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6 Matrimônio

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1) Quem instituiu o sacramento do matrimônio?
Deus criou nossos primeiros pais como esposos e os uniu para toda a vida. Deste modo, Deus instituiu o casamento natural:
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24).
Quando Jesus veio ao mundo para nos salvar, elevou este casamento natural à dignidade de Sacramento, ou seja, deu a esta união do homem e da mulher um valor sagrado, com as graças correspondentes para a missão que recebem. 
2) Por que o casamento não pode ser desfeito?
Porque “o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt.19:6). Esse versículo (Mt.19:6) nos deixa claro que, para Deus, deve haver só uma união matrimonial e que sua vontade é que dure para sempre. Entretanto, existem dois casos na Palavra de Deus que é licito contrair novas núpcias. 
3) O que as alianças representam?
Fazer uma aliança é fazer um compromisso. A aliança entre Deus e duas pessoas que se unem pelos laços matrimoniais, vai muito além de um simples anel e um contrato de casamento; a aliança é um compromisso ilimitado que o casal assume diante de Deus e dos homens como confissão de amor eterno.
Quem faz aliança torna-se aliado. Um aliado é um companheiro, um amigo, um parceiro. É por isso que o Matrimônio exige a aliança. O anel no dedo é apenas o sinal visível da aliança existente entre duas pessoas que escolheram-se para serem um. Aliança envolve obediência, submissão e principalmente fidelidade!
Não existe aliança sem fidelidade. Fidelidade é uma das marcas de quem possui caráter, obediência e submissão aos compromissos que uma aliança traz consigo.
4) O que celebra o matrimônio? Por quê?
Aceitar que o matrimônio é um sacramento implica em compreendê-lo e vivê-lo em relação a Deus, no âmbito da fé. O matrimônio enquanto sacramento celebra o sinal visível do próprio amor de Deus, da Aliança de amor fiel, perene e fecundo, entre Deus e seu Povo, da união inseparável entre Cristo e a Igreja. Portanto, quem assume o matrimônio como sacramento, celebrando-o e vivendo-o na comunidade eclesial, está reconhecendo que o seu casamento é sinal do amor de Deus, da Aliança, e, portanto, assume o compromisso de amar como Deus ama. A realidade humana da aliança conjugal torna-se sacramento, sinal visível e eficaz, da Aliança que une Jesus e a Igreja, Deus e seu Povo. Assumindo a sacramentalidade do matrimônio, o casal assume o compromisso de amar “como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25).
5) O que, concretamente, se pode fazer para evitar os abusos dentro de uma celebração religiosa do matrimônio? 
Para evitar abusos com o sacramento deve-se seguir o Direito Canônico e as Normas Diocesanas, a partir dos quais se estabelece o regulamento da celebração.
6) E, sobretudo, o que fazer para que os casais assumam seus compromissos com esse sacramento?
A fé cristã tem contribuído muito para uma compreensão mais aprofundada do sentido do matrimônio, bem como, para orientar a vivência moral dos casais e das famílias. É à luz da fé que o cristão deve procurar compreender e resolver os desafios que surgem na vida a dois. A maneira de se viver a moral conjugal no dia a dia depende muito do modo como se entende o próprio casamento. À luz da fé, o casamento não é visto como um mero contrato entre um homem e uma mulher, mas acima de tudo, como um sacramento que tem a sua fundamentação em Jesus Cristo e na Tradição da Igreja. Assim sendo, precisamos compreender a moral conjugal à luz da sacramentalidade do matrimônio, isto é, o modo de se orientar os problemas de um casal dependerá bastante da visão que se tem do matrimônio enquanto sacramento.
7) Examine como foi sua preparação ao matrimônio, a partir de seus pais: foi boa, foi ruim?
Não fui preparado ao matrimônio e ainda não casei.
8) Como você acha que deve ser o namoro hoje em dia: à moda antiga? Como nas novelas?
	O namoro na atualidade deve encontrar um contraponto entre o antigo e o moderno, pois o estilo do namoro antigo tem muito em comum com o namoro dos nossos tempos: a falta de conhecimento um do outro. O namoro antigo não permitia nenhuma espécie de contato físico; a conversa entre os dois não existia, o estar só era impossível, etc – não se conheciam. O namoro moderno e avançado permite tudo: o sexo livre, o aborto, a depravação, etc – também não se conhecem como pessoas.
9) Ou existe um modo de namorar que poderia ser dito "cristão"?
	Existe a experiência acima de tudo do respeito. Olhar para Jesus Cristo, o modelo antropológico perfeito. Olhar para o testemunho de tantos casais que vivem o namoro correto e santamente. Não tenho dúvidas, os casais de namorados que viveram santamente o seu namoro viverão santamente o seu casamento. Afinal, a conquista da felicidade não se dá sem sacrifício, renúncia e entrega consciente. Onde há o amor não há a dor. “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt. 5, 8).
10) O que você acha: é certo ter uma porção de namoradas ou namorados? Por que?
	Não, pois a finalidade do namoro é o conhecimento entre o casal com vistas a um casamento. Não é possível se estabelecer vínculos concretos para esta finalidade com várias pessoas.
11) Você acha que a educação sexual que recebeu foi boa?
	Não, pois não me foi fornecida educação sexual.
12) Seus pais falam disso com você? Você fala disso com teus filhos?
	Não falam disso. Não tenho filhos.
13) O que é melhor? Aprende em casa, com os pai ou aprender na rua, muitas veze de modo errado? 
	Aprender em casa, pois a família é a base da sociedade. Conforme o Catolicismo da Igreja Católica:
“§2206 As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém sobretudo do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar "uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e também uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos".
14) Para você, o que significa educar para o amor?
Comungo da ideia de João Paulo II: “a educação para o amor como dom de si: diante de uma cultura que ‘banaliza’ em grande parte a sexualidade humana, porque a interpreta e vive de maneira limitada e empobrecida, ligando-a exclusivamente ao corpo e ao prazer egoístico, a tarefa educativa deve dirigir-se com firmeza para uma cultura sexual verdadeira e plenamente pessoal. A sexualidade, de fato, é uma riqueza da pessoa toda – corpo, sentimento e alma – manifesta o seu significado íntimo ao levar a pessoa ao dom de si no amor“.
15) Qual é, a sua opinião, a melhor maneira de se preparar para o sacramento do matrimônio?
Diante de uma realidade tão bela e ao mesmo tempo tão exigente, é preciso muita disposição, seriedade, e preparação. Entretanto, o amor que une o esposo e a esposa, não depende apenas do compromisso sincero e dos esforços do casal. O autêntico amor conjugal tem a sua fonte em Deus, que é Amor. A graça de Deus, mediada pelo sacramento do matrimônio, sustenta o compromisso de amor e fidelidade do casal, em cada momento do seu longo processo amadurecimento. O amor de Deus que é graça, dom, se faz presente de modo eficaz e não apenas simbólico, na celebração litúrgica e na vida matrimonial, sustentando e animando o casal na vivência dos compromissos matrimoniais em meio a tantos desafios. A confiança na graça de Deus é fonte de alegria e esperança para aqueles que, à luz da fé, vislumbram na aparente fragilidade do amor conjugal um sinal sensível e eficaz do próprio amor divino.
16) Quais são os compromissos dos que se casaram? Por que muitos não os assumem?
Compromissos para toda a vida, fidelidade, perdão, cura, educação, comunicação, amizade, unidade de objetivo, são apenas alguns desses valores essenciais.
Muitos não assumem por falta de maturidade e preparação.
17) O que são os matrimônios mistos?
O matrimónio misto é aquele que é celebrado entre um católico e um batizado não católico, ou seja, batizado noutra Igreja cristã.
18) Qual deve ser aatitude do cristão diante da lei do divórcio? 
O ensinamento atual da Igreja, mantendo firme o ideal bíblico do matrimônio indissolúvel, rejeita o divórcio, isto é, a dissolução do vínculo matrimonial. O matrimônio, enquanto sacramento, deve ser visto e vivido, à luz da fé, como sinal do amor de Deus que é perene, da Aliança indissolúvel de amor de Deus por seu Povo, do amor inseparável que une Cristo e Igreja. O casal é chamado a “amar como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (cf. Ef. 5,25), como Deus ama o seu Povo: de modo fiel e inseparável, sempre e para sempre.
Contudo, a Igreja tem enfatizado a necessidade de se acolher e valorizar as pessoas divorciadas, procurando superar, assim, a postura de condenação ou de exclusão em relação a elas. Um dos mais importantes documentos a respeito é a Familiaris Consortio, publicada por João Paulo II em 1981. Esta carta sobre a missão da família cristã no mundo de hoje, em sua última parte, dá orientações para o discernimento ético e para a ação pastoral diante da problemática dos separados e divorciados. As pessoas separadas ou divorciadas são chamadas a participar da vida da comunidade cristã, embora permaneça o impedimento à comunhão eucarística para pessoas divorciadas que se casaram novamente.
Assim afirma o Papa a respeito dos divorciados recasados: “Juntamente com o Sínodo, exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, procurando com caridade solícita, que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto batizados, participar da sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança” (Familiaris Consortio, nº 84).
19) O que significa "planejar responsavelmente a família"?
O planejamento familiar é expressão de fecundidade responsável, isto é, de transmissão responsável da vida; é sinal de responsabilidade e de amor do casal. Nas últimas décadas, divulgou-se bastante a expressão paternidade responsável. Embora alguns considerem preferível falar em transmissão responsável da vida ou em fecundidade responsável, é correto utilizar a expressão paternidade responsável, que é bastante difundida, desde que seja bem compreendida. Ao utilizar a expressão paternidade responsável, é necessário destacar o papel indispensável de ambos, pai e mãe.
O que não se deve fazer é utilizar a expressão controle de natalidade como sinônimo de planejamento familiar, pois este é muito mais do que mero controle de natalidade. Controle de natalidade, como dá a entender a própria expressão, tem como objetivo impedir novos nascimentos baseando-se, sobretudo, na eficácia dos métodos e designando geralmente programas de redução da população motivados por critérios políticos e econômicos. O planejamento familiar, segundo a própria expressão, implica no planejamento consciente da vida familiar, por parte do casal, em relação à geração e educação dos filhos, de modo responsável. Por isso, o planejamento familiar não é motivado por critérios predominantemente técnicos de eficiência dos métodos, ou por critérios políticos e econômicos, mas pelo critério cristão da transmissão responsável da vida.
A atitude cristã de transmissão responsável da vida levará o casal a acolher um filho, com amor generoso e responsável, em caso de falhas dos métodos. Deste modo, a abertura à vida permaneceria quando se recorre a métodos de planejamento familiar, evitando abortos ou qualquer outra forma de rejeição de uma nova vida, enfim, impedindo que um filho seja gerado apenas pela falha de um método e não gerado e acolhido pelo amor dos pais.

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