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Direito do Consumo

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Direito do Consumo – 
→ Caos contemporâneo – Ricardo Luiz Lorenzeti/STF Argentino:
a) enfraquecimento das fronteiras entre as esferas do público e do privado.
b) pluralidade de fontes.
c) proliferação de conceitos jurídicos indeterminados;
d) existência de um sistema aberto, sendo possível uma extensa variação de julgamentos;
e) mudanças constantes de posições, inclusive legislativas;
f) necessidade de adequação das fontes umas às outras;
→ O CDC enquadra-se perfeitamente em tal realidade pós-moderna: 
1- Traz como conteúdo questões de Direito Privado e de Direito Público.
2- Por encerrar vários conceitos indeterminados, como o de boa-fé.
3- Por representar uma norma aberta, perfeitamente afeita a diálogos interdisciplinares, como se verá (diálogo das fontes).
4- Por encerrar a pauta mínima de proteção dos consumidores.
→ O CDC e sua posição hierárquica - Rizzato Nunes:
→ “A lei n.8.078 é norma de ordem pública e de interesse social, geral e principiológica, o que significa dizer que é prevalente sobre todas as demais normas especiais anteriores que com ela colidirem. – As normas gerais principiológicas, pelos motivos que apresentamos no início deste trabalho ao demonstrar o valor superior dos princípios, tem prevalência sobre as normas gerais e especiais anteriores.” 
→ O CDC e sua posição hierárquica: 
→ Destaque-se que, do mesmo, a respeito do caráter de norma principiológica, opinam Nelson Nery Jr. E Rosa Maria de Andrade Nery, expondo pela prevalência continua do Código Consumerista sobre as demais normas, eis que “as leis especiais setorizadas (seguros, bancos, calçados, transportes, serviços, automóveis, alimentos, etc) devem disciplinar suas respectivas matérias em consonância e em obediência aos princípios fundamentais do CDC.
→ Hierarquia do CDC: 
CF/1988
CDC
→ Norma Principiológica: Também a ilustrar a concepção do CDC como norma principiológica, merece destaque recente aresto do STJ que fez incidir a lei 8.078/1990 a uma relação jurídica entre as emissoras de televisão, tendo uma prestada ao público informações inverídicas sobre o desempenho da outra, perante o IBOPE.
→. Conforme a ementa “ o direito consumerista pode ser utilizado como norma principiológica mesmo que inexista relação de consumo entre as partes litigantes porque as disposições do CDC veiculam cláusulas criadas para proteger o consumidor de práticas abusivas e desleais do fornecedor de serviços, inclusive as que proíbem a propaganda enganosa.
→ Nos termos do voto do Ministro Relator, “o relacionamento entre as emissoras de televisão e os telespectadores caracteriza uma relação de consumo na medida em que elas prestam um serviço público concedido e se beneficiam com a audiência, auferindo renda. Portanto, a emissora se submete aos princípios ditados pelo CDC que tem por objetivo a transparência e harmonia das relações de consumo (CDC, art.4°), do qual decorre o direito do consumidor de proteção contra a publicidade enganosa (CDC, art.6°). Ao final, uma emissora foi condenada a indenizar a outra em R$ 500.000,00 a título de danos morais. 
→ OBS: Fabricante de cigarro é condenada a pagar R$ 53 bilhões a viúva de fumante – um tribunal da Flórida condenou a segunda maior fabricante de cigarros dos EUA a pagar uma indenização de US$ 23,6 bilhões (R$ 53 bilhões) a viúva de um fumante que morreu de câncer de pulmão. – Além da indenização, a Reynolds Tobacco Company que fabrica o cigarro Camel, terá de desembolsar outros US$ 16,8 bilhões (R$ 38 bilhões) em danos compensatórios.
→ O CDC e o Diálogo das Fontes:
→pesquisar.
→ Casos práticos: vai cair na prova!
Empresas Tabagistas.
Caso das Casas Bahia;
As clinicas e Médicos na Reprodução Humana; 
Abalo de Crédito;
Direito do Consumidor e Informática;
Corte de Energia Elétrica por falta de pagamento.
Erro médico;
Restrições à Publicidade;
Responsabilidade Civil do Estado e das Pessoas Jurídicas Prestadores de Serviços Públicos;
Estabelecimentos Bancários;
Comércio Eletrônico;
Saúde Privada;
Contratos de Turismo;
Profissionais da Área da Saúde;
Instituição de Ensino;
Construtoras;
Fato do Produto e dos Serviços;
Indenização Integral.
→ Aula 02 – Princípios do Direito do Consumidor – I:
→ Princípio são as bases de sustentação de um sistema. O princípio serve para hora que o julgador estiver em dúvida saber para onde recorrer. 
→ Legislação – Art.48 dos Atos Das Disposições Constitucionais Transitórias:
Art.48- O Congresso Nacional, dentro de 120 dias da promulgação da CF elaborará código de DEFESA do Consumidor.
→ CF art.5°, XXXII:
 XXXII- O Estado promoverá, na forma da lei, a DEFESA do consumidor.
→ Art.1°, III da CF:
Art.1° - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
→ Art. 150, §5° da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
... 
→ §5°: A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
→ Art.170 da CF: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - Soberania nacional;
II - Propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - Livre concorrência;
V - Defesa do consumidor;
VI - Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;                               
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
→ PERGUNTA: Com base no art.170 qual é a finalidade da ordem econômica? – Assegurar a todos a existência digna conforme os ditames da justiça social.
→ Lei 8.078/90 – CDC: desatualizado
→ Reforma do CDC- discussões:
Grande individamento. 
Contratos eletrônicos.
Combate aos abusos da publicidade. – Principalmente da publicidade infantil e do idoso.
Fortalecimento do Procon.
→ Princípio da Vulnerabilidade – Legislação art.4°, I:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
→ Vulnerabilidade: 
→ Conceito: é a característica de quem ou do que é vulnerável, ou seja, frágil, delicado e fraco.
→ Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor: no mercado de consumo reflete, sem dúvida, a principal razão de toda proteção e defesa de consumidor, que é a parte vulnerável de qualquer relação de consumo.
→ Desequilíbrio nas relações de consumo: a presunção de vulnerabilidade do consumidor é decorrente da lei e não admite prova em contrário.
→ A doutrina aponta 3 tipos de vulnerabilidade do consumidor:
A) técnica: o consumidor não possui conhecimentos específicos sobre o objeto que está adquirindo, tanto no que diz respeito as características do produto, quanto no que diz respeito a utilidade do produto ou do serviço.
B) jurídica: reconhece o legislador que o consumidor não possui conhecimentos jurídicos, de contabilidade ou de economia para
esclarecimentos, por exemplo: do contrato que está assinando, dos juros que está sendo cobrado no banco, da metragem do imóvel que está comprando.
C) fática (ou socioeconômica): baseia-se no reconhecimento de que o consumidor é o elo fraco da corrente, e que o fornecedor se encontra em posição de supremacia, sendo o detentor do poder econômico. Raras são as exceções que o consumidor é o elo mais forte da relação. 
→ Importante: a qualificação técnica ou jurídica do consumidor não retiram a qualidade VULNERÁVEL do consumidor, uma vez que fica mantida a vulnerabilidade FÁTICA.
→ Aplicação prática:  Art. 47, CDC: As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
→ Art. 49, CDC: O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
→ OBS: Risco proveito: 
→ Hipossuficiência: Flavio Tartuce ensina que:
→ “ O conceito de hipossuficiência vai além do sentido literal das expressões pobre ou sem recursos, aplicáveis nos casos de concessão dos benefícios da justiça gratuita, no campo processual”.
→ “ O conceito de hipossuficiência consumerista é mais amplo, devendo ser apreciado pelo aplicador do direito caso a caso, no sentido de reconhecer a disparidade técnica ou informacional, diante de uma situação de desconhecimento (...)”.
→ Trata-se de “um conceito fático e não jurídico, fundado em uma disparidade ou discrepância notada no caso concreto”.
→ Juridicamente a pessoa hipossuficiente (o consumidor) é a parte mais fraca da relação (fática), ou seja com menor poder econômico em relação ao fornecedor (raras exceções).
→ Princípio da Informação (art.6°, III e 8° e ss):
→ Conceito: estabelece o dever do fornecedor informar de modo adequado e CLARO sobre as características, uso, risco e preço dos produtos e serviços.
→ Art. 6º, CDC – São direitos básicos do consumidor: 
→ III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
→ Art. 8°, CDC – Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
→ Informativo 417 do STJ: a necessidade de informação detalhada ao consumidor quanto aos eventuais malefícios que o alimento contendo glúten pode causar aos portadores de doença celíaca.
→ FILME: o informante – assistir
→ Informações práticas (princípio da informação):
A) supermercado deveria colocar etiqueta em cada produto, mas a lei 10.962/2004 admite sistema de código de barras e outros.
B) o contrato não obrigará ao consumidor se este não tomou conhecimento prévio de seus termos ou o instrumento for redigido de modo a dificultar a compreensão (art.46, CDC).
C) não é suficiente colocar “contém glúten” tem que explicar as consequências também (informativo 417, STJ).
→ Princípio da Reparação Integral dos Danos: 
Conceito: Impõe a reparação de todos os danos causados ao consumidor, e não apenas os identificados no art. 6°, VI do CDC.
→ Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
→ VI: a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
→ PERGUNTA: Empresa aérea cancela voo e passageiro que entrou com ação por devida perda, consegue provar efetivamente que os danos causados a ele são maiores que os estabelecidos, fundamente! 
→ O fornecedor de produtos ou serviços deve ser responsável pelos devidos objetos de sua atividade na relação de consumo, o consumidor que sofrer um dano tem apenas que provar o dano, a utilização do produto ou serviço e o nexo de causalidade, com sua responsabilidade objetiva, com alterações através dos tempos, nos dias atuais, as empresas são capazes de suportar os riscos da atividade. A receita que estas empresas adquirem é suficiente para suas despesas, para arcar com eventuais indenizações que visam ressarcir o consumidor, bem como adquirir um lucro satisfatório.
→ Princípio da Prevenção (art.6°, VI do CDC):  
→ Conceito: Obriga o fornecedor a tomar todas as precauções para evitar danos ao consumidor.
→ Aplicação prática: 
Dever de informação ostensiva dos perigos e formas de uso dos produtos (art.8 e 9 do CDC).
Proibição de venda de produto/serviço de alto grau de nocividade ou periculosidade (art.10 do CDC).
No caso de conhecimento ulterior do perigo, o fornecedor deve comunicar o fato as autoridades competentes e aos consumidores, diante anúncios publicitários (art.10, §1°, CDC).
→ Princípio da responsabilidade Objetiva: 
→ Conceito: Impõe responsabilidade ao fornecedor, independentemente da existência de culpa ou dolo.
→ Aplicação prática: 
Objetivo é garantir a efetiva reparação dos danos;
Objetivo é promover a socialização dos danos;
EXCEÇÃO: profissional liberal responde subjetivamente (art.14, §4° do CDC).
→ Princípio da Solidariedade: 
→ Conceito: Impõe que, havendo a ofensa mais de um autor, todos respondam solidariedade (art.7°, parágrafo único do CDC).
→ Aplicação prática: 
Plano de saúde responde por dano causado por médico conveniado;
Agência de turismo responde por dano causado em hotel recomendado;
Corretora de seguro pode responder junto com seguradora (falta de transparência);
Exceção: no caso de acidente de consumo, comerciante não responde, salvo hipótese do art.13 do CDC.
→ Princípio da Facilitação da Defesa: 
→ Conceito: Impõe que a defesa do consumidor seja facilitada por meio de normas de direito material e processual bem como por atuação especifica do Estado (art.5° do CDC).
→ Aplicação Prática: 
Responsabilidade objetiva facilita;
Estado deve manter assistência jurídica gratuita e promotorias, delegacias, e juizados específicos. 
Ações coletivas facilitam;
Possibilidade de inversão do ônus da prova; 
→ Inversão do Ônus da Prova (art.6°, VIII do CDC):
→ Hipótese legal: “quando, a critério do juiz for VEROSSÍMIL a alegação OU quando for ele HIPOSSUFICIENTE, segundo as regras ordinárias de experiências”.
→ Adotou-se a Teoria da Carga Dinâmica;
→ STJ 1: inversão do ônus não é automática (ope legis), dependendo de decisão judicial (ope legis), dependendo de decisão judicial (ope iudices); salvo ônus da publicidade (art.38 do CDC).
→ STJ 2: não é necessário cumprir os dois requisitos (VEROSSIMILHANÇA e HIPOSSUFICIÊNCIA), bastando cumprir um;
→ STJ 3: inversão não importa sempre obrigação da parte desfavorecida com a medida pagar perícia;
→ Teoria da Carga Dinâmica: É a distribuição do ônus da prova da retirada do peso da carga da prova de quem se encontra em evidente debilidade de suporta-la, impondo-o sobre quem se encontra em melhores condições de produzir a prova essencial ao deslinde do litigio.
→ Princípio da Modificação e Revisão Contratual:
→ Modificação: Estabelece direito de modificação de clausulas que estabeleçam prestações desproporcionais. 
→ Exemplo: Cláusula que estabelece que, havendo desistência de compromisso de compra e venda de imóvel, vendedor ficará com 30% do valor pago.
→ Revisão contratual: Estabelece direito de revisão de cláusulas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.
→ Exemplo: revisão de cláusula de leasing, por elevadíssima variação cambial.
→ Princípio da Boa-Fé (art.4°, III): 
→ Conceito: impõe ao fornecedor e ao consumidor o respeito à boa-fé objetiva.
→ Questão prática: em todas as fases que envolve a contratação e também quanto às demais práticas comerciais. 
→ Exemplo: viola o princípio instituição financeira pedir busca e apreensão de veículo alienado fiduciariamente faltando apenas 1 parcela para
quitar a obrigação.
→ AULA 04 - AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR: 
→ O CDC é fruto do Estado Social, que, em tese, preocupa-se com o bem-estar social e atua mediante a intervenção na atividade econômica, ainda que tímida.
→ Fundamentação legal – art.4°, II do CDC: A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 
II-  ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
III - Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
IV - Educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
 V - Incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - Coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.
→ Aula 05 – Relação de Consumo:
→ Elementos da Relação de Consumo: 
→ Subjetivos:
→ A) Consumidor: pessoa física ou jurídica (art.2°);
Art.2°, CDC: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
→ B) Fornecedor: (art.3°): Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestações de serviços. 
§1°: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§2°: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Pessoa física ou jurídica; 
Pública ou privada;
Nacional ou estrangeira;
Bem como os entes despersonalizados.
Que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
→ Art.17, CDC: Para efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
→ Art.29, CDC: Para fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
→ Objetivos:
Produto: qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial (art.3°, §1°);
Serviço: qualquer atividade fornecida no mercado de consumo;
Mediante remuneração;
Inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitárias;
Salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
→ Obs: se é relação de trabalho, não é de consumo.
→ Finalístico:
Conceito: aquisição ou utilização do produto ou serviço como destinatário final.
→ TEORIAS SOBRE O REQUISITO FINAL:
Teoria finalista ou subjetiva: Consumidor é aquele que adquire produto ou serviço como destinatário fático e econômico. 
STJ aplica essa teoria.
Compra para revenda ou como insumo: NÃO HÁ RELAÇÃO.
Teoria Maximalista: Consumidor é aquele que adquire produto ou serviço como destinatário final fático.
Exemplos: 
Taxista;
Empresa que toma crédito para investir no negócio.
Teoria Intermediária: Consumidor é aquele que adquire produto ou serviço como destinatário fático e econômico, podendo-se aplicar o CDC em caso de comprovação de vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica. 
Exemplo:
Microempresas; 
Empresários individuais.
Informativo 441 do STJ: máquina de bordar;
Informativo 383 do STJ: caminhoneiro.

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