetivos da Poda e Condução Desenvolvimento rápido e frutificação precoce; Forte estrutura capaz de suportar altas produções; Crescimento vegetativo suficiente e frutificação equilibrada; Os frutos devem ter qualidade (tamanho, coloração e sabor); Facilitar os tratos culturais; Menor porte, para fazer o máximo de utilização de luz; Formar plantas que podem ser facilmente manejadas com o mínimo de mão-de-obra; Evitar a alternância de produção. Formas de Condução Vaso Moderno Pirâmide Taça Líder Central para baixa densidade Líder Central para alta densidade(Vaso) Poda e condução no primeiro ano Mudas com porta-enxerto vigoroso: desponte 100 cm- Mudas com porta-enxerto menos vigoroso: 80 cm- O corte paralisa a dominância da gema apical, obtendo brotação de gemas laterais. As brotações nos primeiros 50 cm, acima do solo, são eliminados.- Nos 30 cm acima são deixados, para formar a primeira camada de ramos. Quanto ao Desenvolvimento da muda: O broto oriundo da primeira gema abaixo do corte da continuidade ao líder. -O segundo broto abaixo do corte possui o mesmo vigor e compete. -Elimina-se o primeiro broto logo abaixo do líder. Observar o vigor do primeiro broto que irá dar origem ao desenvolvimento do líder. -Se apresentar vigor inferior aos outros brotos, deve-se eliminá-lo. OBS: Caso surjam problemas de brotação: Incisão anelar: corte 10 mm de comprimento 2 mm largura. Distância de 4 a 5 mm acima da gema para forçar a brotação. Número De Ramos Quanto maior o espaçamento, menor deve ser a quantidade ramos, pois permite melhor desenvolvimento. Um número maior de ramos implica em plantas menores, mais adequado para plantios mais densos. QUEBRA DORMÊNCIA -FRIO ARTIFICIAL (2-6 °C): Sementes e mudas –câmara fria; -INCISÂO ANELAR:corte na casca, 1.0 cm, acima da gema; -ARQUEAMENTO RAMOS: interromper a circulação da seiva; -DESFOLHA: região subtropical sem a queda natural das folhas; PRODUTOS QUÍMICOS (quebra de dormência) Óleo Mineral (OM) Cianamida Hidrogenada (CH) Dinitro-ortho-cresol(DNOC) Dinitro-ortho-butil-phenol(DNOBP) Dinitro-butil-phenol(DNBP) Calciocianamida(CaCN2) Nitrato de Potássio (KNO3) Thiouréia(TU) Thidiazuron(TDZ) Condições de Aplicação Não misturar com outros produtos fitossanitário. Para cada cultura aplicar só em condições climáticas onde se detecte o frio insuficiente. Fazer aplicação sempre após a poda. Efetuar uma aplicação homogénea. Ajustar de forma a que todas as gemas sejam convenientemente molhadas. Não atingir culturas ou plantas vizinhas da área a tratar. Poda e condução no segundo ano: Elimina-se brotos laterais com a mesma espessura que o líder; Desponte do líder; Ramos que irão formar a estrutura produtiva deve ser podado 1/3 de seu comprimento; Poda formação Mudas com porta-enxerto vigoroso: desponte 1,0 m. Mudas com porta-enxerto menos vigoroso: 80 cm. O corte paralisa a dominância da gema apical, obtendo brotação de gemas laterais. RALEIO O raleio ou desbaste deve ser feito quando os frutos jovens estiverem com 1 cm de diâmetro, deixando 2 a 3 frutos na cachopa terminal e 1 a 2 nas cachopas laterais. Adubação de produção A recomendação de adubo deve considerar a análise de solo e folha, idade das plantas, crescimento vegetativo, adubações anteriores, produções, tratos culturais e presença de sintomas de deficiências nutricionais. Para a cultura da macieira são necessárias aplicações foliares Sistemáticas de cálcio, para evitar a ocorrência de distúrbios fisiológicos ligados a este nutriente, visando melhorar as condições de conservação da fruta. Os demais nutrientes devem ser aplicados por via foliar quando identificada a deficiência. Manejo integrado de pragas e doenças Deve-se conciliar diversos métodos de controle, considerando o custo de produção e o impacto sobre o ambiente, reduzindo ao máximo o uso de agroquímicos. A adubação equilibrada, a poda e o raleio adequados são fatores que desfavorecem o estabelecimento das pragas e patógenos e facilitam o seu controle. Monitoramento e controle de Pragas Mosca-das-frutas: O monitoramento pode ser efetuado instalando-se: Frascos caça-mosca, usando como atrativo o suco de uva a 25%. A isca tóxica deve ser iniciada quando houver presença da praga no pomar e as frutas apresentarem tamanho superior a 1,5 cm de diâmetro. A aplicação de inseticidas em cobertura só deve ocorrer quando for constatado o nível de pragas. A isca deve ser aplicada pelo menos duas vezes por semana, intensificando na periferia do pomar, nos pontos de entrada da mosca. Lagarta enroladeira Para o monitoramento, recomenda-se utilizar uma: Armadilha com feromônio para cada 5 ha, que deve ser instalado no início de setembro e retirado após a colheita da última cultivar. Em pomares menores, deve-se aumentar a densidade, de modo a haver no mínimo duas armadilhas por talhão. É importante analisar o monitoramento por talhão, aplicando inseticida apenas naqueles com níveis críticos. Ácaro vermelho europeu: O monitoramento é feito através da amostragem sequencial no mínimo em 10 plantas por talhão de 5 ha, retirando-se 5 folhas por planta e anotando-se o número destas com presença do ácaro. 50% das folhas devem acusar a presença da praga. Grafolita: Para o monitoramento, deve-se utilizar uma armadilha com feromônio para cada 3 a 5 ha. Cochonilha: Deve-se identificar e registrar a presença das larvas (provavelmente entre setembro e novembro) e efetuar aplicações localizadas nos focos usando inseticida fosforado. O óleo mineral aplicado para quebra de dormência ajuda a controlar a cochonilha.Pulgão lanígero: Alimenta-se da seiva, induzindo a formação de nodos (calos) ou rugosidades, como reação da planta às toxinas injetadas pela praga. O ataque ao sistema radicular induz a formação de galhas e debilita as plantas. COLHEITA: Dezembro a fevereiro e março. Safras comerciais: a partir do 2º e 3º anos de instalação do pomar. Ponto de colheita: frutos de vez, já coloridos, para perfeito sazonamento; colheita manual, em sacolas. Para não ocorrer perdas significativas é preciso : Colher a fruta no momento correto; Eliminar fontes de inoculo no pomar; Manipular cuidadosamente a fruta na colheita, transporte, classificação e embalagem; Realizar limpeza e desinfestação ou sanitização de instalações, câmaras frias, embalagens e máquinas; Utilizar adequadamente as técnicas de armazenamento. Deve-se sempre utilizar embalagens (colheita, transporte, armazenamento, comercialização) limpas e de material não abrasivo para não contaminar e machucar as frutas. É sempre importante realizar uma pré-seleção da fruta no campo, evitando misturar frutas sadias com as caídas no chão, com danos, etc. armazenamento deve manter a qualidade interna e externa da fruta, devendo-se assegurar o funcionamento regular das câmaras de conservação, por meio da observação periódica dos equipamentos de refrigeração e controle de gases (atmosfera controlada). Também é importante realizar análises de minerais em amostras de frutas antes do início da colheita, para avaliar a possibilidade de incidência de distúrbios fisiológicos, permitindo tomar decisões de qual destino será dado à fruta, ou seja, armazenamento a curto, médio, longo prazo, ou mesmo a comercialização imediata. câmara fria de armazenamento. OBS: Bem precoces: Soberana , Anna, Michal, Ein Shemer, Galícia e Gala. CULTIVARES Precoces: Rainha, Marquesa, Brasil, Delícia, Valinhense e Culinária. Medianos/tardios: Dulcina, Bonita e Centenária. O produtor deve adquirir as mudas de viveiristas idôneos, elas devem ter o padrão exigido para espécie, com pivô central. De acordo com a análise de solo, aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70%; aumentar o pH; aplicar o corretivo por todo o terreno, antes do plantio ou mesmo durante a exploração do pomar, incorporando-o através de aração e/ou gradagem. CALAGEM ESPAÇAMENTO: (Básico): *Porta-enxerto vigoroso: 6 x 4m; *Porta-enxerto semi-vigoroso: 5 x 3m; *Porta-enxerto ananicante: 4 x 1,5 a 4 x 2m. Os espaçamentos entre as covas são de 4 metros entre linhas e 1 a 1,5 m entre plantas na linha. Pode-se usar espaçamento de 5 m entre linhas por 2 m entre plantas, para um crescimento mais livre. ÉPOCA DE PLANTIO: Mudas de raízes nuas (transplantes) de julho a agosto e envasadas no período das águas. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!!!!
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