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CONTABILIDADE COMERCIAL

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FACULDADE DOM PEDRO II
Bacharelado em Ciências Contábeis
IPVA – IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
Salvador, 2018.
INTRODUÇÃO
O IPVA, surgiu como substituto da antiga Taxa Rodoviária Única, a TRU, introduzida no ordenamento jurídico brasileiro em 1969, e vinculada ao crescimento das rodovias nacionais no contexto de sua criação de forma que financiava os custos das rodovias.
O IPVA foi instituído pela Emenda Constitucional nº27, de 28 de novembro de 1985, entrando em vigor. É cobrado anualmente, sendo que, teoricamente, a arrecadação do IPVA serve para ser aplicada em manutenção das vias públicas, como, conservação do asfalto, sinalização e iluminação. o ano seguinte, sendo de competência dos Estados e ao Distrito Federal. 
ASPECTO MATERIAL
O fator gerador do IPVA é contínuo e incide sobre a propriedade de veículos automotores independentes de sua natureza. A cobrança de IPVA de aeronaves e embarcações pelos Estados é ato ilegal, uma vez que o IPVA surgiu após a extinção da Taxa Rodoviária Única (TRU). Somente a União pode criar impostos sobre as aeronaves e embarcações, eis que trata-se de matéria de sua exclusiva competência, o que já foi reconhecido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal.
ASPECTO ESPACIAL
A Constituição Federal define as competências tributárias, porém, podem ocorrer diferenças entre entes federativos quanto as alíquotas e bases de cálculo, resultando em uma carga tributária diferente, gerando assim o que se denomina guerra fiscal.
Não há qualquer menção em norma constitucional ao aspecto espacial desse imposto, já que a característica do aspecto material é ser móvel, não estando restrito aos limites territoriais. Deve-se observar as leis estaduais.
ASPECTO PESSOAL
O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos, consiste em uma relação jurídica obrigacional, o seu não pagamento pode implicar na impossibilidade de renovação de licença de trânsito ou ainda na perda do automóvel. Os sujeitos da relação jurídica são:
Ativo: identificado em leis estaduais ou distritais, possui competência para arrecadação e aplicação de sanções inerentes a não efetivação do pagamento – isto é, exige o recolhimento do imposto;
Passivo: aquele com a atribuição de pagar o imposto a ele exigido
ASPECTO TEMPORAL
De acordo com o disposto no §1 do art.179 do Código Tributário Nacional (CTN), refere-se a tributo lançado por período certo de tempo.
Alcança, portanto, apenas o veículo que foi incorporado ao ativo permanente de pessoa jurídica. Não deve incidir sobre veículos novos que ainda estão em fase de comercialização.
Para veículo usado, o critério temporal da hipótese tributária é o dia 1º de janeiro de cada ano (inc. I do art. 3º).
No caso de veículo novo adquirido pelo consumidor, o critério temporal da hipótese tributária é a data da aquisição (inc. II do art. 3º).
No caso de veículo importado diretamente do exterior por consumidor, o critério temporal é a data do desembaraço aduaneiro do veículo (inc. III do art. 3º).
ASPECTO QUANTITATIVO
Base de cálculo é o valor venal do veículo ou preço comercial de tabela. As legislações estaduais, em expressa maioria, estabelecem elementos (marca, o modelo e o ano de fabricação do veículo) para a identificação da base de cálculo, variáveis de acordo com a natureza ou estado do veículo.
Este valor é obtido a partir de preços médios de mercado vigentes no mês de setembro do ano imediatamente anterior para vigorar no exercício seguinte, com sua devida publicação em tabela no Diário Oficial do Estado. 
ALÍQUOTAS
São fixadas por Lei Ordinária Estadual ou do Distrito Federal. Nos termos do artigo 155, § 6º, da Constituição Federal, o IPVA terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda, possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo.
Quais são as alíquotas utilizadas para o cálculo do IPVA na Bahia?
I - Para automóveis e utilitários: 
a) 3,0% (três por cento) quando movidos a óleo diesel;
b) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) quando movidos a outros tipos de combustíveis; 
II - 1% (um por cento) para ônibus, micro-ônibus, caminhões, máquinas de terraplenagem, tratores, motos e motonetas, motocicletas e triciclos estrangeiros e nacionais, observado o disposto no parágrafo único;
III - 1,5% (um e meio por cento) para embarcações e aeronaves;
O contribuinte deve calcular o valor do imposto usando a fórmula: valor venal do veículo x alíquota. Por exemplo, se o valor venal do carro for R$ 20.000,00 e ele é um veículo movido a diesel e a alíquota for 3%, o valor do tributo é o resultado do cálculo 20000 x 0,03 (ou 3%), o valor a ser pago pelo tributo será de R$600,00
IMUNIDADES
Pode haver dispensa ou isenção do pagamento do referido imposto, havendo imunidades por causas previstas nos artigos 12 a 16 da Lei nº 13.296/2008. Tais objetivam incentivar determinadas atividades econômicas e proteger interesses estatais.
Artigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:
I - de máquinas utilizadas essencialmente para fins agrícolas;
II - de veículo ferroviário;
III - de um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa com deficiência física;
IV - de um único veículo utilizado no transporte público de passageiros na categoria aluguel (táxi), de propriedade de motorista profissional autônomo, por ele utilizado em sua atividade profissional;
V - de veículo de propriedade de Embaixada, Representação Consular, de Embaixador e de Representante Consular, bem como de funcionário de carreira diplomática ou de serviço consular, quando façam jus a tratamento diplomático, e desde que o respectivo país de origem conceda reciprocidade de tratamento;
VI - de ônibus ou micro-ônibus empregados exclusivamente no transporte público de passageiros, urbano ou metropolitano, devidamente autorizados pelos órgãos competentes;
VII - de máquina de terraplanagem, empilhadeira, guindaste e demais máquinas utilizadas na construção civil ou por estabelecimentos industriais ou comerciais, para monte e desmonte de cargas;
VIII - de veículo com mais de 20 (vinte) anos de fabricação”.
COMO CONTABILIZAR?
O IPVA pago constitui um gasto periódico, deve ser registrado:
Como despesa operacional, no caso de veículos utilizados nas áreas administrativas e de vendas;
Como custo de produção, no caso de veículos utilizados na produção de bens e serviços, como o que compõem a frota das empresas transportadoras.
Caracteriza-se como despesa antecipada, a ser registrada no ativo circulante, para mensalmente, ser apropriado como despesa operacional ou custo de produção, semelhante a um seguro de veículos.
EXEMPLO
Determinada transportadora possui uma frota de 20 caminhões, utilizados para a prestação de serviços de transporte de carga, cujo valor do IPVA correspondente ao ano de 2008 é de R$ 18.000,00 e será pago em 3 parcelas mensais, de R$ 6.000,00 cada uma, no período de janeiro a março. Dessa forma, temos os seguintes registros contábeis:
Registro do pagamento do IPVA:
D – IPVA a Apropriar (Ativo Circulante – despesas antecipadas) R$ 18.000,00
C – IPVA a pagar (Passivo Circulante – contas a pagar) R$ 18.000,00
Pagamento mensal das parcelas:
D – IPVA a pagar (Passivo Circulante – contas a pagar) R$ 6.000,00
C – Banco conta movimento (Ativo Circulante – disponibilidades) R$ 6.000,00
– Janeiro R$ 6.000,00
– Fevereiro R$ 6.000,00
– Março R$ 6.000,00
Apropriação mensal do IPVA como custo dos serviços prestados: (R$ 18.000,00 ÷ 12 meses)
D – IPVA (Conta de Resultado) R$ 1.500,00
C – IPVA a Apropriar (Ativo Circulante – despesas antecipadas) R$ 1.500,00
CONCLUSÃO
A distribuição regida pela Constituição Federal determina que quase 20% da arrecadação seja encaminhada para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O resto deve ser repartido em 50% para o Estado e 50% para o Município de domicílio do proprietário do veículo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IPVA: Aspectosgerais - Tarsila Viana – Disponível em: https://tarsilaviana.jusbrasil.com.br/artigos/190481867/ipva-aspectos-gerais - Acesso em 04/04/2018
A ilegalidade da incidência de IPVA sobre aeronaves e embarcações - Cesar Augustus Mazzoni – Disponível em: https://jus.com.br/artigos/55642/a-ilegalidade-da-incidencia-de-ipva-sobre-aeronaves-e-embarcações - Acesso em 04/04/2018
SEFAZ-BA – IPVA – Disponível em: http://www.sefaz.ba.gov.br/default/perguntas_respostas/perguntas_inspetoria_ipva.htm - Acesso em 04/04/2018
Da regra-matriz de incidência do IPVA - Rafael Costa – Disponível em: https://rafael.jusbrasil.com.br/artigos/111050298/da-regra-matriz-de-incidencia-do-ipva - Acesso em 04/04/2018

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