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Justiça Organizacional Gabriel Abi-Chahin de Oliveira Ferreira (11/0011741) Gustavo Lopes Silveira (15/0128565) Luís Artur de Oliveira (15/0016204) Helberth Gonçalves Macau (13/0045225) 1 1 1 Roteiro Breve introdução Os tipos de justiça organizacional Efeitos Conclusão 2 Introdução Justiça - jus.ti.ça sf (do latim justitia) - Virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence. - Conformidade com o direito. - Direito, razão fundada nas leis. - Tribunais, magistrados e todas as pessoas encarregadas de aplicar as leis. - Autoridade judicial. - Ação de reconhecer os direitos de alguém a alguma coisa, de atender às suas reclamações, às suas queixas etc. - Poder de decidir sobre os direitos de cada um, de premiar e de punir. - Exercício desse poder. 3 Introdução Conceito remonta à Antiguidade (Platão e Aristóteles) Sentido foi ampliado na Idade Moderna com os escritos de Rousseau sobre justiça social. Somente na década de 60 que o passou a ser discutido no contexto das organizações de trabalho. 4 Introdução Os primeiros estudos produzidos sobre justiça organizacional tinham como base a teoria da equidade do Adams na década de 60. No entanto a teoria da eqüidade e outros modelos de justiça distributiva não conseguiram predizer e explicar completamente as reações das pessoas à injustiça percebida. 5 1 5 Introdução Posteriormente na década de 70 Thibaut e Walker introduziram estudos sobre a percepção dos processos que organização usa nas recompensas e punições. Já na década de 80 Bies e Moag fazem estudos sobre o tratamento interpessoal dispensado aos empregados no processo de tomada de decisão. 6 Introdução De acordo com Mendonça et al (2003) Justiça organizacional pode ser analisada levando em consideração 3 viés, são eles: - A alocação de recursos (justiça distributiva) - A organização formal dos procedimentos (justiça processual) - As relações interpessoais entre chefia e subordinados (justiça interacional) 7 Introdução Justiça Distributiva (teoria de equidade) Justiça processual ou de procedimentos Justiça Interacional: - justiça interpessoal - justiça informacional 8 Justiça Distributiva Proposta por Homans, na década de 60. Idéia de que uma distribuição só é justa quando é proporcional às contribuições de cada um. Uma situação é considerada injusta não apenas em razão de trocas econômicas ou de mercadorias, mas também por meio do processo de trocas sociais. (Adams, 1965) O sentimento de ineqüidade emerge no indivíduo quando este percebe que os resultados recebidos não foram proporcionais aos investimentos feitos. 9 Justiça Distributiva Pessoas julgam uma situação ou uma dada distribuição de resultados como justa se a razão entre suas inputs e outcomes é comparável à razão entre inputs e outcomes de outros, com os quais se compara (Assmar 1995) 10 Justiça Processual O termo justiça de procedimentos foi introduzido na Psicologia por Thibaut e Walker (1975) Os indivíduos avaliam de forma diferenciada o que é justo ou não em relação aos procedimentos de tomada de decisão e não unicamente a partir dos recursos disponibilizados 11 Justiça Processual Leventhal em 1980, definiu 6 regras básicas a ser consideradas por todas as organizações: Consistência das regras e normas; Ausência de vieses e interesses pessoais; Veracidade das informações dadas aos indivíduos; Representatividade dos afetados no processo decisório; Ética no que se refere aos valores morais; Possibilidade de correção e modificação das decisões injustas. 12 Justiça Interpessoal Moorman (1991), diz ser a mais importante, uma vez que as relações interpessoais são mais determinantes nos comportamentos e atitudes das pessoas nas organizações do que os procedimentos e os benefícios. Está diretamente relacionada às atitudes e aos comportamentos dos empregados em relação aos seus superiores. 13 Justiça Informacional Diz respeito ao fornecimento de explicações sobre as decisões tomadas e as bases dessas decisões e feedback às ações dos indivíduos. Sua percepção refere-se à maneira como a chefia explica e justifica as decisões tomadas pelos colaboradores. 14 Efeitos Modelo unidimensional: analisa apenas a justiça distributiva, fundamentado na perspectiva da teoria da equidade. Modelo bidimensional: com a finalidade de mostrar que, apenas a distribuição e alocação de recursos (justiça distributiva), são insuficientes para explicar a justiça organizacional, cria-se um novo tipo de justiça – justiça processual. Modelo tridimensional: é um modelo mais abrangente que defende a idéia de que além da justiça distributiva e da justiça processual, existe um terceiro tipo de justiça que é a justiça interacional. 15 Efeitos Modelo tetradimensional: acrescenta em suas análises, a justiça informacional. Este tipo de justiça diz respeito à maneira como os trabalhadores recebem as informações nas organizações. Modelo penta-dimensional: apresentado por Rego (2001), separa a justiça distributiva em duas, ou seja, distribuição das recompensas e distribuição das tarefas. Além disso, o autor comprova a existência de outros três tipos de justiça: processual, interacional e informacional. 16 Efeitos Resultados do trabalho de Meireles (2006) indicam que os trabalhadores sentem prazer no trabalho quando percebem os procedimentos organizacionais como sendo justos. Os trabalhadores podem perceber o tratamento recebido pelas chefias como justos se a precepção que eles têm quanto aos benefícios e recompensas e em relação aos procedimentos organizacionais também forem justos. 17 Efeitos Os trabalhadores podem sentir sofrimento no trabalho se percebem as recompensas e benefícios como injustos, bem como se os procedimentos organizacionais e o tratamento recebido dos seus chefes também foram percebidos como injustos. 18 Estudos do Almeida et al, 2006 Analisou 211 trabalhadores de empresas metalúrgicas do sul fluminense. Investigou-se os efeitos da justiça organizacional em 3 situções: Sintomas de burnout na ineficácia profissional; Comprometimento afetivo; Saúde geral percebida. 19 Os resultados da análise de correlação apontam uma relação inversa e significativa entre a ineficácia profissional e a justiça organizacional e uma correlação positiva entre o comprometimento e a justiça organizacional. Todas as dimensões de justiça estiveram significativamente relacionadas com o burnout e o comprometimento afetivo, com destaque para o relacionamento da justiça distributiva com o burnout e a distributiva e informacional com o comprometimento organizacional afetivo. Houve uma forte associação entre a saúde geral percebida e a justiça distributiva, os que percebiam os resultados organizacionais como justos, tenderiam a reportar maior saúde percebida. 20 Conclusões Assmar (1995) conclui que uma teoria concebida em uma cultura pode não se aplicar a outra cultura, pois suas raízes históricas, com características socioeconômicas e ducacionais próprias, bem como valores e práticas religiosas, são distintos. Os colaboradores poderão vivenciar prazer ou sofrimento no trabalho a partir das suas percepções acerca da justiça organizacional. “Um tratamento justo contribui para ampliar a possibilidade de aceitação das decisões e faz surgir outros tipos de reações positivas nos colaboradores.” (KANAN; ZANELLI, 2011, p.13) 21 Conclusões Reações negativas às percepções de injustiça ou aos resultados desfavoráveis podem ser minimizadas quando há explicações e justificativas das decisões tomadas pela chefia. “A ocorrência de feedbacks sobre o desempenho nas atividades realizadas representa um aspecto que contribui à qualidade de vida no trabalho” (KANAN; ZANELLI, 2011, p.15) 22 Bibliografia Mendonça, H. ; Pereira, C. ; Tamayo, Á. ; Paz, M.G.T. Validação fatorial de uma escala de percepção de justiça organizacional. Estudos: Saúde e Vida. 30, 1, 00, p. 111-130, 2003. Adams, J.S. Inequity in Social Exchange. In: L. Berkowitz(Eds.).Advances in experimental social psychology. 2, p. 267-299. New York:Academic Press, 1965. Assmar, E. M. L. Percepção e reação à injustiça na perspectiva da vítima: Uma proposta de abordagem integrada. Arquivos Brasileiros de Psicologia. 47, 2, p. 59-80, 1995. Leventhal, G.S. What should be done with equity theory? Em: K.J.Gergen, J. Greenberg & R.H. Weiss (Eds.). Social exchange: advances in theory and research. New York: Plenum, 1980. Moorman, R.H. Relationship between organizational justice and organizational citizenship behaviors: do fairness perceptions influence employee citizenship? Journal of Applied Psychology. 76, 6, p. 845-855, 1991. Almeida, Gustavo de O; Da Silva, Angela. M. M.; Dos Santos, Denise. M. Justiça Organizacional - Relações com a Ineficácia Profissional, Comprometimento Afetivo e Auto Percepção de Saúde Geral. IX Semead. São Paulo. USP, 2006. Meireles, I. A. de C. O impacto das percepções de justiça organizacional sobre as vivências de prazer e sofrimento no trabalho. Dissertação de mestrado. Goiânia, Universidade Católica de Goiás, Departamento de Psicologia, 2006. Kanan, Lilia. A.; Zanelli, José C. Tratamento, Respeito, Direitos e Ssensibilidade: O Fenônome no“Justiça Oeganizacional” no Ccntexto Universitário sob a Perspectiva de Docentes-gestores. Revista GUAL, Florianópolis, v. 5, n. 2, p. 251-276, ago. 2012 23
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