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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO AGRESTE/CE JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, apresentar sua RESPOSTA PRELIMINAR, com fundamento no artigo 514 do CPP pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DOS FATOS Sr. José Percival da Silva vulgo “zé da farmácia” ocupa o cargo de presidente da câmara dos vereadores do município de Agreste – CE. No dia 04 de fevereiro de 2018, foi trabalhar na câmara dos vereadores em que é presidente. Estava ocorrendo uma sessão da comissão de finanças e contratos. Sendo que foi surpreendido por policiais que faziam uma operação de investigação em crimes de corrupção, que o levaram para delegacia onde foi lavrado AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE pela prática do delito de corrupção passiva, previsto no artigo 317, do Código Penal. No dia 05 de fevereiro de 2018 o paciente foi apresentado em audiência de custódia. Onde mesmo ausentes quaisquer relação de autoria do paciente no delito em que foi acusado, o MM. Juiz, acatando o pedido do Ministério Público de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA do paciente, nos termos do art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I, todos do CPP, com fundamento de garantia da ordem pública, e tendo em vista a gravidade e a repercussão do crime. Organização criminosa e associação criminosa – 11. Pena e ação penal. O crime de associação criminosa consiste no fato de "associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes" (CP, art. 288, caput). A redação original do art. 288 do Código Penal tipificava o crime de quadrilha ou bando. Art. 317/CP “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.” DO DIREITO 1) Inépcia da denúncia – Falta de individualização da conduta – art. 395, I do CPP PRELIMINARMENTE, verifica-se a inépcia da denúncia, pois, ao não especificar adequação típica da participação do Acusado em relação aos delitos constantes na denúncia, pormenorizando e subordinando sua conduta ao tipo penal, inviabilizou-se o correto e necessário exercício defensivo do mesmo. 2) Falta de justa causa – Ausência de indícios suficientes de autoria do réu para ambos os crimes – art. 395, III do CPP. Deve a petição inicial trazer elementos probatórios mínimos que justifiquem a admissão do processo. Caso esses elementos sejam insuficientes para justificar a abertura de um processo, o juiz deverá rejeitar a Acusação. Tudo conforme prevê o artigo 395, III do CPP. PENAL/PROCESSUAL PENAL. ART. 395, III, DO CPP. DENÚNCIA. NÃO RECEBIMENTO. JUSTA CAUSA. AUSÊNCIA. REJEIÇÃO MANTIDA. I- Não é suficiente que a inicial apresentada pelo Ministério Público Federal seja formalmente íntegra e apta a extrair a acusação formulada, tornando viável o exercício da defesa. II- Ainda que a denúncia aponte os fatos clara e minuciosamente e contenha todas as circunstâncias dos fatos imputados aos réus, o que equivale afirmar que os elementos do art. 41, do CPP são identificáveis, deve se verificar a justa causa para fundamentar o início da ação penal e, consequentemente, a atividade acusatória estatal. Processo RSE 3035 SP 0003035-49.2008.4.03.6181 Orgão Julgador SEGUNDA TURMA Julgamento 31 de Janeiro de 2012 Relator DESEMBARGADORA FEDERAL CECILIA MELLO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso ministerial para manter a rejeição da denúncia, na forma do art. 395, inciso, III, do Código de Processo Penal, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. DESEMBARGADORA FEDERAL CECILIA MELLO 3) Em relação ao crime do artigo 288, especificamente, deve-se sustentar a falta de indícios de materialidade, uma vez que não há a prática de mais de um crime. DO PEDIDO INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 288 DO CPC - QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL - RECIBO NÃO JUNTADO - POSSIBILIDADE DE POSTULAR EM JUÍZO SUA COMPLEMENTAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE DE PREVALÊNCIA DE RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS- PRINCÍPIO DA HIERÁRQUIA DAS NORMAS - VALOR DA INDENIZAÇAO FIXADO EM LEI - VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO - POSSIBILIDADE - CORREÇÃO MONETÁRIA - A PARTIR DA DATA DO PAGAMENTO PARCIAL - JUROS DE MORA - TERMO INICIAL A PARTIR DA CITAÇÃO Processo AC 3231958 PR 0323195-8 Orgão Julgador 10ª Câmara Cível Publicação 7108 Julgamento 16 de Fevereiro de 2006 Relator Arquelau Araujo Ribas · Requer-se rejeição da presente denúncia, nos termos do artigo 395, I e III do CPP. xxx, 2 de maio de 2018. Assinatura, OAB/__nº__ e endereço