02 Fertilização

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22/09/2015 02 ­ Fertilização
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02 - Fertilização
 
6 de Abr de 2015 atualizado
Fertilização
     É o conjunto de eventos compreendidos entre o contato gamético e a fusão dos cromossomos 
maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto.
Transporte dos gametas
     Refere­se às vias pelas quais o espermatozoide e o ovócito passam até se encontrarem na ampola 
da tuba uterina, sítio normal da fertilização. Mas iso pode ocorrer em outras regiões, como o ovócito 
não captado pelas fímbrias pode cair na cavidade abdominal.
Ovulação
Precedendo a ovulação o ovócito secundário e algumas células do cumulus ooforus destacam­se 
do interior do folículo distendido 
A ovulação se segue ao pico de LH 24 horas. A onda de LH, induzida pelo alto nível de estrogênio 
sanguíneo, parece causar a ruptura do estigma, expelindo o ovócito secundário com o fluido 
folicular
As fímbrias da tuba uterina fazem uma ação de varredura, e a corrente de fluido produzida pelos 
cílios das células da mucosa das fímbrias "varrem" o ovócito secundário para o infundíbulo 
afunilado da tuba
Ovócito captado pelas fímbrias e levado até a ampola, a região mais dilatada, e vai com coroa 
radiada e tudo, que fica apoiada na zona pelúcida, por uma ligação fraca
Na ampola normal tem muitas células filiadas, muito muco, então o ovócito iria parar, mas como lá 
tem músculo liso, por sua contração o ovócito é levado para a tuba uterina, e fica viável por lá de 
12 a 24h, se passar desse tempo o cálcio é liberado para o citoplasma e isso degrada a célula e 
mata ela
Se fímbrias não captarem corretamente o ovócito, este pode cair na cavidade abdominal e gerar 
gravidez ectópica abdominal
Se os movimentos peristálticos da tuba tiverem sua eficiência prejudicada, pode ocorrer a geração 
de um concepto na parede tubária, gerando gravidez ectópica tubária
Composição do sêmen
pH básico (em torno de 8) ­ para neutralizar o ambiente ácido da vagina
Testículo ­ 2,5%: 
Espermatozóides
Glândulas seminais ­ 65 a 75%:
Nutrientes (frutose)
 Edison Tostes 
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Nutrientes (frutose)
Prostaglandinas: 
Estimulam a motilidade uterina e ajudam no movimento dos espermatozoides pelo útero 
pela sua ação vasoconstritora e de constrição da musculatura uterina
As prostaglandinas são uma classe de eicosanoides. Eicosanoides são metabólitos 
biologicamente ativos derivados de ácidos graxos com 20 carbonos em sua cadeia, 
derivados do ácido araquidônico. Se houver alguma lesão na membrana plasmática, há a 
liberação de ácido araquidônico, que será metabolizado com a ciclo­oxigenase.  Ácidos 
graxos são cadeias lineares, mas quando sofrem a ação de alguma ciclo­oxigenase se 
tornam cíclicas pela introdução de oxigênio na cadeia. A ciclo­oxigenase 1 (cox­I) é 
utilizada normalmente pelo corpo em processos constitutivos, como na produção de muco. 
A cox­II produz prostaglandinas de processos indutivos, como inflamações.
Enzima vesiculase ­ coagula uma pequena quantidade de sêmen e forma um tampão vaginal 
que impede o retorno do sêmen para o interior da vagina
Próstata ­ 25 a 30%:
Fosfatase ácida
Antígeno prostático
Pode ser usado como marcador para diagnóstico diferencial de problemas na próstata
Enzimas
Zinco
Papel anti­oxidante e no equilíbrio do pH
Glândulas Bulbouretrais ­ <1%:
Conteúdo pré­ejaculado cristalino
Galactose
Muco
Melhora a viscosidade do meio e proporciona leve alcalinização
Transporte dos espermatozoides
No trato masculino:
O volume ejaculado varia de 2 a 6 ml 
O número de espermatozoides varia de 200 a 600 milhões 
Do seu local de armazenamento no epidídimo, os espermatozoides são transportados para a 
uretra por contrações peristálticas do ducto deferente, que possui musculatura lisa 
desenvolvida
Emissão: peristaltismo do ducto deferente e ductos ejaculatórios até a uretra prostática
Ejaculação: fechamento do esfíncter vesical, contração dos músculos uretral e 
bulboesponjoso, passagem do conteúdo até o óstio externo da uretra
As secreções das glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais são adicionadas ao 
fluido contendo espermatozoides no ducto deferente e uretra
No trato feminino:
Os espermatozoides movem­se de 2 a 3 mm por minuto
De 10 a 12 minutos após a ejaculação os espermatozoides já se encontram na tuba
Muco cervical: quando a ovulação ocorre, o muco cervical aumenta em quantidade, fica 
menos viscoso, tornando mais fácil o transporte dos espermatozoides 
A anatomia do trato genital atua favoravelmente como "sugador". Este movimento de 
contração muscular uterina é estimulado pelas prostagladinas presentes no sêmen
Os espermatozoides passam lentamente pelo canal cervical através do movimento de suas 
caudas
Eles se movem muito lentamente no ambiente ácido da vagina, mas muito rapidamente no 
ambiente alcalino do útero
A escolha da tuba uterina certa e das franjas provavelmente é um evento aleatório mesmo
Às vezes o espermatozoide fica na tuba uterina por até três dias aguardando o ovócito se 
alimentando da secreção uterina
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Cerca de 200 espermatozóides alcançam o sítio da fecundação
História da porteira ­ melhor não ser nem o primeiro, que abre a porta, nem o terceiro, que 
fecha, e sim o do meio:
Os primeiros espermatozoides liberam a hialuronidase para desagregar as células da 
corona radiata, que possuem ácido hialurônico
O espermatozoide atrás chega e se liga na zona pelúcida e faz a reação acrossômica:
Bloqueio rápido da poliespermia: Como tem carga parcialmente negativa, quando 
encosta na membrana, a despolariza
Bloqueio lento: A despolarização da membrana causa a liberação de outras enzimas e 
cálcio, que libera vesiculas maiores, que impermeabilizam a membrana enrijecendo a 
zona pelúcida
O espermatozoide que veio atrás desse já não consegue passar na zona pelúcida
Maturação dos espermatozoides
     Os espermatozoides recentemente ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos. Eles precisam 
passar por um período de condicionamento, a capacitação, com duração de cerca de 7h. Durante esse 
período, uma cobertura glicoprotéica e proteínas seminais são removidas da superfície do acrossoma 
do espermatozoide. Os espermatozoides capacitados não exibem mudanças na morfologia, porém são 
mais ativos. O processo de capacitação dos espermatozoides ocorre normalmente no útero ou nas 
tubas uterinas por substâncias secretadas por esses órgãos.
     A capacitação consiste no conjunto de eventos fisiológicos sofridos pelos espermatozoides para 
torná­los aptos para a fertilização
Dura cerca de 7 horas in vivo (in vitro dura de 1 a 2, é mais rápido pois se tem o controle sobre as 
características físico­químicas do meio, podendo promover de forma mais rápida o 
condicionamento da membrana)
Remoção do fluido seminal e glicoproteínas da superfície do acrossoma (útero e tuba)
Migração proteica e metilação de fosfolipídeos de membrana (modificação de receptores, pois 
esses receptores deverão se ligar a outras glicoproteínas, como da zona pelúcida)
Ganho expressivo de motilidade
Uma vez capacitados, podem sofrer reação acrossômica (junção da membrana do acrossomo 
com a do ovócito), e, a partir daí, realizar a fertilização
Seleção espermática
De 600 milhões de espermatozoides, cerca de 100 a 200 alcançam o ovócito
Perda de espermatozoides:
Retenção nas pregas da cérvice e glândulas uterinas (principalmente pelo muco)
Caminho tubário oposto (tuba incorreta)
Perda para a cavidade uterina (já que as dimensões da cavidade uterina é muito maior que a 
do espermatozoide)
Alguns passam além do ovócito
Infertilidademasculina
     A análise do sêmen é importante na avaliação da infertilidade masculina. Os espermatozoides são 
cerca de 5% do sêmen. O restante consiste nas secreções das glândulas seminais (60%), próstata 
(30%) e das glândulas bulbouretrais (5%). Normalmente existem mais de 100 milhões de 
espermatozoides por ml, e homens com menos de 10 milhões são considerados estéreis. Para haver 
fertilidade potenical, pelo menos 40% dos espermatozoides devem ser móveis após 2h e alguns por até 
24h. Infertilidade masculina pode resultar de distúrbios endócrinos, espermatogênese anormal ou 
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24h. Infertilidade masculina pode resultar de distúrbios endócrinos, espermatogênese anormal ou 
obstrução de um ducto genital e representa aproximadamente de 30 a 50% dos casos de infertilidade 
em casais.
Vasectomia
O método mais eficaz de contracepção masculina é a vasectomia (excisão de um segmento do 
ducto deferente). Após a vasectomia, não existem espermatozóides no ejaculado, mas a 
quantidade de fluido seminal permanece a mesma de antes do procedimento.
Viabilidade dos ovócitos e espermatozóides
     Os ovócitos humanos geralmente são fecundados até 12h após a ovulação. As observações in vitro 
mostraram que os ovócitos não podem ser fecundados após 24h e que se degeneram rapidamente 
depois. Alguns espermatozóides são armazenados nas pregas da mucosa do colo e gradualmente 
liberados para o canal cervical, atravessam o útero e vão para as tubas uterinas. Sêmen e ovócitos 
podem ser congelados a baixas temperaturas e mantidos por muitos anos para serem utilizados na 
reprodução assistida.
Fases da Fecundação
Ocorrem normalmente na ampola, mas podem ocorrer em outras porções tubárias
Possui duração aproximada de 24h
Passagem pela Corona Radiata
     O contato acrossomal com a membrana das células da corona radiata interrompem a adesão 
intercelular, facilitando sua passagem através de:
Liberação acrossômica da enzima hialuronidase, principal responsável pela dispersão das 
células foliculares
Perda dos fatores de incapacitação, como desagregação das glicoproteínas
Enzimas oriundas de secreções da mucosa tubária
Movimentação da cauda dos espermatozoides
Penetração na zona pelúcida
      Zona pelúcida
Espessura de 8 a 12 micrômetros
Possui região de interdigitações
Composição de glicoproteínas globulares ZP1, ZP2 e ZP3:
ZP1: mantém a estrutura tridimensional, conecta ZP2 a ZP3
ZP2: forma a malha de filamentos interna 
ZP3: forma a malha de filamentos externa, portanto faz interação coma membrana do 
espermatozoide
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Funções:
Proteção mecânica
Regula transporte de moléculas
Atua no reconhecimento de espécies
Bloqueia a poliespermia
Estimula a liberação de enzimas do capuz acrossômico
          1. Reação acrossômica:
Necessária para maturação do espermatozoide para torná­lo apto a fecundar o ovócito
A porção ZP3 da Zona Pelúcida estimula a liberação de cálcio para o 
citosol 
O cálcio intracelular promove a ativação de fosfolipases que levam à fragmentação 
das membranas e depois a fusão das membranas do espermatozóide e ovócito
Se resume à perda da membrana acrossômica com expressiva liberação enzimática
Liberação enzimática de acrosina, esterases e neuraminidase
São enzimas que, através da liberação de fosfolipases e de cálcio, promovem o 
rompimento e consequente liberação do conteúdo acrossomial e então fusão das 
membranas
Proteólise da zona pelúcida pelas enzimas
A membrana acrossômica se une ao ZP2 e a acrosina perfura a zona pelúcida
O espermatozoide então polimeriza actina e expõe fertilinas na membrana interna do 
acrossoma (reconhecimento de espécies específica com óvulo)
               
        2. Reação zonal ­ bloqueio da poliespermia:
Impermeabilização da zona pelúcida: ocorre a reação zonal, uma mudança nas propriedades 
físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides através da 
polimerização do seu conteúdo:
Mecanismos bioquímicos da reação zonal
Polimerização denota enrijecimento, pode ser temporária ou definitiva
Os processos oxidativos dependentes de diversas espécies reativas do oxigênio (radicais 
livres) saturam duplas ligações intercarbônicas de elementos lipoprotéicos, 
proporcionando modificações estruturais nas moléculas, tornando­as lineares e 
sobrepostas, traduzindo tal evento em enrijecimento ou uma perda de flexibilidade
Liberação de enzimas lisossomais dos grânulos da membrana do ovócito no espaço 
perivitelínico
Modificações na composição glicoproteica quaternária da zona pelúcida, resultando na 
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Modificações na composição glicoproteica quaternária da zona pelúcida, resultando na 
polimerização do seu conteúdo
Impermeabilização da membrana plasmática do ovócito
Bloqueio à poliespermia
Fase rápida:
Modificação do potencial eletroquímico da membrana
Pode se reversível
Desencadeia a resposta lenta pela liberação de cálcio
É caracterizada pelo enrijecimento da zona pelúcida
Fase lenta: 
Desencadeia a reação zonal pela liberação do conteúdo lisossomal e desligamento 
dos receptores de ZP3
Normalmente só um espermatozoide fertiliza o ovócito, entretanto havendo poliespermia, o
embrião geralmente é abortado (triploidia corresponde a 20% das anomalias 
cromossômicas nos abortos espontâneos)
Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e 
espermatozoide
A cabeça e a cauda do espermatozoide penetram no ovócito, mas a membrana plasmática fica 
para trás
Normalmente as mitocôndrias do espermatozoide são destruídas, mas nem sempre
Término da 2ª meiose
A presença intracelular do espermatozoide no ovócito estimula a complementação da segunda 
meiose do ovócito, formando o ovócito maduro e o segundo corpo polar
Os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do ovócito maduro passa a ser o 
pronúcleo feminino
A cauda do espermatozoide degenera e o núcleo descondensa ­ através da substituição das 
protaminas pelas histonas ­ para formar o pronúcleo masculino
Só havia protaminação do pronúcleo masculino
Os prónucleos haplóides entram na fase S e tornam­se haplóides com duas cromátides 
Oótide ­> Zigoto
Oótide é o nome intermediário quando ainda não é zigoto mas já não é mais ovócito
Óvulo é quando há uma célula com dois pronúcleos haploides?
Obtenção de diploidia por fusão dos pronúcleos
Ocorre rearranjo dos cromossomos para a divisão celular mitótica
Dessa fase até o início da replicação são 30h
Nesse momento de rearranjo que é definido quem nós somos, que é quando se define quais 
genes serão os dominantes
Os cromossomos do zigoto se arranjam em um fuso de clivagem seguindo para a segmentação
O pronúcleo feminino leva ao desenvolvimento do embrião
O pronúcleo masculino leva ao desenvolvimento dos anexos
Tecidos de suporte, angiogênese, nutrição
Resultados da Fecundação
Estimula o ovócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o segundo corpo
polar
Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto
Resulta na variação da espécie humana pela mistura de cromossomos paternos e maternos
Determina o sexo cromossômico do embrião
Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem do zigoto
22/09/2015 02 ­ Fertilização
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O Evernote torna fácil lembrar de coisas grandes ou pequenas de sua vida diária com o seu computador,
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Termos do Serviço Política de Privacidade
     Teste de gravidez
Detecção do fator inicial de gravidez
Produzido pelascélulas trifoblásticas
Surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fertilização
Detecção da Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)
Produzida pelo sinciciotrofoblasto no início da segunda semana de desenvolvimento
Ecografia
Detecta a gravidez de 5 semanas após o último período menstrual normal (UPMN), cerca 
de 3 semanas após a fertilização