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Fertilização e Clivagem

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diminuindo no decorrer da vida da mulher, devido à 
atresia e à ovocitação. 
 
OBS! as mulheres mais velhas têm os ovócitos(ou 
folículos primordiais) muito antigos, assim, as 
mitocôndrias dos ovócitos começam a produzir 
espécies reativas(combatidas pela melatonina) de 
oxigênio que danificam os ovócitos e podem 
prejudicar o desenvolvimento fetal. Além disso, os 
telômeros são menores, causando mais riscos de 
aneuploidias nos fetos. 
 
Células germinativas anormais 
Folículo primordial com dois ovócitos ou 
mais. 
 
Fertilização 
Sequência de eventos coordenados que se 
inicia com o contato entre um espermatozóide e um 
ovóc. II; processo pelo qual o espermatozóide une-se 
ao gameta feminina para formar o zigoto (ou 
célula-ovo). 
 
Etapas da fertilização 
1. Encontro dos gametas 
2. Reconhecimento entre os gametas 
3. Fusão entre as membranas plasmáticas dos 
gametas 
4. Combinação de cromossomos e ativação do 
ovo 
 
Encontro dos gametas 
O espermatozóide é depositado na vagina e 
sobe pela tuba uterina para o útero (contrações 
uterinas), chegando às tubas uterinas (ou ovidutos), 
que apresenta a sua parede revestida por musculatura 
lisa e por epitélio ciliado. Já os ovóc. II são liberados 
pelos ovários, 
captado nos 
infundíbulos 
pelas fímbrias e 
levado em 
direção à luz do 
útero por meio 
dos cílios e 
contrações da 
tuba uterina. 
O local de 
encontro dos gametas é nas 
proximidades da ampola da 
tuba uterina. Se a 
fertilização não ocorrer, o ovóc. II vai se degradando 
ao chegar perto do útero. 
O espermatozóide chega corretamente na tuba 
uterina por meio de 3 fatores: 
● Quimiotaxia: secreção de sinais químicos, 
liberados pelo ovóc e pelas células da corona 
radiata (progesterona), no local onde o ovóc. 
se encontra que guiam os espermatozóides 
capacitados 
● Termotaxia: diferença de +2°C entre o istmo e 
a ampola da tuba uterina guiam os 
espermatozóides capacitados 
● Reotaxia: espermatozóides capacitados 
migram contra a corrente estabelecida pela 
tuba uterina (que leva o ovóc. em direção ao 
útero). 
 
Em média, em uma ejaculação normal, 10 
milhões espermatozóides são liberados, os quais 
muitos vão morrendo durante o processo de 
fecundação, como na liberação, indo para a tuba e 
outros motivos; normalmente, apenas 100 
espermatozóide chegam ao óvulo. 
 
OBS! ​O sêmen tem pH ligeiramente básico para 
neutralizar a acidez vaginal (proteção contra 
microorganismos) para proteger os espermatozóides. 
 
Modificações espermáticas 
O espermatozóide, assim que chega ao trato 
reprodutor feminino, é incapaz de fertilizar ovóc. II, 
passando por duas reações: 
1. Capacitação espermática 
2. Reação acrossômica 
 
Capacitação espermática 
Acontece do contato do espermatozóide com 
secreções do trato reprodutor feminino; o que torna os 
espermatozóides capacitados para reconhecer os 
sinais de quimiotaxia, termotaxia e reotaxia; tem uma 
duração de 7 hrs. 
Consiste na 
remoção de certas 
glicoproteínas e 
proteínas, inseridas 
do plasma seminal, 
bem como alguns 
lipídeos da 
membrana, retirados 
da superfície do espermatozóide. Esses componentes 
 
removidos deixam os espermatozóide capacitados, 
pois há: 
● alteração dos componentes da membrana 
plasmática dos espermatozóides (colesterol), 
que ajuda na reação acrossômica 
● alterações metabólicas 
● fosforilação de certas proteínas 
● hiperatividade do espermatozóide (motilidade 
muito mais eficiente e permite passar pela 
corona radiata) 
 
Barreiras para a fertilização do ovócito II 
1. Corona radiata: o espermatozóide ultrapassa a 
corona por movimentos de cauda e batimentos 
flagelar (espermatozóides capacitados). Além 
disso, há a liberação de enzimas pelo 
espermatozóide, como a hialuronidase para 
facilitar a passagem por entre as células da 
corona. 
2. Zona pelúcida: liberação de enzimas do 
acrossoma, que digerem a zona pelúcida. 
Ademais, na zona pelúcida, há o 
reconhecimento espécie-específico entre as 
membranas dos gametas. 
 
Reconhecimento entre os gametas 
A zona pelúcida é uma barreira glicoproteica 
resistente e permeável, secretada pelo ovócito. As 
glicoproteínas encontradas são as ZP1, ZP2, ZP3 e 
ZP4. 
As glicoproteínas ZP3 são responsáveis pelo: 
● reconhecimento espécie-específico por 
moléculas (SED1) presentes no 
espermatozóide 
● ligação à membrana plasmática do 
espermatozóide 
● iniciar a reação acrossômica. 
As glicoproteínas ZP2 e ZP3 formam longos 
filamentos proteicos, enquanto as ZP1 e ZP4 fazem 
pontes cruzadas entre as glicoproteínas 
 
Reação Acrossômica 
Consiste na fusão da membrana plasmática do 
espermatozóide com a membrana externa da vesícula 
acrossomal, o que permite o extravasamento das 
enzimas estocadas no acrossoma (ex: acrosina), as 
quais fazem a digestão enzimática das glicoproteínas 
da zona pelúcida, permitindo a passagem do 
espermatozóide após toda a liberação do acrossoma. 
Essa reação modifica sua estrutura 
morfológica, pois fica sem a membrana externa e o 
acrossoma. 
 
Fusão entre as membranas 
A membrana plasmática preservada após a 
reação acrossômica, chamada de membrana 
equatorial, apresenta certas glicoproteínas, como as 
fertilinas, que reconhecem proteínas presentes na 
membrana do ovóc. II, como as integrinas, causando a 
fusão das membranas dos dois gametas. 
A cabeça, a peça intermediária e a cauda do 
espermatozóide penetram no citoplasma do ovócito, 
enquanto a membrana é incorporada à membrana do 
ovócito. 
 
OBS! ​Muitos processos ainda são questionáveis, além 
da atuação de muitas enzimas ainda não são 
conhecidas, por exemplo, espermatozóides sem a 
hialuronidase conseguem atravessar a corona; o 
processo de reação acrossômica pode ocorrer antes do 
reconhecimentos espécie-específico; proteínas 
ADAM-3 ajudam na migração pelo oviduto; 
espermatozóides que já passaram pela corona e pela 
zona pelúcida, podem atravessar essas duas barreiras 
novamente. 
 
Bloqueio à poliespermia 
Após a fusão das duas membranas dos 
gametas, há um bloqueio para assegurar que somente 
1 espermatozóide fertilize o ovócito; existem 2 tipos 
de bloqueio: 
● Bloqueio rápido: ocorre imediatamente após a 
fusão, é a despolarização da membrana do 
ovócito com curta duração do efeito (alguns 
minutos). Desencadeia Ca+2 para a região 
intracelular que levam ao bloqueio lento. 
● Bloqueio lento (permanente): em resposta à 
entrada de Ca+2, há a fusão da membrana dos 
grânulos corticais com a membrana plasmática 
do ovócito (reação cortical), 
liberando enzimas corticais que 
ocasionam modificações 
químicas e estruturais na zona 
pelúcida, impedindo que esta 
estrutura seja reconhecida por 
outros espermatozóides (altera a 
ZP3). 
 
Combinação dos cromossomos 
A onda de Ca+2 do 
bloqueio rápido induz a volta do 
metabolismo, término da meiose II (2° corpo polar e 
óvulo). 
Após a entrada do núcleo masculino, ele se 
descondensa e se expande, formando o pronúcleo 
masculino, e o término da meiose II feminina forma o 
pronúcleo feminino. Sendo assim, ocorre a fusão dos 
pronúcleos (cariogamia), pela perda da carioteca de 
ambos núcleos, formando o zigoto. Depois, os 
cromossomos se alinham na placa equatorial e já 
começam a sofrer a clivagem. 
 
Clivagem 
As clivagens são divisões celulares atípicas 
sofridas pelo zigoto,pois são muito rápidas, 
sincronizadas e sem período de recuperação 
(crescimento), diferentemente da mitose, que há a 
recuperação. Logo, ocorre a geração de células cada 
vez menores (blastômeros). 
A finalidade da clivagem é de restabelecer o 
tamanho típico das células somáticas; uma vez 
estabelecido as características de células somáticas, as 
clivagens cessam e passa a ocorrer mitoses. 
O tipo de clivagem dos mamíferos é 
holoblástica igual (todo o ovo se separa igualmente), 
que ocorre por dias. 
Há a presença de uma zona pelúcida 
envolvendo os blastômeros para impedir a separação 
deles. 
Até o estágio de 8 blastômeros, as células são 
totipotentes (podem formar tecidos inraembrionários e 
seus anexos embrionários). A partir de 8 blastômeros, 
a estrutura é denominada de mórula. 
 
Mórula 
Blastômeros que sofrem o processo de 
compactação, ou seja, o aumento da interação entre os 
blastômeros (massa compacta de células fortemente 
aderidas). Essa compactação ocorre por expressão de 
moléculas de adesão celular, com a formação de 
junções intercelulares (junções oclusivas, gap, 
aderentes, desmossomos). 
 
Blastocisto 
Os blastômeros da mórula sofrem uma 
reorganização formando o blastocisto, ao final da 
clivagem. Essa reorganização ocorre pelo 
acúmulo de líquido entre os blastômeros 
(atividade da bomba Na+/K ATPase dos 
blastômeros). 
A 
reorganização é a formação de um epitélio (casca) que 
envolve o blastocisto (trofoblastos), bem como a 
presença de uma massa celular (embrioblastos) 
interna do aglomerado celular. A cavidade interna de 
líquido é chamada de blastocele. O trofoblasto forma 
os anexos embrionários, enquanto embrioblasto 
formará o embrião em si. 
A compactação da mórula é o que determina a 
formação do blastocisto, pois blastômeros internos da 
massa se comprometem a se formar embrioblastos , 
enquanto as mais da periferia vão se tornar 
trofoblastos.

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