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articulação do punho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA 
 RADIOLOGIA 
 
 
 
 
ARTICULAÇÃO DO PUNHO 
 
 
 
 
Andrezza Soares Dias 
David Sam Pessoa de Menezes 
Dayane Géssica Gomes Guimarães 
Erick Barbosa Sousa de Oliveira 
Isabella Cristina Machado Granja 
Maria Gabriela Alves Brito 
Merlayne Pâmela de Oliveira e Silva 
 
 
João Pessoa/PB 
Outubro/2017 
 
 
Andrezza Soares Dias – Matr. 11508810 
David Sam Pessoa de Menezes – Matr. 11511490 
Dayane Géssica Gomes Guimarães – Matr. 11508865 
Erick Barbosa Sousa de Oliveira – Matr. 11508850 
Isabella Cristina Machado Granja – Matr. 11504824 
Maria Gabriela Alves Brito – Matr. 11500375 
Merlayne Pâmela de Oliveira e Silva – Matr. 11414383 
 
 
 
 
ARTICULAÇÃO DO PUNHO 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profa. Mariana Muniz Nunes 
 
 
 
 
João Pessoa/PB 
Outubro/2017 
Trabalho apresentado como critério avaliativo 
à disciplina optativa de Radiologia do 5º 
período do curso de graduação em Fisioterapia 
da Universidade Federal da Paraíba. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6 
2 ANATOMIA DO PUNHO ............................................................................... 7 
 2.1 Ossos........... ............................................................................................ 7 
 2.1.1 Extremidade Distal do Rádio............ ..................................................... 7 
 2.1.2 Extremidade Distal da Ulna............ ....................................................... 8 
 2.1.3 Ossos do Carpo............ ........................................................................ 8 
 2.1.4 Base dos Metacarpais............ ............................................................. 10 
 2.2 Músculos............ .................................................................................... 10 
 2.2.1 Músculo Flexor Radial do Carpo............ ............................................. 10 
 2.2.2 Músculo Palmar Longo............ ............................................................ 11 
 2.2.3 Músculo Flexor Ulnar do Carpo............ ............................................... 11 
 2.2.4 Músculo Extensor Radial Longo do Carpo............ .............................. 11 
2.2.5 Músculo Extensor Radial Curto do Carpo............ ................................ 11 
2.2.6 Músculo Extensor Ulnar do Carpo........................................................ 12 
2.3 Ligamentos............ .................................................................................. 12 
2.3.1 Ligamento Radiocárpico Palmar............ .............................................. 13 
2.3.2 Ligamento Radiocárpico Dorsal............ ............................................... 13 
2.3.3 Ligamento Colateral Ulnar............ ........................................................ 13 
2.3.4 Ligamento Colateral Radial............ ...................................................... 13 
 2.4 Nervos............ ......................................................................................... 13 
2.4.1 Nervo Mediano............ ......................................................................... 13 
2.4.2 Nervo Ulnar............ .............................................................................. 14 
2.4.3 Nervo Radial............ ............................................................................ 15 
3 RADIOLOGIA DO PUNHO ......................................................................... 15 
3.1 Incidência PA de Punho .......................................................................... 15 
3.2 Incidência Lateral de Punho............ ........................................................ 17 
3.3 Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar .................................... 17 
3.4 Incidência PA de Punho – Flexão Radial............ .................................... 18 
3.5 Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo – Túnel do Carpo............19 
3.6 Incidência Tangencial do Carpo – Ponte do Carpo ................................. 20 
4 FRATURAS DO PUNHO ............................................................................ 21 
4.1 Quem são as pessoas afetadas? ............................................................ 22 
 
 
4.2 Quais são os sintomas da fratura do punho?............ .............................. 22 
4.3 Diagnóstico da fratura do punho ............................................................. 23 
4.4 Tipos de fraturas do punho............ ......................................................... 23 
4.4.1 Fratura de Colles............ ...................................................................... 23 
4.4.2 Fratura de Smith................................................................................... 24 
4.4.3 Fraturas Distais do Rádio............ ......................................................... 24 
4.4.4 Fratura do Escafóide............ ................................................................ 27 
4.5 Tratamento............ .................................................................................. 28 
4.5.1 Condutas Fisioterapêuticas............ ...................................................... 30 
4.5.1.1 Condutas para Tratamento Conservador............ .............................. 30 
4.5.1.2 Condutas para Tratamento Cirúrgico............ .................................... 30 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 32 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 – Movimentos do punho .................................................................. 6 
FIGURA 2 – Vista anterior da articulação do punho ......................................... 7 
FIGURA 3 – Extremidade distal do rádio ......................................................... 7 
FIGURA 4 – Extremidade distal da ulna ........................................................... 8 
FIGURA 5 – Ossos do carpo proximal em vermelho e distal em verde ............. 8 
FIGURA 6 – Fileira proximal: escafoide (vermelho), semilunar (verde), piramidal 
(azul), pisiforme (rosa) ....................................................................................... 9 
FIGURA 7 – Fileira proximal: trapézio (vermelho), trapezóide (verde), capitato 
(azul), hamato (rosa) .......................................................................................... 9 
FIGURA 8 – Base dos metacarpais ............................................................... 10 
FIGURA 9 – Músculos responsáveis pela flexão do punho ............................. 11 
FIGURA 10 – Músculos responsáveis pela extensão do punho ....................... 12 
FIGURA 11 – 1-Ligamento Radiocárpico Palmar; 2-Ligamento Radiocárpico 
Dorsal; 3-Ligamento Colateral Ulnar; 4-Ligamento Colateral Radial ................ 12 
FIGURA 12 – Nervo mediano e ulnar ............................................................... 14 
FIGURA 13 – Nervo radial ............................................................................... 15 
FIGURA 14 – Incidência PA de Punho ............................................................. 16 
FIGURA 15 – Incidência PA Oblíqua – Rotação Lateral de Punho .................. 16 
FIGURA 16 – Incidência Lateral de Punho ...................................................... 17 
FIGURA17 – Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar ...................... 18 
FIGURA 18 – Incidência PA de Punho – Flexão Radial ................................... 19 
FIGURA 19 – Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo ........................ 20 
FIGURA 20 – Incidência Tangencial do Carpo................................................. 21 
FIGURA 20 – Incidência Tangencial do Carpo................................................. 21 
FIGURA 21 – Fratura de Colles. Uma fratura tipo Colles ocorre quando a 
extremidade fraturada do rádio se desvia para cima ........................................ 25 
FIGURA 22 – Fraturas distais do rádio ............................................................ 26 
FIGURA 23 – Radiografia de um punho normal. As setas brancas indicam uma 
fratura distal do rádio ........................................................................................ 26 
FIGURA 24 – Uma placa e alguns parafusos mantêm os fragmentos quebrados 
na posição correta até a consolidação ........................................................... 26 
FIGURA 25 – Fratura do escafóide .................................................................. 28 
FIGURA 26– TC tridimensional do punho fraturado - vista medial ................... 29 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A região do punho é composta pelas articulações radiocarpal e 
intercarpal. Grande parte dos movimentos do punho ocorre na articulação 
radiocarpal (um tipo condilóide de articulação sinovial, em que o rádio se 
articula com os ossos escafóide, semilunar e piramidal). Essa articulação 
possibilita movimentos no plano sagital (flexão, extensão e hiperextensão), 
frontal (abdução/desvio radial e adução/desvio ulnar). Existe também um 
movimento que é resultado da rotação da mão ao longo de todas as quatro 
direções, circundução. 
 
 
FIGURA 1. Movimentos do punho. 
 
 A ulna não participa diretamente da articulação radiocarpal. Um disco 
cartilaginoso separa a cabeça da ulna dos ossos semilunar, piramidal e rádio. 
Esse disco articular é comum às articulações radiocarpal e radioulnar distal, 
porém ambas articulações possuem cápsulas articulares independentes. O 
punho é envolvido por retináculos, faixas fibrosas resistentes, onde o retináculo 
flexor protege os tendões flexores extrínsecos e o nervo mediano na medida 
em que eles cruzam o punho na sua face palmar. Já o retináculo extensor 
promove uma via para a passagem dos tendões extensores extrínsecos, na 
face dorsal do punho. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2. Vista anterior da articulação punho. 
 
2 ANATOMIA DO PUNHO 
2.1 Ossos 
 A extremidade distal do rádio e da ulna, juntamente com os ossos do 
carpo e base dos metacarpais, formam o esqueleto ósseo do punho. 
2.1.1 Extremidade Distal do Rádio 
 Incisura Ulnar – Face articular para a ulna. 
 Incisura Cárpica – É côncava, lisa e articula-se com o osso 
escafóide e semilunar. 
 Processo Estiloide – Projeção cônica. 
 
FIGURA 3. Extremidade distal do rádio. 
8 
 
2.1.2 Extremidade Distal da Ulna 
 Cabeça da Ulna – Eminência articular arredondada localizada 
lateralmente. 
 Processo Estiloide – Localizado mais medialmente e é mais 
saliente (não articular). 
 
FIGURA 4. Extremidade distal da ulna. 
 
2.1.3 Ossos do carpo 
 São oito ossos distribuídos em duas fileiras: Proximal e Distal. 
 
FIGURA 5. Ossos do carpo proximal em vermelho e distal em verde. 
9 
 
 Fileira Proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. 
 
FIGURA 6. Fileira proximal: escafoide (vermelho), semilunar (verde), piramidal (azul), pisiforme (rosa). 
 Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato. 
 
FIGURA 7. Fileira proximal: trapézio (vermelho), trapezóide (verde), capitato (azul), hamato (rosa). 
 
 
 
10 
 
2.1.4 Base dos Metacarpais 
 Os ossos do metacarpo são 5, esses são numerados no sentido 
látero-medial em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. 
Considerados ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, 
uma diáfise (corpo) e uma epífise distal 
 
FIGURA 8. Base dos metacarpais. 
 
2.2 Músculos 
 Os movimentos do punho são de flexão, extensão, abdução e 
adução. Os músculos responsáveis pela flexão do punho são: flexor ulnar do 
carpo, flexor radial do carpo e palmar longo; os músculos responsáveis pela 
extensão são: extensores radiais longo e curto do carpo e extensor ulnar do 
carpo; os músculos responsáveis pela abdução são: flexor radial do carpo, 
extensores radiais longo e curto do carpo; e para o movimento de adução, os 
músculos responsáveis são: flexor ulnar do carpo e extensor ulnar do carpo. 
2.2.1 Músculo Flexor Radial do Carpo 
 Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere na base do 
segundo metacarpo, inervado pelo nervo mediano. 
11 
 
2.2.2 Músculo Palmar Longo 
 Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere na aponeurose 
palmar, é um flexor auxiliar do úmero, inervado pelo nervo mediano. 
 
2.2.3 Músculo Flexor Ulnar do Carpo 
 Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere no osso 
pisiforme, inervado pelo nervo ulnar. 
 
FIGURA 9. Músculos responsáveis pela flexão do punho. 
2.2.4 Músculo Extensor Radial Longo do Carpo 
 Tem origem na crista supracondilar lateral do úmero, se insere na 
base do segundo metacarpo, inervado pelo nervo radial. 
 
2.2.5 Músculo Extensor Radial Curto do Carpo 
 Tem origem no epicôndilo lateral do úmero, se insere na base do 
terceiro metacarpo, inervado pelo nervo radial. 
12 
 
2.2.6 Músculo Extensor Ulnar do Carpo 
 Tem origem no epicôndilo lateral do úmero, se insere na base do 
quinto metacarpo, inervado pelo nervo radial. 
 
 
FIGURA 10. Músculos responsáveis pela extensão do punho. 
2.3 Ligamentos 
 
 
FIGURA 11. 1-Ligamento Radiocárpico Palmar; 2-Ligamento Radiocárpico Dorsal; 3-
Ligamento Colateral Ulnar; 4-Ligamento Colateral Radial. 
 
13 
 
2.3.1 Ligamento Radiocárpico Palmar 
 É um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da 
extremidade distal do rádio, no seu processo estiloide e na face palmar da 
extremidade distal da ulna. Suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se 
nos ossos escafoide, semilunar e piramidal. 
 
2.3.2 Ligamento Radiocárpico Dorsal 
 É menos espesso e resistente que o palmar. Sua inserção proximal é 
na borda posterior da extremidade distal do rádio. Suas fibras são dirigidas 
obliquamente no sentido distal e ulnar e fixam-se nos ossos escafoide, 
semilunar e piramidal. 
 
2.3.3 Ligamento Colateral Ulnar 
 É um cordão arredondado inserido proximalmente na extremidade do 
processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e pisiforme. 
 
2.3.4 Ligamento Colateral Radial 
 Estende-se do ápice do processo estiloide do rádio para o lado radial 
do escafoide. 
 
2.4 Nervos 
 No punho como um todo, o componente neural é formado por três 
diferentes nervos que vão inervar a mão: o nervo radial, o nervo ulnar e o nervo 
mediano; sendo este último o de maior notoriedade devido a sua posição 
anatômica. 
 
2.4.1 Nervo Mediano 
14 
 
 O nervo mediano inerva a parte anterior da mão, os três primeiros 
dedos, sendo o responsável pela maioria dos movimentos executados pela 
mão. Na região do terço distal do antebraço, o nervo mediano torna-se 
superficial, situando-seentre o músculo flexor radial do carpo e o tendão do 
músculo palmar longo. O nervo mediano penetra na mão através do túnel do 
carpo, que é um estreito canal formado por ossos e aponeurose ligamentar 
localizado na superfície palmar do punho, entre as regiões tenar e hipotenar, e 
que se estende desde a prega flexora do punho até a borda distal da eminência 
tenar. Tendo o nervo essa situação, é ele quem sofre com a síndrome do túnel 
do carpo, que acontece geralmente quando existe algum processo inflamatório 
ou irritativo que diminui ou obstrui esse túnel. Isso faz com que o nervo seja 
comprimido e o indivíduo tenha sintomas de déficit sensitivo e motor. 
 
 
FIGURA 12. Nervo mediano e ulnar. 
 
2.4.2 Nervo Ulnar 
 
 O nervo ulnar se situa na parte mais medial da mão e é responsável 
pela inervação dos músculos dessa região, que vão atuar na parte medial do 
antebraço, mão e no quarto e quinto dedos da mão executando movimentos de 
oponência do dedo mínimo e completando os movimentos de preensão. Pode 
sofrer com síndromes de compressão assim como o nervo mediano, porém 
tem uma incidência muito menor e, geralmente, as deficiências deste nervo 
estão relacionadas com desordens ou traumas em nível do túnel cubital. 
 
15 
 
2.4.3 Nervo Radial 
 O nervo radial por sua vez inerva a parte posterior da mão, sendo 
responsável principalmente pelos movimentos de extensão da mão e de todos 
os dedos. Bem como os outros dois nervos, este também inerva músculos do 
antebraço, ele tem ramificações profundas e superficiais que inervam toda a 
região posterior entre cotovelo e as falanges distais. O sinal mais comum de 
adoecimento deste nervo é a incapacidade de estender o punho, comumente 
chamada de “mão caída”. 
 
FIGURA 13. Nervo radial. 
 
 
3 RADIOLOGIA DO PUNHO 
3.1 Incidência PA de Punho 
 Demonstram-se fraturas da porção distal do rádio ou da ulna, fraturas 
isoladas dos estilóides radial e ulnar, assim como fraturas dos ossos do carpo 
individuais. 
 Condução do exame: 
 Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. 
16 
 
 Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo - que estará fletido 
em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e com o eixo 
maior do receptor de imagem. 
 Centralizar o punho em PA sobre o receptor de imagem. 
 Feixe central: deve coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir entre os processos estiloides do rádio e ulna. 
 Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. 
 Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de radio e ulna. 
 Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 14. Incidência PA de Punho. 
 
 
FIGURA 15. Incidência PA Obliqua – Rotação Lateral de Punho. 
17 
 
 
3.2 Incidência Lateral de Punho 
 Condução do exame: 
 Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. 
 Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo - que estará 
fletido em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e 
com o eixo maior do receptor de imagem. 
 Centralizar o punho em lateral sobre o receptor de imagem. 
 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir sobre o processo estiloide do rádio. 
 Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. 
 Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. 
 Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 16. Incidência Lateral de Punho. 
 
3.3 Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar 
18 
 
 A incidência com flexão ulnar demonstra fraturas no escafoide. Essa é 
uma incidência que não pode ser realizada em caso de suspeita de 
traumatismo da região do punho. 
 Condução do exame: 
 Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. 
 Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo que estará 
fletido em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e 
com o eixo maior do receptor de imagem. 
 Sem mover o antebraço o usuário deve mover a mão em direção 
à ulna, o máximo possível. 
 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir em direção ao escafoide. 
 Feixes de Raios X: axiais (10º a 15º) no sentido proximal. 
 Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. 
 Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 17. Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar. 
 
3.4 Incidência PA de Punho – Flexão Radial 
 A incidência com flexão radial demonstra fraturas dos ossos do carpo 
como o semilunar, piramidal, o pisiforme e o hamato. Essa é uma incidência 
que não pode ser realizada em caso de suspeita de traumatismo da região do 
punho. 
19 
 
 Condução do exame: 
 Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. 
 Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo que estará 
fletido em 90°- e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e 
com o eixo maior do receptor de imagem. 
 Sem mover o antebraço o usuário deve mover a mão em direção 
ao rádio, o máximo possível. 
 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir no centro do punho. 
 Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. 
 Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. 
 Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 18. Incidência PA de Punho – Flexão Radial. 
 
3.5 Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo – Túnel do Carpo 
 Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de 
suspeita de traumatismo da região do punho. 
 Condução do exame: 
 Usuário deve estar sentado em uma cadeira na borda da mesa, 
com a mão sobre o receptor de imagem, inicialmente com a 
palma da mão para baixo. 
 Posicionar e centralizar o punho sobre o receptor de imagem. 
20 
 
 Sem mover o antebraço o usuário deve fazer uma dorsiflexão da 
mão, o máximo possível, mantendo o alinhamento em relação ao 
receptor de imagem. 
 Girar a mão e o punho em direção ao rádio, cerca de 10º. 
 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir 3 cm distal à base do terceiro metacarpo. 
 Feixes de Raios X: axiais ao eixo longitudinal da mão, em 25º a 
30º. 
 Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. 
 Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 19. Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo. 
 
3.6 Incidência Tangencial do Carpo – Ponte do carpo 
 Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de 
suspeita de traumatismo da região do punho. 
 Condução do exame: 
 Usuário em ortostase na borda da mesa, com o dorso da mão 
sobre o receptor de imagem. 
 Centralizar os ossos do carpo sobre o receptor de imagem. 
 O usuário deve fletir o punho até que mão e antebraço formem 
um ângulo próximo a 90º, mantendo o alinhamento em relação ao 
receptor de imagem. 
21 
 
 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e 
incidir 3,5 cm proximal ao carpo. 
 Feixes de Raios X: axiais, de modo que o ângulo entre os feixes e 
o antebraço seja de 45º, tangenciando o carpo. 
 Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, 
proximais de metacarpo e distal de radio e ulna. 
 Distância foco-receptorde imagem: 1 metro. 
 
FIGURA 20. Incidência Tangencial do Carpo. 
 
4 FRATURAS DO PUNHO 
 A fratura do punho é a ruptura de pelo menos um osso do antebraço 
na parte mais perto da mão (distal). O punho é formado pela parte terminal dos 
ossos do antebraço: rádio e ulna, além disso existem 8 ossos pequenos que 
conectam o antebraço com a mão: escafoide, lunato, piramidal, pisiforme, 
trapézio, trapezóide, capitato e hamato. Os 4 ossos proximais (mais próximo do 
antebraço) articulam-se com o rádio e ulna, os outros 4 formam a articulação 
com os ossos da mão, do primeiro ao quinto metacarpo. 
 A fratura mais comum do punho é a do rádio distal (osso que se 
estende pela parte lateral do antebraço e vai do cotovelo até o punho). Esse 
tipo de fratura representa, aproximadamente, um sexto de todas aquelas do 
corpo humano e geralmente ocorre em quedas nas quais há impacto no punho. 
A maior incidência é em mulheres na fase de pós-menopausa. 
 “Observamos um grande número de casos de fraturas de punho em 
mulheres na faixa etária de 50 a 65 anos, o que comprova a relação dessa 
22 
 
fratura com a osteoporose”, diz o Dr. Edgard de Novaes França Bisneto, 
ortopedista e traumatologista do Núcleo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia 
Reconstrutiva do Hospital Sírio-Libanês. Segundo o ortopedista, a taxa de 
ocorrência de osteoporose no Brasil varia de 0,4% da população em mulheres 
em fase de pré-menopausa até 40% em mulheres com mais de 70 anos de 
idade. 
 O mecanismo clássico de fratura de punho é a queda sobre a mão 
estendida. Se a fratura ocorre na mão direita e o paciente é destro, esta ruptura 
é mais grave e causa grande deficiência em relação à lesão da mão esquerda. 
Um fragmento de osso pode danificar os nervos radial, ulnar e mediano, que 
passam através do pulso, podendo também causar uma lesão nas artérias e 
veias da mão. 
 
4.1 Quem são as pessoas afetadas? 
 É uma fratura muito comum, especialmente em mulheres idosas 
na menopausa. É rara em jovens e em crianças, ocorre durante uma lesão 
desportiva: esqui, ciclismo, motocross, futebol etc. As crianças também podem 
ter uma fratura de galho verde, ou seja, quebra apenas uma parte do osso, 
mas a membrana externa (periósteo) permanece intacta. A osteoporose é uma 
doença que afeta quase todas as mulheres na menopausa e é caracterizada 
por uma menor densidade de cálcio nos ossos que são mais fracos. 
 
4.2 Quais são os sintomas da fratura do punho? 
 Na fase aguda, os sintomas são inchaço e forte dor, o punho provoca 
dores muito intensas. Muitas vezes, uma simples contusão se confunde com 
uma fratura porque o paciente “pula”, mesmo com um pequeno movimento 
passivo da mão. Na fase pós-aguda, os sintomas são dor forte durante o 
movimento, na pressão e ao apertar os objetos com a mão. Se também houver 
lesões dos vasos sanguíneos, nervos ou ligamentos podem existir sintomas 
mais graves como hemorragia ou paresia. 
 As fraturas mais estáveis precisam de menos radiografias de controle, 
geralmente se faz quando se retira o gesso. Se a fratura não pode ser reduzida 
a um nível aceitável ou se é gravemente instável e corre o risco de permanecer 
23 
 
desviada, também se é imobilizada com o gesso, o médico pode recomendar a 
cirurgia para reduzir e estabilizar os fragmentos da fratura. Essa cirurgia é 
realizada sob anestesia local. 
 
4.3 Diagnóstico da fratura do punho 
 O diagnóstico da fratura de punho é feito por meio de exame clínico e 
raios X. Geralmente, o paciente apresenta dor, inchaço e, eventualmente, 
deformidade no local. É importante lembrar que a radiografia pode não mostrar 
a lesão óssea o dia do trauma, é melhor esperar dois dias. 
 
4.4 Tipos de fratura do punho 
4.4.1 Fratura de Colles 
 Esta lesão se caracteriza por uma fratura da extremidade distal do 
rádio com desvio do sentido dorsal e radial. É um tipo de fratura comum em 
mulheres idosas, principalmente com osteoporose, que sofrem algum tipo de 
choque direto. 
 No exame visual, deve-se observar se há deformidades, hematoma, 
equimose, hiperemia, tipo de fratura e desvio. Já no exame físico, deve-se 
verificar com cuidado a parte anterior, posterior, lateral e medial do cotovelo. 
 O diagnóstico laboratorial é feito através de exame radiológico (de 
frente e de perfil). Como formas de tratamento, temos o tratamento cirúrgico 
através da osteossíntese e redução cruenta, além da fisioterapia depois de 10 
a 30 dias. 
 Complicações: 
 Consolidação viciosa: por causa da subluxação da articulação 
radioulnar distal; 
 Rigidez articular: devido à ruptura do tendão extensor longo do 
polegar; 
 Síndrome do túnel do carpo: Compressão do túnel do carpo; 
24 
 
 Mão em garra: A deformidade pode ocorrer se a fisioterapia não 
entrar em ação, o mais rápido possível. 
 
4.4.2 Fratura de Smith 
 Trata-se de uma fratura da extremidade inferior do rádio com 
deslocamento palmar do fragmento radial distal e deslocamento da articulação 
radiocubital distal. A fratura é provocada por uma queda no dorso do punho 
fletido. A hiperextensão forçada causa a maioria das fraturas do pulso. 
 No exame visual deve-se observar o deslocamento da articulação. E 
no exame físico, verificar com cuidado a parte anterior, posterior, lateral e 
medial. 
 O diagnóstico laboratorial é feito através de exame radiológico (de 
frente e de perfil). Nas formas de tratamento, tem-se o tratamento cirúrgico 
através da osteossíntese e redução cruenta. 
Complicações: Rigidez articular. 
 
4.4.3 Fraturas distais do rádio 
 O rádio é o maior dos dois ossos que formam o antebraço. A 
extremidade no sentido do punho é chamada de extremidade distal. Fraturas 
do rádio distal ocorrem quando a área do rádio próxima ao punho se quebra. 
 As fraturas distais do rádio são muito comuns. Na verdade, o rádio é o 
osso do membro superior fraturado com mais frequência. As fraturas distais do 
rádio ocorrem quase sempre a cerca de 2,5 cm da extremidade do osso. 
Contudo, podem ocorrer de várias formas diferentes. 
 Uma das fraturas distais do rádio mais comuns é a fratura de Colles, 
em que o fragmento fraturado do rádio desvia-se para cima. Essa fratura foi 
descrita pela primeira vez em 1814 pelo cirurgião e anatomista irlandês 
Abraham Colles - por isso o nome, fratura de Colles. Outras maneiras de que o 
rádio pode fraturar-se incluem: 
 Fratura intra-articular. Fraturas que se estendem à articulação 
do punho. ("Articular" refere-se a "articulação"). 
25 
 
 Fratura extra articular. Fraturas que não se estendem à 
articulação são chamadas de fraturas extra articulares. 
 Fratura aberta. Quando um osso fraturado rompe a pele, a 
fratura é chamada de fratura exposta. Esses tipos de fraturas 
precisam de atenção médica imediata por causa do risco de 
infecção. 
 Fratura cominutiva. Quando um osso é quebrado em mais de 
dois pedaços, a fratura é chamada de fratura cominutiva. 
 
 
FIGURA 21 . Fratura de Colles. Uma fratura tipo Colles ocorre quando a extremidade fraturada do rádio 
se desvia para cima. 
 
 É importante classificar o tipo de fratura, porque algumas fraturas são 
mais difíceis de tratar que outras. As fraturas intra-articulares, as fraturas 
expostas, as fraturas cominutivas e as fraturas desviadas (quando os pedaços 
do osso quebrado se desalinham), por exemplo, são mais difíceis de tratar. Às 
vezes, o outro osso do antebraço (a ulna)também é quebrado. Essa fratura é 
chamada de fratura distal da ulna. 
 
26 
 
 
FIGURA 22. Fraturas distais do rádio. 
 
 
 
FIGURA 23. Radiografia de um punho normal. As setas brancas indicam uma fratura distal do rádio. 
27 
 
 
FIGURA 24. Uma placa e alguns parafusos mantêm os fragmentos quebrados na posição correta até a 
consolidação. 
 
4.4.4 Fratura do escafóide 
 A fratura do escafóide é a ruptura de um osso do pulso localizado entre 
o rádio (osso do antebraço) e o polegar. O escafoide tem dimensões reduzidas 
e uma forma irregular semelhante ao feijão. Para compreender exatamente a 
posição deste ossinho, é suficiente dilatar os dedos da mão, entre o polegar e o 
antebraço se vê sobressair dois cordões fibrosos com um poço central 
(Tabaqueira anatômica), dentro desta área está localizado o escafóide. 
 O escafóide é o osso do carpo mas sujeito a fraturas porque em caso 
de queda é o primeiro que apoia a terra e se encontra numa posição na qual 
convergem muitas forças externas. Cerca de 90% das lesões ósseas do pulso 
são de responsabilidade do osso escafoide que é fundamental para a 
estabilidade e a dinâmica da mão, enquanto os outros 7 ossinhos do carpo são 
atingidos raramente por lesões. Os mais afetados são jovens e adultos, 
especialmente aqueles que executam trabalhos manuais e os atletas. 
 O perigo desta fratura é que se não é tratada adequadamente, pode 
ocorrer uma condição denominada pseudoartrose. As consequências (o 
efeitos) poderão permanecer por um longo tempo, incluindo dor, instabilidade, 
perda de força, mobilidade e uma alteração da dinâmica da mão. As lesões 
mais perigosas são expostas e acompanhadas da luxação do osso. A da 
28 
 
fratura do escafoide é complicada porque este osso é cercado por cartilagem 
em quase toda a superfície, o tecido de cartilagem é pouco vascularizado, 
chegando assim poucas substâncias (nutrientes) para formar o calo ósseo. O 
trauma também pode danificar os nervos, as artérias e os ligamentos, 
especialmente o ligamento interósseo escafo-lunar. 
 
FIGURA 25. Fratura do escafóide. 
 A sintomatologia da fratura do escafoide inclui dor intensa e inchaço no 
pulso na depressão entre o rádio e o polegar. Os movimentos do pulso são 
limitados, até mesmo a mobilidade do polegar torna-se muito chata. As 
atividades da vida diária são muito reduzidas a causa das dificuldades 
encontradas em fazer um punho, para rodar a mão (abrir uma maçaneta, 
despejar água de uma garrafa, etc.), levantar objetos. 
 O teste clínico principal é a compressão axial do polegar ao pulso, se 
provoca dor severa é positivo. É fundamental lembrar que executando a 
radiografia no mesmo dia em que ocorreu o trauma, é possível não ver a linha 
de fratura, por isso é melhor esperar dois ou três dias. 
 A radiografia deve ser realizada com diferentes projeções: 
 Póstero-anterior com o pulso em desvio ulnar ou posição neutra; 
 Lateral; 
 Semi-pronação ou Semi-supinação a 45°. 
29 
 
 Nem todas as fraturas são visíveis das chapas radiográficas, assim 
muitas vezes se realiza uma tomografia computadorizada que pode mostrar as 
micro fraturas ou uma ressonância magnética que não é o exame mais 
adequado para avaliar os ossos, mas pode mostrar um pequeno edema no 
escafoide típico de uma lesão. Em última análise, se o médico o considera 
necessário, pode proceder com uma cintilografia óssea. 
 
4.5 Tratamento 
 Em um paciente da terceira idade, os ossos mais frágeis se quebram 
em pedaços maiores e há um desvio maior entre os fragmentos. A baixa 
qualidade óssea ocasionada pela osteoporose torna mais difícil o tratamento. 
Geralmente, este é feito pelo método convencional, com imobilização com 
gesso por aproximadamente dois meses. Porém, nos últimos anos, a cirurgia 
tem sido uma opção. Mas a indicação deve obedecer a alguns critérios, como 
tipo de fratura, nível de fragmentação do osso e quadro clínico do paciente. 
 “Temos visto uma mudança de paradigmas em relação à indicação 
cirúrgica em pacientes da terceira idade. Hoje, eles podem passar pela cirurgia 
independentemente da idade em que se encontram”, explica o Dr. França 
Bisneto. Na cirurgia podem ser utilizadas técnicas como o uso de fios de 
Kirschner (fios metálicos), fixadores externos ou, mais recentemente, de placas 
volares com estabilidade angular. Os fragmentos da fratura são estabilizados 
por pinos fixados às placas, que têm, em média, 15 cm. 
 As placas têm sido muito usadas por estabilizarem adequadamente as 
fraturas em idosos, permitindo reabilitação precoce. A grande vantagem da 
cirurgia em relação à imobilização é a qualidade da recuperação e o retorno 
mais rápido às atividades diárias. Uma semana depois da cirurgia o paciente já 
pode iniciar os exercícios de reabilitação e não é necessário utilizar gesso. A 
fisioterapia é indicada para ganho de mobilidade e redução de inchaço do local. 
Após a cirurgia, o paciente utiliza uma órtese de plástico que pode ser retirada, 
por exemplo, na hora do banho. A órtese é um dispositivo utilizado 
externamente e que tem como função a imobilização do membro afetado. 
30 
 
 Para aliviar a dor, você também pode usar outras terapias 
instrumentais tais como o tratamento com Laser ou o T.E.C.R. ® (transferência 
de energia capacitiva e resistiva). Caso o inchaço permaneça por muito tempo 
após a lesão, este pode ser reduzido com banhos de contraste em casa, 
colocando o pulso em uma bacia de água fria e depois em água morna. É 
importante que entre as 2 bacias exista cerca de 10° de diferença. 
 
FIGURA 26. TC tridimensional do punho fraturado, vista medial. 
4.5.1 Condutas Fisioterapêuticas 
 Quando a radiografia mostra a calcificação da fratura, você deve iniciar 
a fisioterapia; em particular para punho, cotovelo e a mão porque os 
movimentos são muito finos e precisos. Quando os senhores idosos retiram o 
gesso, sentem muita dor pelo menos na primeira semana. Os músculos do 
antebraço e da mão tornam-se fracos, portanto devemos fortalecer com 
exercícios isométricos (contração na ausência de movimento) e em seguida 
levantar pesos ou objetos. 
 A recuperação do movimento é conseguida por meio de exercícios que 
envolvem os dedos da mão, pulso e antebraço, em particular devemos insistir 
em: 
31 
 
 A pinça entre o polegar e outros dedos (oposição do polegar); 
 Pronação do antebraço (despejar água da garrafa); 
 Supinação do cotovelo (girando a maçaneta da porta). 
 As possíveis consequências e sequelas da fratura do pulso são: 
 Consolidação incorreta (sem alinhamento adequado) que no caso de 
fratura exposta provoca a limitação funcional; 
 A osteoporose pós-traumática dos ossos do punho e mão ou doença 
de Sudeck. 
4.5.1.1 Condutas para Tratamento Conservador 
 Reabilitação imediata a uma semana: exercício de ADM para 
cotovelo e ombro ativo e passivo; 
 Duas semanas: exercício de ADM para dedos, cotovelo e ombro 
ativo e passivo; 
 Quatro a seis semanas: exercícios leves de ADM para toda 
extremidade, exercícios isométricos para deltoide, bíceps e tríceps; 
 Seis a oito semanas: exercícios de ADM ativa e passiva para toda 
extremidade, exercícios de fortalecimento. 
4.5.1.2 Condutas para Tratamento Cirúrgico 
 Reabilitação imediata a uma semana: exercício de ADM para dedos, 
cotovelo e ombro ativo e passivo; 
 Duas semanas: exercícios leves ativos para toda extremidade; 
 Quatro a seis semanas: exercícios leves ativos para todaextremidade, exercício de ADM para dedos, cotovelo e ombro ativo e 
passivo (incluindo pronação/supinação), exercícios isométricos para 
deltoide, bíceps e tríceps. Observação: não é permitido levantamento 
de objetos pesados ou sustentação de peso; 
 Seis a oito semanas: exercícios de ADM ativa e passiva para toda 
extremidade, exercícios de fortalecimento. 
 
32 
 
CONCLUSÃO 
 A radiologia tem uma ampla área para diagnosticar inúmeras 
patologias e não é diferente sua importância nas imagens da articulação do 
punho. Sendo de suma importância identificar ou comprovar possíveis lesões 
nessa articulação e assim poder tratar de forma adequada para que o paciente 
tenha menos riscos de adquirir deformidades ou perda de função, uma vez que 
além dessa articulação ser muito importante para vários movimentos, por ela 
passam músculos e ligamentos que vão atuar na mão, e assim identificar 
possíveis problemas na articulação do punho pode evitar danos no seguimento 
da mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
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Editora Manole, 5ª ed. São Paulo, 2005. 
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 6ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
HALL, Susan J. Biomecânica básica. 5 ª.ed. Barueri, SP: Manole, 2009. 
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https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-
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Estruturas anatômicas e ligamentos da articulação rádio carpal. Disponível em: 
Disponível em: https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Estruturas-
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http://healthlifemedia.com/healthy/pt/sprained-wrist-diagnosis-symptoms-
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http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-osso/fratura-cominutiva/fratura-do-
punho/. Acesso 16 de outubro de 2017. 
Sua saúde. Disponível em: https://hospitalsiriolibanes.org.br/sua-
saude/Paginas/fratura-punho-mulheres-relacionada-osteoporose.aspx. Acesso 
16 de outubro de 2017. 
Ortho Info. Disponível em: http://orthoinfo.aaos.org/topic.cfm?topic=A00753. 
Acesso 16 de outubro de 2017. 
Portal da Educação. Disponível em: 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/fratura-de-
colles/24689. Acesso 16 de outubro de 2017.

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