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Agregados na Construção Civil

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FITO - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: AGREGADOS
 Prof. Reginaldo - 2013
1. Definição 
são fragmentos de rochas, popularmente denominados “pedras” e “areias”. Material granular, sem forma ou volume definido, geralmente inerte1.
2. Classificação quanto à origem
2.1. Quanto à origem
Naturais, encontrados na natureza já preparados para o uso sem outro beneficiamento que não sejam a lavagem (quando for o caso, sua classificação granulométrica, geralmente, é feita por peneiramento), como, por exemplo, areia de rio, pedregulho, areia de cava, etc.;
Artificiais, derivadas de processos industriais, tais como argila expandida e pelotizada, etc.,
Britados, submetidos a processo de cominuição, geralmente por britagem, para que possam se adequar ao uso como agregados para concreto, como pedra britada, pedrisco, pedregulho britado, etc.,
1não sofre reações químicas.
Reciclados que podem ser resíduos industriais granulares que tenham propriedades adequadas ao uso como agregado ou proveniente do beneficiamento de entulho de construção ou demolição selecionado para esta aplicação. Ex. entulho de construção/demolição, etc.
2.2 Quanto às dimensões
Miúdo (passa pela # 4,8 mm e fica retido na # 0,075 mm);
Graúdo (passa na peneira # 152 mm e fica retido na # 4,8 mm).
2.3 Quanto à massa unitária
Leves: ( 2000 Kg/m3;
Normais: entre 2000 e 3000 Kg/m3;
Pesados: ( 3000 Kg/m3
3. Importância
ocupa aproximadamente 70% do volume do concreto;
dos materiais constituintes do concreto o agregado é o menos homogêneo.
obs.: justificam o controle tecnológico dos agregados.
4. Funções
função econômica 
redução de custos (redução do consumo de aglomerante
funções técnicas
redução da retração;
aumento da resistência à abrasão.
5. Obtenção
conhecimento da região;
grandes obras
inviabilidade de importação de outras regiões.
agregados naturais
extração
lavagem e classificação
artificiais
extração
redução do tamanho
britadores: de mandíbulas, rolos, cônicos, cilíndricos e de martelo.
classificação.
6. Índices de qualidade
resistência à compressão2:
granito: ( 120 Mpa
basalto: ( 150 Mpa
resistência à abrasão
importância: etapas de produção e estocagem;
determinação: ensaio de “abrasão Los Angeles”.
reatividade potencial (NBR 9773/87 e NBR 9774/87)
reação entre compostos e compostos resultantes de hidratação do cimento (reação álcali agregado, reação álcali silicato e reação álcali carbonato);
reação expansiva: causa fissuras e desagregação.
prevenção:
ensaios de laboratório comparando a expansão de concretos feitos com o agregado potencialmente reativo e agregado de uso corrente;
uso de pozolanas: reagem com os álcalis.
Impurezas orgânicas (NM 49)
torrões de argila:
introduz vazios no concreto;
absorve a água de amassamento.
obs.: causam a redução da resistência.
limites:
agregados miúdos: 1,5%
agregados graúdos: 1 a 3%
materiais pulverulentos (NM 46)
agregados miúdos: 3 a 5%
agregados graúdos: 1%
reduzem a aderência entre o agregado e a pasta e, portanto, a resistência.
materiais friáveis (NBR 7218)
grãos do agregado que se desagregam facilmente;
reduzem a resistência.
2Indicam se o agregado possui ou não qualidade para o concreto e argamassa.
materiais carbonosos e orgânicos 
carvão, madeira, vegetais
introduzem vazios
aumentam a acidez neutralizando parte da alcalinidade do cimento
obs.: comprometem a resistência do concreto devido à formação de vazios e à insuficiente hidratação do cimento.
forma dos grãos
quanto às dimensões: alongados, cúbicos, discóides.
índice de forma
quanto à conformação da superfície: angular e aredondadas
exemplos:
pedregulho: arredondado e liso
rocha britada: equidimensional, alongada, chata
importante na compacidade, trabalhabilidade e atrito
7. Constantes físicas
caracterizam o agregado
Massa Unitária: relação entre massa do agregado e o volume aparente ocupado pelo agregado (NBR 7251)
utilização: conversão de traços em massa para volume e vice-versa
simula condições de obra
determinação: 
caixa metálica de volume conhecido
obs.: para a areia a massa unitária é influenciada pela umidade.
Massa Especifica: relação entre a massa do agregado e o volume dos grãos do agregado (NM 52)
determinação: 
utilização: calcular volume real de concreto e argamassa produzido
Umidade 
Relação entre massa de água e a massa do agregado seco 
Importância
altera a quantidade de água no concreto
altera a massa e volume da areia
teor de umidade (%)
Inchamento (da areia) (NBR 6467): variação do volume aparente provocado pela água adsorvida3
utilização: calcular volume real de concreto e argamassa produzido
areia fina: ( inchamento
areia grossa: ( inchamento
máximo entre 4 e 6% de umidade
maior inchamento para areias mais finas
coeficiente de inchamento
obs.: toda vez que dosa em volume, erra-se mais.
3Água na superfície
Granulometria (NM 248):
dizer que os grãos do agregado estão compreendidos entre a peneira A e B é uma caracterização insuficiente, pois não diz as frações entre as peneiras.
grãos são irregulares
% varia muito de agregado para agregado
granulometria: distribuição percentual dos tamanhos dos grãos
importância: ( influência na compacidade e, portanto, na resistência 
 ( altera o consumo de cimento
obtenção:
amostra
secagem
peneiramento
pesagem das frações retidas em cada peneira
resultados:
porcentagens retidas
módulo de finura
dimensão máxima característica: abertura de peneira a que corresponde a uma %retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5%
curva granulométrica
Peneiras da série normal:
Agregado miúdo: # 4,8mm; # 2,4mm; # 1,2mm; # 0,6mm; # 0,3mm; # 0,15mm; # 0,075mm
Agregado graúdo: # 4,8mm; # 9,6mm; # 19mm; # 38mm; # 76mm; # 152mm
Peneiras intermediárias:
Agregado graúdo: # 6,3mm; # 12,5mm; # 25mm; # 32mm; # 50mm; # 64mm
Finura:
medida de quão finos são os grãos do agregado
indicada pelo módulo de finura
módulo de finura indica a finura com apenas um número
	Areia
	Módulo de finura
	muito fina
	1,35 a 2,25
	fina
	1,71 a 2,85
	média
	2,11 a 3,38
	grossa
	2,71 a 4,02
Superfície específica:
somatório das áreas das superfícies dos grãos do agregado
unidade: cm2/g
área da superfície de um grão= área da superfície de uma esfera de mesmo diâmetro
importância ( quanto menores os grãos ( maior a área da superfície
obs.: ( área específica ( maior o consumo de cimento
	Faixa (mm)
	cm2/g
	0,6/1,2
	28
	2,4/4,8
	7
	38/76
	1
3Água na superfície
8) Normas ABNT
NBR NM 26 – Agregados – Amostragem;
NBR NM 27 – Agregados – Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório;
NBR NM 30 – Agregado miúdo – determinação da absorção de água;
NBR NM 46 – Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 (m, por lavagem;
NBR NM 49 – Agregado fino – Determinação de impurezas orgânicas;
NBR NM 51 – Agregado graúdo – Ensaio de abrasão “Los Angeles”;
NBR NM 52 – Agregado miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente;
NBR NM 53 – Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água;
NBR NM 66 – Agregados – Constituintes mineralógicas dos agregados naturais – Terminologia;
NBR NM 248 – Agregados – determinação da composição granulométrica;
NBR 6467 – Agregados – determinação do inchamento de agregado miúdo – Método de ensaio;
NBR 7211 – Agregados para concreto – Especificação;
NBR 7218 – Agregados– Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;
NBR 7225 – Materiais de pedra e agregados naturais – Terminologia;
NBR 7389 – Apreciação petrográfica de materiais naturais, para utilização como agregado em concreto – Procedimento;
NBR 7809 – Agregado graúdo – Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro; 
NBR 7251 – Agregado em estado solto – determinação da massa unitária;
NBR 7810 – Agregado em estado compactado seco – Determinação da massa unitária;
NBR 9773 – Agregado – Reatividade potencial de álcalis em combinações cimento-agregado;
NBR 9774 – Agregado – Verificação da reatividade potencial pelo método químico;
NBR 9775 – Agregados – Determinação da umidade superficial em agregados miúdos por meio do frasco de Chapman.
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