04 Segunda semana

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22/09/2015 04 ­ Segunda semana
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04 - Segunda semana
1 de Jul de 2015 atualizado
Segunda semana
Formação do Disco Embrionário
     Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam 
na  formação  de  um  placa  bilaminar  quase  circular  de  células  achatadas  ­  o  disco  embrionário  ­ 
formado por duas camadas:
Epiblasto
Voltada para a cavidade amniótica
Camada mais espessa
Constituída por células colunares altas
É o grande tecido formador do embrião
Hipoblasto
Voltada para a cavidade exocelômica (futuro saco vitelino)
Camada menos espessa
Não forma estruturas do embrião, vai ser substituído mais tarde
 Edison Tostes 
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Formação da Cavidade Amniótica
Cerca de 8 dias após a fecundação, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, que é o 
primórdio da cavidade amniótica
Células amniogênicas, os amnioblastos, se separam do epiblasto formando uma fina membrana, o
âmnio, que forma o teto da cavidade amniótica
O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com 
o âmnio
          
Formação do Saco Vitelino
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Formação do Saco Vitelino
O Hipoblasto aos poucos reveste a cavidade blastocística, formando seu teto
O hipoblasto está em continuidade com as células que migram do hipoblasto para formar a 
membrana exocelômica
A membrana exocelômica e a cavidade logo se modificam para formar o saco vitelino primitivo
As células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo livremente 
arranjada, o mesoderma­extra­embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino, que agora 
estão separados pelo disco embrionário bilaminar
          
O Saco Vitelino inicialmente é muito grande por razões filogenéticas: espécies com ovo externo 
precisam de um saco muito grande para nutrir o embrião 
Com a formação do celoma extra­embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e se 
forma um pequeno saco vitelino secundário
Uma grande parte do saco vitelino primitivo se destaca
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Formação da Rede Lacunar
Lacunas:
Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primitivo, surgem 
cavidades isoladas, as lacunas, no sinciciotrofoblasto
Embriotrofo:
Fluido que preenche as lacunas
Composto por:
Sangue materno dos capilares endometriais rompidos
Sua comunicação com as lacunas representa a circulação uteroplacentária 
primitiva
Restos celulares das glândulas uterinas erodidas
Passa por difusão ao disco embrionário
O sangue oxigenado das artérias endometriais passam para as lacunas e o sangue 
desoxigenado é removido das lacunas pelas veias endometriais
           
Tampão:
Por volta do 10ª dia e por aproximadamente 2 dias há uma falha no epitélio endometrial que é 
preenchida por um tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso
Por volta do 12ª dia, o epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão
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Reação decidual:
Transformação das células do tecido conjuntivo endometrial
Acumulam glicogênio e lipídeos, ficando intumescidas, passando a ser conhecidas somo 
células deciduais
Fornecem ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado
Redes lacunares:
Por volta de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes fundem­se para formar as 
redes lacunares
Conferem aspecto esponjoso ao sinciciotrofoblasto
As situadas em torno do pólo embrionário são os primórdios dos espaços intervilosos da 
placenta
Os capilares endometriais em volta do embrião se tornam congestos e dilatados, formando os 
sinusoides
Os sinusoides são erodidos pelo sinciciotrofoblasto e o sangue materno flui para o interior das 
redes lacunares
Formação do Celoma extra­embrionário
As células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo livremente 
arranjada, o mesoderma­extra­embrionário
Surgem em seu interior espaços celômicos extra­embrionários isolados
          
Esses espaços se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extra­embrionário
Essa cavidade preenchida com fluido envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde estão aderidas
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Essa cavidade preenchida com fluido envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde estão aderidas
ao córion pelo pedículo do embrião
Parte do sincício voltada para o pedículo que forma a placenta, os mais longe formam o córion 
liso, que não vai formar a placenta
          
Resumo da implantação
     A implantação do blastocisto inicia­se no fim da primeira semana e é completada no fim da segunda 
semana.  Os  eventos  moleculares  relacionados  com  a  implantação  são  complexos  e  envolvem  um 
endométrio  receptivo  e  fatores  hormonais,  como  estrogênio,  progesterona,  prolactina,  assim  como 
moléculas de adesão celular, fatores de crescimento e genes HOX. A implantação pode ser resumida 
da seguinte maneira:
  
Dia 5: 
A zona pelúcida se degenera. 
Dia 6:
O desaparecimento da zona pelúcida  resulta do crescimento do blastocisto e da 
degeneração causada por lise enzimática
As enzimas líticas são liberadas pelo acrossoma dos espermatozoides que 
circundam a zona pelúcida e a penetram parcialmente
O blastocisto adere ao epitélio endometrial
Dia 7:
O trofoblasto se diferencia em duas camadas:
Sincício­trofoblasto
Massa multinucleada que se expande rapidamente na qual nenhum limite 
celular é visível
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Cito­trofoblasto
Camada de células mononucleadas mitoticamente ativa e que forma novas 
células trofoblásticas que migram para a massa crescente de 
sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares
Dia 8:
Os tecidos endometriais são erodidos pelo sincício­trofoblasto, e o blastocisto 
começa a penetrar o endométrio
As células epiteliais do endométrio sofrem apoptose através da ação das enzimas 
proteolíticas do sincíciotrofoblasto
Células deciduais: 
Células do tecido conjuntivo em torno do sítio de implantação acumulam glicogênio e 
lipídeos
Degeneram adjacentes à região de penetração e são englobadas pelo 
sinciciotrofoblasto
Fornecem fonte de nutrição embrionária
         
Dia 9:
Surgem lacunas cheias de sangue no sincício­trofoblasto
         
Dia 10:
O embrião está completamente implantado no endométrio
O blastocisto penetra o endométrio e a falha nesse endométrio é preenchida por um 
tampão         
Dia 11 e 12:
No 12º dia, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes fundem­se para formar 
as redes lacunares
Os vasos sanguíneos endometriais são erodidos pelo sincício­trofoblasto, permitindo 
que o sangue materno entre nas redes lacunares e saia, estabelecendo, assim, 
a circulação útero­placentária
          
Dia 12 e 13:
A falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente com a reparação do 
epitélio
Dia 13 e 14:
As vilosidades coriônicas primárias são formadas
Gonadotrofina coriônica humana (hCG)
Sintetizada pelas células do sinciciotrofoblasto
Entra no sangue presente nas lacunas do sinciciotrofoblasto
Mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez
Forma a base do teste degravidez
Radioimunoensaios são usados para detectar hCG
No fim da segunda semana, o sinciciotrofoblasto produz uma quantidade suficiente para 
dar um teste positivo de gravidez
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dar um teste positivo de gravidez
Sítios de implantação extra­uterina
Os blastocistos podem se implantar fora do útero, resultando em uma gravidez ectópica
A maioria ocorre na tuba uterina, gerando gravidez tubária
Sintomas:
Dor abdominal e sensibilidade por causa da distensão uterina
Sangramento anormal
Irritação do peritônio pélvico
Causas:
Fatores que atrasam ou impedem o transporte do zigoto
Ex: obstruções causadas por cicatriz resultante de infecção na cavidade pélvica
Consequências:
Rompimento da tuba e hemorragia na cavidade peritoneal durante as primeiras 8 
semanas
Morte do embrião
Ameaça à vida da mãe
Inibição da implantação
Pílulas do dia seguinte:
Não impedem a fecundação, mas como têm doses altíssimas de estrogênio, impedem 
a implantação
Deve ser tomada durante vários dias começando logo após a relação sexual não 
protegida
Normalmente o endométrio chega até a fase lútea (secretora) do ciclo menstrual, 
enquanto o zigoto se forma, sofre clivagem e penetra o útero
A grande quantidade de estrogênio perturba o equilíbrio entre estrogênio e progesterona 
necessário para a preparação do endométrio para a implantação do blastocisto
Dispositivo intra­uterino:
Inserido no útero através da vagina e do colo
Impedem a implantação por provocar uma reação inflamatória local
Alguns possuem liberador de progesterona, interferindo também no desenvolvimento do 
endométrio
Desenvolvimento do Saco Coriônico
Vilosidades coriônicas primárias:
Formação ­  proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que 
crescem para dentro do sinciciotrofoblasto
Seu surgimento caracteriza o fim da segunda semana
Crescimento induzido pelo mesoderma somático extra­embironário subjacente
São o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta
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Celoma extra­embrionário se divide em:
Mesoderma somático extra­embrionário
Reveste trofoblasto e cobre o âmnio
Mesoderma esplâncnico extra­embrionário
Envolve o saco vitelino
Córion:
Formado por:
Mesoderma somático extraembrionário
Trofoblasto
Sinciciotrofoblasto
Citotrofoblasto
Forma a parede do saco coriônico
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O embrião com os sacos vitelino e amniótico estão suspensos na cavidade coriônica pelo 
pedículo
Os sacos vitelinos e amniótico são então como dois balões apertados juntos dentro de um balão 
maior, o saco coriônico
O ultra­som transvaginal é usado para medir o diâmetro do saco coriônico, o que é importante para 
a avaliação do desenvolvimento embrionário inicial
Final da segunda semana ­ Placa pré­cordal
O embrião no 14º dia ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar, mas as células 
endodérmicas, em uma área localizada, são agora colunares e formam uma área circular 
espessada, denominada placa pré­cordal, que indica o futuro local da boca e um importante 
organizador da região da cabeça
Resumo ­ Formação do disco embrionário 
bilaminar
A rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto ocorre enquanto o blastocisto completa sua 
implantação no endométrio.
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O Evernote torna fácil lembrar de coisas grandes ou pequenas de sua vida diária com o seu computador,
tablet, telefone e a Web.
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implantação no endométrio.
As  várias mudanças  do  endométrio  resultantes  da  adaptação  desses  tecidos  á  implantação  são 
conhecidas como reação decidual.
Ao  mesmo  tempo,  o  saco  vitelino  primitivo  se  forma  e  o  mesoderma  extra­embrionário  se 
desenvolve. O  celoma  extra­embrionário  forma­se  a  partir  de  espaços  que  se  desenvolvem  no 
mesoderma  extra­embrionário.  Mais  tarde,  o  celoma  extra­embrionário  torna­se  a  cavidade 
coriônica.
O saco vitelino primitivo diminui e gradativamente desaparece com a formação do saco vitelino 
secundário.
A cavidade amniótica surge como um espaço entre o cito­trofoblasto e o embrioblasto.
O  embrioblasto  diferencia­se  em  um  disco  embrionário  bi­laminar  formado  pelo  epiblasto, 
voltado para a cavidade amniótica, e pelo hipoblasto, adjacente á cavidade blastocística.
A placa pré­cordal desenvolve­se como um espessamento local do hipoblasto, que 
indica a futura região cefálica do embrião e o futuro local da boca; a placa pré­cordal 
também é um importante organizador da região da cabeça.