Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA RADIOLOGIA ARTICULAÇÃO DO PUNHO Andrezza Soares Dias David Sam Pessoa de Menezes Dayane Géssica Gomes Guimarães Erick Barbosa Sousa de Oliveira Isabella Cristina Machado Granja Maria Gabriela Alves Brito Merlayne Pâmela de Oliveira e Silva João Pessoa/PB Outubro/2017 Andrezza Soares Dias – Matr. 11508810 David Sam Pessoa de Menezes – Matr. 11511490 Dayane Géssica Gomes Guimarães – Matr. 11508865 Erick Barbosa Sousa de Oliveira – Matr. 11508850 Isabella Cristina Machado Granja – Matr. 11504824 Maria Gabriela Alves Brito – Matr. 11500375 Merlayne Pâmela de Oliveira e Silva – Matr. 11414383 ARTICULAÇÃO DO PUNHO Orientadora: Profa. Mariana Muniz Nunes João Pessoa/PB Outubro/2017 Trabalho apresentado como critério avaliativo à disciplina optativa de Radiologia do 5º período do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6 2 ANATOMIA DO PUNHO ............................................................................... 7 2.1 Ossos........... ............................................................................................ 7 2.1.1 Extremidade Distal do Rádio............ ..................................................... 7 2.1.2 Extremidade Distal da Ulna............ ....................................................... 8 2.1.3 Ossos do Carpo............ ........................................................................ 8 2.1.4 Base dos Metacarpais............ ............................................................. 10 2.2 Músculos............ .................................................................................... 10 2.2.1 Músculo Flexor Radial do Carpo............ ............................................. 10 2.2.2 Músculo Palmar Longo............ ............................................................ 11 2.2.3 Músculo Flexor Ulnar do Carpo............ ............................................... 11 2.2.4 Músculo Extensor Radial Longo do Carpo............ .............................. 11 2.2.5 Músculo Extensor Radial Curto do Carpo............ ................................ 11 2.2.6 Músculo Extensor Ulnar do Carpo........................................................ 12 2.3 Ligamentos............ .................................................................................. 12 2.3.1 Ligamento Radiocárpico Palmar............ .............................................. 13 2.3.2 Ligamento Radiocárpico Dorsal............ ............................................... 13 2.3.3 Ligamento Colateral Ulnar............ ........................................................ 13 2.3.4 Ligamento Colateral Radial............ ...................................................... 13 2.4 Nervos............ ......................................................................................... 13 2.4.1 Nervo Mediano............ ......................................................................... 13 2.4.2 Nervo Ulnar............ .............................................................................. 14 2.4.3 Nervo Radial............ ............................................................................ 15 3 RADIOLOGIA DO PUNHO ......................................................................... 15 3.1 Incidência PA de Punho .......................................................................... 15 3.2 Incidência Lateral de Punho............ ........................................................ 17 3.3 Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar .................................... 17 3.4 Incidência PA de Punho – Flexão Radial............ .................................... 18 3.5 Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo – Túnel do Carpo............19 3.6 Incidência Tangencial do Carpo – Ponte do Carpo ................................. 20 4 FRATURAS DO PUNHO ............................................................................ 21 4.1 Quem são as pessoas afetadas? ............................................................ 22 4.2 Quais são os sintomas da fratura do punho?............ .............................. 22 4.3 Diagnóstico da fratura do punho ............................................................. 23 4.4 Tipos de fraturas do punho............ ......................................................... 23 4.4.1 Fratura de Colles............ ...................................................................... 23 4.4.2 Fratura de Smith................................................................................... 24 4.4.3 Fraturas Distais do Rádio............ ......................................................... 24 4.4.4 Fratura do Escafóide............ ................................................................ 27 4.5 Tratamento............ .................................................................................. 28 4.5.1 Condutas Fisioterapêuticas............ ...................................................... 30 4.5.1.1 Condutas para Tratamento Conservador............ .............................. 30 4.5.1.2 Condutas para Tratamento Cirúrgico............ .................................... 30 CONCLUSÃO .................................................................................................. 32 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 33 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – Movimentos do punho .................................................................. 6 FIGURA 2 – Vista anterior da articulação do punho ......................................... 7 FIGURA 3 – Extremidade distal do rádio ......................................................... 7 FIGURA 4 – Extremidade distal da ulna ........................................................... 8 FIGURA 5 – Ossos do carpo proximal em vermelho e distal em verde ............. 8 FIGURA 6 – Fileira proximal: escafoide (vermelho), semilunar (verde), piramidal (azul), pisiforme (rosa) ....................................................................................... 9 FIGURA 7 – Fileira proximal: trapézio (vermelho), trapezóide (verde), capitato (azul), hamato (rosa) .......................................................................................... 9 FIGURA 8 – Base dos metacarpais ............................................................... 10 FIGURA 9 – Músculos responsáveis pela flexão do punho ............................. 11 FIGURA 10 – Músculos responsáveis pela extensão do punho ....................... 12 FIGURA 11 – 1-Ligamento Radiocárpico Palmar; 2-Ligamento Radiocárpico Dorsal; 3-Ligamento Colateral Ulnar; 4-Ligamento Colateral Radial ................ 12 FIGURA 12 – Nervo mediano e ulnar ............................................................... 14 FIGURA 13 – Nervo radial ............................................................................... 15 FIGURA 14 – Incidência PA de Punho ............................................................. 16 FIGURA 15 – Incidência PA Oblíqua – Rotação Lateral de Punho .................. 16 FIGURA 16 – Incidência Lateral de Punho ...................................................... 17 FIGURA17 – Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar ...................... 18 FIGURA 18 – Incidência PA de Punho – Flexão Radial ................................... 19 FIGURA 19 – Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo ........................ 20 FIGURA 20 – Incidência Tangencial do Carpo................................................. 21 FIGURA 20 – Incidência Tangencial do Carpo................................................. 21 FIGURA 21 – Fratura de Colles. Uma fratura tipo Colles ocorre quando a extremidade fraturada do rádio se desvia para cima ........................................ 25 FIGURA 22 – Fraturas distais do rádio ............................................................ 26 FIGURA 23 – Radiografia de um punho normal. As setas brancas indicam uma fratura distal do rádio ........................................................................................ 26 FIGURA 24 – Uma placa e alguns parafusos mantêm os fragmentos quebrados na posição correta até a consolidação ........................................................... 26 FIGURA 25 – Fratura do escafóide .................................................................. 28 FIGURA 26– TC tridimensional do punho fraturado - vista medial ................... 29 6 1 INTRODUÇÃO A região do punho é composta pelas articulações radiocarpal e intercarpal. Grande parte dos movimentos do punho ocorre na articulação radiocarpal (um tipo condilóide de articulação sinovial, em que o rádio se articula com os ossos escafóide, semilunar e piramidal). Essa articulação possibilita movimentos no plano sagital (flexão, extensão e hiperextensão), frontal (abdução/desvio radial e adução/desvio ulnar). Existe também um movimento que é resultado da rotação da mão ao longo de todas as quatro direções, circundução. FIGURA 1. Movimentos do punho. A ulna não participa diretamente da articulação radiocarpal. Um disco cartilaginoso separa a cabeça da ulna dos ossos semilunar, piramidal e rádio. Esse disco articular é comum às articulações radiocarpal e radioulnar distal, porém ambas articulações possuem cápsulas articulares independentes. O punho é envolvido por retináculos, faixas fibrosas resistentes, onde o retináculo flexor protege os tendões flexores extrínsecos e o nervo mediano na medida em que eles cruzam o punho na sua face palmar. Já o retináculo extensor promove uma via para a passagem dos tendões extensores extrínsecos, na face dorsal do punho. 7 FIGURA 2. Vista anterior da articulação punho. 2 ANATOMIA DO PUNHO 2.1 Ossos A extremidade distal do rádio e da ulna, juntamente com os ossos do carpo e base dos metacarpais, formam o esqueleto ósseo do punho. 2.1.1 Extremidade Distal do Rádio Incisura Ulnar – Face articular para a ulna. Incisura Cárpica – É côncava, lisa e articula-se com o osso escafóide e semilunar. Processo Estiloide – Projeção cônica. FIGURA 3. Extremidade distal do rádio. 8 2.1.2 Extremidade Distal da Ulna Cabeça da Ulna – Eminência articular arredondada localizada lateralmente. Processo Estiloide – Localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular). FIGURA 4. Extremidade distal da ulna. 2.1.3 Ossos do carpo São oito ossos distribuídos em duas fileiras: Proximal e Distal. FIGURA 5. Ossos do carpo proximal em vermelho e distal em verde. 9 Fileira Proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. FIGURA 6. Fileira proximal: escafoide (vermelho), semilunar (verde), piramidal (azul), pisiforme (rosa). Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato. FIGURA 7. Fileira proximal: trapézio (vermelho), trapezóide (verde), capitato (azul), hamato (rosa). 10 2.1.4 Base dos Metacarpais Os ossos do metacarpo são 5, esses são numerados no sentido látero-medial em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal FIGURA 8. Base dos metacarpais. 2.2 Músculos Os movimentos do punho são de flexão, extensão, abdução e adução. Os músculos responsáveis pela flexão do punho são: flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo e palmar longo; os músculos responsáveis pela extensão são: extensores radiais longo e curto do carpo e extensor ulnar do carpo; os músculos responsáveis pela abdução são: flexor radial do carpo, extensores radiais longo e curto do carpo; e para o movimento de adução, os músculos responsáveis são: flexor ulnar do carpo e extensor ulnar do carpo. 2.2.1 Músculo Flexor Radial do Carpo Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere na base do segundo metacarpo, inervado pelo nervo mediano. 11 2.2.2 Músculo Palmar Longo Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere na aponeurose palmar, é um flexor auxiliar do úmero, inervado pelo nervo mediano. 2.2.3 Músculo Flexor Ulnar do Carpo Tem origem no epicôndilo medial do úmero, se insere no osso pisiforme, inervado pelo nervo ulnar. FIGURA 9. Músculos responsáveis pela flexão do punho. 2.2.4 Músculo Extensor Radial Longo do Carpo Tem origem na crista supracondilar lateral do úmero, se insere na base do segundo metacarpo, inervado pelo nervo radial. 2.2.5 Músculo Extensor Radial Curto do Carpo Tem origem no epicôndilo lateral do úmero, se insere na base do terceiro metacarpo, inervado pelo nervo radial. 12 2.2.6 Músculo Extensor Ulnar do Carpo Tem origem no epicôndilo lateral do úmero, se insere na base do quinto metacarpo, inervado pelo nervo radial. FIGURA 10. Músculos responsáveis pela extensão do punho. 2.3 Ligamentos FIGURA 11. 1-Ligamento Radiocárpico Palmar; 2-Ligamento Radiocárpico Dorsal; 3- Ligamento Colateral Ulnar; 4-Ligamento Colateral Radial. 13 2.3.1 Ligamento Radiocárpico Palmar É um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da extremidade distal do rádio, no seu processo estiloide e na face palmar da extremidade distal da ulna. Suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal. 2.3.2 Ligamento Radiocárpico Dorsal É menos espesso e resistente que o palmar. Sua inserção proximal é na borda posterior da extremidade distal do rádio. Suas fibras são dirigidas obliquamente no sentido distal e ulnar e fixam-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal. 2.3.3 Ligamento Colateral Ulnar É um cordão arredondado inserido proximalmente na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e pisiforme. 2.3.4 Ligamento Colateral Radial Estende-se do ápice do processo estiloide do rádio para o lado radial do escafoide. 2.4 Nervos No punho como um todo, o componente neural é formado por três diferentes nervos que vão inervar a mão: o nervo radial, o nervo ulnar e o nervo mediano; sendo este último o de maior notoriedade devido a sua posição anatômica. 2.4.1 Nervo Mediano 14 O nervo mediano inerva a parte anterior da mão, os três primeiros dedos, sendo o responsável pela maioria dos movimentos executados pela mão. Na região do terço distal do antebraço, o nervo mediano torna-se superficial, situando-seentre o músculo flexor radial do carpo e o tendão do músculo palmar longo. O nervo mediano penetra na mão através do túnel do carpo, que é um estreito canal formado por ossos e aponeurose ligamentar localizado na superfície palmar do punho, entre as regiões tenar e hipotenar, e que se estende desde a prega flexora do punho até a borda distal da eminência tenar. Tendo o nervo essa situação, é ele quem sofre com a síndrome do túnel do carpo, que acontece geralmente quando existe algum processo inflamatório ou irritativo que diminui ou obstrui esse túnel. Isso faz com que o nervo seja comprimido e o indivíduo tenha sintomas de déficit sensitivo e motor. FIGURA 12. Nervo mediano e ulnar. 2.4.2 Nervo Ulnar O nervo ulnar se situa na parte mais medial da mão e é responsável pela inervação dos músculos dessa região, que vão atuar na parte medial do antebraço, mão e no quarto e quinto dedos da mão executando movimentos de oponência do dedo mínimo e completando os movimentos de preensão. Pode sofrer com síndromes de compressão assim como o nervo mediano, porém tem uma incidência muito menor e, geralmente, as deficiências deste nervo estão relacionadas com desordens ou traumas em nível do túnel cubital. 15 2.4.3 Nervo Radial O nervo radial por sua vez inerva a parte posterior da mão, sendo responsável principalmente pelos movimentos de extensão da mão e de todos os dedos. Bem como os outros dois nervos, este também inerva músculos do antebraço, ele tem ramificações profundas e superficiais que inervam toda a região posterior entre cotovelo e as falanges distais. O sinal mais comum de adoecimento deste nervo é a incapacidade de estender o punho, comumente chamada de “mão caída”. FIGURA 13. Nervo radial. 3 RADIOLOGIA DO PUNHO 3.1 Incidência PA de Punho Demonstram-se fraturas da porção distal do rádio ou da ulna, fraturas isoladas dos estilóides radial e ulnar, assim como fraturas dos ossos do carpo individuais. Condução do exame: Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. 16 Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo - que estará fletido em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e com o eixo maior do receptor de imagem. Centralizar o punho em PA sobre o receptor de imagem. Feixe central: deve coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir entre os processos estiloides do rádio e ulna. Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de radio e ulna. Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. FIGURA 14. Incidência PA de Punho. FIGURA 15. Incidência PA Obliqua – Rotação Lateral de Punho. 17 3.2 Incidência Lateral de Punho Condução do exame: Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo - que estará fletido em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e com o eixo maior do receptor de imagem. Centralizar o punho em lateral sobre o receptor de imagem. Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir sobre o processo estiloide do rádio. Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. FIGURA 16. Incidência Lateral de Punho. 3.3 Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar 18 A incidência com flexão ulnar demonstra fraturas no escafoide. Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de suspeita de traumatismo da região do punho. Condução do exame: Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo que estará fletido em 90° e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e com o eixo maior do receptor de imagem. Sem mover o antebraço o usuário deve mover a mão em direção à ulna, o máximo possível. Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir em direção ao escafoide. Feixes de Raios X: axiais (10º a 15º) no sentido proximal. Colimar a região a ser radiografada, incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. FIGURA 17. Incidência PA Axial de Escafóide – Flexão Ulnar. 3.4 Incidência PA de Punho – Flexão Radial A incidência com flexão radial demonstra fraturas dos ossos do carpo como o semilunar, piramidal, o pisiforme e o hamato. Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de suspeita de traumatismo da região do punho. 19 Condução do exame: Usuário sentado em uma cadeira na borda da mesa. Manter o paralelismo entre mão, punho e cotovelo que estará fletido em 90°- e ombro, todos alinhados em um mesmo plano e com o eixo maior do receptor de imagem. Sem mover o antebraço o usuário deve mover a mão em direção ao rádio, o máximo possível. Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir no centro do punho. Feixes de Raios X: perpendiculares ao receptor de imagem. Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. FIGURA 18. Incidência PA de Punho – Flexão Radial. 3.5 Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo – Túnel do Carpo Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de suspeita de traumatismo da região do punho. Condução do exame: Usuário deve estar sentado em uma cadeira na borda da mesa, com a mão sobre o receptor de imagem, inicialmente com a palma da mão para baixo. Posicionar e centralizar o punho sobre o receptor de imagem. 20 Sem mover o antebraço o usuário deve fazer uma dorsiflexão da mão, o máximo possível, mantendo o alinhamento em relação ao receptor de imagem. Girar a mão e o punho em direção ao rádio, cerca de 10º. Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir 3 cm distal à base do terceiro metacarpo. Feixes de Raios X: axiais ao eixo longitudinal da mão, em 25º a 30º. Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de rádio e ulna. Distância foco-receptor de imagem: 1 metro. FIGURA 19. Incidência Ínfero Superior Tangencial do Carpo. 3.6 Incidência Tangencial do Carpo – Ponte do carpo Essa é uma incidência que não pode ser realizada em caso de suspeita de traumatismo da região do punho. Condução do exame: Usuário em ortostase na borda da mesa, com o dorso da mão sobre o receptor de imagem. Centralizar os ossos do carpo sobre o receptor de imagem. O usuário deve fletir o punho até que mão e antebraço formem um ângulo próximo a 90º, mantendo o alinhamento em relação ao receptor de imagem. 21 Feixe central: coincidir com o centro do receptor de imagem e incidir 3,5 cm proximal ao carpo. Feixes de Raios X: axiais, de modo que o ângulo entre os feixes e o antebraço seja de 45º, tangenciando o carpo. Colimar a região a ser radiografada incluindo todo o punho, proximais de metacarpo e distal de radio e ulna. Distância foco-receptorde imagem: 1 metro. FIGURA 20. Incidência Tangencial do Carpo. 4 FRATURAS DO PUNHO A fratura do punho é a ruptura de pelo menos um osso do antebraço na parte mais perto da mão (distal). O punho é formado pela parte terminal dos ossos do antebraço: rádio e ulna, além disso existem 8 ossos pequenos que conectam o antebraço com a mão: escafoide, lunato, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato. Os 4 ossos proximais (mais próximo do antebraço) articulam-se com o rádio e ulna, os outros 4 formam a articulação com os ossos da mão, do primeiro ao quinto metacarpo. A fratura mais comum do punho é a do rádio distal (osso que se estende pela parte lateral do antebraço e vai do cotovelo até o punho). Esse tipo de fratura representa, aproximadamente, um sexto de todas aquelas do corpo humano e geralmente ocorre em quedas nas quais há impacto no punho. A maior incidência é em mulheres na fase de pós-menopausa. “Observamos um grande número de casos de fraturas de punho em mulheres na faixa etária de 50 a 65 anos, o que comprova a relação dessa 22 fratura com a osteoporose”, diz o Dr. Edgard de Novaes França Bisneto, ortopedista e traumatologista do Núcleo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva do Hospital Sírio-Libanês. Segundo o ortopedista, a taxa de ocorrência de osteoporose no Brasil varia de 0,4% da população em mulheres em fase de pré-menopausa até 40% em mulheres com mais de 70 anos de idade. O mecanismo clássico de fratura de punho é a queda sobre a mão estendida. Se a fratura ocorre na mão direita e o paciente é destro, esta ruptura é mais grave e causa grande deficiência em relação à lesão da mão esquerda. Um fragmento de osso pode danificar os nervos radial, ulnar e mediano, que passam através do pulso, podendo também causar uma lesão nas artérias e veias da mão. 4.1 Quem são as pessoas afetadas? É uma fratura muito comum, especialmente em mulheres idosas na menopausa. É rara em jovens e em crianças, ocorre durante uma lesão desportiva: esqui, ciclismo, motocross, futebol etc. As crianças também podem ter uma fratura de galho verde, ou seja, quebra apenas uma parte do osso, mas a membrana externa (periósteo) permanece intacta. A osteoporose é uma doença que afeta quase todas as mulheres na menopausa e é caracterizada por uma menor densidade de cálcio nos ossos que são mais fracos. 4.2 Quais são os sintomas da fratura do punho? Na fase aguda, os sintomas são inchaço e forte dor, o punho provoca dores muito intensas. Muitas vezes, uma simples contusão se confunde com uma fratura porque o paciente “pula”, mesmo com um pequeno movimento passivo da mão. Na fase pós-aguda, os sintomas são dor forte durante o movimento, na pressão e ao apertar os objetos com a mão. Se também houver lesões dos vasos sanguíneos, nervos ou ligamentos podem existir sintomas mais graves como hemorragia ou paresia. As fraturas mais estáveis precisam de menos radiografias de controle, geralmente se faz quando se retira o gesso. Se a fratura não pode ser reduzida a um nível aceitável ou se é gravemente instável e corre o risco de permanecer 23 desviada, também se é imobilizada com o gesso, o médico pode recomendar a cirurgia para reduzir e estabilizar os fragmentos da fratura. Essa cirurgia é realizada sob anestesia local. 4.3 Diagnóstico da fratura do punho O diagnóstico da fratura de punho é feito por meio de exame clínico e raios X. Geralmente, o paciente apresenta dor, inchaço e, eventualmente, deformidade no local. É importante lembrar que a radiografia pode não mostrar a lesão óssea o dia do trauma, é melhor esperar dois dias. 4.4 Tipos de fratura do punho 4.4.1 Fratura de Colles Esta lesão se caracteriza por uma fratura da extremidade distal do rádio com desvio do sentido dorsal e radial. É um tipo de fratura comum em mulheres idosas, principalmente com osteoporose, que sofrem algum tipo de choque direto. No exame visual, deve-se observar se há deformidades, hematoma, equimose, hiperemia, tipo de fratura e desvio. Já no exame físico, deve-se verificar com cuidado a parte anterior, posterior, lateral e medial do cotovelo. O diagnóstico laboratorial é feito através de exame radiológico (de frente e de perfil). Como formas de tratamento, temos o tratamento cirúrgico através da osteossíntese e redução cruenta, além da fisioterapia depois de 10 a 30 dias. Complicações: Consolidação viciosa: por causa da subluxação da articulação radioulnar distal; Rigidez articular: devido à ruptura do tendão extensor longo do polegar; Síndrome do túnel do carpo: Compressão do túnel do carpo; 24 Mão em garra: A deformidade pode ocorrer se a fisioterapia não entrar em ação, o mais rápido possível. 4.4.2 Fratura de Smith Trata-se de uma fratura da extremidade inferior do rádio com deslocamento palmar do fragmento radial distal e deslocamento da articulação radiocubital distal. A fratura é provocada por uma queda no dorso do punho fletido. A hiperextensão forçada causa a maioria das fraturas do pulso. No exame visual deve-se observar o deslocamento da articulação. E no exame físico, verificar com cuidado a parte anterior, posterior, lateral e medial. O diagnóstico laboratorial é feito através de exame radiológico (de frente e de perfil). Nas formas de tratamento, tem-se o tratamento cirúrgico através da osteossíntese e redução cruenta. Complicações: Rigidez articular. 4.4.3 Fraturas distais do rádio O rádio é o maior dos dois ossos que formam o antebraço. A extremidade no sentido do punho é chamada de extremidade distal. Fraturas do rádio distal ocorrem quando a área do rádio próxima ao punho se quebra. As fraturas distais do rádio são muito comuns. Na verdade, o rádio é o osso do membro superior fraturado com mais frequência. As fraturas distais do rádio ocorrem quase sempre a cerca de 2,5 cm da extremidade do osso. Contudo, podem ocorrer de várias formas diferentes. Uma das fraturas distais do rádio mais comuns é a fratura de Colles, em que o fragmento fraturado do rádio desvia-se para cima. Essa fratura foi descrita pela primeira vez em 1814 pelo cirurgião e anatomista irlandês Abraham Colles - por isso o nome, fratura de Colles. Outras maneiras de que o rádio pode fraturar-se incluem: Fratura intra-articular. Fraturas que se estendem à articulação do punho. ("Articular" refere-se a "articulação"). 25 Fratura extra articular. Fraturas que não se estendem à articulação são chamadas de fraturas extra articulares. Fratura aberta. Quando um osso fraturado rompe a pele, a fratura é chamada de fratura exposta. Esses tipos de fraturas precisam de atenção médica imediata por causa do risco de infecção. Fratura cominutiva. Quando um osso é quebrado em mais de dois pedaços, a fratura é chamada de fratura cominutiva. FIGURA 21 . Fratura de Colles. Uma fratura tipo Colles ocorre quando a extremidade fraturada do rádio se desvia para cima. É importante classificar o tipo de fratura, porque algumas fraturas são mais difíceis de tratar que outras. As fraturas intra-articulares, as fraturas expostas, as fraturas cominutivas e as fraturas desviadas (quando os pedaços do osso quebrado se desalinham), por exemplo, são mais difíceis de tratar. Às vezes, o outro osso do antebraço (a ulna)também é quebrado. Essa fratura é chamada de fratura distal da ulna. 26 FIGURA 22. Fraturas distais do rádio. FIGURA 23. Radiografia de um punho normal. As setas brancas indicam uma fratura distal do rádio. 27 FIGURA 24. Uma placa e alguns parafusos mantêm os fragmentos quebrados na posição correta até a consolidação. 4.4.4 Fratura do escafóide A fratura do escafóide é a ruptura de um osso do pulso localizado entre o rádio (osso do antebraço) e o polegar. O escafoide tem dimensões reduzidas e uma forma irregular semelhante ao feijão. Para compreender exatamente a posição deste ossinho, é suficiente dilatar os dedos da mão, entre o polegar e o antebraço se vê sobressair dois cordões fibrosos com um poço central (Tabaqueira anatômica), dentro desta área está localizado o escafóide. O escafóide é o osso do carpo mas sujeito a fraturas porque em caso de queda é o primeiro que apoia a terra e se encontra numa posição na qual convergem muitas forças externas. Cerca de 90% das lesões ósseas do pulso são de responsabilidade do osso escafoide que é fundamental para a estabilidade e a dinâmica da mão, enquanto os outros 7 ossinhos do carpo são atingidos raramente por lesões. Os mais afetados são jovens e adultos, especialmente aqueles que executam trabalhos manuais e os atletas. O perigo desta fratura é que se não é tratada adequadamente, pode ocorrer uma condição denominada pseudoartrose. As consequências (o efeitos) poderão permanecer por um longo tempo, incluindo dor, instabilidade, perda de força, mobilidade e uma alteração da dinâmica da mão. As lesões mais perigosas são expostas e acompanhadas da luxação do osso. A da 28 fratura do escafoide é complicada porque este osso é cercado por cartilagem em quase toda a superfície, o tecido de cartilagem é pouco vascularizado, chegando assim poucas substâncias (nutrientes) para formar o calo ósseo. O trauma também pode danificar os nervos, as artérias e os ligamentos, especialmente o ligamento interósseo escafo-lunar. FIGURA 25. Fratura do escafóide. A sintomatologia da fratura do escafoide inclui dor intensa e inchaço no pulso na depressão entre o rádio e o polegar. Os movimentos do pulso são limitados, até mesmo a mobilidade do polegar torna-se muito chata. As atividades da vida diária são muito reduzidas a causa das dificuldades encontradas em fazer um punho, para rodar a mão (abrir uma maçaneta, despejar água de uma garrafa, etc.), levantar objetos. O teste clínico principal é a compressão axial do polegar ao pulso, se provoca dor severa é positivo. É fundamental lembrar que executando a radiografia no mesmo dia em que ocorreu o trauma, é possível não ver a linha de fratura, por isso é melhor esperar dois ou três dias. A radiografia deve ser realizada com diferentes projeções: Póstero-anterior com o pulso em desvio ulnar ou posição neutra; Lateral; Semi-pronação ou Semi-supinação a 45°. 29 Nem todas as fraturas são visíveis das chapas radiográficas, assim muitas vezes se realiza uma tomografia computadorizada que pode mostrar as micro fraturas ou uma ressonância magnética que não é o exame mais adequado para avaliar os ossos, mas pode mostrar um pequeno edema no escafoide típico de uma lesão. Em última análise, se o médico o considera necessário, pode proceder com uma cintilografia óssea. 4.5 Tratamento Em um paciente da terceira idade, os ossos mais frágeis se quebram em pedaços maiores e há um desvio maior entre os fragmentos. A baixa qualidade óssea ocasionada pela osteoporose torna mais difícil o tratamento. Geralmente, este é feito pelo método convencional, com imobilização com gesso por aproximadamente dois meses. Porém, nos últimos anos, a cirurgia tem sido uma opção. Mas a indicação deve obedecer a alguns critérios, como tipo de fratura, nível de fragmentação do osso e quadro clínico do paciente. “Temos visto uma mudança de paradigmas em relação à indicação cirúrgica em pacientes da terceira idade. Hoje, eles podem passar pela cirurgia independentemente da idade em que se encontram”, explica o Dr. França Bisneto. Na cirurgia podem ser utilizadas técnicas como o uso de fios de Kirschner (fios metálicos), fixadores externos ou, mais recentemente, de placas volares com estabilidade angular. Os fragmentos da fratura são estabilizados por pinos fixados às placas, que têm, em média, 15 cm. As placas têm sido muito usadas por estabilizarem adequadamente as fraturas em idosos, permitindo reabilitação precoce. A grande vantagem da cirurgia em relação à imobilização é a qualidade da recuperação e o retorno mais rápido às atividades diárias. Uma semana depois da cirurgia o paciente já pode iniciar os exercícios de reabilitação e não é necessário utilizar gesso. A fisioterapia é indicada para ganho de mobilidade e redução de inchaço do local. Após a cirurgia, o paciente utiliza uma órtese de plástico que pode ser retirada, por exemplo, na hora do banho. A órtese é um dispositivo utilizado externamente e que tem como função a imobilização do membro afetado. 30 Para aliviar a dor, você também pode usar outras terapias instrumentais tais como o tratamento com Laser ou o T.E.C.R. ® (transferência de energia capacitiva e resistiva). Caso o inchaço permaneça por muito tempo após a lesão, este pode ser reduzido com banhos de contraste em casa, colocando o pulso em uma bacia de água fria e depois em água morna. É importante que entre as 2 bacias exista cerca de 10° de diferença. FIGURA 26. TC tridimensional do punho fraturado, vista medial. 4.5.1 Condutas Fisioterapêuticas Quando a radiografia mostra a calcificação da fratura, você deve iniciar a fisioterapia; em particular para punho, cotovelo e a mão porque os movimentos são muito finos e precisos. Quando os senhores idosos retiram o gesso, sentem muita dor pelo menos na primeira semana. Os músculos do antebraço e da mão tornam-se fracos, portanto devemos fortalecer com exercícios isométricos (contração na ausência de movimento) e em seguida levantar pesos ou objetos. A recuperação do movimento é conseguida por meio de exercícios que envolvem os dedos da mão, pulso e antebraço, em particular devemos insistir em: 31 A pinça entre o polegar e outros dedos (oposição do polegar); Pronação do antebraço (despejar água da garrafa); Supinação do cotovelo (girando a maçaneta da porta). As possíveis consequências e sequelas da fratura do pulso são: Consolidação incorreta (sem alinhamento adequado) que no caso de fratura exposta provoca a limitação funcional; A osteoporose pós-traumática dos ossos do punho e mão ou doença de Sudeck. 4.5.1.1 Condutas para Tratamento Conservador Reabilitação imediata a uma semana: exercício de ADM para cotovelo e ombro ativo e passivo; Duas semanas: exercício de ADM para dedos, cotovelo e ombro ativo e passivo; Quatro a seis semanas: exercícios leves de ADM para toda extremidade, exercícios isométricos para deltoide, bíceps e tríceps; Seis a oito semanas: exercícios de ADM ativa e passiva para toda extremidade, exercícios de fortalecimento. 4.5.1.2 Condutas para Tratamento Cirúrgico Reabilitação imediata a uma semana: exercício de ADM para dedos, cotovelo e ombro ativo e passivo; Duas semanas: exercícios leves ativos para toda extremidade; Quatro a seis semanas: exercícios leves ativos para todaextremidade, exercício de ADM para dedos, cotovelo e ombro ativo e passivo (incluindo pronação/supinação), exercícios isométricos para deltoide, bíceps e tríceps. Observação: não é permitido levantamento de objetos pesados ou sustentação de peso; Seis a oito semanas: exercícios de ADM ativa e passiva para toda extremidade, exercícios de fortalecimento. 32 CONCLUSÃO A radiologia tem uma ampla área para diagnosticar inúmeras patologias e não é diferente sua importância nas imagens da articulação do punho. Sendo de suma importância identificar ou comprovar possíveis lesões nessa articulação e assim poder tratar de forma adequada para que o paciente tenha menos riscos de adquirir deformidades ou perda de função, uma vez que além dessa articulação ser muito importante para vários movimentos, por ela passam músculos e ligamentos que vão atuar na mão, e assim identificar possíveis problemas na articulação do punho pode evitar danos no seguimento da mão. 33 REFERÊNCIAS KISNER, C.; COLBY, L.A.; Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. Editora Manole, 5ª ed. São Paulo, 2005. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. HALL, Susan J. Biomecânica básica. 5 ª.ed. Barueri, SP: Manole, 2009. Articulação do punho. Disponível em: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema- articular/diartroses/punho/. Acesso 16 de outubro de 2017. Estruturas anatômicas e ligamentos da articulação rádio carpal. Disponível em: Disponível em: https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Estruturas- anatomicas/Ligamento-radiocarpal-dorsal. Acesso 16 de outubro de 2017. Saúde Mídia Viva. Disponível em: http://healthlifemedia.com/healthy/pt/sprained-wrist-diagnosis-symptoms- treatments/. Acesso 16 de outubro de 2017. Fisioterapia para todos. Disponível em: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-osso/fratura-cominutiva/fratura-do- punho/. Acesso 16 de outubro de 2017. Sua saúde. Disponível em: https://hospitalsiriolibanes.org.br/sua- saude/Paginas/fratura-punho-mulheres-relacionada-osteoporose.aspx. Acesso 16 de outubro de 2017. Ortho Info. Disponível em: http://orthoinfo.aaos.org/topic.cfm?topic=A00753. Acesso 16 de outubro de 2017. Portal da Educação. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/fratura-de- colles/24689. Acesso 16 de outubro de 2017.
Compartilhar