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Fecundação Processo pelo qual o gameta masculino (espermatozóide) se une ao gameta feminino (ovócito) para formar uma célula (zigoto ou célula-ovo). Zigoto Estrutura do ovócito II Viabilidade : Até 12hs após serem expelidos In vitro: 24hrs Zona pelúcida ➔ A zona pelúcida constitui uma das barreiras fisiológicas à penetração do espermatozóide para a fertilização ➔ É constituída por três glicoproteínas bem caracterizadas: ZP1 - ZP2 - ZP3 ➔ A síntese e a secreção das glicoproteínas da zona pelúcida ocorrem ao longo do período de crescimento do ovócito ➔ A ZP3 associa-se com a ZP2 em filamentos repetitivos ao longo da zona pelúcida. Já a ZP1 está presente em intervalos irregulares, estabelecendo pontes não covalentes entre os filamentos ZP2 - ZP3 formando uma rede tridimensional filamentosa Glicoproteínas: ZP1 (200kDa), ZP2 (120kDa), ZP3 (83kDa) ZP2 ZP3 ZP1 Resíduos de carboidratos Citoplasma cortical do ovócito II Até 15 000 grânulos delimitados por membrana: - Contém enzimas que alteram as ZP3 e ZP2 de modo que os espermatozóides não podem mais se ligar a zona pelúcida (evitam a polispermia) Grânulo cortical Transporte do ovócito no sistema reprodutor da mulher - As fimbrias aproximam-se do ovário - Movem-se para frente e para trás sobre o ovário - Corrente de fluxo produzida pelos cílios das fimbrias e os movimentos peristálticos conduzem o ovócito para o infundíbulo e ampola Relembrando... Estrutura do sptz Cabeça: Acrossomo, Núcleo Pescoço ou colo Cauda: Peça intermediária, principal, terminal Viabilidade: não sobrevivem mais de 48 hrs no trato genital feminino Acrossômo Cabeça Núcleo Colo Peça intermediária Peça terminal Peça principal Transporte dos espermatozóides no sistema reprodutor masculino - Do epidídimo. os SPZ são transportados para uretra por contrações peristálticas do ducto deferente - Ejaculação : constituído por SPZ + líquido seminal + prostático e cowper - 200 a 600 milhões de SPZ são depositados no orifício externo do útero e fórnice da vagina. - Passam lentamente pelo canal cervical (movimento de suas caudas); a enzima vesiculase (produzida pela glândula seminal) coagula uma pequena quantidade de sêmen Transporte dos espermatozóides no sistema reprodutor feminino → Espermatozóides depositados no fundo da vagina (1) ; O pH neutro do sêmen (7 - 8,3) protege os SPZ contra a acidez bactericida do fluido vaginal (1) →A Movimentação dos SPZ os permitem penetrar no canal do colo do útero (2) →A secreção aquosa das células que revestem o canal do colo facilitam o acesso do esperma à cavidade uterina (2,3) → Contrações vigorosas do útero (miométrio), induzidas por prostaglandinas do líquido seminal, junto com a motilidade dos SPZ facilitam a passagem do esperma até a ampola, local onde o esperma pode aparecer entre 5 - 45 min após a ejaculação (3,4) →Movimento do esperma através do istmo até a ampola é realizado pela contração da musculatura da parede das trompas (4,5) → Os cílios das células epiteliais que revestem as tubas uterinas movimentam o fluido e auxiliam sua passagem ao longo da tuba até o sítio de fertilização (ampola) (4,5) A maioria dos espermatozóides são perdidos durante a passagem em direção às tubas uterinas. A título de curiosidade!!! - SPZ Y: mais leve, mais rápido e menos resistente - SPZ X: mais pesados, mais lentos e mais resistentes - Relação sexual no dia da ovulação: maiores chances de nascer um menino - Relação sexual ocorrer até 2 dias antes da ovulação: provavelmente será menina Capacitação ➔ Os SPZ recentemente ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos ➔ A capacitação espermática está relacionada a mudanças na membrana plasmática dos espermatozóides para que ocorram interações entre os eles e os ovócitos ➔ Entre os processos envolvidos podem-se verificar modificações como da fluidez da membrana e na remoção de proteínas do acrossomo ➔ É um período de condicionamento no aparelho reprodutor feminino, de 6 -7 hs (útero ou tubas uterinas) ➔ Somente os espermatozóides capacitados serão capazes de atravessarem a corona radiata e realizarem a fertilização Remoção de proteínas do acrossomo - Remoção de glicoproteínas e proteínas seminais da superfície do acrossomo do SPZ As alterações decorridas da capacitação tornam os SPZ hiperativos e aptos a passarem pela reação acrossomal - Ativado (A), Hiperativado (B) - Os SPZ que atingem a tuba uterina tem que percorrer uma distância de 6- 8 cm até o local de fertilização - Dentro da tuba uterina, a probabilidade de sucesso de colisão entre o SPZ e o ovócito ao acaso é estatisticamente muito pequena - O SPZ capacitado é guiado ao local de fertilização por uma combinação de quimiotaxia e termotaxia Termotaxia: - Orienta a motilidade do SPZ de acordo com um gradiente térmico que existe ao longo da tuba uterina, cerca de 2°C mais alta (36-38°C) - Guia o SPZ até o sítio de fertilização na grandeza de centímetros Quimiotaxia: - É a reorientação da motilidade em resposta a um gradiente químico - O SPZ reorienta a sua motilidade em direção a um meio condicionado pelo ovócito e o fluído folicular - A quimiotaxia opera na grandeza de milímetros, quando o SPZ está próximo do ovócito - O gradiente de quimiotaxia é criado pelas células da corona radiata - Receptores para substâncias químicas foram localizados no pescoço/corpo do SPZ de humanos - Entretanto, a chegada do SPZ próximo ao complexo ovócito-corona radiata não garante a fecundação porque o ovócito é circundado por essas células - SPTZ não estimulado tem trajeto em linha reta ou em círculos concêntricos - Na presença de um gradiente quimioatrativo, os movimento do SPZ mudam abruptamente em direção da fonte de atração química termotaxia quimiotaxia Encontro dos Gametas 1- Penetração (passagem) na corona radiata: - A corona radiata é uma camada muito celular, com uma matriz intercelular composta de proteínas e alta concentração de carboidratos , especialmente ácido hialurônico - Liberação de hialuronidase se dá pelo acrossomo - Movimento das caudas dos espermatozóides hiperativados (batimento flagelar) 2- Penetração na zona pelúcida - Fase importante da fertilização pois forma-se um caminho na zona Pelúcida - Estudos têm demonstrado que as glicoproteínas ZP2 e ZP3 possuem atividade receptora dos espermatozóides. A ZP1 apresenta função estrutural - Estimula a reação acrossômica Membrana plasmática do espermatozóide Membrana acrossomal Núcleo Fusão entre a membrana plasmática do espermatozóide e a membraba acrossomal externa Nota: Reação acrossômica Devido ao aumento intracelular de cálcio, surgem perfurações no acrossomo como resultado da fusão das membrana plasmática e membrana acrossomal externa membrana plasmática - Após a ligação do espermatozóide com a zona pelúcida (ZP2 e ZP3) Fusão membrana acrossômica externa + liberação de enzimas Liberação das enzimas acrossomais que digerem a Zona Pelúcida Proteínase ácida – hidrolisa proteínas em pH ácido Colagenase – digere colágeno Acrosina – Protease que digere proteínas da zona pelúcida -As substâncias liberadas pelo acrossomo auxiliam o espermatozóide a atravessar a Zona Pelúcida, formando um caminho - Somente após o término da reação acrossômicaé que o espermatozóide consegue começar a atravessar a Zona Pelúcida - Passagem pela Zona Pelúcida = movimentos da cauda + digestão de um caminho • Eletromicrografia do SPTZ progressivamente penetrando a zona pelúcida de um ovócito de hamster. • Conforme o SPTZ cria um caminho ele é mantido amarrado à zona pelúcida pelos resíduos da membrana acrossomal. 3- Fusão das membranas plasmáticas do espermatozóide e do ovócito ▪ As membranas do espermatozóide e do ovócito fundem-se ; núcleo do espermatozóide penetra no ovócito;membrana plasmática do espermatozóide não entra. ▪ Após a entrada de um espermatozóide dentro do ovócito, a entrada de outros deve ser impedida (poliespermia), pois isso levaria a um desenvolvimento anormal. - 2 bloqueios a poliespermia estão presentes: - Bloqueio rápido: despolarização de membrana do ovócito - Bloqueio lento: reação cortical (2 min após a interação com o SPZ) Formação dos pró-núcleos - Descondensação da cromatina do espermatozóide e aumento do volume nuclear – (pró- núcleo masculino) - O ovócito termina a 2ª divisão meiótica - Após o término da meiose o material cromossômico do ovócito II descondensa – (pró-núcleo feminino) Neste estágio os pró-núcleos feminino e masculino são indistinguíveis - Quando os pró-núcleos se aproximam, os envoltórios nucleares se desagregam - Os cromossomos se condensam e dispõem-se para uma divisão mitótica comum - A cromatina se mistura e a seguir o envoltório se reconstitui formando o núcleo zigótico diplóide A combinação de 23 cromossomos de cada pró-núcleo resulta em um ZIGOTO com 46 cromossomos e neste momento a fertilização está concluída e o desenvolvimento embrionário inicia... Resultados da fertilização: • Término da 2ª divisão meiótica • Restaura o número diplóide de cromossomos (46) do zigoto • Promove variação da espécie • Causa ativação metabólica do ovócito • Dá início à clivagem
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