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CS - DIREITO-DO-CONSUMIDOR 2022

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CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do 
Consumidor 
De acordo com a Lei 
14.181/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 2 
 
 
2022.1 
revisada 
atualizad
a 
ampliada 
 
CADERNO DE CONSUMIDOR 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 12 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ........................................................................................................ 13 
1. ORIGEM DO DIREITO DO CONSUMIDOR .................................................................... 13 
2. FINALIDADE DO DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................. 13 
3. DEFINIÇÃO DE DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................... 13 
O DIREITO DO CONSUMIDOR E A CF/88 .................................................................................. 14 
1. DIREITO FUNDAMENTAL .............................................................................................. 14 
1.1. EFEITOS DO STATUS DE DIREITO FUNDAMENTAL ............................................... 14 
2. PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA ........................................................................... 14 
3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA ...................................................................................... 15 
4. PROTEÇÃO INFRACONSTITUCIONAL ......................................................................... 16 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR .................................................................................. 17 
1. INFLUÊNCIAS ................................................................................................................ 17 
2. MICROSSISTEMA JURÍDICO ........................................................................................ 17 
3. LEI PRINCIPIOLÓGICA .................................................................................................. 17 
3.1. NORMA DE ORDEM PÚBLICA ................................................................................... 17 
3.2. NORMA DE INTERESSE SOCIAL .............................................................................. 18 
4. POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO ............................................... 18 
5. DIÁLOGO DAS FONTES ................................................................................................ 20 
5.1. CRITÉRIOS TRADICIONAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS DE NORMAS ............. 20 
5.1.1. Critério cronológico .............................................................................................. 20 
5.1.2. Critério da especialidade ...................................................................................... 20 
5.1.3. Critério da hierarquia ............................................................................................ 20 
5.2. CRITÉRIO ATUAL ....................................................................................................... 20 
5.3. DIÁLOGO ENTRE O CDC E O CC ................................................................................. 21 
5.3.1. Diálogo sistemático de coerência ......................................................................... 21 
5.3.2. Diálogo sistemático de complementaridade ......................................................... 21 
5.3.3. Diálogo das influências recíprocas sistemáticas ................................................... 21 
6. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................... 21 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 3 
 
 
6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................... 21 
6.2. PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE .......................................................................... 22 
6.2.1. Vulnerabilidade técnica ........................................................................................ 22 
6.2.2. Vulnerabilidade jurídica ........................................................................................ 22 
6.2.3. Vulnerabilidade econômica ou fática .................................................................... 23 
6.2.4. Vulnerabilidade informacional .............................................................................. 23 
6.3. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA ............................................................................ 23 
6.3.1. Conceito e fundamento ........................................................................................ 23 
6.3.2. Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva ........................................................................ 24 
6.3.3. Funções da boa-fé ............................................................................................... 24 
6.4. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ...................................................................................... 25 
6.5. PRINCÍPIO DA DEFESA DO CONSUMIDOR PELO ESTADO ................................... 26 
6.6. PRINCÍPIO DA HARMONIZAÇÃO .............................................................................. 26 
6.7. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ............................................................................. 26 
6.8. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA ...................................................................................... 26 
6.9. PRINCÍPIO DO COMBATE AO ABUSO ...................................................................... 27 
6.10. PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO E DA INFORMAÇÃO ..................................................... 27 
6.11. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO ..................................................................................... 27 
6.12. PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA E AMBIENTAL DO CONSUMIDOR ......... 28 
6.13. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO COMO 
FORMA DE EVITAR A EXCLUSÃO SOCIAL DO CONSUMIDOR .................................................. 28 
7. DIREITOS BÁSICOS DOS CONSUMIDORES ............................................................... 28 
7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................... 28 
7.2. DIREITO À VIDA, À SAÚDE E À SEGURANÇA (I) ..................................................... 29 
7.3. DIREITO À EDUCAÇÃO FORMAL E INFORMAL (II) .................................................. 30 
7.4. DIREITO À LIBERDADE DE ESCOLHA (II) ................................................................ 30 
7.5. DIREITO À IGUALDADE NAS CONTRATAÇÕES (II) ................................................. 31 
7.6. DIREITO À INFORMAÇÃO (III) ................................................................................... 31 
7.7. DIREITO À PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS E CLÁUSULAS ABUSIVAS (IV) ......... 31 
7.8. DIREITO À MODIFICAÇÃO E REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS (V) ......... 32 
7.8.1. Modificação das cláusulas contratuais ................................................................. 32 
7.8.2. Revisão das cláusulas contratuais........................................................................ 32 
7.9. DIREITO À EFETIVA PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E 
PATRIMONIAIS, INDIVIDUAIS, COLETIVOS E DIFUSOS (VI) ....................................................... 33 
7.9.1. Reparação por dano moral ................................................................................... 36 
7.9.2. Reparação por dano moral coletivo ...................................................................... 37 
7.9.3. Reparação por dano social ................................................................................... 38 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 4 
 
 
7.10. DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA (VII) ..................................................................... 38 
7.11. DIREITO À INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA .......................................................... 39 
7.12.DIREITO À PRESTAÇÃO ADEQUADA E EFICAZ DO SERVIÇO PÚBLICO ............... 39 
7.13. DIREITO DE CRÉDITO RESPONSÁVEL .................................................................... 39 
CAMPO DE INCIDÊNCIA DO CDC .............................................................................................. 40 
1. RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO ............................................................................ 40 
2. CONSUMIDO ................................................................................................................. 40 
2.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 40 
2.2. CONSUMIDOR EM SENTIDO ESTRITO .................................................................... 40 
2.3. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO ........................................................................ 42 
2.3.1. Em sentido coletivo .............................................................................................. 42 
2.3.2. Bystander ............................................................................................................. 42 
2.3.3. Potencial ou virtual ............................................................................................... 44 
2.4. ESQUEMATIZANDO: ESPÉCIES DE CONSUMIDOR ................................................ 44 
3. FORNECEDOR .............................................................................................................. 44 
3.1. CONCEITO ................................................................................................................. 44 
3.2. ELEMENTO NUCLEAR ............................................................................................... 45 
3.3. MERCADO DE CONSUMO ........................................................................................ 46 
4. PRODUTO ...................................................................................................................... 46 
5. SERVIÇO ....................................................................................................................... 46 
5.1. REMUNERAÇÃO ........................................................................................................ 46 
5.2. SERVIÇOS BANCÁRIOS, FINANCEIROS, DE CRÉDITO E SECURITÁRIOS............ 47 
5.3. SERVIÇOS HABITACIONAIS PROMOVIDOS PELOS SOCIEDADES COOPERATIVAS 
47 
5.4. SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................................... 48 
5.4.1. Uti singuli e uti universi ......................................................................................... 48 
5.4.2. Natureza da remuneração .................................................................................... 48 
5.5. SERVIÇOS NOTARIAIS .............................................................................................. 48 
RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO .................................................. 49 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 49 
1.1. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA X OBJETIVA ............................................. 49 
1.2. FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO CDC................................ 49 
1.3. JUSTIÇA DISTRIBUTIVA ............................................................................................ 49 
2. SISTEMÁTICA DO CDC ................................................................................................. 49 
3. TEORIA DA QUALIDADE ............................................................................................... 50 
3.1. QUALIDADE-SEGURANÇA ........................................................................................ 50 
3.2. QUALIDADE-ADEQUAÇÃO ........................................................................................ 50 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 5 
 
 
4. DEFEITO X VÍCIO .......................................................................................................... 51 
5. RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DO PRODUTO ............................................ 51 
5.1. PREVISÃO LEGAL E NOÇÕES GERAIS.................................................................... 51 
5.2. ESPÉCIES DE FORNECEDORES.............................................................................. 52 
5.2.1. Fornecedor real .................................................................................................... 52 
5.2.2. Fornecedor presumido ......................................................................................... 52 
5.2.3. Fornecedor aparente ............................................................................................ 52 
5.3. PRESSUPOSTOS ....................................................................................................... 53 
5.3.1. Conduta ............................................................................................................... 53 
5.3.2. Dano .................................................................................................................... 53 
5.3.3. Nexo causal ......................................................................................................... 53 
5.3.4. Defeito.................................................................................................................. 53 
5.4. PRODUTOS DEFEITUOSOS...................................................................................... 53 
5.4.1. Defeito de concepção ou de criação .................................................................... 54 
5.4.2. Defeito de fabricação ........................................................................................... 54 
5.4.3. Defeito de comercialização .................................................................................. 54 
5.5. RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE ............................................................... 55 
5.6. DIREITO DE REGRESSO E DENUNCIAÇÃO DA LIDE .............................................. 55 
5.7. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADES .............................................. 56 
5.7.1. Não colocou o produto no mercado ...................................................................... 56 
5.7.2. Defeito inexiste ..................................................................................................... 56 
5.7.3. Culpa exclusiva .................................................................................................... 57 
5.7.4. Caso fortuito e força maior ................................................................................... 57 
5.7.5. Risco de desenvolvimento .................................................................................... 58 
5.7.6. Sistematizando ..................................................................................................... 58 
6. RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DO SERVIÇO .............................................. 59 
6.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 59 
6.2. FORNECEDORES RESPONSÁVEIS ......................................................................... 59 
6.3. SERVIÇO DEFEITUOSO ............................................................................................ 59 
6.3.1. Defeito na concepção ........................................................................................... 60 
6.3.2. Defeito na prestação ............................................................................................ 60 
6.3.3. Defeito na comercialização .................................................................................. 60 
6.4. CAUSAS EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE ................................................ 60 
6.4.1. Ausência de defeito ..............................................................................................60 
6.4.2. Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros .................................................... 60 
6.4.3. Caso fortuito ou força maior ................................................................................. 60 
6.5. RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL LIBERAL ............................................... 61 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 6 
 
 
6.5.1. Obrigação de meio e obrigação de resultado ....................................................... 61 
6.5.2. Responsabilidade de médicos e de hospitais ....................................................... 62 
7. RESPONSABILIDADE CIVIL PELO VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO .................. 63 
7.1. FATO GERADOR ........................................................................................................ 63 
7.2. RESPONSABILIDADE OBJETIVA .............................................................................. 63 
7.3. RESPONSABILIDADE SOLIDARIA ............................................................................ 64 
7.3.1. Jurisprudência do STJ e Solidariedade ................................................................ 65 
7.3.2. Exceções à solidariedade..................................................................................... 66 
8. VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO .......................................................................... 66 
8.1. PREVISÃO LEGAL ..................................................................................................... 66 
8.2. ESPÉCIES DE VÍCIO .................................................................................................. 66 
8.3. PONTA DE ESTOQUE................................................................................................ 67 
8.4. PRODUTO USADO ..................................................................................................... 67 
8.5. PRAZOS PARA SANAR O VÍCIO ............................................................................... 67 
8.6. ALTERNATIVAS REPARATÓRIAS ............................................................................. 68 
8.7. UTILIZAÇÃO IMEDIATA DAS ALTERNATIVAS REPARATÓRIAS ............................. 69 
9. VÍCIO DE QUANTIDADE DO PRODUTO ....................................................................... 69 
9.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 69 
9.2. DIMINUIÇÃO DO VOLUME DO PRODUTO ................................................................ 70 
9.3. PRAZO PARA SANAR O VÍCIO .................................................................................. 71 
9.4. ALTERNATIVAS REPARATÓRIAS ............................................................................. 71 
10. VÍCIO DE QUALIDADE DO SERVIÇO ........................................................................... 71 
10.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 71 
10.2. ESPÉCIES DE VÍCIOS ............................................................................................... 72 
10.3. PRAZO PARA SANAR O VÍCIO .................................................................................. 72 
10.4. RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS .......................................... 72 
10.5. ALTERNATIVAS REPARATÓRIAS ............................................................................. 72 
11. VÍCIO DE QUANTIDADE DO SERVIÇO ......................................................................... 72 
11.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 72 
11.2. PRAZO PARA SANAR O VÍCIO .................................................................................. 72 
11.3. ALTERNATIVAS REPARATÓRIAS ............................................................................. 72 
11.4. SERVIÇO PÚBLICO ................................................................................................... 73 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ................................................................................................... 75 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 75 
2. DECADÊNCIA ................................................................................................................ 75 
2.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 75 
2.2. PRODUTO OU SERVIÇO DURÁVEL ......................................................................... 75 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 7 
 
 
2.3. CONCEITOS IMPORTANTES .................................................................................... 76 
2.4. CONTAGEM DO PRAZO ............................................................................................ 76 
2.5. CAUSAS QUE OBSTAM A DECADÊNCIA ................................................................. 76 
2.6. GARANTIA LEGAL E GARANTIA CONTRATUAL ...................................................... 77 
2.7. CONVENÇÃO DE PRAZOS DECADENCIAIS ............................................................ 77 
3. PRESCRIÇÃO ................................................................................................................ 78 
3.1. PREVISÃO LEGAL ..................................................................................................... 78 
3.2. CONTAGEM DO PRAZO ............................................................................................ 78 
3.3. CAUSAS DE INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO........................................................... 78 
3.4. PRESCRIÇÃO DE OUTRAS PRETENSÕES REPARATÓRIAS ................................. 79 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ........................................................... 81 
1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ...................................................................... 81 
2. HIPÓTESE DE DESCONSIDERAÇÃO ........................................................................... 81 
3. TEORIAS SOBRE A DESCONSIDERAÇÃO .................................................................. 82 
3.1. TEORIA MAIOR .......................................................................................................... 82 
3.2. TEORIA MENOR......................................................................................................... 82 
4. DESCONSIDERAÇÃO DO CC X DESCONSIDERAÇÃO DO CDC ................................ 82 
5. CPC E DESCONSIDERAÇÃO ........................................................................................ 83 
PRÁTICAS COMERCIAIS ............................................................................................................ 84 
1. PUBLICIDADE ................................................................................................................ 84 
1.1. CONCEITO ................................................................................................................. 84 
1.2. DIFERENCIAÇÕES .................................................................................................... 84 
1.3. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO PUBLICITÁRIA ............................................................ 84 
1.3.1. Princípio da identificação da publicidade .............................................................. 84 
1.3.2. Princípio da vinculação contratual da publicidade ................................................ 84 
1.3.3. Princípio da transparência da fundamentação da publicidade .............................. 85 
1.3.4. Princípio da inversão do ônus da prova ................................................................ 85 
2. PUBLICIDADE ENGANOSA ........................................................................................... 86 
2.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................... 86 
2.2. RESPONSABILIDADE ..................................................................................................86 
2.3. FORMAS DE PUBLICIDADE ENGANOSA ................................................................. 86 
2.3.1. Comissiva ............................................................................................................ 86 
2.3.2. Omissiva .............................................................................................................. 86 
2.4. SUJEITOS RESPONSÁVEIS ...................................................................................... 86 
2.5. RESPONSABILIDADE DA AGÊNCIA E DO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO .............. 86 
3. PUBLICIDADE ABUSIVA ............................................................................................... 87 
3.1. PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES .................................................................. 87 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 8 
 
 
3.2. HIPÓTESE DE PUBLICIDADE ABUSIVA NO CDC..................................................... 88 
3.3. RESPONSABILIDADE ................................................................................................ 88 
3.4. SUJEITOS RESPONSÁVEIS ...................................................................................... 88 
4. PRÁTICAS ABUSIVAS ................................................................................................... 88 
COBRANÇA DE DÍVIDAS ............................................................................................................ 93 
1. REPETIÇÃO DO INDÉBITO ........................................................................................... 93 
1.1. PREVISÃO LEGAL ..................................................................................................... 93 
1.2. PRESSUPOSTOS ....................................................................................................... 93 
1.3. JURISPRUDÊNCIA DO STJ E REPETIÇÃO DO INDÉBITO ....................................... 93 
1.4. CC x CDC ................................................................................................................... 93 
2. ARQUIVO DE CONSUMO .............................................................................................. 94 
2.1. CONCEITO ................................................................................................................... 94 
2.2. ESPÉCIES .................................................................................................................... 94 
2.3. NATUREZA JURÍDICA................................................................................................ 94 
3. BANCO DE DADOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO ...................................................... 94 
3.1. AÇÕES ......................................................................................................................... 94 
3.2. FINALIDADE ................................................................................................................. 95 
3.3. NEGATIVAÇÃO ............................................................................................................ 95 
3.4. QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES ............................................................................ 95 
3.5. RESPONSABILIDADE POR INFORMAÇÃO INVERÍDICA ......................................... 95 
4. DIREITOS DOS CONSUMIDORES PERANTE OS ARQUIVOS DE CONSUMO ........... 95 
4.1. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO.......................................................................... 95 
4.2. DIREITO À COMUNICAÇÃO POR ESCRITO DO ASSENTO (ART. 43, §2º) ............... 95 
4.3. DIREITO DE ACESSO À INFORMAÇÃO (ART. 43, CAPUT) ....................................... 96 
4.4. DIREITO À CORREÇÃO DA INFORMAÇÃO (ART. 43, § 3º) ....................................... 96 
5. RESPONSABILIDADE PELO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO ................................ 96 
5.1. RESPONSÁVEL ......................................................................................................... 96 
5.2. PRAZO ........................................................................................................................ 97 
6. RESPONSABILIDADE PELO ARQUIVAMENTO INDEVIDO .......................................... 97 
7. LIMITES TEMPORAIS DOS REGISTROS NEGATIVOS ................................................ 97 
PROTEÇÃO CONTRATUAL ......................................................................................................... 98 
1. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROTEÇÃO CONTRATUAL ................................... 98 
1.1. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ............................................................................. 98 
1.2. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO FAVORÁVEL ....................................................... 98 
1.3. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DO FORNECEDOR .................................................... 98 
1.4. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DOS CONTRATOS ................................................ 98 
2. DIREITO DE ARREPENDIMENTO ................................................................................. 99 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 9 
 
 
3. TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL ............................................................. 99 
4. CLÁUSULAS ABUSIVAS .............................................................................................. 100 
4.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................... 100 
4.2. AFERIÇÃO OBJETIVA .............................................................................................. 102 
4.3. NULIDADE DE PLENO DIREITO .............................................................................. 102 
4.4. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO ............................................................................. 102 
4.5. IMPRESCRITIBILIDADE ........................................................................................... 102 
4.6. INTEGRAÇÃO DE CONTRATO ................................................................................ 102 
4.7. ESPÉCIES DE CLÁUSULAS ABUSIVAS .................................................................. 102 
5. CRÉDITOS E FINANCIAMENTOS AO CONSUMIDOR ................................................ 105 
5.1. SUPERENDIVIDAMENTO ........................................................................................ 105 
5.2. MULTA MORATÓRIA................................................................................................ 106 
5.3. LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DO DÉBITO ................................................................ 106 
6. CONTRATO DE COMPRA E VENDA À PRESTAÇÃO E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM 
GARANTIA .............................................................................................................................. 107 
7. CONTRATO DE ADESÃO ............................................................................................ 107 
7.1. CARACTERÍSTICAS ................................................................................................. 108 
7.2. CLÁUSULA RESOLUTÓRIA ..................................................................................... 108 
7.3. FORMA ..................................................................................................................... 108 
7.4. CLÁUSULAS RESTRITIVAS DE DIREITOS DO CONSUMIDOR .............................. 108 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO ................................................ 109 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 109 
2. CONCEITO DE SUPERENDIVIDAMENTO .................................................................. 109 
3. INAPLICABILIDADE ..................................................................................................... 110 
4. INFORMAÇÕES ADICIONAIS ...................................................................................... 110 
5. NOVAS PROIBIÇÕES NA OFERTA DE CRÉDITO AO CONSUMIDOR .......................111 
6. NOVOS DEVERES PRÉVIOS DO FORNECEDOR VOLTADOS À CONTRATAÇÃO 
CONSCIENTE DE CRÉDITO .................................................................................................. 112 
7. DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES DE INFORMAÇÃO .......................................... 112 
8. HIPÓTESES EM QUE O CONTRATO DE FORNECIMENTO DE PRODUTO OU SERVIÇO 
SERÁ CONSIDERADO CONEXO, COLIGADO OU INTERDEPENDENTE EM RELAÇÃO AO 
CONTRATO DE CRÉDITO ..................................................................................................... 112 
9. PRÁTICAS ABUSIVAS ESPECÍFICAS PARA O FORNECEDOR DE PRODUTO OU 
SERVIÇO QUE ENVOLVA CRÉDITO ..................................................................................... 114 
10. CONCILIAÇÃO NO SUPERENDIVIDAMENTO ............................................................ 115 
10.1. PROCESSO DE REPACTUAÇÃO DE DÍVIDAS ....................................................... 115 
10.2. DÍVIDAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DO PROCESSO DE REPACTUAÇÃO 115 
10.3. NÃO COMPARECIMENTO DO CREDOR ................................................................ 115 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 10 
 
 
10.4. SENTENÇA JUDICIAL QUE HOMOLOGAR O PLANO TERÁ EFICÁCIA DE TÍTULO 
EXECUTIVO ................................................................................................................................. 115 
10.5. CONTEÚDO DO PLANO DE PAGAMENTO ............................................................. 116 
10.6. NÃO HAVENDO ÊXITO NA CONCILIAÇÃO (ART. 104-B) ....................................... 116 
10.7. PRAZO PARA CREDORES SE MANIFESTAREM CONTRARIAMENTE AO PLANO 
116 
10.8. ADMINISTRADOR .................................................................................................... 116 
10.9. GARANTIA MÍNIMA AOS CREDORES NO PLANO ................................................. 116 
10.10. CONCILIAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................................... 117 
DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO .................................................................................... 118 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 118 
2. TUTELA ESPECÍFICA .................................................................................................. 118 
2.1. IMPACTOS DO CPC NA TUTELA ESPECÍFICA DO DIREITO DO CONSUMIDOR 119 
2.1.1. Adiantamento da tutela específica – CDC, art. 84, §3º ....................................... 119 
2.1.2. Multa coercitiva (astreintes) – CDC, art. 84, §4º: ................................................ 120 
3. COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR .............................................. 120 
4. DIREITO À INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ............................................................ 121 
4.1. PREVISÃO LEGAL ................................................................................................... 121 
4.2. REQUISITOS ............................................................................................................ 121 
4.4.1. Verossimilhança das alegações ......................................................................... 121 
4.4.2. Hipossuficiência do consumidor ......................................................................... 121 
7.14. MOMENTO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA .................................................. 122 
7.15. CUSTEIO DA PROVA ............................................................................................... 122 
7.16. EFEITOS DA INVERSÃO .......................................................................................... 122 
CRIMES CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO ................................................................... 123 
1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 123 
2. SUJEITO ATIVO ........................................................................................................... 123 
3. SUJEITO PASSIVO ...................................................................................................... 123 
4. OMISSÃO SOBRE A NOCIVIDADE (ART. 63) ............................................................. 123 
4.1. OBJETIVIDADE JURÍDICA ....................................................................................... 124 
4.2. FIGURA EQUIPARADA ............................................................................................ 124 
4.3. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 125 
4.4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 125 
5. DEIXAR DE COMUNICAR A NOCIVIDADE DESCOBERTA POSTERIORMENTE À 
COLOCAÇÃO NO MERCADO ................................................................................................ 125 
5.1. DIFERENÇA PARA O ART. 63 ................................................................................. 125 
5.2. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 125 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 11 
 
 
5.3. FORMA EQUIPARADA (PARÁGRAFO ÚNICO) ....................................................... 125 
5.4. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 126 
5.5. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 126 
6. EXECUÇÃO DE SERVIÇO CONTRARIANDO DETERMINAÇÃO DE AUTORIDADE 
COMPETENTE ....................................................................................................................... 126 
6.1. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 127 
6.2. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 127 
6.3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 127 
7. AFIRMAÇÃO FALSA E OMISSÃO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE SOBRE PRODUTOS 
OU SERVIÇOS ....................................................................................................................... 127 
7.1. SUJEITO ATIVO ....................................................................................................... 127 
7.2. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 127 
7.3. CONFLITO DE NORMAS .......................................................................................... 128 
7.4. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 128 
7.5. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 128 
8. PUBLICIDADE ENGANOSA OU ABUSIVA OU CAPAZ DE INDUZIR O CONSUMIDOR A 
SE COMPORTAR DE FORMA PREJUDICIAL ........................................................................ 128 
8.1. DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS ............................................................................... 129 
8.2. SUJEITO ATIVO ....................................................................................................... 129 
8.3. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 129 
8.4. CONFLITO DE NORMAS .......................................................................................... 129 
8.5. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 130 
9. DEIXAR DE ORGANIZAR DADOS-BASE À PUBLICIDADE ......................................... 130 
9.1. SUJEITO ATIVO .......................................................................................................130 
9.2. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 130 
9.3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 130 
10. EMPREGAR NA REPARAÇÃO COMPONENTES USADOS SEM AUTORIZAÇÃO ..... 131 
10.1. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 131 
10.2. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 131 
10.3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 131 
11. COBRANÇA VEXATÓRIA OU VIOLENTA .................................................................... 131 
11.1. SUJEITO ATIVO ....................................................................................................... 131 
11.2. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 132 
11.3. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 132 
11.4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 132 
12. IMPEDIR ACESSO ÀS INFORMAÇÕES SOBRE O CONSUMIDOR ............................ 132 
12.1. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 132 
12.2. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 132 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 12 
 
 
12.3. Consumação e tentativa ............................................................................................ 133 
13. DEIXAR DE CORRIGIR INFORMAÇÃO INEXATA SOBRE O CONSUMIDOR ............. 133 
13.1. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 133 
13.2. TIPO SUBJETIVO ..................................................................................................... 133 
13.3. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 133 
14. DEIXAR DE ENTREGAR TERMO DE GARANTIA ADEQUADAMENTE PREENCHIDO 
133 
14.1. TIPO OBJETIVO ....................................................................................................... 133 
14.2. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ................................................................................ 134 
15. PENA DE MULTA NOS CRIMES DO CDC (art. 77) ...................................................... 134 
16. VALOR DE FIANÇA NO CDC ....................................................................................... 135 
17. ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO E AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA (art. 80 c/c 
art. 82, III e IV) ......................................................................................................................... 135 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de 
trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem 
hoje, cada dia surge algo novo. O ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a 
complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, 
mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova. 
O Caderno Sistematizado de Direito do Consumidor possui como base as aulas do Prof. 
Leonardo Garcia (CERS) e Landolfo Andrade (G7), com o intuito de deixar o material mais completo, 
utilizados as seguintes fontes complementares: a) Interesses Difusos e Coletivos Esquematizados, 
2019, (Cleber Masson, Landolfo Andrade.); b) Código de Defesa do Consumidor Comentado artigo 
por artigo, 2017, (Leonardo de Medeiros Garcia). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma 
boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 13 
 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
1. ORIGEM DO DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Inicialmente, destaca-se que o ser humano realiza atos de consumo desde sempre, há, 
inclusive, menção no Código de Hamurabi. Contudo, focaremos o estudo a partir da história mais 
recente da humanidade, especialmente à época que surgiu a sociedade de consumo em massa. 
Pós-revolução industrial muitas pessoas que viviam no campo migraram para as cidades em 
busca de empregos, causando, consequentemente, a insuficiência de serviços públicos e o 
surgimento de dois grandes grupos: fornecedores (controlam os meios de produção) e 
consumidores (que, por não controlarem os bens de produção, se submetem ao poder econômico 
do primeiro grupo). Estava formada a sociedade de consumo em massa, levada por técnicas 
eficientes de marketing a consumir de modo impulsivo e sem reflexão. 
Neste cenário, o direito privado tradicional mostrou-se ineficaz para tutelar os agentes 
econômicos vulneráveis: os consumidores. 
Atribui-se a um discurso do Presidente norte-americano John F. Kennedy, no ano de 1962 
– no qual foram referidos como direitos básicos o direito à segurança, o direito à informação, o 
direito de escolha e o direito de ser ouvido –, o despertar para uma reflexão mais profunda sobre a 
importância da proteção dos direitos dos consumidores. 
No ano de 1972 realizou-se, em Estocolmo, a Conferência Mundial do Consumidor. A 
Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1985, por meio da Resolução 39/248, 
estabeleceu diretrizes para o Direito do Consumidor, reconhecendo a necessidade de proteção 
desse agente econômico vulnerável, em suas relações frente aos fornecedores. 
No Brasil, a CF/88 erigiu o Direito do Consumidor à categoria de direito fundamental. 
Em 1990, editou-se o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990). 
2. FINALIDADE DO DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Basicamente, visa proteger o consumidor (agente vulnerável), reduzindo a desigualdade 
existente entre ele e o fornecedor na relação de consumo, com o consequente reestabelecimento 
do equilíbrio. 
3. DEFINIÇÃO DE DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Direito do Consumidor é o conjunto de normas e princípios que regula a tutela de um sujeito 
especial de direitos, a saber, o consumidor, como agente privado vulnerável, nas suas relações 
frente a fornecedores. 
Destaca-se que o enfoque, no Brasil, é a proteção do sujeito vulnerável, por isso se tutela o 
consumidor. Na França, diferentemente, tutela-se o consumo (Direito do Consumo), ou seja, foca- 
se no objeto. 
O DIREITO DO CONSUMIDOR E A CF/88 
 
1. DIREITO FUNDAMENTAL 
 
A CF/88 consagrou a defesa do consumidor como um direito fundamental, nos termos do 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 14 
 
 
OBS.: Para alguns, aplica-se aqui a Teoria da Proibição do Retrocesso, segundo a qual, qualquer 
norma que tente diminuir ou suprimir direitos dos consumidores deve ser considerada 
inconstitucional. 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e 
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme 
os ditames da justiça social,observados os seguintes princípios: 
V - defesa do consumidor 
art. 5º, XXXII, in verbis: 
 
 Art. 5º XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. 
 
Perceba que se trata de um direito público subjetivo geral, de proteção contra a ação estatal 
(direito de defesa) e de um direito a uma ação afirmativa ou positiva do Estado em favor dos 
consumidores (direito a prestações). 
É um direito de terceira geração/dimensão. 
 
1.1. EFEITOS DO STATUS DE DIREITO FUNDAMENTAL 
A doutrina aponta três consequências da consagração do Direito do Consumidor como um 
direito fundamental. Vejamos: 
a) Proteção como parte do núcleo imodificável da CF – trata-se, portanto, de uma cláusula 
pétrea (art. 60, §4º); 
b) Eficácia vertical e eficácia horizontal (direta ou indireta) do direito fundamental – o Estado 
deverá garantir que os fornecedores respeitem o direito do consumidor. Será direta, 
quando utilizar o texto constitucional para proteção dos direitos dos consumidores; será 
indireta, quando utilizar norma infraconstitucional para proteção, por exemplo as normas 
do CDC. 
c) Garantia constitucional deste novo ramo do direito, tendo em vista a força normativa da 
Constituição. Significa que nenhuma lei poderá desrespeitar a normatividade do CDC, 
pois está lastreado na força normativa da Constituição, o que garante a eficácia de suas 
normas. 
Assim, havendo conflito entre o CDC e outra lei infraconstitucional, deve prevalecer o CDC 
que tem proteção constitucional, respeitando-se a força normativa. 
 
 
2. PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA 
 
A CF, em seu art. 170, V, consagra o Direito do Consumidor como um princípio da ordem 
econômica. Desta forma, o Estado poderá intervir na economia para a defesa dos consumidores. 
 
Para a doutrina, este princípio possui um caráter conformador, pois autoriza a intervenção 
do Estado na economia – decorrência do Estado Social de Direito -, bem como conforma a atuação 
do fornecedor, garantindo a sua livre iniciativa, mas, também, garantindo a proteção do consumidor. 
É uma forma de harmonizar o sistema, evitando o desequilíbrio na relação consumerista. 
Destaca-se que a livre iniciativa e a defesa do consumidor não são incompatíveis entre si, 
atuam em harmonia como vetores a orientar, delimitar e justificar a ação interventiva do Estado no 
domínio econômico, visando assegurar a todos uma existência digna. 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 15 
 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
(...) 
V - produção e consumo; 
(...) 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
(...) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia 
da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
Ademais, pode-se afirmar que se trata de um princípio de ação política, tendo em vista que 
legitima o Estado a adotar políticas protetoras ao consumidor. 
3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
 
Nos termos do art. 24 da CF, a competência para legislar sobre produção e consumo (inciso 
V), bem como sobre responsabilidade por danos ao consumidor (inciso VIII) é concorrente entre a 
União, os Estados e o DF. 
Trata-se de uma competência vertical ou não cumulativa. A União possui competência para 
legislar sobre as normas gerais, ao passo que os Estados e o DF podem legislar de forma 
suplementar, ou seja, com o intuito de adequar a legislação federal às peculiaridades locais. 
Destaca-se que havendo inércia da União, poderá ser exercida a competência plena, nos termos 
dos §§ 3º e 4º, do art. 24 da CF. 
 
 
O STF, no julgamento da ADI 4512/MS, julgou constitucional lei estadual que obrigue plano 
de saúde a justificar recusa de tratamento, não havendo violação à competência privativa da União, 
tendo em vista que trata de proteção ao consumidor, matéria de competência concorrente. 
STF ADI 4512/MS: É constitucional lei estadual que obrigue os planos de 
saúde a fornecerem aos consumidores informações e documentos 
justificando as razões pelas quais houve recusa de algum procedimento, 
tratamento ou internação. O Mato Grosso do Sul editou uma lei estadual 
prevendo que, se o plano de saúde recusar algum procedimento, tratamento 
ou internação, ele deverá fornecer, por escrito, ao usuário, um comprovante 
fundamentado expondo as razões da negativa. O STF entendeu que essa 
norma não viola competência privativa da União, considerando que ela trata 
sobre proteção ao consumidor, matéria inserida na competência concorrente 
(art. 24, V, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4512/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgado em 7/2/2018 (Info 890) 
 
 
Igualmente, os Municípios possuem competência para legislar sobre direito do consumidor, 
tratando-se de interesse local, nos termos do art. 30 da CF. 
 
 
Cita-se, como exemplo, lei municipal que obrigue agências bancárias a disponibilizarem 
bebedouros ou banheiros aos clientes; lei municipal que regule o tempo de espera em filas. 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 16 
 
 
Art. 48 ADCT - O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. 
OBS.: De acordo com STF e STJ, o CDC não pode ser aplicado em situações anteriores a sua 
vigência. Salvo nos casos de prestações sucessivas, em que o contrato é por prazo 
indeterminado, a exemplo dos contratos de plano de saúde 
Recurso extraordinário. Constitucional. Consumidor. Instituição bancária. 
Atendimento ao público. Fila. Tempo de espera. Lei municipal. Norma de 
interesse local, legitimidade. Lei municipal 4.188/01. Banco. Atendimento ao 
público e tempo máximo de espera na fila. Matéria que não se confunde com 
a atinente às atividades bancárias. Matéria de interesse local e de proteção 
ao consumidor. Competência legislativa do município. Recurso extraordinário 
conhecido e provido. (STF, RE 432.789) 
 
STF Info 917 - É constitucional lei municipal que proíbe a conferência de 
mercadorias realizada na saída de estabelecimentos comerciais localizados 
na cidade. A Lei prevê que, após o cliente efetuar o pagamento nas caixas 
registradoras da empresa instaladas, não é possível nova conferência na 
saída. Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de 
interesse local (art. 30, I, da CF/88), ainda que, de modo reflexo, tratem de 
direito comercial ou do consumidor. STF. 2ª Turma. RE 1052719 AgR/PB, 
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/9/2018 (Info 917). 
 
Súmula Vinculante 38-STF: É competente o município para fixar o horário 
de funcionamento de estabelecimento comercial. 
 
Por fim, conforme leciona o Prof. Márcio Cavalcante (Dizer o Direito), não existe um critério 
objetivo para definir, de maneira absolutamente segura, em que consiste interesse local e quando 
a legislação ultrapassa isso. Assim, deve-se prestigiar a vereança local, que bem conhece a 
realidade e as necessidades da comunidade. 
4. PROTEÇÃO INFRACONSTITUCIONAL 
 
O legislador constituinte, no art. 48 do ADCT, determinou que em 120 dias, após a 
promulgação da CF/88, o Congresso Nacional deveria editar um Código de Defesa do Consumidor, 
confirmando a grande importância deste ramo do direito na tutela dos vulneráveis. 
 
 
Em 1990, editou-se a Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor (CDC) que organizou, 
sistematicamente, as normas de proteção a este sujeito especial de direitos, a partir de princípios e 
regras específicos, que serão analisados ao longo do nosso Caderno Sistematizado. 
 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
1. INFLUÊNCIAS 
 
O Código de Defesa do Consumidor foi inspirado em vários modelos legislativos estrangeiros(Portugal, Espanha, México, Direito Comunitário Europeu), mas foi o Código de Consumo francês 
nossa principal influência. 
Salienta-se que o CDC foi uma norma extremamente revolucionária, servindo, hoje, como 
modelo para outros países da América Latina. 
2. MICROSSISTEMA JURÍDICO 
 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 17 
 
 
Art. 1º CDC - O presente código estabelece normas de proteção e defesa do 
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, 
inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias. 
O CDC inaugurou um microssistema jurídico, pois trouxe princípios gerais que devem 
orientar a aplicação das normas consumeristas em todas as relações jurídicas de consumo. Instituiu 
uma base principiológica sólida que confere coesão ao sistema, sem ter a preocupação de exauri- 
lo. 
Por exemplo, não trata de cada espécie de relação jurídica, mas trouxe uma base sólida de 
princípios que devem ser observadas em todas e quaisquer relações jurídicas que envolvam 
fornecedor e consumidor. 
STJ - O microssistema jurídico criado pela legislação consumerista busca 
dotar o consumidor de instrumentos que permitam um real exercício dos 
direitos a ele assegurados e, entre os direitos básicos do consumidor, 
previstos no art. 6.º, VIII, está a facilitação da defesa dos direitos privados 
 
Podemos citar, ainda, a multidisciplinariedade como outra característica do CDC, visto que 
cuida de questões que se acham inseridas nos Direitos Constitucional, Civil, Penal, Processual e 
Administrativo, sempre com o intuito de promover a efetiva tutela dos interesses dos consumidores. 
3. LEI PRINCIPIOLÓGICA 
 
O CDC é uma lei principiológica, tendo em vista que consagra os princípios que devem ser 
seguidos em todas as relações de consumo. 
 
É, nos termos do seu art. 1º, uma norma de ordem pública e de interesse social, inserida 
(como já vimos), no microssistema. 
 
 
3.1. NORMA DE ORDEM PÚBLICA 
De acordo com o Prof. Landolfo de Andrade, as normas de ordem pública ou cogentes são 
aquelas que, por estabelecerem valores básicos e fundamentais de nossa ordem jurídica, 
transcendem o interesse das partes, prevalecendo sobre a vontade destas. 
São normas que permitem a intervenção do juiz de ofício, a fim de que seja preservado o 
interesse do consumidor e o interesse social. Por exemplo, em tese, o juiz pode inverter o ônus da 
prova de ofício, declarar a nulidade de cláusulas abusivas (doutrina entende que para qualquer 
contrato de consumo). 
ATENÇÃO! A Súmula 381 do STJ proíbe que o juiz declare de ofício as cláusulas abusivas nos 
contratos bancários. 
Súmula 381 STJ – Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, 
de ofício, da abusividade da cláusula. 
 
Cláudia Lima Marques, em entendimento minoritário, afirma que o CDC poderá retroagir e 
ser aplicado a relações que tenham ocorrido antes de sua vigência, justamente por ser considerado 
uma norma de ordem pública. Como visto acima, nem o STF e nem o STJ aceitam esta tese. 
3.2. NORMA DE INTERESSE SOCIAL 
Para Landolfo Andrade, o CDC é uma norma de interesse social, pois interessa mais 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 18 
 
 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o 
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua 
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a 
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia 
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de 
consumo; 
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas; 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. 
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo 
e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios 
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), 
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores; 
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos 
seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; 
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de 
qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo; 
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no 
mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida 
de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos 
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e ambiental dos 
consumidores; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 
X - prevenção e tratamento do superendividamento como forma de evitar a 
exclusão social do consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 
diretamente à sociedade do que aos particulares. 
O CDC visa proteger a relação de consumo. Ou seja, o combate aos abusos, não interessa 
apenas às partes, mas sim toda a coletividade, pois estas relações são disseminadas. 
4. POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO 
 
O art. 4º do CDC é considerado uma norma narrativa, pois traz os objetivos e os princípios 
da relação de consumo, não se limitando a estabelecer um programa. Funciona como um guia para 
a aplicação das demais normas do CDC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salienta-se que os incisos IX e X foram incluídos pela Lei 14.181/2021, conhecida como Lei 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 19 
 
 
Obs.: O art. 4º, ao definir os fins, impõe obrigações de resultados. Por isso, é dotado de eficácia 
plena, designando um programa de interesse público, voltado à consecução de uma finalidade – 
defesa do consumidor – imposta pela CF e na Lei. 
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, 
contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: 
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor 
carente; 
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito 
do Ministério Público; 
III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de 
consumidores vítimas de infrações penais de consumo; 
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas 
Especializadas para a solução de litígios de consumo; 
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de 
Defesa do Consumidor. 
VI - instituição de mecanismos de prevenção e tratamento extrajudicial e 
judicial do superendividamento e de proteção do consumidor pessoa 
natural; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 
VII - instituição de núcleos de conciliação e mediação de conflitos oriundos 
de superendividamento. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021) 
do Superendividamento. Portanto, agora foram elencados como novos “princípios” da defesa do 
consumidos a educação financeira, a educação ambiental e a prevenção e tratamento do 
superendividamento como forma de evitar a exclusão social do consumidor. 
Objetivos da política nacional das relações de consumo: 
 
• Defesa dos interesses dos consumidores; 
 
• Transparência nas relações de consumo; 
 
• Harmonia entre consumidores e fornecedores. 
 
Destaca-se que embora inspirada na reconhecida necessidadede proteger o consumidor, 
agente vulnerável nas relações de consumo, não tem caráter paternalista, ou seja, não visa 
favorecer ilimitada e injustificadamente este especial sujeito de direitos. Ao contrário, quando se fala 
em “política nacional de relações de consumo”, o que se busca é a propalada harmonia que deve 
regê-las a todo momento 
 
 
O art. 5º do CDC consagra os instrumentos que o Poder Público poderá utilizar para executar 
a Política Nacional das Relações de Consumo. Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Lei 14.181/2021 acrescentou dois novos incisos ao art. 5º do CDC, a fim de proteger o 
consumidor do superendividamento. 
5. DIÁLOGO DAS FONTES 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14181.htm#art1
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 20 
 
 
OBS.: O CDC será sempre aplicado em caráter primário e as outras normas serão aplicadas 
subsidiariamente, desde que compatíveis com a principiologia do CDC. 
É uma técnica utilizada para solucionar conflitos de interesses. Por ser uma norma 
principiológica, os princípios do direito do consumidor alcançam as relações consumeristas em todo 
o ordenamento jurídico. 
Para melhor entendimento, o Professor usa o exemplo de uma laranja. Afirma que por ser 
uma norma principiológica, o CDC faz um corte transversal na laranja, alcançando todos os seus 
gomos. Desta forma, será aplicado aos planos de saúde, às relações hoteleiras, às mensalidades 
escolares, ao transporte de passageiros, enfim todos os ramos da atividade econômica. 
Há leis setoriais, as quais regulam cada atividade econômica. Haverá, com isso, uma relação 
de convivência entre o CDC e estas leis. Consequentemente, há casos em que pode ocorrer um 
conflito aparente de normas. 
5.1. CRITÉRIOS TRADICIONAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS DE NORMAS 
Os critérios tradicionais excluem uma das normas do ordenamento jurídico, verdadeiro 
monólogo. Atualmente, são insuficientes para a solução de conflitos entre normas. 
 
5.1.1. Critério cronológico 
 
A lei mais nova retira do sistema a lei anterior com ela conflitante. 
 
5.1.2. Critério da especialidade 
 
A lei geral nova não revoga a lei especial anterior, a não ser que incorpore ou regule 
inteiramente a matéria que tratava a lei especial antiga. 
 
5.1.3. Critério da hierarquia 
 
A lei hierarquicamente superior tem prioridade de aplicação e pode afastar ou revogar a lei 
inferior com ela conflitante. 
5.2. CRITÉRIO ATUAL 
Como visto acima, o diálogo das fontes é um novo critério de solução de conflitos entre 
normas. Por este critério, as duas leis serão aplicadas uma em caráter principal e a outra de forma 
complementar/subsidiária. 
O STF reconhece o uso da teoria do diálogo das fontes, vejamos: 
 
A Emenda Constitucional 40, na medida em que conferiu maior vagueza à 
disciplina constitucional do sistema financeiro (dando nova redação ao art. 
192), tornou ainda maior esse campo que a professora Claudia Lima Marques 
denominou “diálogo entre fontes” – no caso, entre a lei ordinária (que 
disciplina as relações consumeristas) e as leis complementares (que 
disciplinam o sistema financeiro nacional). (STF, ADI 2.591/DF). 
 
 
5.3. DIÁLOGO ENTRE O CDC E O CC 
 
Identifica-se três espécies de diálogos entre o CDC e o CC (Cláudia Lima Marques), a seguir 
analisaremos cada uma delas. 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 21 
 
 
OBS.: As cláusulas gerais são disposições normativas que utilizam, no enunciado, uma linguagem 
aberta, fluída ou vaga, a ser preenchida pelo magistrado quando da análise de um caso concreto. 
As cláusulas gerais constituem uma moderna técnica legislativa que possibilita ao intérprete 
determinar, previamente, qual a norma de conduta que deveria ter sido observada naquele caso. E, 
para alcançar tal objetivo, poderá aproveitar-se de princípios positivados ou não positivados no 
ordenamento jurídico, concretizando seus valores na solução dos casos concretos. 
 
5.3.1. Diálogo sistemático de coerência 
 
Consiste no aproveitamento da base conceitual de uma lei pela outra. Conceitos gerais do 
CC (pessoa jurídica, nulidades, provas, contratos) podem ser aproveitados na aplicação do CDC, 
que deles não se ocupou. 
Salienta-se que o CDC se preocupou apenas com a construção de conceitos específicos, 
considerados importantes para a sistemática de defesa dos sujeitos consumidores (ex.: consumidor, 
fornecedor, produto, serviço). 
 
5.3.2. Diálogo sistemático de complementaridade 
 
É a adoção de princípios e normas, em caráter complementar, por um dos sistemas, quando 
se fizer necessário para a solução de um caso concreto. Na relação de consumo, aplica-se 
prioritariamente o CDC, e só subsidiariamente, no que couber e for complementarmente necessário, 
o CC. 
Por exemplo, o CDC, em seu art. 42, parágrafo único, dispõe que o consumidor cobrado em 
quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em 
excesso. Porém, não estabelece o prazo para o consumidor buscar a satisfação dessa pretensão 
em juízo. Nesse caso, como não há norma específica a reger a hipótese, aplica-se, 
complementarmente, o prazo prescricional de dez anos, estabelecido pela regra geral do Código 
Civil de 2002 (art. 205). 
 
5.3.3. Diálogo das influências recíprocas sistemáticas 
 
É a influência do sistema especial no geral e do sistema geral no especial (diálogo de 
coordenação e adaptação sistemática). 
Por exemplo, o CC tornou-se suficiente para harmonizar as relações entre iguais, a aplicação 
do CDC foi direcionada apenas para a proteção do vulnerável, o que explica a atual opção do STJ 
pela teoria finalista (simples ou mitigada), na definição do conceito de consumidor. 
6. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Para a escola jusnaturalista, os princípios gerais do direito não possuíam força de lei. Sua 
aplicação era feita em caráter suplementar. Havendo lacuna, utilizavam-se os princípios extraídos 
do direito natural. 
Para escola positivista, os princípios são extraídos do próprio ordenamento jurídico, mas não 
possuem força normativa. Fonte mediata de direito, sua aplicação dependia de lacunas. 
Para a escola pós-positivista, os princípios estão previstos expressa ou implicitamente no 
próprio ordenamento jurídico e possuem força normativa. Entendem que se diferem das normas 
quanto à forma e quanto ao conteúdo. 
 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 22 
 
 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o 
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua 
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a 
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia 
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 
I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de 
consumo 
OBS.: a vulnerabilidade, aqui, possui presunção absoluta e decorre da própria lei. Todos os 
consumidores são vulneráveis. O consumo de alto padrão não afasta a vulnerabilidade. 
 
6.2. PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE 
É o principal princípio do direito do consumidor, traz a ideia de que o consumidor se encontra 
em uma posição de inferioridade em relação ao fornecedor. 
Possui fundamento na CF, tendo em vista que a defesa do consumidor é um direito 
fundamental, bem como um princípio que rege a ordem econômica, conforme vimos acima. 
Encontra-se expressamente previsto no art. 4º, I do CDC. 
 
 
 
A doutrina (Cláudia Lima Marques) aponta três espécies de vulnerabilidade, as quais 
diversas vezes já foram mencionadas em decisões proferidas pelo STJ. 
 
6.2.1. Vulnerabilidade técnica 
 
Desconhecimento, por parte do consumidor, das características do produto/serviço. Desta 
forma, a vulnerabilidade decorre da não participação do consumidor na produção do bem. 
Eventualmente, o consumidor profissional poderá ser considerado um vulnerável técnico, 
nos casos em que o produto ou o serviçoadquirido não tiver relação com a sua formação, 
competência ou área de atuação. 
 
6.2.2. Vulnerabilidade jurídica 
 
Desconhecimento, por parte do consumidor, dos seus direitos e deveres, incluindo aspectos 
econômicos e contábeis. 
6.2.3. Vulnerabilidade econômica ou fática 
 
O consumidor é frágil diante do fornecedor, por uma série de motivos, vejamos: 
 
• Em razão do forte poder econômico do fornecedor; 
• Em razão de o fornecedor deter o monopólio fático ou jurídico da relação; 
• Em razão de o fornecedor desenvolver uma atividade considerada essencial (ex. 
provedor de internet, medicamento). 
Para fixação, vejamos o quadro sistematizado, retirado do Livro Interesses Difusos e 
Coletivos, bem como apresentado em aula pelo Prof. Landolfo. 
 
VULNERABILIDADE DEFINIÇÃO EXEMPLO 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 23 
 
 
 
 
TÉCNICA 
Consiste na ausência de 
conhecimentos específicos sobre o 
produto que o consumidor adquire 
ou utiliza. 
É o caso do estudante que compra 
um notebook sem possuir 
conhecimentos técnicos 
específicos sobre o produto 
adquirido. 
 
 
 
JURÍDICA 
 
Consiste na falta de conhecimento, 
pelo consumidor, dos direitos e 
deveres inerentes à relação de 
consumo. 
É o caso da pessoa que firma um 
compromisso de compra e venda 
de um lote, junto a uma 
incorporadora, sem possuir 
conhecimento jurídico para 
compreender todos os aspectos do 
negócio. 
 
 
 
ECONÔMICA 
Consiste na condição de fragilidade 
do consumidor frente ao fornecedor 
que, por sua posição de monopólio, 
fático ou jurídico, por seu forte 
poderio econômico ou em razão da 
essencialidade do serviço que 
fornece, impõe sua superioridade a 
todos que com ele contratem. 
 
É o caso do pai de família que 
contrata serviço de internet banda 
larga fornecido em seu endereço 
por uma única concessionária de 
serviço público. 
 
 
6.2.4. Vulnerabilidade informacional 
 
A falta da informação é causa de vulnerabilidade. Aqui, o consumidor não detém informações 
suficientes para realizar o processo decisório de aquisição ou não do produto ou serviço. 
6.3. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA 
 
6.3.1. Conceito e fundamento 
 
Representa o padrão de conduta que deve ser observado por todos os fornecedores no 
mercado de consumo, com base em valores éticos, de modo a respeitar as expectativas do 
consumidor naquela relação jurídica. 
O fundamento é constitucional, de modo implícito (art. 1º, III e art. 3º I da CF), decorrente da 
dignidade da pessoa humana e da do princípio da solidariedade; e legal, de modo expresso (art. 4º, 
III CDC e arts. 113, 187 e 422, CC). 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 24 
 
 
CF Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
CF Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 
CDC - Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo 
o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua 
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a 
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia 
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...) 
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo 
e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios 
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), 
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores; 
 
CC Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa- 
fé e os usos do lugar de sua celebração. 
 
CC Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê- 
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
CC Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão 
do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 
 
 
6.3.2. Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva 
 
Boa-fé objetiva trata-se de um princípio, ora estudado. 
 
Boa-fé subjetiva trata-se do estado anímico da pessoa, ou seja, a sua intenção ao realizar 
determinado ato. Não interessa ao direito do consumidor. 
 
6.3.3. Funções da boa-fé 
 
a) Função interpretativa ou critério hermenêutico (CC, art. 113 e CDC, art. 4º, III) 
 
Quando houver, por exemplo, cláusulas contratuais de interpretação dúbia, a interpretação 
deve ser orientada de acordo com a boa-fé objetiva. 
b) Função integrativa ou de criação de deveres jurídicos 
A boa-fé objetiva cria deveres anexos ao contrato que devem ser respeitados, tais como o 
dever de cuidado, o dever de informação e o dever de cooperação. 
• Dever de informação: o fornecedor deve informar ao consumidor todas as 
características do produto, para o bom uso do bem de consumo; 
• Dever de cuidado: impõe ao fornecedor o dever de adotar uma conduta protetiva, 
CS DE CONSUMIDOR – 2022.1 25 
 
 
CDC Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais 
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: (...) 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem 
o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a 
boa-fé ou a equidade; 
 
CC Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê- 
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
CDC - Art. 4º, III - harmonização dos interesses dos participantes das 
relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a 
necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a 
viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da 
Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações 
entre consumidores e fornecedores; 
voltada à prevenção de danos ao patrimônio e à pessoa do consumidor. 
• Dever de cooperação: as partes de uma relação jurídica de consumo devem 
cooperar entre si para que as obrigações sejam satisfeitas. 
STJ (REsp 595.631/SC) - Aplicação do princípio da boa-fé contratual. 
Deveres anexos ao contrato. O princípio da boa-fé se aplica às relações 
contratuais regidas pelo CDC, impondo, por conseguinte, a obediência aos 
deveres anexos ao contrato, que são decorrência lógica deste princípio. O 
dever anexo de cooperação pressupõe ações recíprocas de lealdade dentro 
da relação contratual. A violação a qualquer dos deveres anexos implica em 
inadimplemento contratual de quem lhe tenha dado causa. 
 
O descumprimento dos deveres anexos representa uma violação positiva do contrato ou, 
ainda, um adimplemento ruim do contrato. 
c) Função de controle ou limitativa do exercício de direitos subjetivos 
 
A atuação do fornecedor é limitada pelo princípio da boa-fé objetiva. Os seus direitos não 
podem ser exercidos de modo abusivo. A nulidade das cláusulas incompatíveis com a boa-fé 
objetiva é uma limitação ao exercício de direito pelo fornecedor. 
 
 
 
6.4. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO 
Previsto no art. 4º, III, do CDC. 
 
 
Deve haver um equilíbrio na relação jurídica entre consumidor e fornecedor, tanto no plano 
material quanto no plano processual, feito pelo CDC. 
O equilíbrio no plano material seria, por exemplo, o estabelecimento da responsabilidade 
objetiva por dano ao consumidor. No plano processual, a inversão do ônus da prova visa equilibrar 
a relação consumerista. 
6.5. PRINCÍPIO DA DEFESA DO CONSUMIDOR PELO ESTADO 
Traduz a ideia de que o Estado deve intervir nas relações de consumo para defender os 
interesses dos consumidores. 
CS DE CONSUMIDOR

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