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AULA 9

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AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
HEMATOLOGIA CLÍNICA 
Aula 9: Anemia aplástica, Anemia de doença crônica 
e Anemia sideroblástica 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Objetivos desta aula 
1. Descrever a fisiopatologia das anemias aplásticas, anemia crônica e anemia 
sideroblástica; 
 
2. Explicar as causas da pancitopenia; 
 
3. Analisar a etiologia e a patogênese envolvidas nas anemias aplásticas, 
anemia de doença crônica e anemia sideroblástica; 
 
4. Identificar os aspectos laboratoriais das anemias; 
 
5. Identificar os exames laboratoriais das anemias em estudo; 
 
6. Explicar a interpretação dos achados laboratoriais. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte: VICARI, P.; FIGUEREDO, M.S. Diagnóstico Laboratorial da deficiência de ferro. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):29-31. 
Segundo Nunes e Barone (2003), a “anemia de doença crônica é um tipo de anemia presente em pacientes com 
infecções crônicas, doenças inflamatórias e neoplásicas, e nesta é possível observar uma diminuição na 
sobrevida dos eritrócitos, resposta medular inadequada frente a anemia e distúrbio no metabolismo do ferro, 
sendo a principal alteração observada a incapacidade da medula óssea em aumentar sua capacidade 
eritropoiética para compensar a diminuição da sobrevida dos eritrócitos”. 
 
 
 
 
 
Já para os autores Vicari e Figueiredo (2010), a “anemia de doença crônica é a anemia mais comum em pacientes 
hospitalizados e, em geral, incide em indivíduos com patologias inflamatórias crônicas devido aos elevados níveis 
de citocinas inflamatórias, que interferem na utilização da eritropoetina e no metabolismo do Ferro.” 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia 
de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/downl
oad/551/674+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
 Etiopatogenia 
 
 Sua etiopatogenia é complexa e depende de diferentes fatores que atuam de forma concomitante; 
 
 Anemias causadas por perda sanguínea, deficiência de ferro, folato ou vitamina B12, hemólise, 
doença renal, doença endócrina e doença hepática não se enquadram nesta patologia, sendo que 
essas alterações podem ser encontradas em pacientes com anemia de doença crônica; 
 
 Presente na maioria dos pacientes hospitalizados; 
 
 52% dos pacientes anêmicos que não sofrem perdas sanguíneas têm os critérios laboratoriais de 
anemia de doença crônica; 
 
 Em pacientes com artrite reumatoide, a prevalência de anemia crônica varia entre 27% e 58%. 
 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Os fatores que interferem no aparecimento dessa anemia são vários e estão presentes em grau variável 
em diferentes situações, dentre elas: 
 
 Falha de reutilização do ferro liberado pelos macrófagos envelhecidos; 
 
 Diminuição do tempo de sobrevida dos eritrócitos; 
 
 Insuficiência medular; 
 
 Alterações na produção de citocinas inflamatórias, em especial TNF, IL-1 e o interferon-ɤ 
e β; 
 
 Aumento da concentração de ferro depositado e, consequentemente, seu bloqueio na 
liberação pelos eritroblástos medulares, no quadro de inflamação crônica. 
 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte: GIGLIOTTI, P. Estudo do metabolismo do Ferro. 
Disponível em: <http://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0075.pdf>. 
Relembrando: 
Metabolismo do Ferro 
Ação da hepcidina no metabolismo do ferro. Ao 
formar o complexo com a ferroportina, leva à sua 
degradação. No enterócito, o ferro não é 
transportado para o exterior da célula e a 
absorção é inibida (FIGURA À ESQUERDA). 
 
No macrófago, o ferro fica acumulado no seu 
interior, diminuindo o ferro disponível para a 
eritropoiese (FIGURA À DIREITA). 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte MARTINELLI, A. (2013). Eritropoietina: Síntese e liberação fisiológica e o uso e sua forma recombinante no esporte. Disponível em:<http://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0074.pdf> 
Uma das explicações para a resposta medular inadequada está relacionada com a ativação dos 
macrófagos e a liberação de citocinas inflamatórias. 
 
Entre elas a interleucina 1 e 6 (IL 1, IL 6), fator de necrose tumoral alfa (TNF a) e o interferon gama (INF 
y), que inibem a proliferação dos precursores eritrocitários e, com isso inibem, a eritropoese. 
 
Essas citocinas também são capazes de suprimir a eritropoese, superando a ação estimuladora da EPO e 
causando uma diminuição da resposta da medula óssea à EPO e à eritropoese. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Fonte MARTINELLI, A. (2013). Eritropoietina: Síntese e liberação fisiológica e o uso e sua forma recombinante no esporte. 
Disponível em:<http://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0074.pdf> 
Figura: Fatores de crescimento envolvidos na evolução da 
linguagem eritropoiética e suas respectivas populações de células e 
colônias sensíveis. 
 
Legenda: 
SCF: Fator estimulador de células-tronco; 
IL: Interleucinas, 1, 3, 6, 11; 
GM-SCF: Fator estimulador de colônias de granulócitos-
macrófagos; 
IGF: Fator de crescimento dependente de insulina; 
CFU-E: Colônia formadora de eritrócitos; 
CFU-GEM: Colônia formadora de eritrócitos, monócitos e 
megacariócitos. 
(Extraído e modificado de ALBERTS, 1997) 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
 É importante na anemia crônica determinar a morfologia eritrocitária e o ferro sérico, pois são diversos 
fatores que interferem na etiopatogenia desta doença. 
Doenças Morfologia eritrocitária Fisiopatologia 
Doenças malignas (leucemia, 
linfoma, tumor sólido) 
Anemia normocítica ou microcítica hipocrômica Neoplasia reduz o parênquima eritroblástico e/ou interfere na 
absorção de elementos essenciais para sua produção e 
diferenciação. Pode haver a produção de anticorpos 
antieritrocitários 
Mielofibrose Hemácias em lágrimas e aparecem as células granulocíticas 
jovens, eritroblástos e até megacariócitos.Aparecimento da 
hemopoese extramedular 
Alterações do microambiente medular pela o excesso de 
produção do tecido fibroso 
Intoxicação por chumbo Hemácias microcítica e hipocrômica com pontuação basófila Há interferência na síntese do heme, atrapalhando a síntese 
de hemoglobina. Existe acúmulo de protoporfirina no 
citoplasma dos eritrócitos. Excesso de eliminação de 
coproporfirina nas fezes 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Diagnóstico Laboratorial 
1) Hemograma: 
 
 Eritrograma; 
 Leucograma; 
 Análise da morfologia eritrocitária; 
 Contagem de reticulócitos. 
 
2) Bioquímica: 
 
 Dosagem de ferro sérico; 
 Dosagem de ferro medular; 
 Dosagem de ferritina sérica; 
 Dosagem de transferrina; 
 TIBC (capacidade total de ligação ao ferro). 
3) Exames complementares: 
 
 Eletroforese de hemoglobina; 
 Velocidade de Hemossedimentação (VHS); 
 Reação de Perls (coloração para detecção de ferro 
em esfregaços de medula). 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Achados Laboratoriais: 
 Os eritrócitos geralmente são 
normociticos e normocromicos, 
com possível microcitose e 
hipocromia; 
 Leucocitose com aumento da 
velocidade de 
hemossedimentação (VHS) 
também podem ocorrer; 
 Reação de Perls em medula 
óssea mostra a presença de 
ferro nos macrófagos; 
 Reticulócitos podem estar 
normais ou aumentados. 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia 
ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.
php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
ATENÇÃO: Anemia de doença Crônica x Anemia Ferropriva 
 Certos casos de Anemia de 
Doença Crônica (ACD) são 
semelhantes à anemia 
ferropriva, ocorrendo 
microcitose e hipocromia. 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia 
ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.
php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Tratamento: 
 O tratamento consiste na eliminação da doença primária ou de base; 
 
 Eliminação, sempre que possível, dos fatores envolvidos na gênese da anemia; 
 
 O uso de eritropoietina está indicado nos casos que há anemia acentuada e os pacientes com doença 
neoplásica; 
 
 A transfusão de hemácias também pode ser útil para o tratamento da ADC, principalmente nos 
pacientes idosos ou com doenças neoplásicas. Através deste é possível observar uma elevação nos 
valores da hemoglobina e uma súbita melhora dos sintomas relacionados à anemia. 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Segundo Silva et al.; a “anemia sideroblástica 
constitui um grupo heterogêneo de disfunções 
sanguíneas, caracterizadas por um depósito de ferro 
intramitocondrial no interior dos Eritroblastos. Esse 
acúmulo de ferro ocorre na região perinuclear do 
eritroblasto, formando um anel parcial ou completo 
ao redor do núcleo, originando o que denomina-se 
‘sideroblástos em anel’”. 
Fonte: SILVA, C., D.; PEREIRA, A., M.; LEITE, L., M.; ESTEVES, D., C.;MARSON, R., F.; SOUZA, L., A., P. A Fisiopatologia da Anemia Sideroblástica. Rev. Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS V 13 (1), 
2001. 
Sideroblástos em Anel 
Fonte: ASH. Americam Socitey Hematology. 
Disponível em: <http://imagebank.hematology.org/image/60876/aplastic-
anemiabiopsy-high-power?type=upload>. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
 Há um aumento no turnover do ferro não efetivo, com depósito do Ferro nos eritroblástos sem 
incorporação dos mesmos para a síntese da hemoglobina; 
 
 O depósito de Ferro ocorre por 3 motivos distintos: 
 
 Devido a uma alteração na síntese do radical HEME nos eritroblástos no interior da medula 
óssea; 
 
 Menor produção de protoporfirina que também está relacionada à síntese do radical HEME; 
 
 Pela inserção incorreta do ferro dentro dos eritroblástos. 
Fonte: SILVA, C., D.; PEREIRA, A., M.; LEITE, L., M.; ESTEVES, D., C.;MARSON, R., F.; SOUZA, L., A., P. A Fisiopatologia da Anemia Sideroblástica. Rev. Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS V 13 (1), 
2016. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Relembrando: Síntese e degradação da Hemoglobina 
Síntese da Hemoglobina. 
Fonte: LORENZI, T.,F.; DANIEL, M.,M.; SILVEIRA, P., 
A.,A.; BUCCHERI, V. Manual de Hematologia 
Propedêutica e clínica. Editora Medsi. 
3ª Edição (2003) 
 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
EVOLUÇÃO DA DOENÇA 
Hiperplasia da Medula 
óssea 
Eritropoiese de deficiente 
Alteração na Síntese do 
Radical Heme 
Inibição da Captação de 
Ferro pelos eritrócitos 
Sobrecarga de Ferro no 
organismo (manutenção 
do Fluxo de Ferro) 
Feedback negativo 
Eritrócitos maduros com 
alterações na membrana 
Hemólise 
Intramedular 
Relacionado ao grau de 
Gravidade da doença 
Renovação de Ferro 
plasmático 
Incorporação de ferro nas 
hemácias 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
 Anemias raras, caracterizadas pela presença de eritrócitos hipocrômicos e frequentemente microcíticos no sangue periférico, 
usualmente com a presença de hemácias normocrômicas de modo que a aparência é dimórfica. 
 
 Classificadas em Congênita (ou Hereditária), Adquirida e Reversível (ou Secundária): 
Congênita (ou 
Hereditária ) Adquirida 
Reversível (ou 
Secundária) 
 Herança Ligada ao cromossomo X 
 Congênita esporádica 
 Associado à citopatologia mitocondrial 
(Síndrome de Pearson) 
 Anemia sideroblástica pura 
 Anemia refratária com 
sideroblástos em anel 
 Alcoolismo 
 Drogas Ionizantes, 
cloranfenicol e chumbo 
 Déficit de Cobre 
 Hipotoxicidade do Zinco 
 Hipotermia 
Fonte: SILVA, C., D.; PEREIRA, A., M.; LEITE, L., M.; ESTEVES, D., C.;MARSON, R., F.; SOUZA, L., A., P. A Fisiopatologia da Anemia Sideroblástica. Rev. Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS V 13 (1), 2016. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
 A forma congênita é mais rara do que as formas adquiridas. Normalmente, se manifesta na infância, podendo não ser 
detectada até a fase adulta. A descoberta da doença pode ocorrer após a detecção de um caso na família e é ligada ao 
cromossomo X. Ocorre geralmente em pacientes do sexo masculino e a alteração da síntese do heme ocorrenos 
estágios iniciais da via metabólica, com mutações que afetam a síntese da enzima delta-aminolevulínico eritroide (ALA-
sintetase); 
 
 Existe uma forma de doença com herança indeterminada onde a anemia sideroblástica é encontrada em crianças do 
sexo feminino; 
 
 A anemia sideroblástica adquirida é mais encontrada na fase adulta e é detectada em ambos os sexos. Podem ser 
encontrados eritrócitos microcíticos e hipocrômicos e macrocitose; 
 
 A intoxicação por chumbo (saniturnismo) é silenciosa e o chumbo interfere na síntese do heme, pois a inibe através do 
bloqueio das enzimas ALA-sintetase, ALA-deidrase e heme-sintetase; 
 
 A anemia induzida por etanol é umas das mais comuns e é reversível. 
 Etiopatogenia 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Diagnóstico Laboratorial 
1) Hemograma: 
 
 Eritrograma; 
 Leucograma; 
 Análise da morfologia eritrocitária;. 
 
2) Bioquímica: 
 
 Dosagem de ferro sérico; 
 Saturação da Transferrina; 
 Dosagem de ferritina sérica; 
 Dosagem de ferro medular; 
 TIBC (capacidade total de ligação ao ferro). 
3) Exames complementares: 
 
 Mielograma; 
 Coloração de Perls (Azul da Prússia) 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Achados Laboratoriais 
Exame laboratorial Resultados encontrados 
Morfologia Eritrocitária Dimorfismo ou hipocromia e microcitose uniformes. Às vezes, as células em alvo e pontilhado basófilo. A pecilocitose pode ser acentuada com 
corpúsculos de Pappenheimer 
Dosagem de Hemoglobina e contagem 
de eritrócitos 
Baixa 
Contagem de plaquetas e Leucócitos Normal, exceto na presença de esplenomegalia 
 
Eletroforese de hemoglobina Normal 
Mielograma Estoque de Ferro aumentado, hiperplasia eritroides com evidência de hemoglobinização defeituosa e número aumentado de eritroblástos. Há 
um aumento no número de grânulos sideróticos por células e aparecem grânulos ao redor do núcleo formando sideroblastos em anel, 
mostrado pela coloração de Perls. 
Dosagem de ferro sérico Aumentada 
Saturação de Transferrina Aumentada 
Ferritina sérica Aumentada 
TIBC Normal ou diminuída 
Dosagem de ferro Medular Aumentado 
Fonte: SILVA, C., D.; PEREIRA, A., M.; LEITE, L., M.; ESTEVES, D., C.; MARSON, R., F.; SOUZA, L., A., P. A Fisiopatologia da Anemia 
Sideroblástica. Rev. Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS V 13 (1), 2016. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
ATENÇÃO: Diagnóstico diferencial das anemias microcíticas 
Fonte: SILVA, C., D.; PEREIRA, A., M.; LEITE, L., M.; ESTEVES, D., C.;MARSON, R., F.; SOUZA, L., A., P. A Fisiopatologia da Anemia 
Sideroblástica. Rev. Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS V 13 (1), 2016. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Atenção: Diagnóstico das anemias Hipocrômicas 
Fonte: VERRASTRO, T.; LORENZI, T.F.; NETO, S.,W. Hematologia e Hemoterapia: Fundamentos de morfologia, fisiologia, Patologia e 
Clinica. Editora Athenu 1º edição - SP 
 
 
 
Hemoglobina- < 11g/100ml (Feminino e criança) 
Masculino - < 12g/100ml 
HCM - < 27 pg /CHCM - < 31% /VCM - < 80µ3 
Hipocromia 
Dosagem de ferro sérico (valor de Referência (60 -140mg/100ml) 
≥ 60 < 60 
Anemia Hipocromia Ferropênica 
 Sangramento Crônico 
 Carência verdadeira do recém-nascido 
 Deficiência de Ingestão 
 Anemia Inflamatória 
Estudo do Sideroblastos (+); 
Eritrócitos Hipocromicos 
Anemia Hipocrômica Hipersiderêmica 
Afastar anemia hipocrônica 
hipersiderêmica tratada 
pelo Ferro 
Hemoglobinopatias (exemplo: 
Talassemias) 
Anemia Sideroblástica 
(3 tipos) 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia Sideroblástica 
Atenção: Status de ferro 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia de doença crônica 
Tratamento: 
Fonte: NUNES, D.,C.; BARONE, A. (2013). Utilização de Marcadores Hematológicos para a diferenciação de anemia ferroprivas da anemia de doença crônica. Disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3munJg65Lq8J:www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ACIS/article/download/551/674+&cd=2&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-ab> 
 Controlar os sintomas da anemia e em pacientes com manifestação grave de anemia, o protocolo estabelecido 
é a transfusão periódica; 
 
 Prevenir danos causados pela sobrecarga de ferro; 
 
 Se ocorrer a documentação de sobrecarga de ferro pela biópsia hepática associada a um nível de ferritina sérica 
superior a 500 mcg/L, o protocolo adotado é a diminuição do ferro que deve ser realizada por flebotomia 
periódica, se os níveis de hemoglobina forem superior a 9 g/dl; 
 
 A cura ainda não é possível. Em mais do que 2/3 dos casos de anemia sideroblástica com herança ligada ao 
cromossomo X, o tratamento é com piridoxina e os níveis de hemoglobina são normalizados em metade dos 
casos. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Atividade proposta 
Fonte: BAIN J., B. Células Sanguíneas: Um Guia prático. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
Mulher de 45 anos que teve exacerbação recente da sua artrite reumatoide. Tem tomado aspirina, anti-
inflamatórios não esteroides e corticoides. Seguem os resultados dos exames: 
 
• Leucograma: 12.000/µL; 
• Hb: 8,5 g/dL; 
• VCM 70,0 fL; 
• Plaquetas: 450.000/µL; 
• Ferritina sérica 103 µmol/L (limites de referência: 15 – 20 µmol/L); 
• Ferro sérico: 27,9 g/dL (limites de referência: 70 a 140 mg/dL); 
• Transferrina sérica: 220mg/dL (limites de referência: 240 a 480 mg/dL); 
• Velocidade de hemossedimentação globular: 53mm/ 1 hora (limites de referência: 1 a 20). 
 
Pergunta-se: 
1) Qual é o Diagnóstico do Paciente? Justifique sua resposta. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Atividade proposta 
Paciente PCMD com 52 anos, do sexo feminino, com história de rinite alérgica e abuso de álcool. Dois anos depois, esse 
paciente foi internado no Hospital Souza Aguiar com baixa pressão. No exame físico, apresentou palidez, cansaço. O fígado, o 
baço e os gânglios linfáticos não estavam aumentados. Foi solicitado exame de sangue (hemograma, contagem de 
reticulócitos, bioquímica). 
 
Ao analisar o resultado, o farmacêutico percebeu que este apresentava uma anemia (Hb 3.2g/dL, VC 82 fL) com contagem de 
leucócitos 9.2 × 103/µL igual à contagem de plaquetas 168 × 103/µL . Ao analisar a morfologia eritrocitária, as hemácias 
eram dimórficas (Figura A). Em seguida, foi coletado um aspirado de medula óssea (Figura B) e foi dosada a concentração de 
álcool no sangue que encontrava-se normal e a dosagem de Zinco (186 µg/dL) (Valor de referência 60-130 µg/dL). 
Fonte: ASH. Americam Socitey Hematology. Disponível em: 
<http://imagebank.hematology.org/image/60876/aplastic-anemiabiopsy-high-
power?type=upload>. 
AULA 9: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Atividade proposta 
Após analisar a Figura B, quais as principais alterações morfológicas encontradas no aspirado de medula desse paciente?2. Qual o diagnóstico hematológico desse paciente e quais os parâmetros (exames laboratoriais e resultados) que levaram a 
chegar a esse diagnóstico? 
 
3. A análise morfológica das hemácias do paciente apresentou hemácias dimórficas. O que significa essa morfologia? Além 
disso, as hemácias apresentam uma inclusão. Qual o nome dessa inclusão e o que indica a presença dela nas hemácias? 
Fonte: ASH. Americam Socitey Hematology. Disponível em: 
<http://imagebank.hematology.org/image/60876/aplastic-anemiabiopsy-high-
power?type=upload>. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Mecanismos envolvidos no defeito de síntese 
de cadeias globinicas; 
 
Anomalias hereditárias de síntese de cadeias 
globinicas da hemoglobina; 
 
Anomalias hereditárias envolvidas na anemia 
hemolítica; 
 
Mecanismos fisiopatológicos envolvidos nas 
talassemias, hemoglobinopatias, anemia 
hemolíticas hereditária, autoimune e anemia 
induzida por drogas; 
 
Interpretação de exames laboratoriais.

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